O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 18
A Motivação Certa




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Cap. 18

A Motivação Certa

 

Após os bladers serem recepcionados pelos criados, que se curvaram e mostraram os cômodos da mansão Yamari, eles escolhem seus dormitórios. A seleção é feita com base no número de aposentos disponíveis, cada um com espaço para acomodar até seis pessoas tranquilamente em camas de casal. As equipes se instalam nos quartos divididos entre a ala leste, das moças, e a ala oeste, dos rapazes, então todos se reúnem pra comer.

A mesa de 40 metros da sala de jantar comporta inteiramente o grupo e a refeição é farta o bastante para repetirem pelo menos duas vezes. Ao término da sua alimentação, os treinadores se enfileiram na frente da lareira, alinhada às portas, e pedem atenção.

Hana – Antes de qualquer coisa, Kane, Goki e Jim: isto é para vocês. – ela mostra uma caixa retangular preta nas mãos e abre quando o trio se aproxima, expondo novas beyblades – A senhora Yamari deixou isto no quarto que estou dividindo com Nadine. Vocês eram os únicos deste grupo não portando feras bit, e agora terão suas parceiras.

Nadine – A senhora Yamari deixou um bilhete dentro da caixa, dizendo que foram corajosos em competir no campeonato sem fera bit alguma. – fala retirando o papel do bolso do vestido e entregando à Kawane, que, como Glória e Jeyne, saiu de seu lugar afim de ver melhor – Por esta razão agora estão sendo recompensados.

Glória – São as feras Inori, Kyojin e Tantei que estavam guardadas há tempos!

Milena – Bem, e o que vocês acham meninas? – alguns a encaram confusos – Elas costumam ser responsáveis pela fiscalização de compatibilidade entre feras e bladers.

Kawane – Apenas dentro da família Beyfly, mas uma vez que vocês estão dentro agora... – a jovem se entreolha com as amigas – Acho que é uma ótima combinação. Até mais precisamente, Inori, que é um louva-a-deus, devia ficar com Kane. Goki pode dar conta de Kyojin, o hipopótamo, e Jim de Tantei, a foca. Pode ser produtivo assim.

Kane – Neste caso vamos seguir seu conselho. Obrigado. E temos que lembrar de agradecer à senhora Yamari depois. – o grupo ri e os seis voltam a sentar.

Hana – Então... Queremos avisar que eu, Hiro, Nadine e Gordo conversamos no avião e já temos um plano de treinamento para todos. Nos quatro primeiros dias vocês terão aulas com cada um de nós, então no quinto faremos um exercício prático para se fortalecerem e no sexto dia farão pequenos confrontos rápidos entre si.

Nadine – Já que nós reportaremos às suas famílias tudo que aprenderem, devem se esforçar em todas as tarefas, não importa o que aplicarmos. – ela diz suavemente e sorri.

Gordo – Dá pra adiantar que o Hiro cuidará de vocês amanhã, depois eu, Nadine e por último a Hana. Estamos livres pra castigar quem der com o pé atrás, sem pegar leve.

Tala – Posso perguntar que tipo de exercício prático será esse do quinto dia?

Hiro – É uma surpresa, mas não nos deslocaremos além da propriedade Yamari.

Johnny – Menos mal, porque eu pensei que planejavam nos mandar escalar aquela montanha atrás da mansão. – alguns dos presentes riem – Qual a graça?

Ohana – A área montanhosa faz parte da propriedade da família Yamari.

Jaqueline – Minha nossa. Lembre-me de nunca entrar numa briga com você. – ela se reporta à Kailane e a moça ri – Já que é assim, fazer uma trilha por lá é uma opção.

Eliane – Para não nos perdermos, podemos manter a localização com o rastreador de feras bit portátil que Keilhany deu para todos. – Thalía sorri timidamente em retorno.

Hiro – Tenham calma. Eu não disse que íamos fazer uma trilha na montanha.

Roberta – Bom, mesmo aqui dentro eu já tenho medo de me perder. Devíamos nos organizar em times quando quisermos ir pra qualquer lugar, porque se quem estiver com o rastreador sumir, vão ter que chamar uma equipe de busca para os outros membros. – o grupo gargalha enquanto a jovem bebe seu suco, confortável com a reação.

