— É o senhor – balbuciou pegando a estrutura besante que retratava seu patrão em sua mocidade. O olhar austero permanecia o mesmo, porém os traços e o corte mais curto, eram a evidência da juventude.

— Não sou tão bom retratando pessoas como o Sasuke – Juugo riu de si surpreendendo Sakura.

— O senhor pinta? – Questionou o patrão aparentemente insatisfeito com o andar da conversa.

— Faz muito tempo – finalizou antes de escolher o quadro do vilarejo e partir com uma rápida despedida.

— Disse algo errado?

O anfitrião se compadeceu negando com a cabeça:

— É verdade, faz tempo que ele não pinta. Quando erámos jovens e eu o filho de uma das criadas, acabamos aprendendo a pintar com a mãe de Sasuke. Ele tinha grande apreço pela pintura, teve aula com mestres e dizia que viraria um pintor famoso – riu com a lembrança. – Porém, os anos e as perdas diminuíram seu tempo em frente aos quadros. Creio que seu último quadro foi o retrato da primeira esposa, mas de uma forma estranha já o ouvi dizer que aquele quadro não o pertence.

Sakura estava intrigada com as palavras de Juugo, mas agradeceu antes de partir para seguir seu patrão em um retorno perturbadoramente silencioso.