29.

Paris II

No fundo eu estava assustada, tão preocupada quanto Terris, mas eu sabia que não podia me desesperar, pelo contrario eu tinha que me manter calma se quisesse procurar alguma solução para o vestido. Isso se caso essa solução existisse de fato...

— Terris, cadê o meu... – ouvi uma voz feminina e conhecida começar a falar, no mesmo instante euolhei para trás, para ver Rosalie que tinha acabado de entrar no camarim, ela estava se aproximando, assim que viu o clima ela parou de andar, olhou para mim e depois para Terris, que continuava choramingando, todo dramático. – O que houve? – ela perguntou.

— Foi você? – perguntei, levantando o vestido para ela ver o estrago, os olhos dela pararam nele rapidamente.

— O que? Como? – ela disse, discordando com a cabeça, parecia realmente surpresa, mas ela poderia estar atuando.

— Isabella, do que você está falando? - disse Terris. – Você está acusando uma colega sua de trabalho...

— Não seria uma surpresa para mim, afinal, não seria a primeira vez que uma colega de trabalho me prejudica... – falei me lembrando da Ashley, depois daquilo confesso que nenhuma modelo me surpreenderia.

 - Eu não sou a Ashley... – Rosalie falou, num tom sério, parecia ter até lido os meus pensamentos, em seguida suspirou, aproximou-se mais de mim, e olhou aquele estrago com atenção.

— Eu acho que se desse um ponto aqui... – ela disse, colocando o dedo em cima do corte, meus olhos pararam nele, e aquela frase no mesmo instante acabou me fazendo ter uma ideia.

— Mas é claro! – eu falei, olhando rapidamente para eles e alternando o olhar. – Eu já volto!

— Aonde você vai? – ouvi Terris chamar, mas eu não o respondi, afinal eu tinha pouco tempo, eu passei pela porta que havia no fundo da sala, e fui para outra pequena sala que havia no camarim, carregando o vestido comigo. Era a sala de Terris, onde havia diversos modelos colocados em cabides, á maioria seria usados pelas modelos que viajaram comigo.

Logo escutei barulhos, era sinal das outras modelos chegando, logo então decidi me apressar, procurei uma linha e agulha nas coisas de Terris, e assim que encontrei logo dei uma leve costurada no vestido, devido o tamanho do corte que a pessoa havia feito eu fui obrigada a fazer uma modificação nele, usei o corte como uma abertura na perna direita, deixando-a amostra pela metade, algo que antes não tinha, mas com umas retocadas que dei, tanto na costura como na minha forma de vestir, acabou meio que fazendo aquele corte tornar o vestido mais sensual.

Eu só não sei se Esme iria gostar da modificação, mas era o único jeito que tinha para eu conseguir desfilar com ele.

— Eu já vou pegar os vestidos, meninas... – ouvi Terris falar, logo depois ele entrou na sala e parou os olhos em mim. – Ai meu Deus! – ele exclamou, colocando as mãos na boca, ele havia me flagrado já vestida com o vestido. Eu estava me observando no enorme espelho que havia na sala, eu me virava para observar os detalhes e ver se não havia deixado nada escapar.

— E ai, o que achou? – eu disse, me virando para ele ver abertura melhor. Logo vi Rosalie, entrar na sala também e parar ao lado de Terris. Ela também me observou com atenção.

— Falei que o vestido tinha salvação... – disse ela, e ela sorriu. Senti como se o sorriso fosse sincero, não parecia mesmo ter sido ela, mas ainda eu tinha que tomar cuidado, não podia ir pela emoção. Alguém queria me prejudicar, e isso eu não poderia esquecer.

— Parece que essa abertura já existia... Como você fez isso, se você não é estilista? – Terris perguntou impressionado.

— Acho que o desespero me fez estimular o meu lado criativo... –falei, sorrindo. Se pudesse completar eu completaria dizendo “meu lado criativo que eu nem sabia que existia”.

Terris assim que viu que consegui “arrumar” o vestido, parecia ter ficado mais calmo, ele queria que eu fosse para a sala com as demais modelos para me arrumar, mas eu preferi permanecer ali dentro, o convenci que ele me maquiasse ali mesmo, afinal, as demais modelos estavam na sala a frente, e eu sentia que era uma delas que havia tentado me prejudicar, então eu queria que para essa tal modelo fosse uma surpresa me ver desfilando. E ver que seu plano não havia dado certo. Isso se realmente o que aconteceu não tenha sido algo armado por Rosalie, é claro.

