Eternamente Seu escrita por keca way


Capítulo 11
Dois meses sem você




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“Sobe pro seu quarto! Você vai ficar lá até seu pai chegar!”.

“Que?! Mãe, por favor, não conta nada pro pai!”.

“Você acha que eu não vou falar nada pra ele?! Você me aparece com um NAMORADO e acha que ele não precisa ficar sabendo?!”

“Frank meu querido!” – Rach ao ouvir a conversa foi até a sala e abraçou Frank.

“Rach, não deixa ela contar pro meu pai!”.

“A Rach não manda em nada Frank e eu só não vou demiti-la porque ela não é só uma empregada, mas já faz parte da nossa família”.

“Mãe, por favor!”.

“Para com isso Frank e vai agora pro seu quarto! Eu já liguei pra ele logo ele chega”.

Frank subiu para seu quarto, pegou seu celular e ligou para Gerard.

“Que bom que você ligou meu amor!”.

“Gee eu to com medo!”.

“Ela te fez alguma coisa?!”.

“Não, por enquanto, mas ela chamou meu pai e vai contar tudo pra ele!”.

“Não se preocupa amor, isso vai passar você vai ver, se caso você precisar de alguma coisa me fala”.

“Eu não tenho medo por mim, mas sim por você!”.

“Por quê?!”.

“Você já é maior de idade, eu ainda não, isso pode te fazer ir preso!”.

“Claro que não! Pedofilia é só com sete anos de diferença, nos temos apenas dois!”

“Mas pode ser abuso de menores!”.

“Não rolo sexo entre nós!”.

“Eu conheço minha mãe. Ela é bem influente, ela vai conseguir te prender!”.

“Não vai não, não se preocupa comigo, tá? Se preocupe com você!”.

“Frank desliga esse telefone agora!”. – Linda tinha entrado no quarto acompanhado de Anthony, seu pai.

“Depois te ligo, tchau!”. – Desligando o telefone – “Pronto” – Disse olhando com raiva para sua mãe.

“É verdade o que sua mãe me contou Frank?”.

“Eu não sei o que ela te contou!”.

“Não se faz de besta moleque!” – Linda disse irritada.

“Que você ta namorando um menino?!”.

“É pai” – Ele disse baixo abaixando a cabeça.

“Frank o que você tem na cabeça?!”.

“Não vejo nada de errado nisso, se a gente se ama é o que importa. Se fosse uma garota vocês não estariam nem ai. Como nunca estiveram. Vocês nunca ligaram pra mim. E agora que eu tenho realmente quem me ame vocês querem que eu o deixe? Não mesmo!”.

“Você viu como esse menino esta? É tudo culpa desse tal de Gerard, que fica colocando coisas na cabeça desse menino!”.

“ISSO NÃO É VERDADE” – Gustavo disse gritando - “Você nem ao menos conhece ele. Você nunca se interessou pra saber quem ele é...!”.

“Cala boca Frank!” – Seu pai disse dando um tapa na sua cara.

Frank se segurou para não chorar de raiva levantou o rosto que estava marcado pelos dedos dele e continuou.

“Quem você pensa que é pra fazer isso?!”.

“Eu sou seu pai. Você me deve respeito moleque!” – Indo pra cima dele.

“VOCÊ NUNCA FOI UM PAI PRA MIM!!!” - Disse gritando – “Você abandonou essa casa quando eu nasci. Você nunca me deu carinho, você só se importa com seus filhos daquela mulherzinha que tirou você de nós...” - Ele foi interrompido por outro tapa mais forte do que o anterior.

“Quem você pensa que é moleque? Em” - Disse o pegando pelo colarinho - “Você nunca mais abre a boca pra falar da minha mulher! Se você fizer isso de novo eu vou te dar uma surra que você vai se arrepender de ter nascido” – Ele soltou Frank que estava com a boca sangrando, tamanha força do tapa que o fez mordê-la. Estava completamente chocado com a violência de seu pai. Mas apesar de tudo ainda estava muito bravo.

“Eu não acabei...”.

“Chega Frank” – disse sua mãe que estava horrorizada.

