Lufano sim, alegre também escrita por Maga Clari


Capítulo 1
Pequena apresentação sobre nós, os lufanos




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Muita gente acha que sabe das coisas.

Que sabe o número exato de alunos em Hogwarts; que sabe o cardápio de cada dia da semana; alguns até mesmo acham que sabem o que leva o Chapéu Seletor a escolher esta ou aquela casa para cada calouro.

Tem gente que acha que só tem bruxo das trevas na Sonserina.

E que a Grifinória é cheia de metidos.

E na Corvinal? Ah, só tem os nerds virjões.

Mas o engraçado... É o que dizem sobre a Lufa-Lufa.

Ouço muito por aí alguns comentários. Hoje, por exemplo, tive o desprazer de prestar atenção numa conversa alheia. Juro que não foi de propósito, e que já confirmei que minhas orelhas são realmente grandes demais pra o som acústico do Salão Principal. Mas o fato é que eu ouvi. Em alto e bom tom:

 — Vocês souberam da última? — uma voz feminina me levou a observar que ela e mais duas grifinórias conversavam na entrada do Salão, aos cochichos — Os lufanos acabaram com a comida de hoje... Ouvi dizer que o almoço vai atrasar!

— Também, né? — disse a segunda grifinória — Depois de enfumaçarem tanto aquele dormitório, não me surpreende essa famosa fome repentina...

— Verdade — disse a terceira — Mas sabe o que eu acho? — e aí, ela se aproximou mais das amigas e diminuiu a voz — É tudo uma grande fachada. Não tem como tanta gente ser tão alegre o dia todo! Eles não fumam à toa!

— Nisso eu vou ter que discordar — a segunda retomou a palavra — Eu sei por que eles são tão alegres...

— Ah, é? Por que é então?

— Minhas queridas... Nos princípios remotos da nossa língua inglesa, existia uma palavra sinônima de alegre... Acho que diz bastante sobre os lufanos.

— Que palavra é essa, Mrs. Sabichona? — a primeira menina cruzou os braços, desafiadoramente.

— Ah, não é óbvio? — a sabichona soltou uma risadinha — Gays.

E aí, ela deu uma piscadinha e saiu desfilando na frente das amigas antes de tomar seu lugar na mesa da Grifinória.

E sabe de uma coisa?

Acho que elas têm razão. Afinal de contas, a gente realmente ataca a cozinha, a gente realmente deixa o dormitório empesteado de fumaça, e... bem... Somos realmente alegres.

Mas como diria meu mentor e pensador bruxo contemporâneo, Louis Weasley, “Pra quê ser iluminado pelo sol se você pode ser o sol?”

Tudo bem, eu fui eufemista e alterei a frase pra ficar mais bonita.

O que Louis realmente diz é: “Tá com inveja, bebê? Vá catar pó de fênix pra ver se brilha!”


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