Terris me deixou ainda mais bonita, ele sempre tinha um jeito de jogar o nosso cabelo, de ajeitar a nossa roupa, de uma forma que tornava nosso visual ainda mais deslumbrante. Era o dom dele, é claro.

Assim que ele veio avisar que minha hora estava chegando, eu logo respirei fundo. Falei para mim mesma: “É agora Bella, vamos mostrar para Paris para que eu vim, é hora de eu por em pratica tudo que aprendi e revolucionar o mundo da moda!”

Aquele pensamento me deixou mais confiante, respirei fundo e assim que eu ouvi falarem meu nome, subi na passarela, já entrando ali concentrada nas dicas que recebi de Esme e de Kate.

Caminhei de forma elegante e sensual na passarela, do jeito que fiz em meus treinos, olhei discretamente a minha volta e consegui ver Edward na primeira fileira me olhando com um sorriso no rosto, retribui seu sorriso, sorrindo de volta com um sorriso bem sexy, vejo também Caius em pé me olhando com aquele seu olhar estranho, ao lado dele estava Esme, com um olhar enigmático com certeza deve ter visto a modificação em seu vestido, mas não demonstrara nenhuma reação com isso.

Na primeira fileira, passei um rápido olhar também em Leah e Kate que estavam sentadas assistindo meu desfile, Kate estava com um olhar calmo, confiante, me trouxe ainda mais confiança, e me fez me lembrar ainda mais de todas as dicas que ela havia me passado.

Era incrível como consegui pensar em tudo isso naqueles poucos segundos, continuei andando pé ante pé, quando chego ao final da passarela, paro, troco o pé de apoio e coloco a mão na cintura, viro um pouco meu corpo para a direita e minha cabeça para o lado esquerdo e jogo um beijo para o publico, em seguida voltei fazendo o mesmo percurso, antes de eu sair da passarela eu faço como fiz antes na casa de moda no dia em que eu cai, voltei meu corpo para frente da passarela, dou uma volta de cento e oitenta graus saindo da passarela.

Chego ao camarim totalmente aliviada, por tudo ter dado certo, volto para aquela pequena sala com um sorriso triunfante no rosto, logo escuto passos indicando que alguém havia entrado ali, olho para trás e vejo que se trata de Rosalie.

— Parabéns, você desfilou muito bem... – ela me elogiou, na verdade eu não cheguei a vê-la enquanto desfilava, eu fiquei até surpresa por ela ter feito questão de ver meu desfile. – Sua forma de desfilar, os seus movimentos, eu achei diferente, na verdade foi muito interessante... Foi, ahm, único!

Eu abri os lábios, ainda digerindo o que ela estava dizendo a mim. Ela estava realmente me elogiando?

— Você me viu desfilar? – perguntei.

— É, eu confesso que fiquei meio curiosa, ai fui assistir! – ela confessou, colocando uma mecha de seus cabelos atrás da orelha.

Ela estava sendo legal comigo, confesso, na verdade desde que fora escalada para Paris ela não estava me tratando mais mal, só que fora impossível eu acabar não me perguntando se isso não era alguma estratégia dela, vai saber se ela queria se fazer de boazinha, se aproximar, para criar algum plano para me ferrar na casa de moda. Também pode ser que não seja nada disso, mas eu ainda não tinha como ter certeza, as atitudes dela ainda era uma surpresa para mim, tudo era repentino e novo, então não sabia se acreditava naquilo ou não. Embora, tinha algo que eu precisava fazer, agradecê-la.

— Olha se não fossem aquelas suas palavras, eu não tinha tido ideia de modificar o vestido, então obrigada... – falei.

— Me parece que você poderia ser estilista se quisesse... – Rosalie comentou, ela iria continuar a falar, se a entrada de mais pessoas ali, não tivesse a interrompido.

Engoli em seco ao ver que se tratava de Esme e Kate.

— Parabéns Bella! – Kate já fora falando, se aproximando e me dando um abraço. – Você foi perfeita, andou com uma classe incrível, suave, e ainda parecia tão serena na passarela, como se fosse uma modelo que desfila há anos, não é Esme?- Kate disse assim que me soltou, se virou para olhar para Esme ainda com o braço em volta do meu ombro, vi que minha chefe continuou me olhando com um olhar tanto enigmático.