“Viu o que você fez? Se você não tivesse mimado tanto esse menino ele não teria ficado assim. Eu deveria ter levado ele comigo quando ele nasceu, mas agora não tem mais volta. Arruma suas coisas agora Frank você vai embora comigo”

“Eu não vou morar com você!”

“Vai sim! Esse é o único jeito de te por na linha, já que sua mãe não consegue mais te controlar, eu faço isso”

“Eu não vou morar com aquela...!”

“Você tá querendo apanhar né moleque?” – Disse o segurando forte pelo braço.

“Você tá me machucando. Eu prefiro morrer a ir com você!”

“CHEGA FRANK! Você vai com ele, arruma suas coisas!”.

“EU NÃO VOU!”

“Você quer ver aquele moleque preso? É isso que você quer?!”.

Frank abaixou a cabeça e disse com os olhos cheios de lagrimas.

“Não! Eu só quero ser feliz, vocês não me entendem!”.

Os pais de Frank saíram do quarto dele, mas ele pode ouvir toda a conversa, pois eles estavam praticamente gritando um com o outro. Ele já não agüentava mais aquilo, foi se agachando de vagar encostado na porta até que apoiou sua cabeça nos braços, que abraçavam o joelho, e começou a chorar.

“Eu sei que a sua mulher não gosta dele, se ela maltrate meu filho!”.

“Ela não vai fazer isso, por mais que ela não goste, ele é meu filho também. Eu não vou deixar que ela faça nada com ele. O Frank é um bom garoto, um tempo lá em casa vai fazer bem pra ele. Desculpa por ter gritado com você, eu tava nervoso”. – Ele deu um beijo no seu rosto - “Ninguém vai fazer nada contra ele, eu juro, ele vai ficar bem e tenho certeza que ele vai esquecer dessa historia de namorado”

Anthony dormiu na casa de Linda naquela noite e de manha levaria Frank para sua casa. Frank continuava inconformado pela decisão de seus pais. Mas não podia fazer mais nada eles haviam decidido e não tinha mais volta. Se resistisse a decisão, sabia que iria ser pior. Tinha medo por Gerard, então resolveu ir sem mais resistências.

“Filho não fica bravo. É pro seu bem” – disse abrindo os braços para abraçá-lo.

Frank desviou e não disse nada. Foi até Rach, com uma mochila nas costa, lhe deu um abraço bem apertado.

“Vou sentir sua falta!”. – Sua mãe o olhava com uma expressão triste.

Ele apenas entrou no carro sem olhar para ninguém.

“Dá pra gente ir logo!” – Disse olhando para fora com um olhar cheio de magoas e raiva.

“Ele vai me odiar pelo resto da vida!”.

“Não liga Linda, ele esta com raiva, mas logo passa ele vai te agradecer depois”.

Eles se despediram e Anthony entrou no carro.

Frank ficou calado a viagem inteira. Mas depois de algum tempo resolveu conversar um pouco com seu pai.

“Como vai ficar a escola?” – Frank estava muito desanimado.

“Lá perto de casa tem uma escola particular ótima. Você vai estudar lá junto com seus irmãos”.

Frank apenas olhou para janela do carro querendo que isso não passasse de um sonho.

“Pai me fala o que tem de errado em dois homens se amarem!”.

“Nada!”.

“Então porque vocês estão fazendo isso?”.

“Frank você é muito novo. Ta confuso com essa situação, um tempo longe dele vai te fazer bem, vai provar se realmente você gosta dele ou se é só uma fase. E além do mais sua mãe não quer você com ele, e isso você tem que respeitar, e nós sabemos muito bem que se você ficasse por lá você não ia obedecê-la. Por mim não tem nada de errado, mas você sabe como é sua mãe”.

“Quanto tempo?”.

“Até o final do ano! Logo passa só faltam 2 meses, depois você volta pra casa da sua mãe!”.

Frank estava arrasado todos os planos que ele tinha feito com Gerard, os únicos meses que eles teriam pra ficarem juntos antes dele se mudar estavam indo por água abaixo.

