Glory and Gore escrita por MB, lulyluigia


Capítulo 8
Natal em Hogwarts




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A sorte dos cinco garotos era que Peter havia desistindo de juntar-se a eles e que a capa de James era grande o suficiente. Bonnie apareceu na frente do salão da Grifinória no horário combinado e eles apenas usavam a capa quando ouviam algum barulho estranho.

Quando chegaram a biblioteca e conseguiram abrir o cadeado da sessão restrita, Sirius teve que começar a chamar Edwina constantemente quando a garota se distraía com algum livro.

— Wow... – Lupin murmurou quando viu o número de livros lá dentro. A sala era mais escura e os livros eram grandes e grossos, todos com capa de couro. Remus e Bonnie se separaram dos outros garotos, com a ideia de que achariam o livro que precisavam mais rapidamente.

Éboni e Lupin estavam na sessão de História enquanto Sirius, James e Winny procuravam nos livros de política e grandes feiticeiros. A loira cutucou o amigo quando achou algo que poderia ser interessante.

— Bruxos das Trevas? – Remus riu e segurou a varinha de Éboni, apontando a ponta para o livro para que a garota pudesse ler com a luz. – Um nome que chama pouca atenção.

Bonnie concordou, mas quando abriu o livro resmungou chateada. Era um material de como identificá-los e não havia nome de nenhum bruxo.

Os dois passaram mais meia hora procurando quando ouviram James os chamando, gritando seus nomes.

— Potter é idiota? – Bonnie sussurrou para Lupin enquanto andavam até eles, mas então perceberam o motivo pelo qual James gritara.

Filch apontava a varinha para o pescoço do garoto, o obrigando a apontar a própria varinha para Sirius. Bonnie e Remus apenas respiraram fundo, imaginando a punição que Dumbledore os daria dessa vez.

Novamente, em menos de 24 horas, os cinco estavam sentados à frente de Dumbledore. Tinham sorte que Filch não o acordara para isso. O diretor escrevia uma carta às três da manhã e ofereceu chá para os garotos. Winny foi a única a aceitar.

Dumbledore ficou cinco minutos terminando de escrever sua carta. Bonnie engolia em seco constantemente e lançou um olhar repreensivo para Winny quando ela esticou a mão lentamente para pegar um biscoito que estava na mesa do diretor. Edwina voltou a segurar o pires e tomou mais um gole do seu chá, olhando para baixo.

Sirius pegou um biscoito e o som dele mastigando era o único que ouviam. Remus estava extremamente culpado e balançava a perna ansioso. Já James estava jogado na cadeira, tranquilo. Dumbledore lacrou a carta e a colocou dentro de uma gaveta, levantando o olhar para os alunos em seguida.

— Gostou do chá, srta. Draper? – o diretor cortou o silêncio e a garota se engasgou.

— Sim, sim, senhor. – respondeu depois de se recuperar. – Está ótimo, obrigada.

— Não me lembro de ter visto os mesmos alunos no meu escritório no mesmo dia após levarem detenções. Vejamos, mesmo dia e três horas depois. – ele os fitou por cima dos pequenos óculos meia lua e levantou as sobrancelhas brancas. Virou a cabeça para James, procurando explicações.

— Tony Green e Jesse Elian falaram sobre um tal de Papus quando disseram que Lizzie merecia. – Potter respondeu. – E como não achamos nada na biblioteca...

— Acharam melhor procurar em uma sessão proibida? – o diretor lhes deu um pequeno sorriso. – Porém a ação de vocês foi compreensiva.

Sirius e James se olharam animados. Esse seria ou não o melhor diretor que poderiam ter?

— Achamos que talvez as ideias dele estivessem influenciando esses ataques, professor. – Sirius disse.

— Muito bem... – Dumbledore ofereceu mais chá para Edwina, que timidamente aceitou. O diretor devolveu a xicara dela cheia e fez pequenos cubos de açúcar lavitarem até o chá. – Conseguiram ler algo sobre Papus?

— Não professor. – Lupin murmurou. – Filch nos viu antes que achássemos algum livro.

— Minhas palavras podem não ser tão perfeitas quanto as de livros, porém contaria a história dele para vocês com prazer.

Os alunos se olharem mais uma vez surpresos com o professor, sorrindo abertamente. Todos balançaram a cabeça positivamente e Dumbledore sorriu, acomodando-se mais na cadeira.

— O nome verdadeiro de Papus era Gerard Encausse.

A primeira frase do diretor fez Edwina prender a respiração e arregalar os olhos. Encausse? O sobrenome de sua mãe? Provavelmente eram famílias diferentes. Encausse não era um nome tão incomum, afinal de contas...

— Imagino que esteja surpresa, Srta. Draper. – o diretor perguntou com uma voz calma e dócil.