— Eu já imaginava que você iria ser ótima, Isabella! Gostei desses seus truques, mas minha pergunta é que abertura é essa no meu vestido? Ela não existia... – perguntou Esme meio intrigada, aquilo logo fez meu coração disparar. Já comecei a pensar nas palavras para contar o que aconteceu a Esme, quando, Terris apareceu, parecendo que havia ouvido a pergunta de Esme, e logo me interrompeu antes de até mesmo eu começar a falar.

— Ai Esme, aconteceu uma tragédia, se não fosse por Isabella, ela não teria conseguido desfilar... –Terris falou todo dramático.

— Que tipo de tragédia? – perguntou Esme, meio intrigada.

— O vestido, alguém o estragou, quando o encontramos ele estava cortado... A Isabella que costurou uma parte, e teve a ideia de usar o corte como se fosse uma abertura, parece que ninguém percebeu que o vestido na verdade foi cortado...

— É e ele ficou lindo, parece mesmo que essa abertura pertence ao vestido, parece que você tem jeito para estilista... – Kate falou olhando para mim.

— É preciso concordar... – Esme falou e então se aproximou de mim para olhar melhor a abertura... – Acho que irei usar ela quando colocar essa linha para vender... Parabéns Isabella, agora só precisamos descobrir quem é que está armando para cima da minha linha de roupas... – ela acrescentou agora num tom raivoso.

Eu imaginava que quem havia armado seria uma das modelos que me odiava, mas preferi não falar nada, afinal, eu não tinha certeza e não queria acusar ninguém injustamente. Mas depois disso eu sabia que deveria tomar cuidado, ainda havia alguém próximo de mim, que é bem perigoso e que com certeza tem a intenção de acabar com minha carreira.

***

Era um alivio saber que apesar de tudo o desfile fora muito bem, eu já havia percebido que cada vez que eu desfilava eu tinha mais confiança e autocontrole, eu sentia como se a passarela e eu fossemos apenas uma, está ali em cima, sem sombra de duvidas era mágico, eu me transformava em uma mulher confiante e poderosa, eu perdia a timidez e me interagia com o publico de uma forma tão natural que estava me fazendo muito feliz. 

Eu gostava do que eu fazia, e eu sabia que não havia algo de melhor, do que trabalhar naquilo que você gosta e que você se sente bem, estar trabalhando na casa Esme era um presente, mesmo com as dificuldades, com os desafios. Eu sentia como se finalmente eu estivesse sendo recompensada por todo sofrimento que passei em toda minha vida.

Quando o desfile acabou, pudemos retornar na passarela para nos despedirmos, assim que subi na passarela e me juntei as demais modelos, eu vi muitos se levantando da cadeira para bater palmas para mim, eu sorri sentindo-me realmente recompensada pelo meu trabalho. No final, Terris ainda ganhou o premio de melhor estilista, com o conjunto que Rosalie desfilou como a melhor roupa dele, o meu ganhou como melhor vestido, Esme acabara levando o premio de melhor linha de roupas do evento.

No fim do desfile, soubemos que os organizadores do evento montaram uma sala especialmente para que nós pudéssemos dar entrevista e tirar fotos para os programas interessados no mundo da moda, assim que entrei naquela sala, vi que havia um numero grande de repórteres, havia um espaço no canto da sala destinado aos fotógrafos, logo fui conduzida para lá, e logo fui fazendo poses para que eles pudessem tirar as fotos que desejassem.

Enquanto tirava, fui olhando a minha volta, parei os meus olhos em Leah, que estava dando entrevista a vários repórteres, vi também Esme sendo entrevistada ao lado de Kate, vi também Rosalie, Terris, eles também estavam dando entrevista, mas quem mais me chamou atenção foi Edward que estava no fundo da sala, bebendo uma taça de champanhe, todo sexy com sua roupa formal,sozinho e com os olhos voltados em mim, sorri discretamente para ele, que também sorriu de volta para mim.

— Olha ela ali, Isabella, por favor, uma palavrinha com a gente... – uma repórter já fora me chamando assim que parei de tirar foto.

— Sim, claro, podem perguntar... – falei, sorrindo para ela de forma amável, logo vi que vários outros repórteres também se aproximou.

