Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 26
Selvagens


Notas iniciais do capítulo

Olá meus nenéns ♥ Estou aqui como o prometido para o último capítulo de EATO, hein! Quem diria que nós fôssemos conseguir concluir essa história em tão pouco tempo!

Esse é teoricamente o último, maaas ainda teremos os epílogos (que serão dois). Então sem chorôrô ainda que ainda tem muita coisa pra rolar!

Queria muito agradecer aos comentários do último capítulo ♥ Sério, vocês são uns amorzinhos! E espero que possam apreciar esse capítulo bem grandão que fiz com bastante carinho ♥

Nos vemos nas notas finais, e boa leitura :)



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Pov Narrador:

“Oliver se acalme...” John tenta se aproximar.

“Como não pensei nisso antes, John...” diz dando de um lado para o outro.

“Esse tempo todo estava tudo debaixo do nosso nariz.” passa as mãos pelo rosto.

“Você não tinha como saber, Ollie.” Thea diz tocando em seu ombro.

“Era minha responsabilidade saber, Thea. Eu estive naquele galpão duas vezes!” Oliver vocifera se afastando. “Precisamos ir agora!”

“Oliver, pela quinta vez, precisamos esperar a ARGUS.” John alerta.

 “Já tem alguma atualização do Anatoly sobre Chase?” ele pergunta.

“Helena disse que haviam o achado antes de sair.” Thea diz.

“Espera... Onde está Helena?” Oliver pergunta de repente não a notando na sala.

“Ela disse que precisava fumar.” Thea fala encolhendo os ombros.

“Droga, droga... John, precisamos ir.” Oliver murmura indo até o casaco.

“Por que? ” Tommy pergunta

“Helena não fuma.” diz com um ligeiro aperto no estômago. “Ela sabe agora onde está Isabel. E foi para lá!”

“Ela vai matá-la, Oliver.” John conclui em um arregalar de olhos.

“Precisamos agir agora.” diz com um estômago em um reboliço.

“Espera, mas e o plano de esperar e fazer a troca do Chase pela Felicity?” Tommy pergunta em apreensão.

“Não temos tempo. Agora que já sabemos onde eles estão não a vale a pena esperar mais do que já esperamos.” murmura para o amigo. “Ligamos para Argus no caminho, John. Por favor monitorem a Mavi, não sei se volto antes dela acordar...”

 “Cuidem dela.” Oliver diz quase no limiar da porta.

“Ei Ollie.” Thea o chama o fazendo virar. “Traga Felicity de volta e fique seguro. Sua filha acabou de ganhar um pai, não a faça perder mais um.” diz deixando um beijo no seu rosto.

“Nós vamos voltar. Todos. Eu prometo.” diz antes de fechar a porta em baque.

(...)

Helena suspira firmemente olhando para trás a todo instante, se certificando que não haja ninguém na rua. Ela a todo custo tenta minimizar suas emoções para não tomarem conta de si quando pensa brevemente que enfim esse desejo de vingança possa estar a desaparecer. Ela rapidamente limpa os pensamentos balançando a cabeça e se concentrando no grande armazém a sua frente. Ela dá mais uma boa olhada na rua quando atira duas pequenas bolas de metal com cuidado ao chão e as joga nos dois grandes portões do armazém. Ela tira rapidamente uma arma do coldre e mira perfeitamente nos dois objetos ocasionando em duas grandes explosões lançando aos ventos os portões de aço que os protegia.

“Eu já disse! Dê um jeito de achá-lo! Não me importo o quanto isso vai custar, precisamos daquele verme para dar partida no...” Isabel não consegue prosseguir a conversa porque uma enorme bola de fogo nos primeiros portões a envia longe em um baque para um lado e o telefone para o outro.

Felicity cobre o rosto com horror o máximo que pode e observa em meio a fumaça uma mulher morena andando em meio aos detritos. Que provavelmente não percebe o recém chegado carro atrás, que ao que tudo indica também foi afetado.

Carter se levanta do chão olhando ao redor. “Vamos.” murmura indicando o carro para alguns guardas caídos em meio à explosão.

“Mas chefe, Sra. Rochev ainda está...” um deles tenta.

“Vamos!” sibila para eles o seguirem até o carro e volta de onde vieram quando mais uma explosão os faz acelerar ligeiramente para longe dali.

“Helena? O que? Você sabe que poderia ter me explodido, certo?” Felicity murmura confusa.

“Oliver está vindo pra cá. A qualquer momento ele deve estar chegando. Então basta correr que ele te encontra.” diz rapidamente a libertando e Felicity faz uma nota mental para perguntar como exatamente Helena quebrou as correntes.

“Mas e você?” pergunta a olhando.

“Tenho algo pra acertar com ela.” diz indicando para a mulher tentando se levantar do chão.

 “Onde está Carter? Felicity pergunta olhando em volta.

“Filho da mãe...” Isabel murmura olhando em volta e não o vendo.

“Esse covarde não me importa. Agora saia daqui.” ordena.

“Helena...” Felicity tenta.

“Saia. Agora.” diz dando um último olhar.

Felicity observa ela se aproximar da mulher no chão e não perde tempo ao se levantar e correr.

Ela arranca toda a força possível do corpo para se manter firme em pé com a ligeira pressão nas pernas, e os amaldiçoa internamente pelos dias sem se mover.

Ela toma mais um par de respirações para se apoiar em uma parede e suspira decidida tomando um impulso antes de sair com cuidado ao pisar nos detritos.

