1995

É... Se passaram 15 anos depois que o meu irmão mais velho faleceu junto com sua esposa Lílian, eles foram atacados por um monstro das trevas, sim, porque é um monstro, não costumo chamar de humano pessoas sem compaixão. O propósito dele era matar o meu sobrinho Harry, mas ele falhou, Harry sobreviveu. O único sobrevivente daquela casa destruída.

Sou Aurora Potter como podem perceber, mas ninguém sabe que eu também sobrevivi. Hoje observei ele novamente ao longe, estava escondida, quase nos esbarramos. Será que devo me apresentar? Dizer: "Olá, sou Aurora Potter, sua tia". Acho que não, seria muito óbvio e assustador. Logo eu, estou morrendo de medo da reação dele. Qual seria a reação possível? Sairia correndo? É o eu faria em uma situação dessas. Deixa pra lá... Tenho que ir com mais calma, até porque meu chefe não vai permitir isso. Essa era a regra número um do contrato: Jamais diga sua verdadeira identidade. 

Ser agente secreta da maior agência de inteligência dos Estados Unidos a CIA, não é pra qualquer um. E agora estou em uma missão em Londres, que por coincidência é sobre o Harry, meu sobrinho.

— Olá, quero um capuccino pra viagem. - pedi para a garçonete da cafeteria que acabei de entrar. - É... esse bairro é diferente, as pessoas daqui são conservadoras... Ah, sou nova na cidade. Clarice, prazer. - estendi a mão.

— Georgina, seja bem-vinda á Londres é uma cidade bem amistosa, mas outras nem tanto assim. De onde veio?

— Austrália. 

Enquanto Georgina falava comigo ao mesmo tempo fazia o café.

— Nossa, que mudança! Então, cansou de praia e sol, e veio curtir o frio da Inglaterra? - Georgina sorriu.

— É mais ou menos isso. 

— Por conta da casa! 

— Obrigada! - disse com um sorriso reluzente.

Voilà! E é assim que conquista alguém quando quer alguma coisa sem que ela perceba. Não entenderam?

Vou explicar voltando alguns minutos atrás... Eu distrai a garçonete para pegar o crachá no bolso esquerdo dela. Pra quê eu quero um crachá? Para eu ter acesso á todas as informações dos clientes que frequentam o lugar através do prontuário dela, porque meu alvo está nessa lista. E ainda por cima ganhei um café de graça.

Não é atoa que eu fui a melhor da turma no meu treinamento em Quântico.

— Você demorou, pensei que tinham te pegado. - disse meu comparsa.

— Por que me pegariam, se eu fui comprar um café, meu querido? - sorri maliciosa. - Consegui a chave da felicidade. Preciso encontrar alguém, você pode terminar o serviço?

— Quando diz procurar alguém, você diz seu sobrinho Harry?

— Saimon, ele é meu sobrinho e precisa da minha ajuda. 

— O chefe não vai gostar disso...

— Ele não sabe que Harry é meu sobrinho e que toda essa missão tem haver com a minha família, eu só contei pra você porque sei que é de confiança e é o meu melhor amigo.

— Você sabe que não precisamos fazer isso, na verdade nem precisaria dessa investigação, porque você sabe de tudo, conhece os envolvidos e é você um dos alvos...

— Mas precisamos de provas! Como ele vai acreditar em nós? Que bruxos não são uma ameaça, bom só alguns, mas que a minha família não é perigosa e que o Harry é inocente de tudo isso! - disse.

— Podemos sabotar a investigação. Alguém não quer que a gente descubra...

— Saimon, não quero que arrisque sua carreira por mim. 

— E essa pessoa. - ignorou o que eu disse. - Nós vamos descobrir, mas por enquanto não, porque vamos deixar ele sabotar a nossa investigação. Ótima história não acha?

— Pode ser... - sorri vitoriosa.

— Então, eu vou poder conhecer Alvo Dumbledore?! E a biblioteca de Hogwarts com todos os livros de magia. Eu sempre sonhei conhecer Hogwarts! - Saimon falou empolgado. - Finalmente vou poder conhecer seu mundo!

— Tudo bem eu já entendi. - revirei os olhos. 

Eu e Saimon nos conhecemos em Quântico e nos formamos, logo depois fomos convidados para trabalhar na CIA no setor de Antiterrorismo de Bruxos e Criaturas Sobrenaturais, ABCS, evitamos conflitos entre os trouxas e bruxos.

Saimon era um bom amigo, eu confio nele. Ele guardaria o meu segredo.