Caminhos Entrelaçados escrita por zariesk


Capítulo 3
Capitulo 03 – Perigo.


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capitulo chegando agora! Como eu amo atualizar rápido, e eu aposto que vocês amam muito mais não é?
O titulo meio que entrega o que vai acontecer, então não tenho muito o que falar, apenas aproveitem, espero contar com seus maravilhosos comentários.
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P.S: por causa de falhas técnicas eu não posso postar imagens neste capitulo, mas eu estarei postando na minha página do facebook, sugiro que deem uma passadinha lá e olhem para ver como são os personagens novos que aparecerão no capitulo.



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Capitulo 03 – Perigo.

— Como vãos as coisas na fronteira? – perguntou Naruto com os braços cruzados sobre a mesa.

— Igual a ontem, os Ibiribas e os Sagashimas se enfrentam, recuam e depois ficam se encarando – explicou Sai – algumas vezes eles cruzam a fronteira para dar a volta e atacar por trás.

— E quando fazem isso nós os botamos pra correr – disse Kiba que tinha voltado da batalha anterior.

O clã Ibiriba e Sagashima estavam em pé de guerra, ambos os clãs eram de pequenos países que faziam fronteira com o país do fogo, agora eles lutavam um com o outro e isso fazia a tensão na fronteira aumentar, de vez em quando alguns grupos cruzavam a fronteira pondo em risco os vilarejos próximos, então Konoha foi obrigada a tomar uma atitude enviando ninjas para a área, não se sabia quando isso ia acabar.

— Sabe, seria simples se você fosse lá e mostrasse quem é que manda – sugeria Kiba – faz aquele lance das 9 caudas e BAM!

— E depois? Sempre que as pessoas começarem a brigar eu vou lá e assusto elas? – perguntou Naruto – não é assim que devemos agir, as pessoas precisam se dar bem por conta própria e não porque alguém mais forte obrigou.

— É tão difícil ser certinho... – suspirava Kiba derrotado.

— Por isso ele é o Hokage e você não – provocou Sai.

— Hokage-sama, temos novos relatórios da fronteira – dizia Shizune chegando agora – agora a pouco teve mais uma luta e foi de grande escala, os jounins aumentaram a vigilância na área.

— Bom trabalho, vamos continuar assim e torcer pra que parem logo com isso – dizia Naruto – her... alguma notícia dos gennins?

— Não temos nenhuma notícia de vilarejos atacados, então deve estar tudo bem – respondeu ela – devo mandar alguém checar?

Naruto ficou pensativo, os gennins eram novatos demais para uma missão desse nível, mas mandar alguém vigia-los poderia estragar o crescimento deles, ele estava dividido entre o bom-senso de priorizar resultados e a expectativa sobre eles.

— Mande um chuunin ir de vila em vila checando a situação – pediu Naruto – eu gostaria de deixar isso nas mãos dos gennins, mas há muitos fatores envolvidos.

— Parece que o Naruto ficou bem mais racional – comentou Sai.

— Acho que minhas experiencias próprias mostram que imprevistos acontecem – disse Naruto rindo meio sem graça – vamos apenas garantir afinal.

Um chuunin foi despachado para visitar todas as vilas da fronteira, sua única missão era ver se estava tudo bem e reportar para Konoha, agora que o chuunin fora enviado Naruto estava um pouco mais tranquilo, mas ainda assim a situação da fronteira o preocupava, ele tinha medo que a chama desse conflito começasse um incêndio.

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— Coloque sua mão sobre a água – explicava Sumire – então faça o seu chakra fluir como ondas.

Boruto seguiu as instruções e pousou a palma da mão sobre a superfície da água, na verdade uma piscina infantil que emprestaram para o treinamento, assim que a água se tranquilizou Boruto liberou a primeira carga de chakra, o resultado foi a água se agitando como se uma mangueira tivesse sido aberta dentro dela, o resultado oposto do que lhe foi mostrado.