Ela tenta ignorar a constante pulsação na cabeça se intensificando pelo o que ainda podia ouvir Helena falando para Isabel, mas apaga rapidamente isso dos pensamentos quando se concentra em sair do maldito galpão.

Helena sorri para a mulher no chão.“Como sente agora? Um dos seus parceiros fugiu. E o outro está sendo mantido em um lugar muito... muito longe.” diz indo até ela.

“Como você....” Isabel murmura a encarando. “É claro que foi você. Tinha que ser para atrapalhar tudo, não é mesmo Helena!”

“Oh é claro que fui eu. Com ajuda de algumas pessoas. Mas o que importa é como se sente agora. Sabendo que não pode ameaçar alguém que está acorrentado. Torturar alguém que a filha está desaparecida... Deve ter sido muito bom pra você. Mas o castigo chega uma hora ou outra, Isabicht...” Helena diz parando a centímetros do rosto dela.

“Eu não tenho medo de você.” Isabel zomba tentando não parecer afetada.

“Sério?” Helena pergunta sorrindo com os olhos ardendo em fúria.

Isabel tenta se afastar para trás ainda no chão e Helena a segue.

“Como você se atreve a fazer isso! Tudo por causa daquele homem. Ele fez isso com você...” Isabel é interrompida pelo encontro de um forte punho no maxilar.

“Você não ousa falar sobre ele, sua vadia de merda!” Helena vocifera.

Isabel cospe no chão o sangue e sorri. “É claro que você vai querer vingança. Então?! O que está esperando? Desconte sua raiva! Vamos!” ela incentiva apenas para receber outro soco do outro lado do rosto.

“Vamos, Helena! Você pode mais que isso!” diz cuspindo outra quantidade de sangue no chão. Ela tenta levantar, mas recebe outro golpe, dessa vez no nariz, e o estalo do osso a faz grunhir, mas o sorriso não sai do rosto.

“Você não sabe como foi prazeroso decepar a maldita cabeça! Foi incrível a sensação...” diz rindo e Helena a joga de volta no chão montando em cima de Isabel a enchendo de golpes.

“CALA A BOCA, SUA VADIA!” ela grita a socando com tanta força que os nódulos já sangravam escorrendo pelas mãos junto com a respiração descompassada entre os soluços.

“Eu queria ter visto a sua cara quando recebeu a encomenda...” ela murmura entre os golpes e Helena para no mesmo instante puxa uma pequena faca da coxa a apunhalando com força no ombro enquanto Isabel gritava.

Felicity para ligeiramente quando ouve um grito amargo de dentro do armazém e olha para trás com a respiração apertada. Os olhos já ardiam pela fumaça e no momento as pernas escolheram deixar de funcionar a levando para o chão.

Ela olha para frente observando de perto o vento noturno chegar no rosto e olha novamente para trás com a sensação de afundamento no estômago. Ela fica por alguns segundos paralisada em meio aos pensamentos e suspira se arrependendo  quando se apoia na parede fazendo o caminho de volta para dentro.

Helena finalmente para ofegante e puxa do coldre a arma recém carregada.

“Nos vemos no inferno.” diz firmando a arma na cabeça da morena.

“Você sabe o que ele disse para mim antes de morrer?” Isabel sussurra com um desleixo de sorriso no rosto.

Helena a encara pela primeira vez diretamente e destrava a arma.

“Ele disse que a amava... Ainda a continuava amando.” diz no momento que o corpo de Helena fica paralisado e o aperto da arma se afrouxa.

“O que você...” Helena não consegue terminar porque em um movimento rápido, Isabel usa a força contra a dela e a golpeia com força no rosto, fazendo-a pressionar com as mãos juntas a arma contra o próprio abdômen em um único disparo.

 “Helena!” Felicity grita em pânico observando com horror quando a morena desliza lentamente ao lado em um sólido baque no chão.

Isabel assovia de dor quando cai ao lado desacordada.

 “Helena...” Felicity sussurra paralisada quando observa uma poça de sangue no chão se formar instantaneamente. Ela corre em direção à morena.

“Fique comigo, Ok? Você não vai embora assim.”

“Eu disse para você sair...” ela tosse compulsoriamente e o sangue começar a escorrer pela boca.

“Não diga nada, a ajuda já está a caminho. Só fique consciente.” Felicity diz pressionando o ferimento, mas o sangue fluía mais do que as mãos podiam suportar.

Ela tosse mais um par de vezes antes de sua mão trêmula buscar algo no seu peito.

“Ela não pode morrer, Felicity. Ela n-não merece i-isso.” diz antes de voltar a tossir.

“Shhh, ninguém vai morrer aqui, ok. Apenas pare de falar e economize energia.”

“Me prometa q-que vai usar i-isso... por favor.” diz gesticulando para um colar em seu peito

“Eu não vou ficar com o seu colar, Helena. Você vai usar isso quando ficar boa e sair do hospital...”

“Escute... eu não vou aguentar assim...”

“Não diga isso, eles já devem estar chegando apenas respire fundo...”

“Cale a boca.” diz dando um puxão no casaco.

“O que?” pergunta surpresa pressionando automaticamente mais forte o ferimento, fazendo-a estremecer em um assovio.

“Desculpe...” Felicity murmura.

“Você precisa ficar com isso.” diz tomando uma respiração.“Dentro tem os documentos que eu te falei. D-Dossiês, cheques e a lista de todos que estão metidos na organização...”

“O que? Como? Você andava com isso todo tempo?”

“Eu não confiava em ninguém.” sussurra fraca.

“E confia agora?” ela não resiste em perguntar.

