Assim que eles colocaram os pés para fora do castelo, Ignis foi a primeira a falar. Ela queria ter feito isso bem antes mas estava tão nervosa e chocada com tudo aquilo que simplesmente não conseguia falar. 

"In, você é meu amigo e mesmo brigando muito com você, eu me importo demais com seu bem estar. Eu não tô entendendo nada dessa história, como que você é uma pessoa que já morreu? Isso nem é possível! Você é a única pessoa oficialmente a me deixar cada vez mais confusa." 

"Calma, calma. Eu te explico." - In levou a amiga até um banco, onde se sentaram. Ele começou a passar a mão no cabelo - longo, loiro e com mechas vermelhas - de Ignis. Ele sabe que isso a acalma. Ele sempre sopesa o nervosismo dela com o jeito gracioso interior. - "Sabia que seu nome significa "fogo"? Deve ser por isso que você é tão bravinha." 

"Sei sim. E não muda de assunto, por favor!" 

"Tudo bem. É simples, eu não contei a verdade a ele." 

"Entendo menos ainda, se você não disse a verdade... O que era aquilo então?" 

"Eu criei uma lenda. Inventei uma história que na minha cabeça faz sentido, mas não tenho provas para comprovar. Uma hipótese."