— Sabemos que hoje foi sua estreia como modelo da casa Esme, seu desfile foi realmente impressionante, a que você atribui os méritos de tão boa performance?

— Bom... Eu tenho muito a que agradecer, primeiro a Deus por ter colocado pessoas certas no momento certo em meu caminho, a EsmeCullen por acreditar em meu potencial e decidir a me dar essa grande oportunidade, me escalando para um evento de tamanho prestigio como esse, e também por colocar em meu caminho profissionais tão bem qualificados que me ajudaram a me preparar para esse evento de hoje, como Kate minha mentora, Edward meu assessor, o nosso estilista Terris...

— Ouvimos falar que você não tinha nenhuma experiência em desfiles antes...Realmente é verdade que seu primeiro trabalho como modelo está sendo na casa Esme?! – pergunta a mesma repórter.

— Sim, eu nunca tinha tido oportunidade de trabalhar como modelo antes...

— Fora esme que te descobriu? – agora quem perguntou fora outro repórter.

— Sim, nos conhecemos por acaso, foi através do filho dela Edward, que hoje é meu assessor, ele frequentava o local em que eu trabalhava, e um dia me apresentou a dona Esme, que ao me conhecer, teve a certeza de que eu era a modelo ideal para trabalhar em sua linha de roupas... – eu resumi. Afinal, tinha detalhes que não era conveniente ninguém ficar sabendo, é claro.

— E hoje como foi para você estrear nesse evento tão grande?

— É uma experiência única, sem sombra de duvidas, está sendo uma oportunidade e tanto em minha vida... No fim acredito que me sinto realizada!

— E esse seu jeito de desfilar, realmente chamou bastante atenção, da onde veio essa ideia tão diferente? – perguntou a outra repórter.

— Bom eu assisti muitos desfiles, e comecei a pensar que as modelos deveriam também se comunicar mais com quem está a vendo, por que não sorrir? Não dar um pouco mais de identidade na passarela? Mostrar o quanto ama fazer o que faz, então, é isso que eu quis com esse meu desfile...

— Isabella você é o rosto da casa Esme e ainda foi escolhida pra fotografar a nova coleção de roupas da própria Esme, o sonho de toda modelo e muitas não consegue realizar, como se sente por ter conquistado algo tão grande tão cedo?

— Eu me sinto honrada por ter sido escolhida por Esme, jamais imaginei algo do tipo, espero que eu corresponda as expectativas de todos.

— O que pode nos adiantar sobre essa nova coleção?

— As peças estão incríveis, todas as fotos já foram tiradas, e elas serão vendidas após o desfile da coleção que será realizado assim que chegarmos de viagem, vocês vão amar eu garanto... – falei, agora olhando para Edward, já estava louca para falar com ele, comecei a dar alguns passos indicando que estava disposta a finalizar a entrevista.

—Para finalizar, o que a casa Esme representa para você?

— Tudo, foi na casa Esme que aprendi tudo que eu sei, foi essa casa que me deu essa oportunidade, lá eu conheci pessoas incríveis e profissionais talentosíssimos! É muito obrigada, até mais! – eu acenei para eles, e então consegui me afastar dos fotógrafos, sorrindo, fui me aproximando discretamente de Edward, assim que parei na frente dele, ele sorriu para mim, parecia satisfeito.

— Você foi incrível, sabia? – ele comentou. – olha só, foi rodeada por jornalistas!

— Eu sinto como se estivesse sonhando... – confessei, tudo estava acontecendo tão rápido, que ás vezes parecia que era um sonho, e até eu sentia medo de acordar.

— Não, não é, e que tal a gente fechar essa noite com chave de ouro? – ele falou, num tom meio malicioso, franzi as sobrancelhas, confesso que de inicio não havia conseguido entender.

***

Edward e eu demos uma escapada do evento, ele me levou num restaurante chique que tinha próximo dali para jantarmos juntos, segundo ele nós tínhamos que comemorar, afinal, tudo havia dado certo, e realmente era verdade, eu parecia estar pisando em nuvens.

— Você acha que não vão nos procurar? Olhe só eu ainda estou vestida com vestido da Esme!

— Fica sossegado amor, nós não vamos estragar ele... – ele garantiu, assim que fizemos nosso pedido.

— Isso já tentaram fazer, você viu essa abertura na minha perna direita, ela não existia, alguém entrou no camarim e cortou o vestido da Esme, com certeza com a intenção de eu não desfilar...

