Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 29
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Hello my friends! Como prometido, voltei bem brevemente mesmo, pra postar o epílogo!
Espero que gostem da finalização dessa história que fiz com tanto carinho.
Boa leitura!



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Pov's Peeta

— Não, não! Definitivamente não! - declarei, indignado.

— Querido, não exagera. - Katniss respondeu pacientemente, sentando-se na beira da nossa cama enquanto me observava com um olhar divertido.

— Exagerar? Katniss, faça me o favor. Isso é um absurdo, ok? - continuei com minha indignação, andando de um lado para outro.

— Não, não é um absurdo. É adolescência que chama! - ela ri.

— É o inferno, isso sim! - revido, um pouco irritado com o fato dela não estar surtando comigo.

— Ai meu Deus. Não precisa de tanto drama, Peeta! - Kat revira os olhos.

— Drama coisa nenhuma! Sério, isso é demais pra minha sanidade mental. Quer dizer, eu pude aceitar o fato de que Manuela mudou da escola de ensino infantil e agora pode ir pro colégio sozinha. Ou quando ela decidiu que não precisava mais dormir com o Olaf todas as noites. E quando ela pediu um celular de presente ao invés de uma boneca. Ou quando deixou de ter como livros preferidos O mágico de Oz e Alice no país das maravilhas, e passou a ler romances do John Green e Nicholas Sparkes. Ou quando me pedir pra levá-la no cinema, mas só para deixá-la sozinha com as amigas sem um adulto por perto. Eu aceito até mesmo o fato dela precisar usar absorvente agora. Mas, isso é demais pra mim. - despejo tudo, indignado e completamente surtado.

— Eu sei que é horrível. Mas Manuela já tem 15 anos. Em 3 anos vai ser maior de idade. Infelizmente, ela não vai ser nossa garotinha pra sempre, querido! - Kat continua calmamente tentando me acalmar.

— Katniss, pelo amor de Deus, você realmente não tá nem um pouco irritada por saber que daqui a pouco vai aparecer um projetinho de homem aqui na nossa porta pra pedir permissão para namorar nossa filha? É sério? - questiono, passando a mão no cabelo, um tanto nervoso.

— Por mais que seja estupidamente sexy essa sua pose de pai super protetor e por algum motivo isso me deixa realmente excitada, a gente precisa resolver essa questão agora, porque em duas horas nossas visitas chegam pro jantar e não dá pra perder tempo. - a morena fala cruzando os braços sobre o peito, me fazendo revirar os olhos.

— Eu tô falando sério, Katniss! - respondo, mal humorado.

— Eu também, ué! Ah, Peeta, vamos lá, não é o fim do mundo. A gente não pode evitar o ciclo da vida e impedir que nossa filha cresça. - é a vez dela revirar os olhos.

— Talvez a gente possa prende-la no quarto e evitar que ela tenha contato com qualquer garoto no planeta, pelo menos até os 30. - dou de ombros. Ela ri.

— Tá legal, amor. Senta aqui. - ela dá duas batidinhas ao seu lado na cama. Atendo seu pedido e olho para ela com uma sobrancelha levantada.

— Você realmente não se importa? Quer dizer, ela disse que quer ter um namorado. Um namorado, Katniss! - bufo, irritado.

— Óbvio que me importo. Isso é tão horrível pra mim quanto pra você! Mas vamos ver pelo lado bom, sim? - ela diz.

— Qual o lado bom de um moleque qualquer tocando ou beijando minha filha? - revido mais uma vez. Deus, eu não estava preparado pra esse momento, definitivamente.

