POV BELLA

Um tremor de nervosismo e expectativa fez meu estômago vibrar.Intrelacei meus dedos com os de Esme,e dei as costas para a minha sanidade....e a minha humanidade.

Disparamos pelo quintal até a beira do rio.Eu a acompanhei sem esforço...E ainda assim admirava-me com toda minha sultileza,velocidade,força......

“Vamos nadar?” perguntei a ela quanto paramos junto a água.

“E estregar as nossas roupas?Não.Vamos pular.”

Franzi os labios pensando.O rio tinha uns cinquenta metros de largura naquele trecho.

“Primeiro você.”eu disse.

Ela tocou meu rosto,deu dois passos para trás,e voltou correndo,lançando-se de uma pedra achatada firmemente incrustada na margem.Examinei o lampejo de movimento enquanto ela descrevia um arco acima da água,dando por dim uma cambalhota pouco antes de desaparecer nas arvores densas do outro lado do rio.

“Nossa.”murmurei,e ouvi seu riso invisivel.

Recuei cinco passos,só por preocaução,e respirei fundo.

De repente,me senti ansiosa.Não com medo de cair e me machucar__ ESTAVA MAIS PREOCUPADA EM CAUSAR ALGUM DANO à FLORESTA.

Surgira devagar mas agora eu podia sentir...a força bruta,maciça,vibrando em meus membros. De repente eu tinha certeza de que se quisesse abrir um tunel debaixo do rio,abrir caminho a unha ou a murros pelo leito rochoso,não levaria muito tempo.

Torcendo para que Esme não tivesse um apreço especial por nenhuma árvore especifica do outro lado do rio,dei o primeiro passo.Respirei fundo e corri para o rio.

Foi preciso só uma passada longa para chegar a beira da água.Apenas 84 avos de segundos,e no entanto foi tempo suficiente,meus olhos e minha mente se moviam tão rapido que um passo foi bastante. Foi simples e posicionar meu pé direito na pedra lisa e exercer a pressão certa para mandar meu corpo voando pelo ar. Estava mais atenta ao objetivo do que à força,e errei na quantidade de força necessaria –mas pelo menos não eerei para o lado que teria me deixado molhada. A extenção de 50 metros era uma distancia mei Fácil demais....

Foi uma estranha,vertiginosa,eletrizante,mas curta. Um segundo inteiro ainda por passar,e eu estava do outro lado.

Eu esperava que as arvores densamente agrupadas fosse um problema,mas elas foram surpreendemente uteis. Foi uma simples questão de estender uma mão firme enquanto caía na direção do solo,no meio da floresta,e me vi em um galho conveniente; balancei levemente e pousei,apoiando-me nos dedos dos pés,ainda quinze metros do chão,no maior galho de um abeto.

FOI FABULOSO.

Acima do som retinido de meu riso deliciado,pude ouvir Esme correndo ao meu encontro. Meu salto fora duas vezes mais longo que o dela. Quando chegou à minha arvore,estava com os olhos arregalados.Saltei com agilidade do galho para o seu lado,tornando a pousar silenciosamente com a dianteira dos pés.

“Muito bom.”Ela sorriu aprovando.

“Podemos repetir?”perguntei anciosa,na verdade eu estava tentando fugir da caçada....

“Foco,bella....estamos numa excursão de caça.”

“Ah sim!”assenti”caçar.”

Siga-me.”ela sorriu e saiu correndo...

Ela era rapida,no entanto eu tambem então voei com ela pela teia verde e viva,ao seu lado.

O vento de minha velocidade lançava meu cabelos para trás.Continuei esperando,sentir-me sem folego,mas minha respiração vinha sem esforço.Esperei que meus músculos começassem a queimar,mas minha força só parecia aumentar. Meus saltos se estenderam mais,

“O que estamos caçando?”perguntei quando ela parou e eu parei ao seu lado.

“Alces.Pensei numa coisa mais fácil para a primeira vez.”

“Onde?”perguntei

“Fique parada um minuto.”ela disse,colocando as mãos de leve em meus ombros.

“Agora feche os olhos.”ela murmurou....

Quando obdeci,ela levou as mãos para o meu rosto,afagando-o

“Ouça.”instruiu Esme”o que está ouvindo.”