 - Isso porque Ashley já foi demitida, essas modelos não desistem de tentar te prejudicar... – Edward falou, ficou quieto por alguns segundos assim que o garçom se aproximou com as bebidas, Edward havia pedido champanhe para nós, disse que era para nós comemorarmos, embora eu não fosse acostumada com as bebidas, eu acabei aceitando devido à ocasião especial.

— Estou preocupada, não sei o que mais elas podem tentar fazer... – confessei.

— Fica sossegada amor, eu tenha certeza que elas não vão conseguir te prejudicar, alias, o que você fez para salvar esse vestido? Por acaso, ela cortou com essa abertura tão perfeita na perna...

— Não, claro que não, eu fui obrigada a dar alguns ajustes, descobri um novo dom... – disse num tom brincalhão, Edward riu, enquanto enchia as taças para que pudéssemos beber.

— Você é incrível, tem mil e uma funções... – ele me elogiou, sorri para ele, enquanto sentia meu rosto esquentar.

— Apesar de tudo, eu estou muito feliz, é muito bom trabalhar no que você ama, poder realizar seus sonhos, conhecer pessoas tão maravilhosas e ainda, está com um homem tão especial... – confessei, vi que Edward sorriu, e então pegou a taça.

— Então vamos brindar a isso... – ele disse, meu sorriso se alargou.

— Sim, claro, vamos brindar a isso! – falei, batendo minha taça na dele, e então dei alguns goles de champanhe, no mesmo instante fiz uma careta, que Edward achou engraçado e logo deu risada, risada da qual eu acompanhei.

— Terei que disfarçar essas caretas, elas não devem ser nada chique...  – comentei.

— São lindas, o que não é lindo em você? – ele disse, e meu sorriso então se alargou.

Dali, as coisas apenas foram esquentando mais, comemos juntos e logo acabei me esquecendo de que tínhamos fugido do evento para podermos ficar juntos, quando saímos dali, começamos a se beijar e cada vez de forma mais quente, entramos no hotel de forma discreta, e logo Edward me acompanhou até meu quarto, lá, assim que ele fechou a porta, logo fora me puxando pela cintura para continuar a me beijar, confesso que cada vez estava mais difícil de me segurar, nos braços de Edward eu me sentia totalmente leve, às vezes como se tivesse até mesmo fora de mim, eu sentia sensações que nunca havia sentido antes, e o pior, é que cada momento eu queria ficar ainda mais com ele, e fazer coisas que nunca havia pensado em fazer com outra pessoa.

Quando dei por mim, eu já estava totalmente entregue a ele, fui me deixando me levar nos toques, nos beijos, e até mesmo permiti quando ele fora abrindo o zíper do vestido e o deixando cair para baixo, deixando meu corpo seminu a mostra, ele tocou em meus braços e o acariciou de leve, enquanto me olhava dos pés a cabeça e em seguida sorriu.

— Você é a mulher mais linda que conheci em toda minha vida, sabia? – ele me elogiou, eu sorri, então o vi se aproximar, e acariciar meu rosto. – Eu te amo...

— Eu também te amo Edward! – falei e então ele me beijou.

O beijo fora ficando cada vez mais intenso, Edward fora então me conduzindo até a cama do hotel, eu deitei nela e ele prontamente fora deitando em cima de mim, parou de beijar minha boca para beijar meu pescoço, e fora descendo por todo meu corpo.

Confesso que pensei que quando isso fosse acontecer, eu fosse ficar extremamente nervosa, mas não, eu não sentia vergonha de Edward e nem medo, ele me deixara totalmente tranquilo, cada toque, beijo, parecia ser calculado por ele, fechei os meus olhos e me deixei levar, permiti que ele tirasse meu sutiã, e quando o senti beijar meus seios pela primeira vez, até mesmo arfei, os beijos dele eram leves e muito bons, a sensação de ter aqueles lábios tocando em minha pele era totalmente incrível, eu não queria que aquele momento acabasse mais.

— Seu cheiro é tão bom... – ele disse, aproximando a boca do meu ouvido. - O gosto da sua pele é viciante... – ele confessou.

