O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 19
A Prova Dos Sentimentos




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Cap. 19

A Prova Dos Sentimentos

 

Começa a manhã do quinto dia de treinamento dos times do Campeonato Mundial de Beyblade na mansão da família Yamari. Como Miguel divulgara aos amigos no dia anterior, todos embarcarão no avião particular disponível pra realizar um piquenique no topo da montanha mais próxima, o limite do território. Depois de acordar o grupo, seus treinadores explicam que o objetivo do exercício é fortalecer a interação entre todos.

Quando o equipamento necessário é finalmente separado, os empregados ajudam a equipe a se organizar. A aeronave os leva até a clareira da floresta, onde a nascente da límpida água doce desce em cachoeira e passa em rio. Logo alguns começam a preparar a comida enquanto os outros se ocupam com atividades aleatórias. Ray opta por meditar debaixo da cachoeira, não tão distante dos demais sentados sobre toalhas na grama.

Após se sentir relaxado, ele atravessa a trilha de pedras do rio, expondo o peito nu, e recebe uma toalha branca de Mariah para secar seus cabelos. Salima deduz que ela já devia imaginar esta ação da parte dele. E a ruiva se entristece pelo pensamento, pois nota que não conhece o seu amado o bastante para supor comportamentos em ambientes desconhecidos, ou entre pessoas nem tão próximas, como é o caso.

Ray – Algum problema Salima? – o jovem estranha a careta dela.

Salima – Nenhum. – a moça cora, olhando a sorridente rival de soslaio.

Roberta – Uou! Ray querido, por mais que a visão seja boa, eu sugiro a você pôr de novo a sua camisa. Só para não provocar desmaios em alguém.

Ray – Ah, certo. – muitos riem conforme ele se veste, juntando-se à roda.

Nadine – Ah... Este banquete seria muito melhor se tivéssemos mais frutas. – ela comenta descascando as poucas maçãs expostas num prato.

Liliane – Eu vi algumas árvores frutíferas no interior da floresta. Posso ir pegar.

Hilary – Pode deixar Lili, eu vou. – a morena deixa um prato com carne no centro do círculo e bate as mãos – Só preciso de algo para colocar as frutas.

Nadine – Aqui querida, pode levar minha cesta. – oferece sorrindo.

Gordo – Você carrega essa cesta de palha para todo lugar mesmo?

Zene – Carrega sim, como a Chapeuzinho. – a irmã mais velha enrubesce e parte dos amigos ri – Mas Hilary, você vai ter trabalho colhendo tudo sozinha.

Salima – Eu vou com ela, para o serviço ser mais rápido.

As duas se entreolham sorrindo e se vão. O grupo vai ficando mais disperso com o passar do tempo, a ponto de as suas coisas começarem a se juntar confiavelmente.

Eliane – Então, Melissa, nos conte mais sobre os seus amigos. – as Specialists e o Empire se reúnem ao seu redor, numa toalha afastada dos outros – Os novos e antigos.

Melissa – Oh, está bem. Eu posso separá-los pelas características. Por exemplo: as pessoas sarcásticas aqui são Célia, Mariam e Nilce. A mais séria é a Diná, enquanto as introvertidas são Martônio, Brooklyn, Mystel e... – todas sorriem e fitam Olinda.

Olinda – Sei que estou inclusa, tudo bem. – diz sem tirar os olhos do videogame.

Melissa – Bom, talvez tenham notado que os tímidos são a July, o Oldegar e nossa própria treinadora, a Nadine. Os inteligentes são a Alessandra, a Jeyne, o Jim, a Rosa, a Emily, o Miguel e você Eliane. – a garota sorri envaidecida – Eu considero que os mais gentis são Zene, Whitney, Kawane, Glória, Kane, Berta, Milena, Alice, Helena e vocês, Tamara e Bárbara. – as duas agradecem – Claro que estou falando em termos amplos.

Ivana – Pois para mim os mais responsáveis são o Márcio, a Ohana, o Garland e nossos treinadores, Hiro e Hana. E os meninos de Psykick, a Mariel, a Edna, o Michael, os garotos dos Saint Shields, a Calisto, a Mathilda, o Claude, os rapazes dos Majestics e Blitzkrieg Boys e a Jaqueline e a Savana parecem muito determinados.