Oliver – A veia cômica da Roberta é ótima! – ele comenta e todos concordam.

Emily – Bem, prepararam alguma coisa para nós no último dia de treinamento?

Hiro – Aí é que está. No último dia da semana, as Beautiful Girls têm um show ao vivo de noite, no anfiteatro da cidade, então vocês estarão livres para aproveitar.

Ming-ming – Uh, que legal! Será que rola uma participação especial?

Melissa – Por que não?! Nós podemos convidar todo mundo para subir no palco.

Crusher – Acho que eu vou preferir ficar na plateia. Alguém pode passar o pudim?

Daria pega um prato com a sobremesa e repassa a ele sorrindo. Como estão um ao lado do outro, é possível notar que ambos têm a mesma altura, assim como Oldegar em relação à Ming-ming, comendo devagar e sem aparente ânimo ao contrário dela. Nilce e Mystel compartilham não apenas o mesmo tamanho, mas também o mesmo sorriso com ar malicioso direcionado à Helena e Garland, que nivela o olhar até a boca para fita-la.

A despreocupada loira escuta a conversa reorganizando a coroa de flores de Ivana, um presente de Bárbara, com o fresco buquê disponível no vaso sobre a mesa. No final, ela repassa à Belina para dar à garota. Subindo a vista limitada ao pescoço de Brooklyn, a jovem aproveita e pede que a pequena repasse um guardanapo, logo entregue ao rapaz para limpar a boca suja. Melissa percebe estes detalhes e faz uma varredura no clima.

Os membros das equipes Blitzkrieg Boys e Empire parecem estar igualmente bem uns com os outros. Quando Ivana experimenta a nova tiara e se enverga para a esquerda, o objeto escorrega pra cabeça de Ian, pois ele só chega à testa dela. A cena causa risadas em todos. Bryan aproveita o fato de Bárbara bater no seu queixo para se debruçar sobre ela e alcançar a câmera entregue por Savana, tirando uma foto da cena.

A jovem tem a mesma estatura que Spencer, que é o semelhante caso de Tamara e Tala, e aos olhos da senhorita Taylor eles se encaixam perfeitamente. Ela fala no ouvido de Max sobre a perfeição dos casais presentes ali e ele sorri em acordo, posteriormente procurando algo. Como se adivinhando seu pensamento, Melissa pede o tubo de queijo à Alice e joga no prato de macarronada dele, conseguindo um sorriso em troca.

A moça não chega a ver que também está sendo observada. Quando o grupo acaba a refeição, pouca coisa sobra nos pratos. Alguns se oferecem para ajudar as empregadas a lavar a louça enquanto os mais exaustos se retiram. De manhã Hana e Nadine chamam as garotas para fazer o almoço, que é silencioso entre Mariah e Salima. Tudo fica pronto às onze horas e os primeiros homens a surgirem na sala de jantar são Hiro e Gordo.

Quando o cheiro da deliciosa variedade de comidas se espalha pelos cômodos, os demais bladers se exercitando na academia decidem parar, tomar banho e ir comer. Ao se acomodarem, as cozinheiras começam a servi-los.

Daria – Os outros não virão comer? Preparamos tudo com tanto carinho.

Garland – Devem estar dormindo ainda, é claro. São um bando de preguiçosos.

Crusher – Azar o deles, porque a comida está ótima! – as moças sorriem alegres.

Alice – Mas é estranho que não tenham despertado. Não devíamos chama-los?

Miguel – Tudo bem. O cheiro da comida não deve ter chegado lá em cima ainda.

Bryan – Ou passado por debaixo da porta. –  todos riem.

Mariam – Pois eu acho que eles não merecem dormir até mais tarde quando nós já acordamos a tanto tempo. – as garotas se entreolham e algumas sorriem maliciosamente.

Mathilda – Hilary, como era mesmo aquele seu “acorde especial”?

Hilary – Eu demonstro. Vamos lá! – as mais traquinas se levantam das cadeiras e sobem as escadas rindo, na mira dos curiosos, enquanto os outros continuam comendo.