— Um pouco, senhor. – ela admitiu e recebeu um cutucão de Bonnie, só então lembrando-se de que os amigos não sabiam seu nome completo. Sirius e James estavam olhando com expectativa para a garota, mas Lupin já havia entendido. – Edwina Encausse Draper.

— Achei que era Freya seu nome do meio. – Sirius murmurou. – Meu pais estavam comentando que queriam dar esse nome caso tivessem uma filha. – ele se explicou e olhou para baixo.

Freya, ahn? Interessante, pensou Bonnie, tramando alguma coisa. 

Edwina pegou um biscoito na mesa do diretor e enfiou inteiro na boca, não mais tão surpresa, porém envergonhada. E se esse bruxo realmente fosse seu parente? E se ele compactuasse com uma linhagem sangue-puro? Win olhou de relance para Bonnie, que sorria de forma carinhosa para a garota, como se dissesse que estava tudo bem.

— Papus era o pseudônimo do bruxo. – Dumbledore continuou. – Foi o maior ocultista de seu século e seu objetivo principal era basicamente a vida eterna e poder. Não conseguiu, é claro. Ele matou aproximadamente 25 milhões de trouxas e bruxos. Não houve uma guerra, pois quando os aurores descobriram que eram os seguidores de Papus que haviam causado tantas mortes, ele se matou. Isso assustou muitas pessoas, já que um dos seus objetivos era vida eterna. – os garotos se entreolharam, estranhando e Dumbledore continuou. – Quando tinha 16 anos já conseguira um número tão grande de pessoas que compartilhavam da mesma ideia que ele, que foi perseguido e preso até os 20 anos na prisão de Askaban, quando conseguiu diminuir sua sentença. Foi o único bruxo que conseguiu fazer isso.”

“Quando os guardas da prisão vasculhavam a cela dele para outro condenado, encontraram um pedaço de papel, onde ele escreveu ‘pouca intelecção, ouro e qualquer um que veio contra mim’. Era uma mensagem vaga, por isso não conseguiram o prender novamente.

“Seus seguidores eram de uma irmandade que Papus, junto com dois colegas, reuniu todos os ocultistas. Os trouxas acreditavam que o ocultismo era conhecimento paranormal. Em algumas línguas esse termo é traduzido para algo como ‘destino para poucas pessoas’ ou ‘segredos’. Seus seguidores acreditavam que quando ele conseguisse o poder, todos teriam privilégios”

— Que tipo de poder ele queria, diretor? – Bonnie questionou.

— Ele nunca escreveu claramente e nunca falou diretamente para ninguém, mas os historiadores da magia acreditam que ele queria uma sociedade apenas com pessoas de alto intelecto e com grandes condições financeiras. Bruxos ou trouxas. Papus acreditava fielmente em conhecimento para acabar com quem um dia já lhe vez mal. Apenas em último caso usaria a violência direta. É claro que são motivos pequenos para querer o poder, porém são as evidências que sobraram.

— Nunca ninguém desconfiou que ele era bruxo? – James perguntou. – Os trouxas, eu digo.

— Algumas poucas pessoas. – o diretor apoiou as mão cruzadas na mesa. – Foi rotulado como ocultista para o resto da vida, porém não o tipo que usa magia, mas o que se conecta com o paranormal e tem uma energia mais elevada.

“Papus se destacou pela inteligência acima da normal e pela arte da medicina. Porém, vejam se concordam comigo, ao recordarmos que ele era um bruxo, é fácil entender como superou o conhecimento e tecnologia do séc XIX.”

Os alunos concordaram e até Winny moveu a cabeça levemente.

— Vamos ver o que mais posso falar sobre ele... – Dumbledore analisou a própria sala por cima dos óculos, exclamando um suspiro de surpresa em seguida. – Mas é claro! Aos 22 anos fundou um grupo chamado a Ordem Cabalística de Rosa-Croix. O objetivo era ensinar as pessoas que tenham desejo de progredir no caminho da “Grande Obra”, que podemos dizer que seria o ocultismo, ou as artes das trevas. Apenas os membros dessa Ordem sabiam o que se passava nos rituais.

— Nenhum nunca falou, professor? – Sirius se surpreendeu.

— Não, Sr. Black. Os membros honram a tradição e formação da Ordem. – Dumbledore pareceu ligeiramente decepcionado. – Nesse mesmo ano publicou o livro “Ocultismo Contemporâneo”.

— Está na biblioteca, senhor? – James se arriscou a perguntar.

— Foi retirado essa semana. – o diretor sorriu levemente. – Estava na sessão restrita e agora não está mais na área da escola. Eu não recomendaria a leitura, de qualquer maneira.

Os alunos assentiram, sabendo que não haveria mais o que perguntar que Dumbledore responderia.