Eliane – Sim. As garotas só fingem que são rabugentas. – elas gargalham, excerto as duas últimas, que sorriem sem achar graça – Vamos garotas, é brincadeira!

Tamara – Embora um sorrisinho de vez em quando não mataria vocês.

Roberta – Não se esqueçam dos animados. Liliane, Kalil, Filipe, Maltês, Belina, Daria e Ivana se dão bem com todo mundo.

Bárbara – Você também Roberta, e a Melissa e a Diva. A Kailane entraria no time dos mais responsáveis, e a Keilhany no dos espertos. Os outros devem ter um pouco de cada característica. Mas o importante é que nos damos bem, apesar de qualquer coisa.

Todas concordam e seguem com a conversa. Meia hora se passa e nada de Hilary e Salima voltarem. Kailane vai procura-las, avisando a umas amigas, mas não retorna.

Jim – Ué, cadê a Hilary e a Salima? Elas vão perder o churrasco.

Aaron – Pensando bem, a Kailane também sumiu. Ela foi atrás delas?

Alice – Saiu faz um tempo, mas é verdade que as três estão demorando muito.

Melissa – Ah meu Deus! – todos encaram a desesperada loira, vasculhando uma bolsa da pilha próxima – Elas não estão em canto algum! Ela vai me matar!

Enrique – Qual é o problema? – Melissa começa a abanar as mãos nervosamente.

Melissa – Eu não encontro as beyblades nem da Salima nem da Hilary!

Hana – E o que você estava fazendo com elas? Não deveriam estar com as duas?

Melissa – Eu arrumei algumas coisas para o piquenique e fiz o favor de colocar os beys na bolsa, mas agora não encontro nenhum dos dois! – informa sacodindo o objeto para baixo, deixando as coisas caírem no chão.

Diná – Calma, vamos encontrar Melissa. Não podem simplesmente ter evaporado.

Oliver – Qual foi à última vez em que você mexeu nas beyblades?

Melissa – Antes de sairmos, quando as guardei. Hi e Sali não se aproximaram das mochilas, então não podem ter pego. Depois nos ocupamos pelo resto da manhã.

Brooklyn – Quando a Kailane foi procura-las não levou as beyblades junto?

Ian – Não, eu prestei atenção. Ela se levantou e saiu para a floresta em seguida.

Martônio – Mas até agora elas não voltaram. Então aconteceu alguma coisa?! – a afirmação meio duvidosa do inexpressivo rapaz começa a causar aflição nos demais.

Ming-ming – Ah, ótimo! As beyblades e as lutadoras sumiram todas de uma vez!

Melissa – Mas temos que achar as beyblades antes! – ela toca o rosto com as mãos frias – Se a Kailane souber que aquelas feras desapareceram, me queimará viva! A avó dela vai mandar que me cremem e entreguem o pó ao papai!

Olinda – Por favor, reduza o desespero, que está ficando feio.

Hiro – Certo, vamos nos dividir. Cada treinador leva uma parte do grupo.

Gordo – Eu vou pelo sul. Nadine pode ir pelo norte e você vai para o oeste, Hiro.

Hana – Certo, e eu vou com os outro para o leste. Se alguém as achar... É...

Keilhany – Usem os rastreadores de feras bit para a gente se localizar e apertem o botão vermelho em cima do aparelho se vocês virem algo, que ele envia um sinal. – dito isto, as equipes escolhem seus caminhos e se separam rapidamente.

Todos se revezam olhando de troncos ocos até grutas, chamando pelas donas das beyblades e buscando os próprios beys. Os acostumados a escalarem árvores procuram do alto dos galhos, até que por fim Kailane é vista desmaiada debaixo de uma laranjeira. Kai é o primeiro a correr para acudi-la quando seu time se aproxima.

Kai – Kailane! – ele se ajoelha e a pega nos braços – Kailane, vai, acorda! – neste momento, os dedos da mão feminina que segura mexem de leve – Lane, fala comigo!

Diva – “Lane”? – a pequena repete com estranheza o apelido reservado apenas aos amigos íntimos, todavia Melissa tapa sua boca, comovida com o clima.

Kailane – Kai?... – a jovem finalmente acorda, piscando confusa e pondo a mão na cabeça, então os outros sorriem aliviados e os membros ausentes do grupo chegam enfim – Ai!... Por que estão todos aqui? O que aconteceu?