Assim que o grupo feminino entra furtivamente na ala masculina, as jovens abrem as portas dos quartos e Hilary anda até o fim do corredor, onde está o botão do alarme de incêndio. Ela o aperta e todas começam a gritar “fogo”, parecendo aflitas. Os rapazes acordam sobressaltados, alguns caindo da cama. Após a ala esvaziar, a Tachibana olha para a única pessoa que não acordou. Suspirando, ela chega perto da cama.

Esparramado sobre duas cobertas reside o ex campeão mundial de beyblade, com a mão esquerda dentro da camisa do pijama e o braço direito jogado fora do colchão. A morena faz uma careta. Embora ele a irrite, ela não consegue deixar de acha-lo fofo em certos momentos, como quando dorme. Seus devaneios românticos só cessam por ver a baba escorrer da boca dele, então Hilary aproxima as mãos do seu ouvido e bate palmas.

Tyson – Ai, o que é isso?! – Tyson senta impulsivamente, colocando a mão direita sobre a orelha e olhando para o lado – Mas que coisa Hilary! Eu podia ficar surdo!

Hilary – Você já está surdo. Não acredito que não ouviu o alarme de incêndio.

Tyson – “Alarme de incêndio”? – diz bocejando e esfregando os olhos – Ah, então quando o Daichi me chamou tava falando sério? Pensei que era zoeira. Ou um sonho.

Hilary – Pelo amor de Deus, você não existe! Se fosse pra valer, estaria tostado.

Tyson – Peraí! – ele arregala os olhos – A casa tá pegando fogo?

Hilary – Acabei de dizer que não era sério! Você está surdo mesmo? Um dia vai morrer sem saber por quê. Achei até que estava doente, sabia?

Tyson – Mas por que você inventou de acordar todo mundo assim? É loucura! Ah, mas é claro, só podia ser coisa sua na verdade. Você é doida!

Hilary – Não me chame de “doida”, seu preguiçoso! Se não queria acordar com um susto podia ter levantado antes! Você não vai morrer se sair da cama mais cedo!

Tyson – E por que não me chamou, como gente normal faz?

Hilary – Ah, eu não vou ficar aqui discutindo com você! E se não correr logo, não vai sobrar uma migalha do almoço. – finalmente o jovem levanta animado.

Tyson – “Almoço”? Agora falou a minha língua! Mas já é tarde assim?

A morena bufa e sai do quarto contando até dez mentalmente para se acalmar. Ao terminar de se trocar, Tyson desce e dá de cara com seus amigos comendo alegremente, alguns de pijama pelo susto anterior. Os técnicos já estão se retirando.

Hiro – Tyson, até que enfim deu o ar da sua graça. Mas com o que você sonhava para não ouvir o alarme de incêndio? – os outros começam a rir.

Tyson – E você Hiro, por que não impediu que a gente acordasse com uma sirene?

Hiro – Não tinha razão pra isso. Você e os outros mereceram por acordarem tarde.

Martônio – Você não disse que precisávamos acordar muito cedo.

Hiro – E precisava? Quando se fala em treinamento, está implícito que acordar cedo é melhor para começar o dia bem. Então, aqueles que não levantaram junto com os outros vão passar uma hora a mais malhando na academia depois que o treino acabar. – os jovens reclamam e os treinadores saem rindo, então o Granger mais novo se senta.

Tyson – Ah, a comida parece deliciosa! – declara enchendo seu prato e sorrindo – Me lembrem depois de dar os parabéns as empregadas.

Olinda – Bem, fomos nós que cozinhamos, então pode dizer agora.

Tyson – “Nós”? Por “nós”, quer dizer só as meninas? – algumas confirmam com acenos – Então a Hilary cozinhou junto? – a garota fita-o com uma careta, já prevendo a próxima reação – Deixa pra lá então, eu não tô com tanta fome assim.

Hilary – O que quer dizer com isto? Por acaso a minha comida é ruim?

Tyson – Encare a realidade Hilary: você não cozinha nada que preste. – boa parte dos bladers come mais lentamente ou para totalmente, ansiando a reação dela.

Hilary – Você não sabe apreciar a minha comida porque engole tudo que vê.

Tyson – Ah, então você não se lembra daqueles sanduíches horríveis de pimenta que preparou quando a gente acampou antes do penúltimo campeonato mundial?