 

Fazia 1 mês que Frank estava na casa de seu pai. Não estava sendo tão ruim. A escola era ótima, logo fez vários amigos. A única coisa ruim era ter que agüentar Ricardo, seu irmão, que tinha a sua idade, eles viviam brigando e Celma sua madrasta, que não gostava dele de jeito nenhum e sempre implicava com tudo, a única pessoa que ele suportava naquela casa era seu pai e sua irmã mais velha, que era muito legal com ele e sempre o ajudava no que precisasse. Annie tinha 18 anos, Anthony já tinha uma filha com Celma antes de casar com Linda. Frank estava praticamente tendo a mesma vida, pois seu pai também era rico e dava tudo que ele queria.

Frank estava muito feliz. Com a ajuda de sua irmã podia ver Gerard todos os finais de semana, pois ao saber de tudo o que aconteceu com ele, o ajudou a dizer para Gerard onde ele estava. Agora ele vinha o visitar todo final de semana. Anthony nem desconfiava, mas Celma sempre o vigiava esperando só uma boa causa para mandá-lo de volta.

“Bom dia!” – Era sábado Frank tinha acabado de acordar. – “Cadê a Annie?”.

“Até que em fim você acordou, seu pai devia te por pra trabalhar, assim você para de ser um vagabundo”.

Frank levantou da mesa comendo um pão.

“Aonde você vai garoto?”.

“Sair de perto de você antes que a gente comece a discutir!” – Dando um sorrisinho falso.

“Mas é isso que você é um vagabundo, deve ser por causa disso que você foi mandado pra cá! Também sua mamãezinha não te deu educação”

 Frank estava na porta da cozinha, quando ouviu isso ele virou imediatamente.

“Você não se atreva a falar da minha mãe, ela com certeza é bem melhor do que você, que não se conformou e teve que “roubar” MEU pai dela!”.

“Eu devia de dar uma surra moleque para ver se você aprende a fechar essa boca!”.

“Não precisa se preocupar vamos fazer o seguinte: você não fala comigo que eu não falo com você, simples. Eu também não te suporto”. – Disse saindo e subindo para seu quarto.

“O que você ta fazendo aqui? Eu já não te disse pra não entrar no meu quarto!”.

“Calminha boneca, só quero isso!”. – Ricardo disse pegando seu perfume.

Frank arrancou da mão dele.

 “Sai daqui! Se você entrar aqui de novo e mexer nas minhas coisas eu vou quebrar sua cara!”.

“Por que você não faz isso, to morrendo de medo de você”.

“SAI DAQUI! Eu não quero sujar minhas mãos com um bosta como você!”.

“Sabia que eu queria um motivo pra quebrar sua cara, agora você me deu um ótimo!”. – Ele partiu para cima de Frank lhe dando vários socos.

  Frank sabia muito bem se defender e revidava também. Frank pegou Ricardo pela gola da camisa e o levou até a parede, quando se preparava para dar um soco foi atingido em cheio no estomago. Ele perdeu o fôlego e caiu de joelhos.

“Isso é pra você aprender a não se meter comigo!”.

 Frank deixou ele ir se levantou se apoiando na parede limpando seu nariz que estava sangrando.

“O que aconteceu meu filho?”. – Celma ficou assustada quando viu seu filho com o olho roxo e a boca sangrando.

“Nada mãe!”.

“Viu o que ele fez dessa vez!” – Celma se dirigiu a Anthony que tinha acabado de chegar.

“Foi o Frank que fez isso?”.

“Foi pai, eu tava passando no corredor e do nada ele começou a me bater, eu tive que revidar!”.

“Esse menino só esta me dando problemas, eu vou conversar com ele!”.

“Por que você não o manda de volta?”.

“Não posso!”.

“Afinal de contas por que você o trouxe pra cá pai?”.

“Porque ele estava dando problemas para mãe dele, e como eu sou pai dele também eu o trouxe. Pensei que um tempo longe de tudo que ele estava acostumado ajudaria, mas pelo que eu to vendo não! Pelo jeito vou ter que mandá-lo pra outro lugar”.

 

********************************

 

“Você ta bem Frank?” – Annie ajudou Frank a limpar seus machucados.