Tyson – É o que nós queremos saber! Onde estão as outras? – Kai ajuda a garota a sentar devagar – Por que você estava desmaiada?

Kailane – Pode fazer uma pergunta de cada vez? – pede massageando as têmporas – Me ajude a levantar Kai, por favor. – o rapaz obedece, e mesmo soltando-a depois ele continua por perto – A última coisa que lembro é de ter vindo procurar pela Hilary e a Salima, então vi um cesto rasgado no chão.

Zeo – Sim, ele está aqui. – o garoto levanta os restos da palha destroçada.

Tamara – Oh meu Deus. Você se lembra de mais alguma coisa?

Kailane – Tinha uma sombra por trás de mim e... – ela faz uma careta – Não me recordo de mais nada depois disto. – por instinto, Kailane toca o bolso do cinto, onde o seu disparador está preso, e se assusta – A minha beyblade...! Onde ela foi parar?

Gary – Essa não. A sua também sumiu? – os olhos da moça se arregalam.

Kailane – Como assim “também”? – os demais encaram Gary repreensivamente, e nesta hora uma risada cruel soa antes de alguém sair detrás de um rochedo perto deles.

— Ora, ora, ora... Todos reunidos de uma vez. Esta é uma oportunidade de ouro.

Kalil – Fala sério! Você de novo? – a sobrinha de Lauana, Carola, balança os seus cabelos e ri diante dos olhares espantados – Ninguém merece.

Carola – É assim que me recebem depois de tanto tempo? Bem, nem tanto assim, mas eu senti saudades. Achei que não fosse encontra-los, sabiam?

Bryan – Imagino que essa seja a mulher que ajudou no sequestro de vocês.

Joseph – É. Ela e sua tia louca nos levaram para aquela ilha infestada de animais selvagens! O que você quer, psicopata? Veio atrás das nossas feras bit de novo?

Carola – Bem esperto. Mas desta vez não estou me contentando só com as feras.

Mariam – É melhor nem tentar nada, fofa. – os bladers levantam ou apenas pegam os disparadores – Você está em menor número e nós podemos chamar os reforços.

Carola – Bem, eu não faria isto no lugar de vocês. Seriam inteligentes se ouvissem o que tenho a dizer, especialmente se quiserem ver suas amigas de novo.

Emily – Hilary e Salima? O que você fez com elas?

Carola – Vejamos, como eu começo?... Então, vocês sabem que uma fera bit com um alto nível de poder não obedece às ordens de outro além do dono da beyblade, não é?! De fato, era com isto que titia estava tendo problemas. Os bits resistiam ao controle dos neurotransmissores sintéticos com toda a força que tinham. Daí quando recebemos o alerta de invasão na ilha, eu soube que não teria tempo pra esperar elas enfraquecerem por estarem longe de vocês. Tive de tomar as rédeas da situação, então, sem que minha tia visse, eu peguei dois microchips e usei nas feras bit sagradas Drena e Drisa.

Keilhany – Como é?! Isto não é possível! Eu mesma chequei os brasões antes de darmos para a Hilary e a Salima e não havia nada de errado com eles.

Carola – Claro que não. Eu os botei nos beys antes dos brasões serem encaixados. Depois de escapar de uma transferência de unidade prisional no Rio de Janeiro, foi até fácil invadir o apartamento de vocês. Só precisei me disfarçar de camareira, e, enquanto estavam no torneio, eu acrescentei os microchips no interior das beyblades sobre a mesa da treinadora Hana. – diz com uma voz debochada, fazendo-a franzir o cenho – Agora as suas amigas vão passar muito tempo me servindo.

Ray – O que quer dizer com isto? – Carola bate as mãos e esfrega uma na outra.

Carola – Ah, você deve saber tudo de manipulação mental, certo, meu bom Ray?! Já que teve o prazer de lutar contra a bela Salima. – logo as pupilas de Ray dilatam com um flashback rápido – E viu o rostinho dela se contorcendo de raiva, por saber que está sendo controlada sem poder fazer nada para se livrar! – ela ri, apoiando seu cotovelo no braço curvado e pondo o indicador e o polegar num ângulo de 90º para tocar o próprio rosto – Digam-me, notaram alguma coisa estranha no campeonato de beyblade?

Michael – Excerto que a Drisa ficou doida e destruiu o estádio, não, nada fora do normal. – fala sarcástico, fazendo-a rir e enrolar uma mecha do cabelo nos dedos.