“Eu sei que a única forma de desmascarar todos é por meio disso. E eu tenho certeza que se eu não conseguir... você vai.” sussurra em uma luta interior para manter a respiração constante.

“Helena...”

“É melhor assim... a vingança dói.” diz fechando os olhos brevemente apenas para lágrimas escorrerem. “Eu não quero mais sentir isso.”

Ela prende a respiração por um momento e tenta dar um pequeno sorriso. “Vai ficar tudo bem, Helena.”

“Você sabe que isso não é verdade.” diz estremecendo com frio.

“Só... prometa que usará isso.” pergunta lutando para manter os olhos abertos.

“Eu prometo.” Felicity sussurra. “Eu prometo.” diz segurando-a com um pouco mais de força.

“Acabe... com aqueles filhos da puta.” diz sorrindo em um último suspiro quando a cabeça cai para o lado.

“Helena?” Felicity a sacode.

“Helena, acorde!” ela grita balançando o corpo sem vida.

“Shiiiu...” uma voz a surpreende por trás junto com um destravar de um sólido frio metálico pressionado contra sua cabeça. “Acabou.” a voz de Isabel ressoa e ela perde uma respiração.

“Se vai me matar faça logo.” ela tenta manter a voz firme.

Ela olha para o corpo sem vida de Helena e zomba.“É uma verdadeira pena. As nossas famílias se tornaram tão próximas após a morte de Robert...” diz ficando a frente dela. Os diversos machucados estavam bem a mostra agora.

“Isto só prova quanto o amor pode ser um caminho em volta, Srt.Smoak. Ela se tornou vítima desse sentimento destruidor e nunca mais foi a mesma desde aquele homem.”

“Você só diz isso porque nunca foi capaz de amar...” Felicity diz a encarando ainda de joelhos. “E pior, não foi digna de ser amada.” Isabel pressiona a ponta da arma mais forte contra a testa a fazendo engolir o assovio de dor com o lábio inferior entre os dentes.

“Então me diga, Srt. Smoak, você como essa pessoa experiente no amor. Você não pensaria melhor em se aproximar do Oliver sabendo por tudo que teve que passar? Esses dias retida aqui, sua filha sendo sequestrada...”

“Eu não trocaria nenhum desses meses com ele por qualquer paz no mundo. Se tudo o que eu vivi me levou até esse momento então sim, valeu a pena.” diz sentindo as lágrimas queimarem atrás dos olhos.

Ela revira os olhos.“Como eu imaginei. Patética.”

“Olhe, no mundo que vivemos o amor não é importante. Muito menos uma prioridade.” diz com desdém.

“Você só diz isso porque é bem nítido que você nunca amou. Seu coração é gélido a procura de um status, frívola e sem emoções por aqueles que estão ao seu redor, e sua busca por poder e dinheiro é nauseante. Uma mulher que tem como um de seus melhores dons a sedução e a superioridade nunca poderá ser amada, Isabel. Acha que algum homem em sã consciência te amaria? Realmente acredita nisso?”

Os olhos de Isabel brilham em ódio.“Sabe, eu sempre quis que esse dia chegasse. O dia em que eu entregaria seu corpo em uma bandeja para o Oliver.” Felicity engole seco. “E sabe qual a melhor parte? Você vai morrer sem saber se a sua filha está viva ou mesmo se Oliver vai ficar depois de te encontrar aqui” Felicity fecha os olhos em horror quando pensa nos momentos lindos que viveu com sua pequena menina e Oliver. Ela espera que sua filha a perdoe por não ter conseguido voltar para casa.

“Saia de perto dela agora!” a voz de Moira ecoa rapidamente no grande galpão fazendo-a abrir os olhos.

“O que é isso?” Isabel gargalha. “Mais vejam só, a mamãe Queen também resolver aparecer!” Isabel sorri sem humor.

“Esse lugar já virou a casa da mãe Joana! Quem será o próximo a entrar pela porta? Oliver? A polícia?” murmura irônica pressionando a arma ainda mais na cabeça.

“Moira?” Felicity diz em um arregalar de olhos. “O que... o que está fazendo aqui?” a surpresa e o horror saem nítidos na voz.

“Eu disse para sair de perto dela! Eu não vou hesitar em atirar em você, Isabel.” sua voz sai firme ignorando a pergunta anterior.

“Quanto rancor, Moira. Foi alguma coisa que te fiz?” pergunta inclinando a cabeça.

“O que você fez? Desde o maldito dia em que você apareceu nas nossas vidas eu nunca tive mais paz! Sempre querendo estar na minha família. Nas investidas no meu marido, então no meu filho e depois com aquelas malditas chantagens! Tudo para conseguir o que queria.” diz em meio às lágrimas.

“Então você ameaça minha família, a empresa e tudo o que está ao redor, e ainda tem a cara deslavada de perguntar o que você fez e anda fazendo durante todos esses anos!” Moira grita.

“Então tente.” diz séria. “Tente fazer o que você quer. Eu só não queria ser o Oliver quando ele chegar aqui e ver ao invés de um, dois corpos. Mas vocês me obrigam a isso.” diz agora encarando a Queen e Felicity leva um momento para registrar quando em puro extinto levanta as mãos de Isabel para cima e golpeia com toda a força no estômago com o joelho e a joga no chão afastando-a da arma.

 “Sabe uma coisa que Helena e eu tínhamos em comum?” Felicity pergunta pairando em cima da morena. “É que ela não foi a única a ter contas a acertar com você.” murmura a acertando com um forte tapa arrancando sangue da boca.