Ouvir ele me elogiar me fazia ir até mesmo as nuvens, quis aproveitar cada minuto daquele momento, guardar cada instante, a primeira do que acreditava que seriam muitas. Abri os olhos para o ver tirar a camisa, e a calça de uma forma rápida e desesperada, a respiração dele a essa altura já estava mais acelerada, notei que pelo volume de sua cueca, ele estava extremamente excitado.

Vi aquela visão dos deuses, o corpo de Edward era lindo e eu podia ficar o olhando por horas se quisesse, mas ele estava numa extrema necessidade de acelerar, eu já imaginava que era devido o tamanho da excitação.

Toquei aquele peitoral definido, fui descendo a mão naquele corpo, sentindo-me bem por saber que ele me pertencia, assim como eu o pertencia, ouvi Edward arfar, enquanto voltar a deitar o corpo em cima de mim e voltava a me beijar, naquele instante apertei suas costas.

Até que depois de alguns minutos me beijando, eu o senti puxar minha calcinha para baixo, me despindo completamente e logo fez o mesmo com ele, por um instante senti um leve nervosismo, mas, não passou por nenhum momento em minha mente vontade de desistir daquilo que estava prestes a acontecer.

Muitas coisas passaram por minha mente em poucos segundos, me lembrei desde quando conheci Edward, até o agora, não imaginava que hoje estaria com ele, se alguém me dissesse isso quando o vi pela primeira vez, provavelmente ia dizer que a pessoa estava louca, mas hoje tudo era tão natural, que nem sei como vivi todos aqueles anos sem ele.

Quando suas duas mãos seguraram as minhas duas mãos, percebi o que estava prestes a acontecer, vi ele me olhar nos olhos, e os nossos narizes se roçaram, ele fora dando alguns beijos em meu rosto e depois selinhos em minha boca.

— Você quer? – ele perguntou a mim.

— Mais do que tudo! – respondi.

Varias vezes me perguntei como seria aquele momento, como seria quando pertencesse a um homem pela primeira vez, só que nunca imaginei que esse momento seria de fato tão especial. Embora imaginasse que a sensação iria ser extremamente boa, ela ainda conseguiu ser melhor e mais incrível do que eu imaginava que iria ser.

Nossos olhos mantiveram-se grudados, enquanto senti o membro dele encostar em mim pela primeira vez, ele esperou alguns segundos para forçar a entrada, parecia preocupado, com certeza estava com medo de eu sentir dor.

Quando de fato ele começou a forçar, e o membro começara a entrar, senti como se algo tivesse rasgando dentro de mim, mordi meus lábios com força e senti minha unha cravar no ombro dele.

Ele parou por alguns segundos para eu acostumar com a invasão.

— Está tudo bem? – ele perguntou, em sussurros.

— Sim... – eu disse, a dor estava já diminuindo.

— Posso continuar? – ele perguntou, de forma amável.

— S-sim... – gaguejei.

E então ele começara os movimentos, logo comecei ajuda-lo movimentando minha cintura, naquele ritmo de vai e vem, a dor pouco a pouco fora cessando e havia dado espaço a um prazer inexplicável.

Fui descendo as mãos pelas costas de Edward, enquanto sentia aquele sentimento novo e extremamente bom tomando conta de mim. Um prazer maravilhoso, o sentimento de querer mais e mais, nossas respirações foram ficando ofegante, nossos corpos soados colavam um no outro e parecia até mesmo se encaixar, aquilo durou por longos minutos, até chegarmos ao ápice do prazer juntos e então ouvi Edward arfar, um som lindíssimo, enquanto aquele rosto pálido ganhava uma tonalidade vermelha, gotas de suor escorreram por nossa testa, senti ele me abraçar com força, dando fim aquela primeira vez maravilhosa, que ficaria guardada comigo para sempre.

— Você gostou? – ele perguntou, parecia preocupado.

— Sim, foi mágico... – respondi.

— As próximas vão melhorando ainda mais... – ele garantiu, depois aproximou seu rosto do meu ouvido. – Ainda tenho muita coisa te mostrar nesse quesito... – ele falou e fora impossível não rir.

— Acredite, estou bem curiosa para conhecer tudo! – respondi, e então rimos juntos, e naquela noite, dormimos abraçados, até o dia amanhecer.

***

No outro dia Esme quis explicação sobre meu sumiço, Edward e eu inventamos que passei mal e preferi ir para o quarto mais cedo, mentimos dizendo que ele me acompanhou até o hotel e depois fora para o seu quarto dormir, para nossa sorte ela acreditou, achando que a minha indisposição fora causada pelo nervosismo do evento.