Carola – Sim. Eu vi em primeira mão os resultados da pesquisa funcionando com pura perfeição. É claramente mais fácil deixar que vocês tenham acesso às feras bit com um microchip para o controle mental ser total. E quer saber, eu descobri uma coisa até mais emocionante! Quão mais arrasados ficarem, melhor para mim!

Tyson – Que asneiras você está falando? Diga logo onde estão as garotas!

Ray – O que fez com elas? – os dois a fitam enfurecidamente.

Carola – Upe, que nervosinhos! Eu não as maltratei. Pelo contrário, dei bem mais poder a elas. Não era este o objetivo do treinamento que estavam fazendo? Na verdade, eu acho que está na hora de as duas experimentarem sua nova força. Meninas! – de trás da mesma rocha, Hilary e Salima saem segurando suas beyblades e os disparadores.

Whitney – Gente, vocês estão bem? – as moças abrem sorrisos assustadores.

Carola – Vocês ainda acham que elas são suas amigas? – Carola gargalha – Como eu disse, as duas me servem agora, enquanto as feras bit estiverem sobre meu controle.

Melissa – Ah bruxa miserável! Você não vai se safar! – as amigas a seguram.

Milena – Acalme-se Meli! Não vale a pena brigar com uma pessoa como ela!

Melissa – É claro que vale! Vou quebrar o nariz plastificado que ela tem na cara! – Tyson de repente dá alguns passos à frente, seriamente apertando a beyblade na mão.

Tyson – Se quer as beyblades, pegue. – os outros se assustam, mas Ray o apoia.

Ray – É, pode ficar com elas! Mas antes, devolva a Hilary e a Salima!

Carola – Quem vê assim acha que vocês ligam pra alguém além de si, ou pra algo além da vitória. Eu vi de perto a cena ridícula do campeão mundial tendo uma briguinha com a namorada. – todos olham para o corado Tyson – Como você disse mesmo Tyson? Eu tenho quase certeza que tinha algo a ver com “você nos atrapalhou várias vezes”. Ah sim! “Talvez seja melhor se você sair das Beautiful Girls”. Não foi o que disse à Hilary?

Diva – VOCÊ FALOU PARA ELA LARGAR A NOSSA EQUIPE?

Kailane – Então era por isso que a Hilary estava com tanta raiva naquela hora?! O que mais você disse para ela? – o envergonhado garoto não consegue responder.

Carola – Ah, muita coisa! Uma foi “estou perturbado por saber que agora você vai querer aprender a jogar e até treinar com a gente, graças à influência das suas amigas”, se não me falha a memória. Mas acho que não, porque eu tenho uma ótima memória!

Melissa – Oh, agora eu quero muito é surrar a sua cara! Seu grande idiota!

Carola – Uh, sendo assim, quebrem o nariz do tigrezinho, que também tem culpa no cartório. – os ouvintes a fitam confusos – O quê? Vão dizer que não sabem? Muito bem, vamos recapitular... Os animais selvagens sentem o medo de quem está por perto. Desta forma, a fera bit pode sentir as emoções que se passam na cabeça e no coração do seu parceiro, ou parceira. Não foi isso que a fofa e meiga Nadine ensinou para vocês? – debocha novamente, irritando ainda mais os rivais.

Claude – E o que isto tem a ver com a história? – Carola o encara aborrecida.

Carola – Se me deixar terminar, eu explico. Enfim, eu consegui fazer Drisa perder o controle porque Salima não estava forte o bastante para controla-la... – ela aponta pra cabeça – Mentalmente falando. A tigresinha estava insegura, triste e confusa; uma plena gatinha assustada. – explica rindo – Sabe por que ela estava assim Ray? – o rapaz franze o cenho – Claro que não. Mas para que saiba, o culpado pela Salima estar assim é você.

Johnny – Culpa do Ray? Que história é esta? – o time se entreolha desorientado.

Carola – Eu conto para vocês; é uma ótima história! Acontece que nós temos aqui um caso de triângulo amoroso entre três bichanos: Ray, Salima e... Mariah. – a cabeça de Carola pende na direção da envergonhada garota – Aliás, Mariah, eu devo dizer que a sua ameaça foi emocionante! Finalmente botou as garras de fora. Fiquei orgulhosa.