“Sua vadia!” Isabel grunhi recebendo outro tapa.

“Você é uma covarde! Você precisou utilizar todos os seus recursos para distraí-la e a sangue frio você a matou!” Felicity diz a prendendo no chão.

“Então me mate! Cumpra o desejo dela e me mate!” Isabel grita.

“Não! Você não vai morrer! Você vai estar consciente quando for presa. Você vai pagar.” Felicity murmura ofegante e ela vislumbra Moira indo até seu lado.

“Ela está certa. Você vai pagar. Mas isso é por Robert.” Moira diz disparando um tiro no ombro a fazendo ir para a inconsciência.

“Moira...” Felicity diz em horror.

“Eu tinha que fazer alguma coisa.” diz olhando para o corpo caído.

“Ela está...?”

“Não a matei, Srt. Smoak.” Moira diz rapidamente. “Ela é um verdadeiro lixo humano, mas eu nunca sujaria minhas mãos com essa mulher.”diz se abaixando para tirar um pano do casaco e pressionando no hematoma sangrento acima da sobrancelha de Felicity.

“Obrigada.” Felicity murmura com um pequeno sorriso.

Ela dá um pequeno aceno em troca.

“Por isso e por me salvar.” diz com um olhar gentil. “S-Se você não chegasse eu...” sua voz sai raspada.

“Está tudo bem agora.” Moira diz surpreendendo a puxando para um abraço. 

Felicity sorri devolvendo o gesto. “Como descobriu esse lugar?”

“Eu já lhe disse uma vez que não tem nada que eu não venha descobrir, Srt. Smoak.” Moira joga um olhar esclarecedor.

“Mesmo assim, foi muito perigoso! E irresponsável! Quero dizer, não eu que eu não esteja grata por ter me salvo, mas...” ela para o balbucio abruptamente quando vislumbra um homem na entrada do galpão chamando seu nome junto com o seu coração falhando em uma batida.

“Oliver!” ela sussurra de repente muito inebriada para enxergar alguma outra coisa ao redor. E ela não se lembra como e quando ele se aproximou tão depressa e como ela foi pressionada firmemente contra o seu peito, apenas quando as lágrimas vieram a cair ela se agarrou com toda a força nele.

“Eu pensei que tinha te perdido...” ele sussurra a apertando em um abraço esmagador e ela desaba.

“Você está aqui...” sussurra em meio aos soluços.

Ele tem um déjà vu no mesmo instante com as palavras.“Foi exatamente o que Mavi falou para mim quando a encontrei...” diz sentindo as lágrimas lavarem seu rosto.

Os olhos de Felicity se arregalam e um nódulo se forma na garganta. “Mavi... Oh céus! Ela... ela, onde está?” pergunta frenética.

“Ei, ei.” Oliver prende seu rosto entre as suas mãos chamando sua atenção para ele. “Ela está bem agora. Com mais saudades que o normal, mas bem.” diz sorrindo e ela sorri em meio às lágrimas.

“Eu fiquei com tanto medo, Oliver... Eles iam... Eles iam me deixar aqui e eu juro que eu tentei me soltar, mas eu não conseguia.” ela chora compulsoriamente e ele a segura apertado. “Eu juro que eu tentei...” 

“Shiiiiu, está tudo bem agora. Está tudo bem, meu amor. Eu tenho você.” diz beijando o topo da cabeça.

Ela tira o rosto do seu peito e se inclina na ponta dos pés e o puxa para um beijo. Dura apenas alguns segundos, mas como eles sentiram falta do contato, do toque, do carinho.

“Eu te amo muito.” ele diz assim que se separam.

“Eu te amo muito.” ela diz acariciando seu rosto como se fosse o perder se o soltasse.

“O que foi?” ele pergunta notando seu olhar longe.

“Você está aqui mesmo, certo?” ela pergunta encarando seus orbes azuis confusos. “Não é mais uma coisa da minha mente em me pregar mais uma peça? Então daqui a alguns segundos eu vou acordar ainda presa naquela parede e tudo ainda vai estar como era...”

“Ei... é real.” ele diz a puxando para si. “Você pode sentir isso?” pergunta deixando um beijo em seus lábios.

“Sim...” ela sussurra.

“Então não é um sonho, meu anjo.” diz com carinho puxando para trás.

Ela observa pela primeira vez John atrás de Oliver falando com Moira e ela dá um aceno rápido a ele.“John.”

“Você está bem?” pergunta olhando preocupado para hematoma que estava em sangue seco.

“Estou.” diz rapidamente.

“Felicity talvez isso possa ser uma concussão...” Oliver tenta.

“Estou bem, Oliver. Só preciso de você.” diz o puxando para mais um abraço e ele suspira inalando seu cheiro.

“O que aconteceu?” ele pergunta suavemente e isso a faz voltar para a realidade porque seu rosto se contorce com a dor e ela se afasta dele dando a visão da frente.

“O que...” Oliver olha para o corpo sem vida de Helena estirado.

“Eu sinto muito, eu tentei...” Felicity diz entre lágrimas e ele a puxa de volta para seus braços.

“Não foi sua culpa.” ele diz dando mais uma olhada na mulher cuja a cor havia saído completamente do seu rosto.

“Ela me salvou. Me disse para sair do galpão, mas quando eu saí,  senti que deveria voltar. Mesmo com aquela sensação horrível dentro de mim eu voltei.  Quando tudo se registrou, Isabel já tinha atirado nela. Foi tudo tão rápido, Oliver. Uma hora Helena estava viva me ajudando a sair e momentos depois ela estava estirada no meu colo...” ela diz entre os soluços.