— Pode me mostrar de novo? – pediu Boruto humildemente.

Sumire sorriu e colocou a palma da mão na água, quando ela liberou o chakra pequenas ondulações foram vistas na água, ela foi aumentando a força do fluxo até que ondulações maiores saíssem, era como se alguém tivesse jogado uma pedra na piscina causando ondas.

Boruto novamente colocou a mão na água, ele cuidadosamente liberou chakra para tentar causar ondulações, mas tudo o que ele conseguiu foi produzir uma bolha como se alguém tivesse estourado um balão de ar embaixo d’água, a bolha ao subir produziu um som estranho como flatulência fazendo Sumire rir bastante.

— Eu vou pegar o jeito rapidinho, você vai ver – disse ele corado de vergonha.

Ele a fez rir novamente enquanto seus colegas observavam de longe, esta noite eles ficariam de folga da vigilância e por isso estavam patrulhando esta hora, mas como estava extremamente sossegado todos aproveitavam seu tempo para fazer qualquer outra coisa.

— Hei Mitsuki, você sabe por que a Sumire saiu da academia por um tempo? – perguntou Sarada observando os dois pombinhos.

A expressão do Mitsuki não mudou mas ele começou a pensar rápido por dentro, todos que viram Sumire ser presa foram instruídos a não falar uma palavra sobre o assunto, isso incluía o Shikadai, Inojin e o Denki também, sendo que estes últimos não sabiam a razão de tudo aquilo, embora alguém esperto com o Shikadai já tinha deduzido tudo.

— Já perguntou a ela? – perguntou Mitsuki.

— Já sim, ela disse que foram problemas pessoais – respondeu Sarada ajeitando os óculos – mas nada me tira da cabeça que vocês estão escondendo um segredo.

Sarada não podia falar muito sobre isso, ela mesma estava escondendo informações sobre o que aconteceu quando saiu para procurar seu pai, ao pensar nisso ele começou a imaginar que os problemas da Sumire eram do mesmo nível e que os envolvidos foram obrigados a guardar segredo, e se o Boruto não estava falando então o segredo era para o bem dela.

— Ah bem, isso não é importante – disse ela deixando o assunto morrer.

— Mas eles ficam bem juntos não acha? – perguntou Mitsuki.

— Está louco? Ele vai contamina-la com sua idiotice – disse ela com uma voz fria.

— Ora? Talvez você esteja com ciúmes? – perguntou ele.

Shikadai chegou e encontrou Mitsuki caído no chão com um galo na cabeça, Sarada saindo como se estivesse com raiva e duas garotas atrás de uma moita bisbilhotando um certo casalzinho, considerando que um conflito estava estourando a 20km de distância o clima neste vilarejo estava muito tranquilo, então ele deu de ombros e foi procurar um lugar pra relaxar.

— Su onee-chan, a mamãe está chamando pra almoçar – disse o menino se aproximando.

— Obrigado Kuki, eu já estou indo – respondeu Sumire super gentil.

— Onee-chan? – perguntou Boruto com um sorriso brincalhão.

— Ele começou a me chamar assim – disse ela envergonha – eu já vou agora, continue o treinamento.

— Pode deixar Su-nee – brincou Boruto batendo continência e a provocando.

Sumire fez uma careta pra ele e foi para a casa onde estava hospedada, ao chegar na porta já sentiu um cheiro muito bom, era o toque de comida caseira da qual ela sentia muita falta, após cumprimenta-los ela foi lavar as mãos e depois sentou-se à mesa.

— Muito obrigado pela comida – agradeceu ela tradicionalmente.

Sumire comia devagar e educadamente, mas dava pra notar a satisfação no rosto dela, era uma expressão de quem estava no paraíso e desfrutava de cada mordida, a verdade é que as habilidades culinárias dela eram comuns e por isso quando fazia refeições eram sempre simples, na maior parte das vezes ela comia alimentos já prontos.