— O lado bom é que, graças a Deus, nossa filha é uma boa menina, Peeta. Ela, diferente da maioria dos adolescentes que vemos por aí, é uma garota sensata e responsável. E teve a decência de vir falar com a gente antes de agir por impulso e fazer um monte de merda escondida. - ela começa, me fazendo pensar nisso por um momento. - Você já foi adolescente, amor. Sabe muito bem que ela vai fazer isso, de uma forma ou de outra. É inevitável! São duas crianças apaixonadinhas e cheias de hormônios. Então, meu bem, você há de concordar que, já que nós sabemos que vai acontecer de todo jeito, é melhor que seja sob nosso teto e supervisão, certo? Afinal, se ficarmos sendo resistentes, só vai fazer com que aconteça pelas nossas costas, o que consequentemente abre um leque de possibilidades de merdas e coisas erradas ocasionados pela imaturidade da idade e os hormônios a flor da pele. Enquanto que, se aceitarmos de uma vez e sermos os pais sensatos e legais, pelo menos vai ser tudo sob nossa supervisão e orientação, diminuindo os riscos de merdas, ok? - minha esposa completa seu discurso e, por mais que eu odeie ter que admitir, ela tem razão. Infelizmente tem, e sou obrigado a concordar.

— Porra! - exclamo, passando a mão no cabelo mais uma vez. - Você tem razão, eu sei. - concordo suspirando, me dando por vencido.

— É claro que eu tenho razão! - ela dá de ombros.

— Mesmo assim, devo dizer que finalmente entendi o que seu pai sentia por mim no começo. Honestamente, não vou julgá-lo, porque ainda quero matar esse tal garoto. - assumo fazendo-a rir mais uma vez.

— É, e hoje ele ama você! As coisas mudam. - alega ela.

— Isso não significa que eu vou amar o menino! - informo.

— Mas você vai ser gentil com ele, no mínimo! - ela ordena, séria.

— Talvez! - dou de ombros mais uma vez.

— Peeta! - diz meu nome em tom de repreensão.

— Tá, tanto faz. - reviro os olhos e bufo de novo.

— Você vai sobreviver amor, não se preocupe! - Katniss sorri e leva uma mão a minha bochecha direita acariciando o local.

— Eu não tenho tanta certeza! - digo e ela balança a cabeça, rindo.

— É melhor se preparar. Ainda tem mais um daqui uns anos! Acha que com Danny vai ser mais fácil? - ela gargalha da careta que faço ao lembrar desse detalhe.

— Por que mesmo a gente decidiu ter outro filho? - brinco e acabo rindo também.

— Tá legal, é melhor você ir tomar um banho pra aliviar essa tensão e todo esse drama, gatinho. Porque agora só faltam uma hora e meia pro jantar. - constata, verificando a hora no celular.

— Vamos comigo, pra me ajudar a relaxar. - chamo, passando meu braço direito por sua cintura e beijando seu pescoço. Faço um carinho com a ponta do nariz naquele região e depois deixo uma mordida leve no mesmo local, causando um arrepio em sua pele sensível. Minhas mãos já estavam de baixo da blusa que minha esposa estava vestida, mas antes que eu pudesse chegar até seus seios cobertos pelo sutiã, ela seguras minhas mãos e me empurra pra trás suavemente, apenas para me fazer desgrudar dela.

— Nada disso. Eu vou ligar pra sua mãe pra confirmar o horário do jantar e algumas outras coisas sobre. - explica ela, mas ainda deposita um selinho em meus lábios antes de se levantar da cama.

— Cadê o Danny que até agora não voltou da casa da Joh? - pergunto, percebendo que fazia bastante tempo desde que cheguei do trabalho e meu filho ainda não aparecera.

— Johanna aproveitou o dia de folga e levou ele e o Andrew e mais dois coleguinhas da escola pra assistir um filme no cinema. - a morena conta, enquanto prende o cabelo em um rabo de cavalo, alegando que iria ajudar Greasy, que como um anjo nas nossas vidas continua sendo nossa babá e cozinheira quando Kat e eu não podemos. Hoje, em especial, Katniss pediu pra ela fazer a comida para o jantar que contará com a presença dos nossos melhores amigos e vizinhos, meus pais, Haymitch e Effie e, claro, o tal do garoto quer quer namorar minha filha.