“Isabel está...?” John pergunta olhando para a mulher no chão.

“Desacordada.” Moira diz pela primeira vez.

“Mãe o que...” Oliver começa.

“Ela também me salvou, Oliver. Isabel tinha a arma apontada para mim, mas sua mãe apareceu e conseguimos derrubá-la.” Felicity diz ganhando um aceno em gratidão da Queen mais velha.

“Eu... vou ligar para ARGUS cuidar disso.” John diz puxando o celular.

“Não. Chama a polícia.” Felicity diz.

“O que? Felicity eles vão fazer perguntas sobre o que aconteceu aqui, não temos como incriminar os verdadeiros culpados...” Oliver alerta

“Agora temos.” murmura puxando algo do bolso.

“O que?”

“Helena me deu isso antes de morrer. É um dossiê. De tudo e todos.”diz virando para os encarar. “Assim que eu tiver acesso a um computador eu libero isso na internet e todo mundo vai saber sobre A Liga e quem faz parte disso.” ela diz firme.

“Isso é ótimo, mas onde estão o resto?” John pergunta olhando em volta do armazém.

“Eles moveram as coisas para um outro lugar durante todo o dia. Não faço ideia de onde.” Felicity diz.

“Eles também levaram o Alpha.” Oliver diz e ela assente se inclinando em seu peito.

“Eles também levaram Carter com eles? Por que deixaram só você?” John pergunta e ela arregala os olhos.

“Vocês... Não sabem?” ela pergunta ainda descrente. “Carter não foi sequestrado. Ele organizou isso com Isabel para parecer que fosse.”

“Mas as filmagens...”

“Foi um truque. Era para mantê-los sob as capas. Carter é o líder que estávamos procurando todo esse tempo.” Felicity diz.

“Aquele filho da...” Olive rosna.

“Todo esse tempo ele estava perto. Felicity...” Oliver sibila e ela assente.

“E onde será que ele está?” John pergunta.

“Eu não sei, mas não duvido que ele tenha fugido. Ele é um covarde.” Felicity resmunga.

“Acha que ele se escondeu com o Alpha para ganhar tempo? Quer dizer, Chase está retido na Rússia e com Isabel aqui, ele não pode ligar o Alpha sozinho.” John afirma.

“Chase está retido na Rússia?” Felicity pergunta em ligeira confusão.

“Sim. Longa história, mas com eles separados Alpha não pode ser ligado.”

“Acho que ele pode estar me esperando.” Oliver diz de repente.

“O que?” Felicity pergunta.

“Todo esse tempo ele se escondeu atrás de uma identidade secreta, mas agora ele sabe que foi descoberto. E isso é sobre mim agora, ele quer me encontrar e quer se visto fazendo isso.” Oliver suspira. “O pior é isso, ele quer que eu o encontre.”

“Mas onde? Starling City é enorme.” John diz.

“Talvez o lugar que ele saiba que pertença aos Queen’s.” Felicity diz de repente e Oliver arregala os olhos.

 “Filho da mãe...” diz juntando tudo. “Precisamos ir.” diz para John.

Oliver se vira e puxa sua mãe para um abraço.“Isso foi muito, muito perigoso e vamos falar ainda sobre isso, mas fico feliz eu esteja bem.” diz.

“Eu também.” ela diz com um olhar amoroso.

“Preciso que também leve Felicity para casa.” ele diz firme.

“O que? Não!” Felicity intervém. “Temos que pará-lo ainda. Juntos.”

Ele suspira ficando em sua frente e enterrando a palma da mão em sua bochecha. Ela inclina a cabeça para o lado seguindo seus olhos.

“Não posso arriscar te perder novamente.” sua voz cai como um sussurro. “Não se trata mais de você. Isso termina comigo. Apenas comigo.”

“Oliver...” ela tenta.

“Eu não vou ficar preocupado se souber onde você está e que está segura. Por favor não lute comigo, você foi sequestrada e está machucada. Vá para casa e prometa que deixará Caitliin te examinar.” diz com um olhar cálido.

Ela suspira enterrando o rosto na curvatura do seu pescoço. “Eu prometo.”

“Prometa-me que voltará para casa para nós. Por favor.” ela diz sentindo a garganta apertada.

“Eu vou fazer de tudo para isso.” ele diz com um pequeno sorriso e ela o beija com ternura. Ambos envolvidos com a promessa de que tudo ficará bem.

Ela se afasta procurando algo e pega um qualquer dispositivo eletrônico na mochila de John e em seguida o prende na orelha de Oliver. “Se algo acontecer, eu quero poder fazer alguma coisa. Eu posso hackear isso, então vou ter como saber.” ela esclarece vendo o seu olhar confuso.

Ele beija seus lábios mais uma vez derramando todo o sentimento e toma uma respiração antes de se afastar. “Eu te amo.” diz.

Ela sorri.“Eu também de amo.”

Ela observa eles algemarem uma Isabel inconsciente em uma das paredes e colocarem um pano sob o corpo de Helena antes de saírem e entrarem no carro.

“Esteja seguro.” ela sussurra os observando partir.

Ela sente uma mão calorosa no ombro e se vira pairando na frente de Moira, que está com um olhar gentil. Ela tira a mão do ombro e pega sua mão.

“Ele ficará bem. Meu menino é forte e fará de tudo para voltar para nós.” Moira diz suavemente e ela assente olhando mais uma vez para o lado onde eles haviam partido.