Daichi – Ah, eu lembro. Não consegui sentir minha língua por dois dias.

Tyson – Pois é! Por sua causa eu não tenho mais paladar! Na verdade, é uma coisa boa, porque assim posso engolir até as coisas mais intragáveis, como a sua comida.

Hilary – Se acha tão ruim, seu cabeção irritante, não coma e morra de fome! Ou pegue a comida do cachorro, se preferir. Deve ser refinado o suficiente para seu paladar.

Jaqueline – Será que os dois pombinhos se importam de parar com esta discussão infernal? Está difícil de digerir assim. – os dois bufam e desviam o olhar.

Kane – Por um momento eu pensei que o Tyson ia morrer. – ele sussurra.

Calisto – Bem, se dessem um troféu para a pessoa mais irritante do mundo, ele já seria campeão mundial também. E com louvor por conseguir irritar a Hilary.

Os mais próximos riem. Mais tarde o grupo se prepara para treinar e se dirigem a sala especialmente projetada para bladers. O local é espaçoso e bem iluminado, com dez grandes beystadiuns simples e máquinas de monitoramento.

Hiro – Muito bem, prestem atenção, principalmente aqueles que chegaram tarde! Meu dever é deixá-los bem condicionados, física e mentalmente. Estou orgulhoso pelas garotas terem coragem de acordar mais cedo e correrem ao redor do jardim da mansão, vamos chamar assim, antes de preparar o almoço. E sem reclamar. – as moças sorriem orgulhosas enquanto alguns dos garotos fazem careta – Já quem começou mal precisará apertar o passo pra acompanhar os outros agora. Então, Jeyne, quer explicar a atividade?

Jeyne – Claro. – ela pega um objeto na máquina mais próxima e se coloca ao lado dele – Nós vamos usar um programa de realidade virtual. Este capacete pode transportar o lutador, ou lutadora, a um cenário alternativo escolhido no computador. Os ambientes variam de uma ilha no céu até o fundo do mar, não importa. Quando estiver imerso, terá obstáculos pra ultrapassar. Há ainda a opção de usarmos nossas feras bit para ajudarem.

Rosa – Ah sim, e o processo é simples. A máquina escaneia a beyblade e projeta a imagem virtual da fera bit no interior do cenário onde o blader está imerso. Mas se pedir a ajuda da fera para passar pelos obstáculos, a pontuação que tem na atividade diminui.

Hiro – E por isto eu quero ver se vocês, a princípio, conseguem ser produtivos no simulador sem dependerem das feras bit. Devem usar o fôlego guardado, e escolham as melhores saídas, não as mais fáceis. Eu vou separá-los em grupos e vocês vão se revezar para monitorar os outros. Quem começou os exercícios físicos primeiro inicia antes.

Brooklyn – Por mim tudo bem, embora assistir seja tedioso.

Tala – Então vamos nos aquecendo. – ele levanta seu disparador.

Calisto – Vocês sabem que existem outras coisas além do beyblade, certo?!

Rick – Claro, mas nós vamos ter muito tempo para comer ainda. – boa parte dos rapazes ri e as garotas se entreolham com uma expressão de dó.

Assim o dia segue e na manhã sequente é a vez de Gordo fazer sua orientação. O grupo sai pra área externa da mansão e percorre uma maratona de obstáculos montada por ele, exercitando parte dos desafios do simulador em duplas mistas. Os pares devem cumprir a prova trabalhando juntos, então eles gastam as horas cronometrando o tempo das parcerias. Durante a madrugada, Tyson se debate na cama por um sonho estranho.

Ele se vê sozinho numa sala escura e sem saída, quando Dragoon surge de súbito.

“Tyson – Por quê?” – pergunta ao bit, com a cabeça perto do seu rosto e olhando-o dentro dos olhos – “Por que você não atacou naquela hora? Por que me deixou perder a luta? É porque a Drena é mais poderosa do que você, Dragoon?” – o dragão sorri.

“Dragoon – Não é uma questão de poder. A minha ligação com ela é muito mais importante, é o que dá a verdadeira força. Você precisa entender e aceitar os seus reais sentimentos, Tyson. Não está sendo sincero consigo.”

“Tyson – O que você quer dizer? O que eu preciso entender?”