— Ela levou 4 crianças de 5 anos pro cinema sozinha? Que coragem. - brinco e ela concorda, rindo.

— Pois é! Danniel e Andrew juntos já são um terror, imagina 4. - comenta. De fato. Nosso filho e o filho de Finnick e Johanna são da mesma idade, apenas 4 meses de diferença entre um e outro. Como somos vizinhos, os meninos vivem juntos. Então, já dá pra imaginar o que eles aprontam, né? Na época, Katniss e Johanna amaram o fato de, coincidentemente, terem engravidado tão perto. E, claro, todos adoramos a ideia de nossos filhos crescerem juntos como melhores amigos, assim como eu e Finnick e minha esposa e a esposa do meu amigo.

— Zero chance de você vir comigo? - insisto, abraçando sua cintura por trás. Ela ri.

— Sim, zero chance! - a morena vira para me olhar e passa os braços ao redor do meu pescoço. Faço um bico manhoso engraçado e ela ri.

— Prometo te recompensar mais tarde. - promete, desmanchando meu bico com uma mordidinha no meu lábio inferior.

— Mal posso esperar! - sorrio malicioso e beijo-a pra valer, dessa vez. Quando o ar nos falta, ela separa seus lábios dos meus, ofegante.

— Já chega. E melhor você ir pro banheiro logo, gatinho. - ela ri ao notar a situação entre minhas pernas, deposita mais um selinho rápido seguido por mais uma mordida no meu lábio inferior, ao mesmo tempo que leva uma mão até meu membro rígido, apertando-o por cima da calça, me fazendo soltar um gemido rouco e inesperado. Então se desvencilha dos meus braços e sai do quarto rebolando mais que o necessário e com um sorrisinho malicioso brincando no canto dos lábios deliciosos dela! Eu já disse o quanto é impressionante a capacidade que Katniss tem de mexer completamente com todo meu corpo e mente apenas com a presença dela? Mesmo já fazendo 8 anos que estamos juntos! Porra! Eu sou um puta sortudo, não? Que mulherão da porra eu fui arrumar.

***

— Mamãeeeeeee! - um Danniel entrou na cozinha gritando atrás de Katniss.

— Que isso, menino? - Kat perguntou levantando uma sobrancelha encarando o pequeno.

— Ele chegou! - Danny falou sentando numa cadeira. Greasy tinha acabado de terminar o jantar e Katniss e eu estávamos ajudando-a a colocar a mesa. 

— Quem chegou? - a morena questiona sem entender.

— O bobão que quer namorar a Manu. - o pequeno explica, cruzando os braços sobre o peito e fazendo bico.

— Mas já? - Greasy quem perguntou dessa vez, olhando no relógio e percebendo que era 20:00 em ponto, e nossos convidados provavelmente ainda estavam a caminho.

— Ele é pontual! - Katniss constatou, talvez tentando me fazer enxergar alguma boa característica no garoto.

— Isso não quer dizer nada! - dou de ombros. - Vem! - deixei os copos que segurava no mesmo instante e sai puxando Katniss pela mão até a sala. Manuela estava vindo da porta com o garoto ao lado. Ele era razoavelmente mais alto que ela, moreno, tinha os cabelos castanhos e olhos meio esverdeados. Estava muito bem vestido e claramente tenso. Sorri. É bom que esteja nervoso mesmo, rapaz.

— Seja gentil! - Kat sussurrou no meu ouvido, parando ao meu lado quando já estávamos próximos dos outros dois.

— Papai, mamãe, esse é o Jackson! - Manuela apresenta, fazendo o garoto que até então estava de cabeça baixa, levantar o olhar para nos encarar.

— O... olá! Senhor e senhora Mellark, é um prazer conhecê-los. - ele disse educadamente, estendendo a mão para um aperto de mãos com minha esposa, que sorriu para ele, e depois para mim. Segurei firmemente em sua mão, o analisando de cima a baixo, enquanto o menino extremamente nervoso, engoliu seco disfarçadamente e tentava não tremer tanto.