Deixei meus ouvidos ampliassem o alcance,procurando algo distante .Havia um espaço aberto perto de nós...o vento tinha um som diferente quando atravessava a relva exposta. E um pequeno riacho,com um leito rochoso. E ali perto do barulho da correnteza,o ruido de línguas mergulhando na agua,o martelar de corações pesados,bombeando volumosas torrentes de sangue.

Parecia que as laterais da minha garganta tinham se fechado,só havia chamas...Isso é um inferno!

“No riacho,a nordeste?”perguntei

“Sim.”Sua voz era de aprovação.”Agora...espere pela brisa de novo....que cheiro sente?”

O cheiro limpo da água,que surpreendentemente me era indiferente,apesar da sede. Concentrei-me na água e descobri o cheiro que devia acompanhar e o coração pesado. Outro cheiro quente,denso e penetrante,mais forte que os outros.E no entanto quase tão pouco atraente quanto o riacho.Franzi o nariz...

Ela riu.

“Eu sei....leva um tempo para nos acostumarmos.

“Tres?”tentei advinhar.

“Cinco.já outros dois nas arvores atras deles..”

“O que eu faço agora?”

“O que tem vontade de fazer?”

Ponderei de olhos fechados,enquanto escutava e sentia o cheiro.Outro surto de sede ardente me invadiu com tamanha força que me fez gemer em protesto.Pelo menos seria algo quente e molhado em minha garganta.

“Não pense querida.”sugeriu ela enquanto recuava um passo. “Apenas siga seu intistos.”

Deixei-me levar pelo cheiro,quase inconsciente de meus movimentos enquanto flutuava pelo declive até a campina estreita onde ocorria o regato. Meu corpo inclinou-se automaticamente e eu me agachei,enquanto hesitava na entrada do bosque margeado de sambambaias. Podia ver o grande macho,com uma galhada de duas dezenas de cornos,na margem do regato,e as formas manchadas de sombras de outros quatro seguindo para o leste,entrando na floresta num passo tranquilo.

Concentrei-me no cheiro do macho,no ponto quente em seu pescoço peludo onde o calor pulsava mais forte. Só trinta metros__duas ou três passadas_entre nós. Eu me retesei para o primeiro salto.

Mas enquanto meus musculos se contraiam na prepara~]ao,o vento mudou,soprando mais forte,vindo do sul. Não parei para pensar,partindo das árvores em um caminho perpendicular ao meu plano original,assustando o alce,que entrou na floresta,e correndo atrás de uma nova fragancia tão atraente que não era uma opção.Era compulsório.

O cheiro me dominava completamente. Eu estava obcecada enquanto o rastreava,ciente apenas da sede e do cheiro que prometia mitigá-la. Asede ficou muito pior,tão dolorosa agora que confundias todos os meus pensamentos e começava a me lembrar do veneno queimando em minhas veias.

Só havia uma coisa que tinhal alguma possibilidade de penetra meu foco,um instinto muito mais poderoso,mais básico do que a necessidade de mitigar o fogo em minha gargante__era o instinto de proteção__A AUTOPRESERVAÇÃO.

De repente fiquei alerta para o fato de que estava sendo seguida. A atração do cheiro irresistível lutava com o impulso de me virar e defender minha caça. Um gorgolejo se formou em meu peito,meus lábios recuaram por sua própria vontade e expuseram os dentes,numa advertência.Meus pés desaleceraram,a necessidade de proteger minhas costas lutando contra o desejo de saciar minha sede.

E então pude ouvir meu perseguidor ganhando terreno,e a defesa venceu. Enquanto eu girava,o som crescente abriu caminho por minha garganta e saiu.

O rosnado bestial,saindo de minha boca,foi tão inesperado que me fez parar. Ele me inquietou e clareou minha cabeça por um segundo__a névoa da sede recuou,embora a sede em si ainda ardesse.

O ventou mudou,soprando o cheiro de terra molhada echuva próxima em meu rosto,libertando-me ainda mais das garras abrasadoras do cheiro__Um aroma delicioso,que só podeia ser humano.

Então eu o vi claramente,sim porque já não era mais Esme que estava diante de mim,era Ele. Edward Cullen. COMO ELE PODE SER TÃO CARA DE PAL?! UMA PARTE EM MEU CEREBRO MEU ALERTARA.

Ele hesitou, a alguns passos,os braços estendidos como se para me abraçar__ou me conter. Seu rosto estava concentrado e cauteloso,e eu me vi imobilizada,horrorizada,e ainda assim infurecida pela sua presença...