Tivemos aquele dia de folga, então Edward e eu aproveitamos o fato que eu ainda não era famosa para poder passearmos por Paris, era nosso ultimo dia  ali e nada melhor do que curtir aquele dia com Edward.

— Em pensar que em breve, não poderemos mais andar assim, juntos na rua sem ser flagrados por um paparazzi... – Edward comentou, enquanto andávamos de mãos dadas pelas ruas frias de paris, sempre nos beijando, rindo e com muitas conversas para jogar fora.

— Será que isso começará acontecer logo? – perguntei preocupada, pois sabia que Edward e eu estávamos namorando escondido, ainda era muito cedo para assumirmos o nosso relacionamento, embora o pouco que estávamos juntos, já tínhamos a certeza de que nosso amor era para vida inteira. Mas, eu sabia que dependia ainda da casa Esme para prosseguir com minha carreira.

— Quando voltarmos de paris, teremos que começar a ser mais cautelosos... – Edward e eu paramos de andar assim que chegamos em uma praça. – Não poderemos mais sair na rua assim, juntos, até assumirmos pelo menos! Minha vontade já era de contar para todos, mas sei que ainda é arriscado...

Eu soltei um longo suspiro.

— Eu também me sinto mal Edward, por ter que ficar escondendo nosso relacionamento... – eu confessei.

— Eu vou comprar um apartamento para nós, assim que voltarmos de viagem... – ele já fora dizendo.

— Um apartamento? – perguntei, surpresa com aquilo.

— Sim, quando casarmos podemos morar lá, mas enquanto isso não acontece, já poderá ser usado para nos encontrarmos, acho que já está na hora de eu ter meu próprio espaço, não sei como não havia pensado nisso antes...

— Você não acha que sua família pode achar ruim? – perguntei.

— Claro que não meu amor, posso dizer que quero apenas um pouco mais de espaço, não vejo nada de mal nisso... Para não levantar suspeitas, eu não vou ficar lá todos os dias, mas posso dormir ali os fins de semana pelo menos, acompanhado de você é claro! – ele disse, e logo sorri, confesso que havia gostado da ideia.

Logo Edward me puxou pela cintura e me deu um rápido beijo, que prontamente já fui correspondendo.

Era incrível como adorava ficar junto de Edward, era ainda mais mágico do que estar em cima de uma passarela, eu amava conversar com ele sobre nossa vida, nossos gostos, e apesar de estarmos a tão pouco tempo juntos parecia que nos conhecíamos desde criança, eu amava o fato de Edward ser tão carinhoso comigo, e preocupado em saber de toda minha vida, e mesmo que nós vivêssemos em dois mundos diferentes, duas realidades totalmente diferentes, parece que nós combinávamos de um jeito único.

Edward gostava de saber sobre minha história e parecia se importar com ela de verdade, era algo que eu não entendia, afinal, era um passado triste e sem nenhuma emoção para contar, mas ainda assim ele se interessava e era isso que me fazia gostar mais dele, a sua simplicidade, o seu jeito centrado me fazia me apaixonar ainda mais, pois parecia que o dinheiro não havia virado a cabeça dele, ele não era como Riley, não era um mauricinho idiota, ele era um homem de verdade que cada dia conquistava ainda mais meu coração.

Depois de conversarmos, paramos em uma lanchonete e comemos um macarons. Eu na verdade o comi pela primeira vez, Edward já conhecia macarons como ninguém e até mesmo me explicou o que era, graças ao meu noivo inteligente, hoje já sei que eles são bolinhos delicado, merengue, como sanduíches recheados com ganache, geleia ou crema amanteigado, esses bolinhos fazem parte da culinária de Paris e são tão bem feitos que estimulam os três sentidos: visão, paladar e olfato.