Lee – Do que ela está falando, Mariah? – a moça abre a boca sem dizer nada.

Carola – Puxa, estão bem mal informados para quem dizem gostar tanto assim dos seus amigos! Vou contar uma coisa, miau chinês... – ele torce o nariz pelo apelido – Sua irmãzinha ameaçou “derrubar” a ruivinha “com unhas e dentes” – coloca aspas com as mãos – se ela entrasse no seu caminho longo e sinuoso para ter o coração do nobre Ray.

Lee – Ela fez o quê? Mariah! – a constrangida e nervosa jovem abaixa o olhar.

Carola – Bem, graças a isso a bela Salima ficou bem vulnerável sentimentalmente, portanto não foi difícil controlar Drisa e mais tarde ela própria. Então, obrigada fofinha. – Mariah sai correndo dali com lágrimas nos olhos e é rapidamente seguida por Márcio – Mas eles já vão? Perderão a festa! Eu ainda nem cheguei na melhor parte.

Jeyne – O que mais você tem para nos contar, sua víbora?

Carola – A história de como esta mocinha aqui se rendeu. – ela cutuca a bochecha de Hilary, torcendo o nariz em seguida – Infelizmente, eu não pude manipular a Drena quando saiu da beyblade da primeira vez, porque a garota é muito teimosa. Igual a certa pessoa que nós conhecemos. – Tyson disfarça olhando para cima quando todos o fitam – Mas as coisas mudaram graças as brigas constantes do ex campeão e da nova campeã.

Jaqueline – Viu só? Se tivesse calado a boca nos momentos convenientes, nada disto estaria acontecendo agora! – o jovem faz uma careta sem poder se defender.

Carola – Concordo. Então, vou contar outra historinha... Era uma vez uma jovem que queria reconhecimento do seu colega de sala, o campeão mundial de beyblade. Um dia, ela recebeu a oportunidade única de fazer parte de uma equipe e aprender realmente como lutar beyblade. A coitadinha treinou o quanto pôde com suas queridas amigas – as Beautiful Girls fazem caretas – e foi para o Campeonato Mundial de Beyblade, crente que poderia ter sua dedicação à equipe do rapaz finalmente reconhecida depois de tanto tempo. Ela venceu o campeão, mas ele não aceitou perder na frente dos fãs e amigos, então depois de uma briga ela ficou muito magoada e... Vulnerável. – Carola troça – Ah, mas qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Ou não.

Robert – Quer dizer que você discutiu com a Hilary porque perdeu a luta?

Max – Tyson, como é que você pôde fazer isso?! Você devia estar feliz por ela!

Tyson – Mas a Hilary nem ligava de não fazer parte da nossa equipe, então...!

Kai – Ela sempre foi da nossa equipe Tyson. Mesmo nunca tendo lutado, ela nos ajudava como podia. – o envergonhado rapaz olha com pesar para a morena.

Carola – É assim que funciona: vocês partem corações e eu fico com as feras bit.

Melissa – Só por cima do nosso cadáver, jararaca! Nós vamos lutar! Mesmo agora eu estando com tanta raiva desse idiota quanto dela. – a loira faz menção de enforca-lo.

Edna – Isto não importa neste instante! Carola, você vai devolver nossas amigas!

Diná – Exato. E depois limpamos o chão com a sua cara. – ela se volta à Tyson – E a sua também. – alguns dos rapazes se afastam assustados pela careta dela.

Carola – Ok. Eu já enjoei deste drama de novela mexicana mesmo. Só que devem aceitar lutar contra elas. Como a luta é dos rapazes, melhor deixar que eles decidam. É hora de mostrar seu valor. E lembrem que depois podem tentar pedir perdão de joelhos.

Ela gargalha. Tyson e Ray encaram as reféns, recordando de épocas em que elas pareceram confiantes durante momentos de loucura. Eles trocam um olhar determinado.

Tyson – Diga o seu preço de uma vez. – a mulher sorri maliciosamente.

Carola – É bem simples. Se perderem, eu fico com as feras. Se ganharem, devolvo as duas. Mas que fique clara uma coisa... – Hilary e Salima apontam seus disparadores com as beyblades para os dois – No momento em que as suas beyblades se tocarem, não vão poder desistir até que o último jogador esteja de pé. Que o melhor prevaleça.

 

Continua...


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