— O prazer é nosso, Jackson! Que bom que veio. - Katniss diz, educadamente.

— Sim, que bom que veio! Temos muito o que conversar, rapaz. - dou meu melhor sorriso falso e me esforço para ser gentil. Mas, não vou mentir, ainda quero expulsá-lo.

— Por que a gente não senta? - Manu sugere, apontando o sofá.

Seguimos até os sofás e nos sentamos. Eu, Katniss do meu lado e no sofá da frente Manuela e o rapaz, que parecia com medo de sentar muito próximo a minha filha. Antes que pudéssemos falar algo mais, o caçula da casa chega correndo, sendo seguido por Greasy. A mais velha cumprimenta o menino depois de Manu apresentá-la.

— Eu sou Danniel! - o loirinho fala, antes que alguém possa o apresentar.

— Oi! Manu fala muito de você, Danniel. - Jackson diz, sorrindo pro meu filho.

— É, porque eu sou o preferido dela! É melhor você saber disso. - o pequeno retruca. Acabo rindo. Manu nega com a cabeça e cora. Katniss arregala os olhos, surpresa com a atitude do pequeno. Já havíamos reparado que ele estava com ciúmes desde o momento que Manuela falou que Jackson viria, mas realmente não esperávamos isso.

— Danniel! - minha esposa fala em tom de repreensão.

— Que foi, mamãe? É verdade! - ele dá de ombros.

— Tudo bem! Eu já sabia disso. - o novato fala, parecendo realmente não ofendido. Manu ri.

— Eu te disse que ele era ciumento. - minha filha fala.

— Eu não sou ciumento coisa nenhuma. Só não quero um bobão roubando minha irmã. - o loirinho volta a falar e apesar de achar engraçado, sou obrigado a repreende-lo dessa vez.

— Danniel, pare com isso e seja educado! - falo bravo e ele suspira, parecendo indignado por ter que obedecer.

— E fica aqui quietinho se não quiser ficar de castigo! - Katniss diz nervosa e aponta o acento do sofá ao lado dela, mandando o menor sentar. Ele obedece, mas mantém um bico emburrado nos lábios.

***

Passamos quase meia hora conversando com o rapaz. Ou melhor dizendo, especulando a vida dele. Mesmo que ainda seja difícil aceitar a ideia, tive que assumir que ele me parece um bom menino. É inteligente, aparentemente tem uma boa visão e intenção de futuro. É bastante educado e muito respeitoso. Tanto comigo e Katniss, como com Manuela. Além do fato de realmente se esforçar pra agradar não somente minha esposa e eu, como também seu mais novo mine cunhado ciumento. Quando por fim meus pais chegaram, juntamente com Haymitch e Effie e logo depois Johanna, Finnick e Andrew, Jackson também se esforçara bastante pra conseguir o apreço de cada um deles. E conseguira. Bom, do meu pai foi o mais difícil de todos. Mas, no final das contas, quando já estávamos terminando o jantar, senhor Richard Mellark acabou relevando e dando por vencido, assim como eu, e aceitando o rapaz.

— Eu gostaria de falar uma coisa. - Jackson fala, pouco antes de Greasy servir a sobremesa, chamando a atenção de todos presentes na mesa. Ele olha pra mim e Katniss, confirmando nossa permissão. Então volta a falar depois que ela sorri e eu assinto.