Percebi que estava prestes a ataca-lo.Num movimento brusco,saí de minha posição abaixada.Prendi a respiração enquanto voltava a me concentrar,temendo o poder da fragancia que vinha do sul.

Ele fitou-me nos olhos e deu um passo em minha direção.

“Tenho que sair daqui.”cuspi entre os dentes.

O choque atravessou seu rosto.

“voce consegue sair?”

Disparei num corrida outra vez,seguindo direto para o norte,concentrando-me unicamente na sensação desagradável de privação sensorial que parecia ser a única deação de meu corpo. Falta de ar. Minha meta era correr para o mais longe possível a fim de me livrar do cheiro atras de mim,e não atacar Edward,já que estava tão descontrolada,era realmente melhor se ele se mante-se bem londe de mim.

Novamente eu estava ciente que era seguida.Reprimi o instinto de respirar__de usar odores no ar para me certificar de que era Edward. Não precisei lutar muiro:embora estivesse correndo mais rápido do que numca,como um cometa,pelo caminho mais reto que conseguia encontrar entre as arvores,Edward me alconçou depois de um breve minuto.

Eu me detive,prendendo a respiração.

Edward passou por mim,surpreso com minha parada repentina,Ele girou e estava ao meu lado em um segundo. Me fitando nos olhos,

“Como você fez aquilo?”Perguntou

“Fiz o que? O que você deveria ter feito dias atras?!”retruquei sentino o gosto do ar,aqui não era poluido,só havia o cheiro de Edward,mais isso não me causava sede,ME CAUSAVA RAIVA.

Observei sua expressão desmoronar diante de mim,e um olhar de dor,mais nada disso me convencia,Minha mente gritava,alegando minha averção contra Edward, que o motivo por eu quase atacar um humano era culpa dele,E se esse humano fosse Meu pai? Eu não aguentaria isso...a culpa por eu me tornar um monstro assasino e apavorante era culpa dele.

Sem pensar avancei em sua direção,rosando furiosamente...Ele esticou os braços dando um passo para trás. Tentando se esquivar do meu ataque de furia...

Saltei em sua direção lançando nossos corpos ao chão. Meu corpo sobre o seu,batendo suas costas no chão com uma força incrivel e um gemido de dor escapou por seus labios,ele permaneceu imóvel sobre mim, eu rosnei novamente...prensando-o ainda mais contra o chão....ele fechou os olhos com uma expressão de dor,eu não sabia ao certo o que estava acontecendo,mais se surpreendi quando ouvi sua voz sobre meus rosnados..

“Eu te amo...”Sua voz saiu meio arrastada,por sobre a dor que ele sentira sobre meu aperto de ferro...e eu traveis meus musculos percebendo o que eu havia feito,e até mesmo o que eu havia ouvido...Afastei-me dele o mais rapido possível....enquanto ele parecia imovel sobre o chão....O QUE EU ESTAVA FAZENDO?? E AGORA EU SOU UM MONSTRO DE VERDADE?!Tanto quanto eu o havia julgado como monstro por ter me atacado...e agora Eu que estava atacando-o?! Olhei para ele estirado no chão e caminhei devagar em sua direção,sem saber ao certo o que fazer.ajoelhei ao seu lado,e pousei sua cabeça sobre minhas pernas...

“voce está bem?”perguntei com a tensão explicita em minha voz...

“Voce...é..bem...Forte.”Ele disse tentando brincar...

“Eu não queria....”

“Tudo bem.”Ele me cortou....“ Eu vou ficar bem, e acho que eu até mereci isso...”

Ouvi passos e suspirei

“como sabia onde me encontrar? O que houve com Esme?”perguntei rapido

“Alice teve uma vizão sua....” Eu até podia imaginar sua vizão. Eu matando um humano... “E eu tentei ajuda-la,encontrei Esme e avisei que ela poderia ir....e fui ao seu encontro.”

“Obrigada.....seria péssimo se eu...”

“Não se preoculpe.”Ele disse levantando-se e se prostrando de pé ao meu lado. Eu me levantei e olhei para frente ouvindo os passos próximos...

“Finalmente achamos voces.” Esme foi a primeira a apareçer,e um suspirou de alivio escapou por seus labios,quanto ela nos viu....