Naquela fatídica noite, a voz de Mr. Uchiha ecoou como um trovão ao mandar Mrs. Uzumaki embora depois de vê-la destruir o quadro que por tantas noites ele se pegou dedilhando, algo que não poderia fazer com a verdadeira.

Era como o inferno viver na eterna dualidade do compromisso e o desejo.

Afinal, como casar com uma mulher amando outra?

Por noites tentou encontrar a resolução da sua complexa equação. Às vezes dormia com a certeza que acabaria com o noivado, outras, que apenas a presença de Sakura seria o suficiente para suportar tudo; mas agora, se encontrava ali, diante do quadro manchado e cortado, com apenas um olho verde intacto, olhando-o, julgando-o, enquanto a sentença ecoava na sua cabeça: "Eu não o amo".

Quebrou tudo o que tinha ao seu alcance até alcançar seu caderno de desenho e ver todos os retratos dela.

Seu maior algoz eram as lembranças dele em seu escritório, observando-a brincar com a sua filha no jardim, enquanto os dedos ágeis a retratavam.

Sasuke deixou o corpo cair na poltrona georgiana, ao mesmo tempo em que se perguntava o que tinha feito e a habena anunciava a partida das duas carruagens; da mulher que amava.