— Eu quero aproveitar que estão todos vocês aqui pra, oficialmente, pedir a permissão de vocês que são a família da Manu, mas principalmente do senhor e senhora Mellark, para namorar a Manuela. - ele começa, completamente nervoso, suando e tremendo um pouco. Acabo até sentindo um pouco de pena dele! Jackson sorri para minha filha, corre os olhos por todos os presentes e então para em mim e Katniss. - Eu gosto muito da Manu, de verdade! E quero que ela seja minha namorada. E quero fazer isso direito! Então, senhor e senhora Mellark, vocês permitem - finaliza, ansioso olhando para nós. Katniss olha para mim, que continuo encarando o menino com uma sobrancelha arqueada. Consigo notar a tensão do rapaz e, honestamente, até me divirto um pouco com essa história de causar medo nele. Mas, como Katniss e eu já havíamos conversado mais cedo e eu acabei concordo que ela tinha razão, então confirmo com a cabeça. Olho para minha esposa que sorri para mim e então ambos voltamos a olhar pra ele.

— Nós permitimos! - dizemos em uníssono, fazendo o menino abrir um sorriso do tamanho do rosto, assim como minha filha. Ele dois trocam um olhar e sorriem um para o outro, depois olham novamente para todos os presentes, que também sorriem pra eles.

— Mas, é melhor andar na linha, rapaz. Eu vou ficar de olho em você! - aviso, sério e ele imediatamente assente com a cabeça.

— Eu também! - minha esposa concorda comigo.

— Eu também! - meu pai dessa vez.

— Na real, meu jovem, todos nós estaremos de olho em você, só pra ficar claro. - Finnick fala nos fazendo rir e, como se fosse ensaiado, todos concordarmos com a cabeça.

— Eu prometo que serei muito bom pra ela! - assegura e sorri mais uma vez para minha filha. - Tudo bem pra você, Danny? - Jackson pergunta pro pequeno, que desistira de ficar emburrado quando Finnick e Johanna chegaram trazendo o melhor amigo do meu filho.

— É, acho que sim! - o loirinho confirma. Agora o adolescente já não era tão desprezado por ele e nem por Andrew, já que descobriram que o jovem também é um grande fã de Star Wars, assim como os dois caçulinhas.

— Então, um brinde ao novo casal! - Johanna fala, erguendo o copo de suco de laranja, seguida por todos.

— Tá bem, eu também quero falar! - Katniss quem diz, dessa vez.

— Vai pedir nossa permissão pra namorar o Peeta, Katniss? - meu pai faz piada, fazendo todos rirem.

— Honestamente Richard, tô quase pedindo permissão pra devolver ele pra vocês, isso sim. - a morena fala, fazendo as gargalhadas ecoarem.

— Eu te entendo, querida! Mas já basta Richard lá em casa. Vamos dividir, senão eu não aguento. - minha mãe dessa vez.

— Ah, nossa. Como as madames estão engraçadinhas hoje, não? - falo revirando os olhos, mas acabo rindo também.

— Liga não, Peeta! Elas falam assim, mas não conseguem ficar longe da gente por muito tempo. - Finnick ri e Johanna revira os olhos.

— Até parece! - a morena retruca.

— É verdade! Effie reclama, mas não vive sem mim, né meu docinho? - Haymitch fala, apertando a bochecha da esposa.

— Haymitch, menos né. - é a vez da loira revirar os olhos, tirando as mãos do marido da bochecha dela.

— Tá bem, sério agora, me deixem falar. - minha esposa chama a atenção para ela novamente. - Bom, amanhã é nosso aniversário de casamento. E, já que estamos todos aqui eu quero aproveitar pra comemorar isso também, com vocês. - ela começa, sorrindo para mim e depois pra todo o resto.

— Então vamos brindar a isso também! - Finnick fala.

— À Peeta e Katniss e mais um ano dessa abençoada união! - meu pai fala, erguendo o copo e todos fazem o mesmo, brindando de novo.

— Viva nós! - digo e deposito um selinho rápido nos lábios de Katniss.