— Sumire-chan, eu posso lhe perguntar uma coisa? – perguntou a senhora servindo mais comida.

— Vá em frente – respondeu Sumire provando da batatinha.

— Você por acaso mora sozinha? – perguntou ela.

Sumire foi pega de surpresa pela pergunta, ela mastigou e engoliu a comida que tinha na boca enquanto pegava um copo com água, a senhora notou que ela parecia triste agora e meio que se arrependeu de fazer a pergunta.

— Não ligue pra minha esposa, ela é muito curiosa – disse o senhor ainda comendo – as vezes ela é indelicada assim.

— Está tudo bem, não é como se eu estivesse ofendida – respondeu Sumire forçando um sorriso – mas como a senhora percebeu isso?

— Bem, é que você parece ter receio de ficar a vontade aqui – dizia ela suspirando – e agora fez uma expressão de quem nunca tinha provado uma comida assim, pensei que era alguém solitária.

— É verdade, eu estava sozinha desde muito cedo – respondeu ela olhando pro prato – mas agora eu tenho amigos, e fazendo parte de um time é como ter irmãs, eu não me sinto mais sozinha.

— A vida de ninja é mesmo dura não é? Eu fiquei com tanto medo naquela guerra, o chão tremia e o céu brilhava com os raios – dizia a senhora – mas no fundo os ninjas se arriscaram pra nos proteger, como vocês estão fazendo agora.

— É uma grande felicidade poder proteger vocês – respondeu ela com um sorriso verdadeiro.

A mulher ficou encantada com Sumire e pôs mais um prato de comida para ela, Sumire comeu tudo alegremente, mesmo que mais tarde isso tenha lhe dado dor de barriga, esse ambiente familiar era tudo o que ela sempre desejou.

******************************

— Então hoje é a Uchiha e o Yamanaka não é? – dizia o ANBU observando de longe.

Ele observava a dupla que subiu para a árvore mais alta das redondezas, Sarada e Inojin fariam a vigilância de hoje enquanto os outros dormiam, ainda que eles fossem muito amadores o ANBU até podia elogiar como estavam trabalhando direito, não que houvesse uma ameaça pra começar.

— Mas essa turma está cheia de problemáticos, começando pela Uchiha e passando pelo Uzumaki – dizia ele em reflexão – e agora tem o garoto do som e a traidora da raiz.

Entre os ANBU regulares houve uma intensa discussão sobre o que fazer a respeito da ANBU-ne, alguns membros da divisão clandestina se juntaram à formação oficial, outros se aposentaram e alguns desertaram, em especial o pai da Sumire, Shigaraki Tanuki era um dos poucos com força de liderança, ele arquitetou todo um projeto para destruir Konoha por dentro, e agora sua filha (que teve participação ativa no projeto) estava livre.

A ANBU solicitou várias vezes que Sumire fosse eliminada, ou no mínimo completamente isolada, mas o Hokage recusou-se veementemente a fazer isso, embora a lealdade da ANBU fosse inquestionável eles estavam muito incomodados com isso, eles sabiam que eventualmente isso iria se voltar contra a vila.

— Tem alguém vindo nessa direção – disse ele pra si mesmo ao sentir um fluxo de chakra.

O ANBU só tinha ordens para vigiar Sumire para evitar que ela fizesse besteira, se por algum motivo ela fosse entregar seus segredos deveria ser eliminada, então a presença de forças desconhecidas ativou sua missão.

Ele não tinha nenhum apego ou piedade pela Sumire, se ele tivesse certeza que os recém-chegados vieram por ela iria elimina-la agora mesmo, mas também havia a chance de serem membros dos clãs em conflito, nesse caso estaria fora de sua jurisdição cuidar deles.