“Vamos.” Felicity diz a seguindo até o carro.

 (...)

 “Nada no departamento de contabilidade.” John murmura nas comunicações.

“Nem no trigésimo andar.”

“Nem no sótão.”

“Tente o de TI.” Oliver murmura ajeitando a arma. “Nada também no trigésimo sétimo andar.”

 “Tenham cuidado, os homens devem estar concentrados em um único ponto.” John murmura para o grupo.

“Quero que vocês vão por esse corredor enquanto eu sigo o outro. Eu acho que já sei onde ele está.” Oliver diz ouvindo o ‘ding’ do elevador se dirigindo para a sua habitual sala em mais alguns passos.

“É irônico você escolher o lugar que você mais odeia em Starling City para trabalhar.” Oliver murmura o vislumbrando sentado.

Carter sorri. “Confesso que não o esperava tão cedo.” diz ficando em sua frente. “Acho que te subestimei, Sr. Queen.”

“Você não sabe o quanto.” Oliver rosna.

“Sabe a melhor parte do anonimato, Oliver?” diz com um sorriso cínico.

“É que até que se prove o contrário, a pessoa é uma vítima.” ri abertamente e Oliver não perde tempo quando envia para longe em um único golpe em sua mandíbula.

“Por que?” Oliver pergunta indo até ele.

Carter sorri.

“POR QUE?” ele grita o jogando sobre a mesa de vidro, a transformando em estilhaços.

“Você está muito exaltado, Sr.Queen.” ele murmura sorrindo com os dentes em sangue. “Ow!” ele esfrega a mandíbula. “Bom golpe.”

“Eu não tenho tempo para isso, Carter! Por que você? Por que logo você! Eu nunca fiz nada pra te prejudicar!”

“Mesmo?” ele grita. “E quanto a sua família? A adorável e justa família Queen! A queridinha da cidade por suas boas ações com todos! Robert Queen, o amoroso marido e pai. Ele te contou como ele fundou essa empresa, Oliver? As custas de quem ele fez isso?” Carter explode.

“Eu juro que não sei de nada.” Oliver diz.

“Você não se faça de sonso! Esse lugar era projeto do MEU PAI e SEU PAI sabia disso! VOCÊ sabia disso!” ele vocifera.

“EU NÃO SABIA!” Oliver grita.

“Vocês sabiam... é claro que sabiam. Esse era o projeto dele e o seu pai roubou. MEU PAI ERA PARA SER TÃO DONO DISSO AQUI QUANTO O SEU!” ele grita.

“Carter, eu nunca soube de nada sobre você e seu pai...”

“É claro que não sabe. Ele foi deixado para morrer em uma clínica para loucos. Eu ia visitá-lo alguns dias da semana. Muitos dias e... ele me contava tudo. Ele me contou tudo antes que morresse.”

“E sabe o que, Oliver? Eu prometi com todas as forças do meu ser que traria toda a verdade à tona! Que mostraria a essa cidade nojenta o que vocês fizeram com ele!”

“Meu pai não era perfeito. Ninguém é, Carter. Mas você não pode culpar a mim, a minha família e esta cidade pelos erros do passado.”

“Quem disse?” ele sorri.

 “Você não pode fazer mais nada. O Alpha não vai ser ligado. Chase está preso na Rússia, Isabel está longe...”

“Oh... você pensou em tudo.” ele diz com a voz seca.

“Apenas renda-se, a polícia já deve estar chegando aqui.” Oliver alerta dando alguns passos. Carter desdenha uma arma em sua direção.

 “Não faça isso.” Oliver murmura apontando a sua. “Você não vai querer fazer isso.”

“Ou o que? Você vai me matar? Eu apreciaria muito, mas acho consigo fazer por mim mesmo.”

“Você não...”

“Me mataria?” ele ri. “Não só atiraria na minha própria cabeça como faria parecer que foi um assassinato. Suas digitais em mim já irão te deixar em um lugar muito complicado, Oliver.” murmura.

A respiração de Oliver fica presa na garganta. “Em quem você acha que eles vão acreditar... No pobre funcionário exemplar formado nas melhores faculdades, além de um cidadão prestativo ou no playboy cujo o passado e os últimos anos foram um total mistério para todos? Acho que com um empurrãozinho certo eles descobrem o que o tão amado Oliver Queen fez na Rússia e te garanto que depois de descobrirem o monstro que você é, não vai ser tão amado assim além...”

Eh... Hum... Tá funcionando? Certo, oh sim, agora vai.” uma voz conhecida ecoa nos autofalantes da sala. “Lamento interromper seu discurso, Carter. Mas devo te informar que só para fins seguros, essa conversa estava sendo gravada junto com as filmagens, é claro. Não que eu queira me gabar por dessa vez ter estado um pequeno passo a sua frente quando sugeri que Oliver levasse um pequeno dispositivo que eu pudesse rackear, de forma alguma. Mas acho que deve te interessar saber que a polícia está a cerca de dois minutos do local.” Felicity murmura e Oliver pode sentir seu sorriso através comunicação.

Acho que te pegamos, seu rato covarde.” ela diz.

“Acabou... Você não vai continuar com isso.” Oliver diz indo passos lento na sua direção.

Carter sorri.“É poético você achar que depois de tudo que eu planejei, o meu desfecho será ser preso.” murmura o encarando com fúria nos olhos. “Foi bom falar com você, Felicity.” diz seco.

“Carter...” Oliver tenta.

 “Vá se foder, Oliver Queen.” diz destravando a arma.