“Dragoon – Faça a si mesmo uma pergunta: por que você queria vencer?”

Ao despertar, o rapaz percebe que tudo não passou de um sonho, mas se pergunta sobre o que a fera bit lhe disse até resolver se levantar. Como no dia anterior, Hilary não o acordou. Incomodado, ele vai à biblioteca e encontra o seu irmão sentado em um dos sofás de couro preto com um livro em mãos, lendo em voz alta bem junto de Hana.

Hiro – Ah, olá Tyson. – os dois levantam os olhos e sorriem – Caiu da cama?

Tyson – Engraçado. – o caçula coça a bochecha – É... Será que um de vocês viu a Hilary? Não é nada demais, só achei... Estranho ela não me acordar berrando.

Hana – Não sabia que sentia falta disso. – os mais velhos riem da careta dele – Me desculpe. Ela provavelmente está lá fora com os outros, perto do curral dos animais. A Nadine ainda não deve ter começado a aula, já que ninguém foi chama-lo.

Tyson – É. Foi realmente péssimo quando o Gordo nos tirou da cama soltando os bichos dentro dos quartos. Eu fiquei com gosto de pena de ganso na boca. – os três riem desta vez – Então... Valeu. Eu vou lá fora. – os técnicos acenam e ele fecha a porta.

Hana – Ora veja. Tyson está progredindo. Logo, logo ele verá que existem outras coisas além do beyblade. E aposto que não se arrependerá de ignorar este universo um pouquinho, porque a Hilary também gosta dele, embora não admita tão fácil.

Hiro – Acha mesmo que ele está prestando atenção nela? Seria bom demais...

Hana – Para ser verdade? – ambos dão uma risada e ela toma o livro de suas mãos – Não só ele como os outros rapazes estão se aprimorando. Aprenda a notar estes sinais, professor. – Hana cutuca a bochecha de Hiro, fazendo-o corar sem desfazer o sorriso.

Enquanto eles retomam a leitura, Nadine aparece no jardim e pede que os alunos façam uma roda, logo entrando nela. Ela abre uma grande cesta de palha que carregava nas mãos e tira alguns livros do interior, explicando o intuito do seu treinamento. Todos deverão aprender mais sobre as feras bit, e uma vez que a biblioteca da família Yamari está disponível ela tomou a liberdade de pegar enciclopédias recomendadas por Kailane.

Durante parte do dia, o grupo aprende detalhes sobre o comportamento animal nos livros e observando os bichos do curral. Depois a treinadora entrega testes escritos para que cada um responda questões de personalidade e detalhes sobre os próprios bits. Pela quarta manhã, é a vez de Hana cuidar dos bladers. Para a surpresa de todos, ela separa a turma entre homens e mulheres e manda que façam tarefas domésticas pela mansão.

Dunga – Isto é ridículo! – o rapaz resmunga jogando lavagem aos porcos – Qual a razão de fazermos estas coisas? Não é um treinamento que preste!

Steven – As garotas parecem estar se divertindo lá dentro. – ele comenta devido a música que toca alto dentro da sala – Devem estar achando boa esta tarefa.

Spencer – Para falar a verdade, esta música também me deixa animado.

Beyblade Soundtrack - Never Gonna Take Me Down

Johnny – Elas devem gostar dos treinamentos da Hana e da Nadine por não serem tão pesados em comparação aos do Hiro e do Gordo.

Mystel – E você diz isto mesmo que estejamos fazendo trabalho sujo com pesos amarrados no corpo? – ele reclama apontando para o seu colete.

Goki – Bom, o meu corpo está começando a doer, mas não é tão terrível.

Miguel – Talvez vocês fiquem aliviados ao saber que a Milena me contou qual vai ser o nosso exercício prático de amanhã. Nós vamos fazer um piquenique na montanha.

Kevin – Se não envolver uma trilha ou escalada, ótimo. E a música já mudou.

Beyblade Soundtrack - All Across The Nation

Ray – Melhor vocês apertarem o passo se não quiserem dançar com elas lá dentro! – mal Ray acaba de falar, uma lhama cospe no rosto de Crusher e os amigos gargalham.

Crusher – Estou começando a achar que esta opção não é tão terrível assim.

 

Continua...


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