“A única coisa que eu queria era voltar pra casa!”.

“O Ricardo é um idiota mesmo, não liga pra ele”.

Anthony bateu na porta anunciando sua chegada.

“Frank a gente precisa conversar!”.

“Pai não briga com ele, acredita em mim a culpa não é dele, o Ricardo sempre o provoca, e quem começou dessa vez foi ele, como sempre!”.

“Annie o Frank não precisa de uma advogada, me deixe falar com ele sozinho!”.

Annie saiu do quarto dando um beijo no rosto de Frank.

“Frank eu vou ser bem claro com você, se você brigar mais uma vez com seu irmão eu vou ter que te mandar pra Europa”.

“Mas pai quem começou foi ele!”.

Frank contou o que aconteceu.

“Não foi isso que ele me disse!”.

“Você não acredita em mim né? Eu quero voltar pra minha casa!”.

“Você vai ficar aqui eu vou conversar com Ricardo, mas se isso não parar eu vou ter que te mandar pra Europa, eu não to brincando Frank!” – Ele se levantou e saiu do quarto.

Depois que seu pai saiu Annie entrou no quarto e fechou a porta.

“Frank muda essa carinha e fica feliz, o Gerard me ligou e disse que ta vindo pra cá hoje, pra você encontrar com ele no barzinho de sempre as 6:00 hs”.

“Que bom pelo menos uma noticia boa!”.

  

************************************

 

“Você vai ver o Frank hoje?” – Penny perguntou calmamente em quando Gerard se trocava.

“Vou to morrendo de saudades dele, semana passado não pude vê-lo”.

Gerard e Penny nesse mês em que Frank foi embora voltaram a se falar e a morarem juntos, já que a casa dela ficava mais perto do trabalho de Gerard, que agora passava os dias no jornal.

Porém Gerard não mantinha nenhum relacionamento com ela, somente uma grande cumplicidade e amizade. Ela havia, finalmente, se conformado que não conseguiria separá-los.

Tudo parecia estar normal, mas a mudança de Frank afetou muito Gerard que aos poucos estava voltando a ser como antes, com ajuda de Penny, que de vez em quando lhe dava umas ”coisinhas” (drogas) para distraí-lo.

Frank sentia a mudança de Gerard, mas atribuía isso a tudo o que estava acontecendo, nunca suspeitou da verdade, que ele estava usando drogas.

O dia passou rápido e as 6:00 hs Frank chegou no lugar marcado e Gerard já estava lá.

Gerar abriu a porta do carro e Gustavo entrou.

“Pra onde nos vamos amor?”.

“Pra um lugar mais calmo!”. – Disse lhe beijando.

“Tava morrendo de saudades de você!”.

“Eu também meu amor!” – Lhe beijando novamente.

Frank achou Gerard muito estranho, ele estava agitado e frio, logo ele que sempre foi tão carinhoso.

Gerard reparou nos machucados de Frank e perguntou o que aconteceu, ele explicou tudo enquanto Gerard dirigia o carro.

“Gerard eu tenho que voltar antes das 11:00 hs!”.

“Certo, pode deixar!”.

Eles conversaram muito e foi ótimo cada minuto que estavam juntos, logo deu a hora e Gerard levou Frank até próximo da sua casa.

“Não esquece que eu te amo, tá. Eu sempre vou te amar por mais que a gente não esteja mais juntos eu vou ta sempre do seu lado”. Gerard disse segurando seu rosto como se aquela fosse a ultima vez que eles se veriam

“Porque você tá falando assim? Nos estamos tão bem!” - Frank disse sorrindo.

“Não importa! A única coisa que importa é que foi ótimo cada momento que eu passei do seu lado, me desculpe por todas as besteiras que eu fiz. Eu te amo muito nunca duvide disso” – Ele fez uma pausa. Frank não estava entendendo nada - “Frank você jura que nunca vai sofrer por mim?”.

“Gee eu não to te entendendo” – Gustavo estava ficando preocupado.

“Não se preocupa! Te amo!” – Ele lhe deu um beijo longo e muito amoroso.

Frank se despediu e foi para casa.


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