“Carter não...” um tiro ressoa como um flash diante dos seus olhos e o homem afunda em um baque no chão.

“Oliver...” a voz trêmula de Felicity sai pelos autofalantes.

“Oliver!!”

“Estou bem. Carter... ele, ele se matou.” Oliver diz não tirando os olhos do corpo imóvel.

“Ele... ele sempre foi fraco. Eu deveria supor que ele não iria preso.” Felicity diz e Oliver pode ouvir as sirenes da polícia ao fundo do prédio.

“A polícia está aqui.”

“Volte para casa.” ele não sabe se foi o momento da adrenalina ter baixado ou a voz entusiasmada dela, mas nesse momento era o que ele mais queria fazer. Um sorriso bobo apareceu em seus lábios.

“Eu vou. Só preciso fazer uma coisa antes.” Oliver diz encarando um certo objeto na frente dele.

“Eu sei o que é. E eu iria te avisar que tecnicamente ele está desativado para todo o sempre, graças a umas coisinhas que eu consegui desenvolver, mas você pode destruí-lo a marretadas. Só para garantir.” ela murmura em diversão.

“Sim. Só para garantir.” ele diz indo na direção da máquina.

(...)

 “Que dor de cabeça do infernos...” Isabel murmura esfregando o inchaço enquanto se ajustava em uma posição sentada. Ela observa suas mãos presas em grossas correntes e ofega.

“Engraçado você mencionar isso.” Felicity ressoa a observando com um sorriso brilhante.

Isabel levanta a cabeça e arregala os olhos ao ver não só os três, como a polícia em peso no local.“Porque é exatamente para onde você vai depois de passar o resto da vida na cadeia.”

“Podem levá-la.” Oliver diz com uma pitada de diversão.

“Não... não! Eu sou vice- presidente da Queen Consolidated! Você não tem como provar!” ela vocifera.

“Acho que enfim Helena teve sua vingança. Afinal por causa dos dossiês que dela, que você vai para a prisão. Não só você, acredito.” Felicity diz vendo a fúria cintilar nos olhos da morena enquanto é levada a força.

“E o Chase?Já o encontraram?” Felicity pergunta.

“Bem, depois que o assunto foi a público, o FBI prendeu Chase na Rússia e já tomaram algumas providências em relação aos outros membros da organização. É só questão de tempo para os identificarem.” Oliver diz.

“Além de que falei mais cedo com alguns representantes das famílias russas e italianas e concordaram em manter o acordo de não haver negócios em Starling City. Em em memória ao meu pai. Do jeito certo.” Oliver diz se virando para os dois.

“Bem isso é bom.” Felicity diz observando o carro sair dali com Isabel.

Eles começam a caminhar pelas ruas dos Glades até pararem em um pequeno parque. “E quanto a Helena, eu tomei uma pequena liberdade de hackear o banco de dados de um dos cadastros de Florença já que ela não tinha mais parentes próximos vivos.” diz de repente e Oliver arqueia uma sobrancelha para ela.

“Foi apenas para saber onde Pietro havia sido enterrado, assim eu mudei o destino do enterro dela para a mesma sepultura dele.” ela esclarece.

“Eu... achei que ela fosse gostar disso.” Felicity diz hesitante.

Oliver sorri. “Eu estou muito orgulhoso de você.” diz circundando com um dos braços a sua cintura.

“Eu também pesquisei sobre aquilo que Carter disse.” ela diz o encarando e o seu humor muda no mesmo instante.

“Olhe, realmente existiu um Harold Williams, o pai dele. Ele foi internado em um hospício em Boston pela ex-esposa. Eu invadi as câmeras de todas as conversas que ele teve com Chase e o cara era sinistro. Ele realmente tinha uma obsessão com o seu pai. A cada encontro ele contava uma história diferente pro filho. Ele morreu quando Carter entrou para a faculdade jurando em uma espécie de tributo que vingaria o pai. Mas o pior não é isso.” Felicity aponta.

“A ex-esposa dele tinha diversas queixas contra ele por maus tratos, e isso fez com que ele perdesse o emprego. E a partir daí o cara enlouqueceu de ódio. Ela solicitou um pedido para interná-lo em uma clínica psiquiátrica. Mas como o menino era apegado ao pai, havia uma autorização em alguns dias da semana para Carter o visitar.”

“Mas o que torna tudo em um sentido real é nome da mãe de Carter. Roberta Williams.” ela conclui.

“Um derivado feminino do nome de Robert.” John nota e ela assente.

“Então quer dizer...” Oliver diz.

“Que o pai de Carter transformou o ódio que ele tinha pela ex-esposa em uma outra figura. Seu pai.” ela esclarece.

 “Esse cara alimentou um ódio no próprio filho durante a vida toda baseado em uma mentira.” ele diz ainda incrédulo.

“Ele era louco, Oliver.” Felicity diz.

“E essa loucura quase fez o filho destruir uma cidade por causa disso.” Oliver diz exasperado.

“E ele morreu sem saber da verdade.” John nota.

“Acho que era melhor assim. O cara já não era lúcido, descobrir isso sobre o pai poderia causar um curto circuito nele. Ou até em algo pior.” ela comenta em um suspiro profundo.

“Apesar de tudo... parece que as coisas terminaram bem.” John murmura ficando na frente do casal.

“E você, ainda vamos te ver? Quero dizer, não quero apenas ter que te mandar um cartão no natal para manter o contato.” Felicity diz.

“Na verdade eu estava pensando em ficar.” John diz com um pequeno sorriso.

“Mesmo?” Oliver pergunta.