Ele sentiu o chakra de 5 misteriosos se aproximando, deixando o seu esconderijo ele contornou a área para seguir por trás do grupo que se aproximava, se ele seguisse pela retaguarda deles poderia monitorar melhor seus movimentos, após fazer um bom desvio ele finalmente ficou no encalço deles, e viu quando eles pararam bem na borda da vila.

— Deve ser esse o lugar – disse o que estava na frente de todos.

— Então? Vamos destruir tudo e capturar quem tentar escapar? – perguntou uma mulher de cabelo azul.

— Isso não seria nada pratico, e quanto mais exagerarmos mais Konoha vai reagir – disse uma mulher loira do lado dela.

Até agora as palavras deles não indicavam qual era o seu objetivo, definitivamente eram hostis mas sem saber o que queriam atrasava sua decisão, o ANBU continuou escondido esperando obter mais informações ou uma abertura pra agir se fosse necessário.

— Não temos que nos preocupar com Konoha, eles estão ocupados com o conflito na fronteira – disse o que parecia ser o líder – isso veio bem a calhar para nós, é um sinal dos céus.

Agora o ANBU tinha certeza que eles não eram ninjas dos clãs em conflito, o objetivo deles era especificamente esta vila, e só havia uma razão para atacar este lugar: os gennins aqui presentes, certo disso o agente ANBU estava avaliando suas chances, ou ele matava os 5 inimigos ou matava o alvo mais provável deles.

Enquanto pensava ele ouviu movimento atrás de si e duas pequenas fontes de chakra, fracas o suficiente para serem confundidas com animais, ao se virar ele viu duas pessoas usando máscaras e mantos esfarrapados todo pretos, as duas pessoas que surgiram empunhavam armas estranhas e o atacaram com elas, o ANBU não teve trabalho em desviar mas isso revelou sua presença imediatamente, ao olhar pra cima ele viu todos os 5 inimigos a sua volta.

— Eu sabia que Konoha ia mandar um ANBU vigia-la, é fácil de prever seus movimentos – dizia o líder.

— “Eu reconheço o seu rosto, é o Hogo da ANBU-ne” – pensou o agente encurralado – então seu alvo é mesmo a Sumire.

— Exato, eu vim buscar o legado do nosso líder – respondeu o homem – então pode nos dizer em que casa ela está?

O ANBU jogou uma bomba de fumaça no chão e desapareceu da vista deles, seu objetivo era fazer parecer que ele fugira para se esconder, depois disso ele mataria Sumire na primeira chance que tivesse mesmo que precisasse morrer pra isso, qualquer outra coisa que acontecesse seria considerado dano colateral.

— Três deles são nukenins da folha – dizia o ANBU escondido 50m de distância dentro de arbustos – o mascarado e a mulher loira eu não conheço, e o que eram aquelas coisas que me atacaram por trás? Marionetes? Não, não havia ninguém controlando-os.

De repente os arbustos onde ele estava se escondendo se moveram e se enrolaram em seu corpo, imobilizado pelos arbustos ele viu os 5 inimigos aparecerem na frente dele com Hogo no meio.

— “O que aconteceu? Que tipo de jutsu é esse?” – perguntou-se o ANBU – “será possível que ele...”

— Pode me dizer em qual casa ela está? – perguntou Hogo.

— Pergunta estupida – disse o ANBU.

— Muito bem, ele é todo seu Izuri – ordenou Hogo olhando pro rapaz de trajes vermelhos e cabelo cinza.

Quando Izuri deu um passo a frente o ANBU murmurou uma palavra, logo seu corpo pegou fogo e ele foi consumido por chamas azuis, as chamas só levaram 5 segundos para reduzir seu corpo à cinzas, o acontecimento não afetou em nada os 5 ninjas presentes.

— Eu meio que já esperava por isso – disse Hogo suspirando.

— O que vamos fazer agora? Podemos ir de casa em casa procurando por ela – sugeriu a mulher de cabelo azul.