— Certo, certo! Obrigada pelo brinde, mas eu ainda não terminei. - ela ri. - Bom, eu tenho um presente pra você, querido! - ela fala e se levanta, indo até a sala e voltando rapidamente com um embrulho quadrado na mão. Levanto uma sobrancelha, surpreso por não esperar. Geralmente nós trocamos presentes no aniversário de casamento, mas achei que faríamos isso amanhã, quando saíssemos pra jantar sozinhos como de costume! Ainda assim, aceitei o embrulho. A atenção estava totalmente voltada para mim, com todos curiosos para saber o que era o presente. Então rasguei o papel, revelando uma caixinha de madeira pequena e bem decorada.

Quando abri a caixa, encontrei duas coisas. Tinha o presente de fato e um bilhete. Era um par de sapatos. Não, não um sapato para mim. Um mine sapato, que cabiam apenas meus dedos. Era de lã e na cor branca! É exatamente o que estão pensando: Um sapato de bebê.

Calcei os sapatinhos nos dedos indicador e médio da mão direita, revelando o presente para todo mundo, que já estavam com expressões surpresas no rosto. Então peguei o bilhete lendo as palavras, já com os olhos cheios de água. "Papai em dose tripla! Parabéns, daddy shark." e um coração. Li em voz alta, pra que todos confirmassem o que já sabíamos e fui obrigado a rir com a parte final do bilhete.

Minha mãe, Johanna e Effie já estavam chorando, emocionadas! Tanto meu pai quanto Haymitch e Finnick estavam com caras de paspalhos, com sorrisos enormes. Manuela estava claramente empolgada, com um sorriso do tamanho do rosto e as duas mãos nas bochechas, surpresa. Jackson sorria. Os dois pequenos sorriam também, mesmo sem terem certeza se haviam entendido o que tava acontecendo! Me coloquei de pé ao lado da minha esposa encarando-a. Ela sorria abertamente pra mim, com seu sorriso de tirar o fôlego que eu tanto amo.

— Você tá grávida! - falei em voz alta, só pra afirmar. Ela confirmou com a cabeça. Meu sorriso se alargou ainda mais e as lágrimas começaram a escorrer livremente. Abracei Katniss, apertando-a nos meus braços enquanto ria e chorava ao mesmo tempo. Desfiz o abraço apenas para segurar nos dois lados de sua cabeça e beijá-la pra valer. Depois de um beijo longo e de tirar o fôlego que eu realmente não me importei que tínhamos platéia, separei nossos lábios para poder olhar em seus olhos cinzas.

— Você tá grávida! - repeti, adorando dizer isso para minha esposa mais uma vez na nossa vida. Nossos sorrisos estavam enormes e não se desfaziam. Novamente ela assentiu com a cabeça.

— Vamos ser pais... De novo! - ela riu, fazendo todos os presentes acompanharem.

— É! Vamos ser pais de novo! - repeti, rindo e abraçando minha esposa e Danniel que viera correndo para o colo dela, sorridente e animado com a notícia e com o outro braço abracei Manuela que também viera correndo nos abraçar sorridente e animada, enquanto todos sorriam, choravam de emoção e faziam fila para nos abraçar também.

O que começou com uma noite inesperada, se tornou em um linda e feliz familia. Porque não importa o quanto você planeje, escreva e siga a risca seus planos. As vezes a vida vem, bagunça e tira tudo do lugar. E as coisas simplesmente acontecem, sem planos, sem aguardar. E, de repente, isso pode se tornar a melhor coisa que você poderia esperar...


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Notas finais do capítulo

E FIM, oficialmente!
Novamente quero agradecer a todas que acompanharam essa história que eu amei muito escrever! Espero que tenham gostado, de coração.
E, claro, pra não perder o costume podem comentar. Me contem o que acharam, opinem. Eu digo todas as vezes e vou repetir: Adoro ler o que vocês têm a dizer.

Obrigada, obrigada mais uma vez!

Espero ver todas nos comentários da minha próxima história, que como prometido já está saindo! Inclusive, já postei o primeiro capítulo. O nome dela é "Amor é acaso". Corram lá pra dar uma olhada.

Beijos enormes no coração! Até mais ♥♥



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