“Lyla e eu já tínhamos conversado sobre plantar raízes em algum lugar depois que Sara nasceu. E depois de tudo o que aconteceu, percebemos que estávamos desperdiçando tempo em outras coisas ao invés de curtir esse momento. Acho que a partir de agora estava na hora de construir um novo local para gente. E bem, aqui parece ser o lugar perfeito para começar uma.”

“Eu fico feliz por ter tomado essa decisão, amigo. Seja bem vindo de volta a Starling City.” Oliver o puxa para um abraço.

“Além que o grande CEO vai precisar de uma proteção extra a partir de agora. Seria muito bom se conhecêssemos alguém que trabalha como guarda costa para o cargo.” Felicity comenta em diversão.

“Vou avaliar a proposta.” ele sorri. “Mas enquanto isso, eu preciso achar um lugar onde eu possa comprar fraldas.” comenta os fazendo rir.

“Vejo vocês no almoço do fim de semana.” ele diz dando um último aceno para o casal.

“Bem... enfim sós.” Felicity diz circundando os braços em seu pescoço.

“Não estamos tão a sós, querida.” Oliver murmura com humor. “Estamos em um parque.”

“Uma questão de logística.” diz rapidamente.

“Mas agora eu realmente estava pensando em quando voltarmos para a QC poderíamos retomar naquele projeto dos Glades.” Oliver murmura.

“Por favor nada de nomea-lo de Alpha...” Felicity intervém e ele ri.

“Não, mas acho que poderia tomar a sua sugestão e chamar Roy para o desenvolvimento.” diz e ela fica surpresa.

Ele prossegue. “Bem, contaria como uma experiência e um estágio. E se ele realmente fosse bom nisso, até poderia ser contratado quando terminasse a faculdade.”

“Isso é verdadeiramente muito bom, Sr.Queen.” ela diz deixando um beijo no canto da boca. “E o que você planeja fazer hoje?”

“Hoje, especificamente hoje, eu planejo passar o dia da forma mais preguiçosamente com duas de três garotas favoritas da minha vida.” diz sorrindo.

“E você, Srt. Smoak?” pergunta deixando também um beijo no canto da boca.

“Oh... que garotas mais sortudas.” ela observa rindo. “Então acho que seria a oportunidade perfeita para te perguntar uma coisa.” ela diz com suas bochechas ganhando um ligeiro rubor.

“Perguntar?” diz em ligeira confusão.

 “Quero dizer, Caitlin disse que vai procurar um apartamento e vai sair do loft até o fim de semana, mas eu duvido muito disso devida a dada proximidade com Tommy.” murmura.

“Eu não havia notado que eles estavam tão próximos. Será que finalmente ele caiu por ela?” Oliver pergunta em ligeira diversão.

“Provavelmente. Acho que nosso menino enfim está crescendo.” ela observa rindo e ele assente.

“Mas então... o que você queria perguntar?” ele pergunta.

“Oh... eh... hum...”

“Não consigo entender, querida.” Oliver a chama.

“Se você gostaria de vir morar com a gente...” diz hesitante mordendo o lábio inferior o pegando de surpresa.

“Felicity...”

“E quando digo a gente quero dizer Mavi e eu, mas não se sinta pressionado, apenas eu conclui isso porque tecnicamente você já estava morando com a gente só que não oficialmente. E bem, da última vez que você não dormiu lá, eu não tinha meu travesseiro/ aquecedor pessoal favorito e Mavi sentiu sua falta. E isso resultou no meu apartamento sendo invadido, mas era apenas um alarme falso com a Caitlin atacando a geladeira de madrugada e eu com um taco de beisebol tentando defender essa casa. O que me custou um par de horas de sono pela nossa conversa com café e sorvete e um mau humor do dia seguinte da ‘Srt. Não-consigo-dormir-brigada-com-o-Olhos-Azuis’ e...”

“Felicity...”

“Além de que, a última vez que você foi ao seu apartamento foi apenas para pegar um par de mudas de roupas para voltar pro meu e a gente começar a fazer o jantar, o que claramente só foram você e Mavi porque sou um acidente na cozinha...”

“Felicity...”

“O meu ponto é, não conseguimos ficar sem você mais um instante longe e adoraríamos se você ficasse. Mas se você achar isso um pouco cedo e prematuro eu vou entender também da mesma forma assim...”

“FELICITY...” ele murmura mais alto.

“O que?” pergunta ansiosa.

“Eu aceito.” diz com um pequeno sorriso.

“O que? Tá falando sério?” ela diz com um olhar sonhador.

“Claro. Eu amo você e bem, já temos uma filha juntos que nós dois amamos. Não vejo oportunidade melhor.” diz e ela sorri tão brilhantemente que o sol foi ofuscado por um momento.

“Eu ainda não me acostumei com ela te chamando de papai... Acho que é a nova palavra favorita dela.” ela ri baixinho. “Mas é incrivelmente fofo quando você diz isso em voz alta.” ela diz corando.

Ele sorri a puxando junto ao seu corpo para selar seus lábios em um beijo apaixonado apenas interrompido por suas respirações.

“Eu te amo, Oliver Jonas Queen.” ela murmura entre seus lábios.

Ele sorri. “Eu também te amo, Felicity Megan Smoak.”


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaah esses dois ♥♥♥

E aí, o que acharam? Vem me dizer nos comentários! (Você também leitor(a) fantasminha!

Lembrando que TEREMOS MAIS DOIS EPÍLOGOS, então não é o fim ainda ok?!

Beijosss até a próxima sexta ♥



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