— Se fizermos isso vai gerar confusão e ela pode fugir no meio disso – respondeu Hogo – está tudo bem, ainda temos um dia até os jounins voltarem, quando ela se mostrar amanhã vamos pega-la.

— E se os outros gennins interferirem? – perguntou Izuri.

— Não me agrada matar gennins, mas se eles interferirem responderemos à altura – respondeu ele – nosso objetivo é um só: recuperar o legado do nosso líder.

O grupo se dispersou deixando para trás uma pilha de cinzas, logo eles sumiram na escuridão como se nunca tivessem existido.

****************************

— Alguma coisa aconteceu aqui – disse Mitsuki olhando os vestígios.

— Que tipo de coisa? – perguntou Shikadai já imaginando problemas.

— Isso aqui são vestígios de bomba de fumaça – dizia Mitsuki apontando para a grama no chão – e essas pegadas fundas ao lado indicam que alguém saltou lá de cima até aqui.

— Que chateação, não podíamos ter uma missão tranquila? – reclamou Shikadai.

Mitsuki fez alguns selos e 12 serpentes saíram de suas mangas, elas se espalharam pelo terreno procurando mais pistas dos eventos ocorridos ontem a noite, levou 10 minutos para ele ter uma noção geral do que aconteceu e começar a explicar para o Shikadai.

— Um total de 5 pessoas estavam se movendo pelas árvores, depois elas se espalharam pela área – explicava ele – havia mais um que foi o que usou a bomba de fumaça, este foi perseguido.

— Então teve uma luta aqui? Como a Sarada e o Inojin não viram isso? – perguntou-se Shikadai.

— Bom estamos do lado oposto do ponto de vigia, talvez tenha sido uma emboscada – explicou Mitsuki – parece que tem mais alguma coisa.

Eles caminharam até uma árvore e deram a volta nela, lá encontraram o terreno queimado e uma pilha de cinzas, como não havia marcas externas dava pra deduzir que o fogo começou espontaneamente e acabou igualmente rápido.

— Mas o que diabos aconteceu aqui? – perguntou Shikadai sem entender nada.

— Acabei de perceber que o ANBU vigiando a Sumire sumiu – comentou Mitsuki.

— Hã? Que história é essa? – perguntou Shikadai – espera, acho que eu não quero saber.

— Os agentes da ANBU tem um jutsu de suicídio que destrói completamente seu corpo – explicava Mitsuki – creio que essa pilha de cinzas seja o que restou dele.

Os dois chegaram a conclusão que um grupo misterioso visitou a vila no meio da madrugada, o ANBU que estava de vigilância foi emboscado e morto, mas depois disso não dava pra ter ideia do que aconteceu ou para onde foi esse grupo misterioso.

— E então? O que vamos fazer? – perguntou Mitsuki.

— Como eu vou saber? Eu só queria ir pra casa e receber o pagamento – dizia Shikadai encostando na árvore e olhando pra cima – bem, temos que saber qual é o objetivo deles, se é essa vila, se somos nós ou a Sumire em especifico.

— Essa vila não tem nenhum valor estratégico, não há porque ataca-la – dizia Mitsuki – alguns de nós tem um certo valor mas não acho que iriam mobilizar uma equipe pra isso.

— Então o alvo é a Sumire mesmo, que saco... – dizia Shikadai – vamos chama-la discretamente para avisar, e dependendo da situação o melhor a fazer seria ela ir embora.

Shikadai já estava imaginando o escândalo que o Boruto iria fazer, após o incidente fantasma ele parecia proteger a Sumire e ajudá-la a se enturmar, se ele soubesse que um grupo misterioso estava atrás dela iria fazer uma bagunça infernal para resolver isso, Shikadai não odiava Sumire mas não tinha o mesmo apego por ela, colocar outras pessoas em risco para protege-la parecia irracional demais.

— Bem, é do Boruto que estamos falando – dizia ele – racionalidade não é o seu ponto forte.

