Pansy brincava com a comida em seu prato, enquanto observava homens e mulheres com cargos de alto escalão na sociedade bruxa jantarem em sua casa. A comida parecia trazer um sabor extremamente puxativo, porque, como a sonserina não conseguia deixar de observar, cada garfada que levavam à boca era antecedida por um gole no vinho que seus pais disponibilizaram para todos — com exceção dela, é claro, em razão de sua pouca idade.

 Logo após dar uma garfada na comida e beber um gole d’água para não dizer que não havia tocado em nenhum dos alimentos dispostos em seu prato, Pansy se levanta da mesa, com um sorriso gracioso, avisando que estava se retirando.

 Ao chegar em seu quarto, Pansy pega uma pena e um pergaminho e começa a escrever uma carta para Hermione. A sonserina falava sobre muitas coisas: palavras novas, aprendidas durante as férias; sobre a sua família, e suas visões da sociedade; informações sobre a guerra. Em troca, recebia informações sobre o mundo trouxa e comentários sobre as leituras recentes de Granger.

 Em suas cartas, Pansy e Hermione eram suas respectivas essências e se embebedavam uma da outra como se fossem o vinho servido após uma refeição puxativa.