A história não contada escrita por Mary Potter Black
Notas iniciais do capítulo
Feliz Ano Novo Pessoal!!!
Para começar o ano bem temos REVELAÇÕES nesse cap., revelações bombásticas e polêmicas. Preparados?
Apreciem!
As coisas entre mim e Saimon ficaram complicadas depois do episódio anterior. Eu não queria que todos descobrissem dessa forma, era uma humilhação pra mim dizer para todos que fui traída duas vezes. A primeira em 1981 por Pettigrew denunciando a localização para Voldemort e a segunda por Saimon meu melhor amigo e marido. Ser traída é como se levasse uma bolada na cara e se levantar quase que caindo, e duas vezes é um nocaute. Confesso que na época em que eu e Saimon nos casamos eu era muito ausente, mas não porque eu queria, porque não havia me esquecido do meu amor por Sirius.
Então, aceitei de bom grado o amor que Saimon poderia me oferecer, não me lembro exatamente em que momento ou por qual motivo me apaixonei por ele, foi algo natural e bonito que nasceu entre nós. Tivemos muitos momentos felizes, eu, Grace e Saimon. Agora tudo acabou.
Já fazia mais de meia hora que eu estava no banho pensativa enquanto lavava meus cabelos e deixava a água cair sobre o meu rosto, sai da ducha e fui colocar algo confortável para dormir. Olhei para o relógio, marcava 02h34 da manhã, a casa estava silenciosa, imaginei que Saimon já estivesse dormindo, ele sempre dorme muito cedo. Tomei a poção que Dumbledore havia me dado, era a segunda semana que eu bebia e ainda não dava resultado.
— Quem é você e por que está invadindo minha mente? Voldemort? - perguntei no meu sonho para o homem encapuzado dos meus pesadelos que se aproximava.
— Não, não sou Voldemort, mas posso ser o seu pior inimigo! - deu uma risada maléfica. - Eu não quero te matar, mas ele está me obrigando... Não tenho mais tempo, ele vai me descobrir, e então, serei eu no seu lugar. Se eu não te matar... - sua imagem parecia aos poucos ficar clara, por um momento muito rápido, pude ver seu rosto atrás do capuz, mas não o suficiente.
Durante os sonhos aprendi que deveria levar comigo algo para me defender, fechei os olhos e me concentrei em minha espada que guardei embaixo da cama e o surpreendi com um golpe. O mais intrigante era que ele desviou com muita facilidade como se já esperasse algum ataque ou fosse treinado para isso, ele mostrou sua espada nas mangas.
— Impressionada? - ele sorriu debochado.
— Não imaginava que sabia lutar com espadas...
— Eu aprendi com a melhor.
Antes que eu pudesse responder travamos uma luta árdua e cansativa. Aquela ultima frase me atormentava durante a luta, percebi que esse era o primeiro indício de quem poderia ser atrás daquele capuz, estava fazendo efeito aos poucos: a pessoa que está invadindo minha mente e que quer me matar sabia duelar com espadas. De repente apaguei, tudo ficou escuro e o ultimo som foi da minha espada cair no chão.
Levantei suspirando ofegante como se estivesse se afogando.
— Aurora! Sou eu Saimon, está tudo bem? Foi o pesadelo de novo? — perguntou Saimon aparentemente preocupado sentado em minha cama.
— Saimon?! — me soltei de seus braços. — O que está fazendo aqui? Foi você que me acordou?
— Sim, você estava gritando muito alto e eu vim ver o que estava acontecendo...
— Que horas são?
— 07h00 da manhã. Vou fazer uma sopa pra você, está suando frio, fique aqui. — disse muito sério e eu assenti calada. — Quer que eu liguei o ar condicionado?
— Por favor...
— Eu já volto, vai ficar tudo bem, você está segura comigo.
Saimon saiu deixando a porta entreaberta. Eu fiquei paralisada por um momento, não sabia o que dizer, mas aquela luta se repetia em minha mente. Juntei os fatos e reagi antes que Saimon pudesse voltar, coloquei um casaco, peguei minha varinha e sem que Saimon pudesse me notar desci as escadas com a varinha em punho. O espiei da cozinha e o vi preparando a sopa no fogão. Eu ia fugir para os fundos, quando fiscalizei e voltei a olhar para a cozinha novamente, Saimon havia sumido. Ele sabe que estou fugindo.
— Não vai escapar de mim dessa vez Aurora. — Saimon apareceu atrás de mim com uma varinha em mãos e um sorriso falso. — Eu sabia que depois desse pesadelo você ia adivinhar quem estava por trás de tudo isso... Das torturas, da invasão da sua mente... Estava aqui, bem debaixo do seu nariz, Aurora. — aos poucos sua face foi se transfigurando em outra pessoa.
— Você... Você não é o Saimon! O que fez com ele?! Quem é você?
Soltou uma risada alta se aproximando aos poucos de mim, enquanto eu ia me afastando apontando minha varinha.
— Seu pior pesadelo.
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Quem já esperava que seria Saimon? Ou achavam que era outra pessoa? Como vocês acham que Aurora vai sair dessa?