Os dois tomaram o caminho para o vilarejo para encontrar a Sumire e falar sobre o problema, ela assim como os outros gennins estavam recebendo missões rank-D do povo para se manterem ocupados e fazer um dinheiro extra, normalmente pegar missões por conta própria era proibido pela vila, mas se o time estivesse na área e fosse solicitada uma missão de emergência não teria problema, só que classificar missão rank-D como emergência seria no mínimo abusivo, então dependeria exclusivamente do Hokage aceitar.

— Sumire-chan, não está cansada? – perguntou a senhora que cuidava dela.

— Ah não, isso é muito simples – disse ela enquanto cavava buracos na terra.

A família que a hospedava pediu para ela cuidar do jardim, por isso Sumire estava replantando as flores de forma organizada, uma das poucas frivolidades (segundo seu pai) que ela aprendeu foi sobre jardinagem, afinal para se passar por uma garota normal e inofensiva ela precisava ter algum conhecimento sobre coisas banais, na verdade todo agente ANBU tinha um treinamento assim.

— Parece que o Kuki saiu pra brincar de novo, e depois de tantos avisos... – reclamava a senhora – falamos pras crianças que é proibido sair para a floresta enquanto essa crise não acabasse.

— Eu posso ir chama-lo, estão na casa da árvore não é? – perguntou ela.

— Sinto muito, estamos abusando da sua boa-vontade – disse a senhora sentida.

— Não é um problema pra mim, de qualquer jeito é nossa missão cuidar de vocês – respondeu ela – além do mais eu gosto dele, e de vocês também.

Sumire tirou a sujeira do corpo e foi para a floresta onde as crianças tinham uma casa na árvore, os moradores disseram que ela estava lá desde antes da 4º guerra ninja, por isso era um tesouro pras crianças, elas gostavam de ficar brincando de ninja o dia inteiro ao redor dela.

Ao chegar ela logo avistou a casinha construída com todo cuidado na árvore, o espaço em volta era bem plano e só tinha grama, perfeito para as crianças brincarem, mas não havia nenhuma criança correndo em volta, então elas deviam estar na casa, com um único salto Sumire pulou para a porta da casinha onde avistou as crianças dormindo.

— Mas o dia mal começou – disse Sumire imaginando se ela brincaram até cansar.

Ela não achou isso normal e entrou para investigar, Sumire sentiu um estranho cheiro no ar como se um incenso tivesse sido aceso, ela olhou em volta mas não encontrou nada diferente, só que as crianças não acordavam, além disso Kuki não estava presente, o que era muito suspeito.

— Su onee-chan – disse alguém atrás dela.

Sumire se virou ao reconhecer a voz do Kuki mas tomou um susto ao vê-lo usando uma máscara ANBU, além disso ele tinha selamentos se espalhando pelo corpo, Sumire não teve dúvida nenhuma agora de que um ninja estava envolvido.

— Eu já ia chama-la, que bom que veio por conta própria – dizia o pequeno menino de 5 anos com um tom que não era dele.

— Você o está controlando não é? Quem é você? – perguntou ela aflita.

— Se quiser saber basta seguir este menino – disse ele já descendo as escadas – venha logo ou algo ruim pode acontecer.

Ele pulou os últimos degraus e saiu correndo em direção mais afundo na floresta, Sumire pensou em ir chamar os outros mas não havia tempo para isso, ela simplesmente correu atrás do menino, quando ele chegou em outra clareira parou e sentou no chão, Sumire chegou logo depois e viu 5 pessoas mais ao fundo, a pessoa no meio parecia familiar para ela.

— Seja bem-vinda Shigaraki Sumire – cumprimentou o homem no meio.

— Quem é você? Como conhece esse nome? – perguntou ela.

— É claro que eu o conheço, seu pai e eu trabalhamos juntos na ANBU-ne – respondeu ele – você não deve lembrar de mim, meu nome é Hogo, na ANBU-ne seu pai cuidava da divisão de inteligência enquanto eu cuidava da espionagem interna.