Além desse macarons, ainda comi o fallafel, esse é um sanduiche tido como o melhor do mundo e devo admitir que forauma das coisas mais gostosas que já comi em minha vida, provei alguns queijos, já que Paris tem todos os  tipos de queijo imagináveis, e de doce comi creme brulee, uma sobremesa feita com creme de leite, ovos, açúcar e baunilha, com uma crosta de açúcar queimado por um maçarico,podendo ser servido gelado ou quente, preferi o quente devido o frio e para finalizar comi chocolate, não poderia deixar passar essa, pois Paris tem alguns do melhores chocolates do mundo, quando saímos da lanchonete eu devia estar uns dois quilos mais gorda, apesar de comer um de cada, eu acabei quebrando minha dieta, Edward estava sendo muito bonzinho comigo, depois da pizza novamente me deixou sair na dieta comendo tudo isso, mas me alertou que quando voltássemos de viagem eu teria que dar pesado na malhação para perder tudo isso que devo ter ganhado em Paris.

Assim que voltamos para o hotel, eu comecei a preparar tudo para voltar de viagem, enquanto preparava as malas, de repente um empregado veio ao meu quarto me trazer um buque de flores, eram rosas vermelhas, lindíssimas, assim que o pego sorrio, e leio o cartão já imaginando que tratava-se de Edward, “como ele era fofo” logo pensei, afinal, além de me proporcionar um dia incrível, ainda termina o dia me trazendo flores.

Logo então liguei no celular dele para agradecer.

— Oi amor, já está com saudades? – Edward brincou, assim que atendeu a ligação.

— Oi meu amor, na verdade eu liguei para agradecer as flores que você me mandou, elas são maravilhosas, obrigada... – agradeci.

— Flores? Mas eu não te mandei flores – ele respondeu, logo escutei ele suspirar. – Acho que já sei quem enviou, me encontre na recepção...

— O que? – tentei falar.

— A gente se fala lá, vai lá, agora... – ele disse, e desligou a ligação.

Logo passei a mão no cabelo, meio preocupada, ele parecia ter ficado nervoso, logo pensei que deveria ter sido Caius, eu já estava assustada, com medo dele brigar com ele e resultado: ele iria chamar atenção! E atenção era a ultima coisa que a gente queria.

Sai totalmente assustada do meu quarto e fui até a recepção, só foi entrar ali para me deparar com o Caius.

— Boa noite, que bela visão para os meus olhos... –Caius já foi dizendo aproximando-se de mim, meu coração aquela altura já parecia que ia estourar, de tão nervosa que eu estava – Recebeu minhas flores?

— Ah, sim – digo sem graça. – Mas não precisava...

— Como não? Uma mulher como você deve ser sempre presenteada... Além do mais, é para te parabenizar, quando te vi desfilar ontem como uma rainha, eu não consegui nem piscar... – ele disse beijando minha mão e em seguida alisou meu rosto – Você é muito linda.

— Obrigada – digo me afastando dele, não estava gostando nem um pouco dessa liberdade dele comigo, e ainda eu estava com medo de Edward aparecer a qualquer instante e ver isso e acabar piorando ainda mais a situação, até mesmo olhei a minha volta, o procurando.

— O que foi? Parece nervosa... Quer beber alguma coisa? Aqui você pode beber de graça! – ele disse, aproximando-se novamente de mim.

— Não precisa...

— Como não? Pode pedir, pode pedir qualquer coisa... – ele dizia, numa proximidade irritante.

— O que tá rolando aqui hein? – a voz de Edward me fez até dar um pulo, olhei para trás de olhos arregalados, e vi ele se aproximar.

— Nada... – falei, com a voz tremula.

— Só estou convidando ela para tomar um drink, grátis... – ele disse, sorrindo para mim.

Edward sorriu para ele de uma forma cínica, depois sorriu para mim, e me deu um beijo no meu rosto.

— Só um minuto princesa... – ele disse próximo ao meu ouvido, e de repente se virou, e o vi acertar um soco no rosto de Caius, que fora pego de surpresa, o suficiente para até mesmo cair para trás, surpreso e com a mão no rosto.

No mesmo instante, coloquei a mão na boca e meu coração disparou forte.

— Edward! O que está acontecendo aqui? – uma voz conhecida, perguntou. Num tom totalmente de surpresa, boquiaberta olhei para trás, avistando Esme acompanhada de Terris, que também estava com a mão na boca, totalmente incrédulo com a cena que havia presenciado.

“droga, e agora?” fora a única coisa que consegui pensar no momento, não fazia ideia de como ele iria explicar o soco que deu em Caius a Esme. No mesmo instante já pensei que o nosso noivado secreto iria acabar naquela noite, já fui até mesmo imaginando que esse seria o fim da minha carreira, que tinha acabado de começar.

Continua...