— P que você quer de mim? – perguntou ela.

— Não é obvio? Queremos o legado do nosso mestre Danzo-sama – respondeu ele – seu pai ficou encarregado de pesquisar e concluir o gozu tennou.

— E ele confiou a você o dever de usá-lo – disse uma mulher de cabelo azul – mas você falhou miseravelmente!

— Calma Mitaba, não podemos culpa-la por tudo afinal – disse Hogo – era muita responsabilidade para uma criança, o Tanuki-san queria ter feito com as próprias mãos mas não tinha condições, então confiou à sua filha.

— É tarde demais agora, eu não tenho mais o gozu tennou – avisou ela – o jutsu foi destruído naquele dia, então desistam agora!

— Eu estou ciente disso, eu pesquisei bastante para não cometer erros, espionagem interna é o meu forte afinal – respondeu Hogo – mesmo que o jutsu tenha sido destruído ainda podemos recupera-lo, com a sua ajuda podemos reviver o legado do Danzo-sama.

— Eu me recuso, não irei cooperar pra causar mal à Konoha! – disse ela.

— Bem, você ouviu chefe – disse Izuri suspirando – já que não podemos fazer do jeito fácil...

Ele olhou para o mascarado ao seu lado que fez um selo com a mão, nesse momento Kuki que esteve sentado o tempo todo pegou uma kunai do bolso e apontou para o próprio pescoço, Sumire fez uma cara de espanto e medo ao ver isso.

— Você vai usar uma criança como refém!? – perguntou ela tremendo.

— Não me agrada nem um pouco, mesmo na ANBU-ne matar crianças era mal visto – respondeu Hogo – então não me obrigue a cometer este tabu ok?

A mulher chamada Mitaba caminhou na direção dela, Sumire estava aflita sobre o que ia acontecer, então num ato de desespero ela pegou uma kunai e apontou para o próprio pescoço.

— O que pensa que está fazendo? – perguntou Hogo.

— Se der mais um passo eu juro que me mato! – ameaçou ela encostando a kunai na pele – liberte o Kuki e deixe esta vila em paz, se fizer isso eu me entrego!

— Então você virá sem resistência? – perguntou Hogo – tudo bem, podemos negociar isso.

Hogo olhou para o mascarado que fez outro selo com a mão, nesse momento a máscara no rosto do Kuki caiu no chão enquanto os selamentos em seu corpo sumiam, assim que sumiram o menino caiu inconsciente, Sumire derrotada caiu ajoelhada no chão chorando.

— Você é uma desgraça que só dá trabalho! – reclamou Mitaba dando um tapa na cara dela.

— Calma Mitaba, quantas vezes você foi repreendida por seu temperamento? – perguntou Hogo – devemos evitar mortes desnecessária.

— Você diz isso mas pretende destruir Konoha – disse Sumire chorando.

— Não seja hipócrita, você tentou a mesma coisa – repreendeu Izuri – seus colegas sabem que você ia explodi-los junto com todos que eles conhecem?

Ouvir isso fez ela sentir uma enorme dor, Hogo vendo que ela já estava sob controle mandou Mitaba amarra-la e assim todo o grupo saiu carregando-a, depois que eles se foram uma pequena serpente branca saiu de um mato e olho ao redor, não levou muito tempo para que Mitsuki ficasse sabendo o que aconteceu, mas definitivamente não havia como ir atrás do grupo agora.

Continua.


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Notas finais do capítulo

Sumire foi levada pelos ninjas renegados, o que será que vai acontecer agora? (hahhahahah aposto que todo mundo sabe o que vai acontecer)
Notaram que este capitulo foi maiorzinho em relação aos outros? O motivo disso é que intencionalmente cheguei na parte que eu queria, então eu vou dar uma pausa para atualizar as outras fics, lidem com isso *risada maligna ao fundo*



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