— Mas apesar de tudo, Papus nunca teve nada contra os trouxas. Na realidade, tinha um sentimento particular por eles. Dizia que deveriam ser muito fortes e corajosos para sobreviver nesse mundo sem o uso de magia.

— Então Elian e Green apenas achavam a ideia de uma vida eterna interessante e acreditam na pureza do sangue? – Win questionou, com a voz rouca. – Já que Papus nunca falou sobre uma totalidade puro sangue, não é mesmo?

— Isso. – Dumbledore lhe deu um sorriso doce, arrancando outro da garota. – Posso afirmar que os Srs. Elian e Green não foram influenciados por ninguém sobre essa bobagem, apenas apoiam coisas que não deveriam. – o diretor sussurrou a última parte para os garotos. – E, Edwina, não se preocupe, seus antepassados não estão ligados aos ataques recentes, muito menos os seguidores de suas ideias. E o mais importante: sangue nunca definiu destinos e ações, mas sim caráter, e eu tenho certeza da integridade do seu.

Faltando apenas um dia para a noite de Natal, Winny desceu as escadas do dormitório, segurando sua mala de rodinhas em uma mão e na outra carregava os presentes dos amigos. Deixou embaixo da árvore todos, incluindo o de Bonnie, já que a garota conseguira a permissão de Dumbledore para dormir na torre da Grifinória durante o Natal.

Depois da conversa com os garotos, o diretor não lhes deu nenhuma detenção, apenas tirou alguns pontos da Grifinória e Lufa-Lufa. Quando saíram do escritório de Dumbledore, Sirius foi o primeiro a falar.

— Agora sabemos duas coisas: de onde vem o mau-humor e falta de paciência de Winny e que nós temos mais uma coisa em comum: alguém da nossa família é das Trevas. Ou era, no seu caso.

Ainda chocada e abalada, Edwina apenas sorriu e maneou a cabeça.

Seus amigos não poderiam ter lhe dado mais apoio. Bonnie vivia reforçando que estava tudo bem e que os ataques aos trouxas não eram culpa de alguém da família de Winny. Remus a entendeu quando a garota desabafou sobre não saber porque se sentia mal por algo que não era sua culpa e não poderia mudar. Já James e Sirius faziam piadas para distraí-la sempre que a garota parecia para baixo. Irritá-la também era parte do plano, já que toda vez que Winny levantava a mão em alguma aula, um dos dois batiam sua mão contra a dela, como se comemorassem algo.

Edwina saiu da sala comunal e foi em direção ao salão principal. A garota desejou em Feliz Natal para Nick Quase Sem Cabeça e elogiou uma das pinturas que usava um chapéu de Papai Noel.

Quando entrou no salão principal, se sentiu triste por saber que não passaria o feriado em Hogwarts com os amigos. Os flocos de neve falsos se desfaziam antes de tocar algum aluno e o teto estava encantando, mostrando a noite fria. As árvores estavam mais coloridas. Em uma das paredes do salão, uma árvore grande estava no meio de quatro outras menores, que estavam decoradas com as cores das casas. Do lado esquerdo da maior árvore, duas representavam a Sonserina e Lufa-Lufa, e do lado direto outras duas representavam a Corvinal e Grifinória.

Winny correu até seus amigos que estavam sentados na mesa da Grifinória. Sirius sorriu quando viu a garota, mas então franziu as sobrancelhas quando viu a mala que ela puxava.

— Achei que fossemos passar o Natal juntos! – ele exclamou tristemente.

— Minha mãe me obrigou a ir para casa. – ela contou se sentando ao lado de Lily. – Mas eu deixei presentes embaixo da árvore e acho que vão gostar! Ah, só não comentem com Peter porque me esqueci completamente de comprar algo para ele

— Pode deixar, Win – Bonnie riu. – Que horas o trem vai pra Londres?

Edwina verificou o relógio em seu pulso.

— Daqui meia hora... – ela revirou os olhos e bufou. – Mas pelo menos vou poder perguntar para meus pais sobre Papus.

— Ah, Winny... – Sirius coçou a nuca, receoso. – O “Encausse” em seu sobrenome é de quem?

— Minha mãe. – ela suspirou, cansada. – Mas fazer o que...

Os seis passaram os vinte minutos seguintes jogando conversa fora e rindo, até que Winny teve que se levantar para correr até o trem.

— Feliz Natal! – ela desejou a todos enquanto ajeitava sua touca vermelha escura.

— Feliz Natal, Freya. – Bonnie riu.

— Vai se ferrar, Archeron. – Edwina disse enquanto andava até a porta de entrada.

Na manhã de Natal, Lily e Bonnie acordaram com Sirius entrando no dormitório. Ele abriu a porta rapidamente e fazendo muito barulho.

— Presentes, Bonnie! – ele a sacudiu e se voltou para a cama de Lily. – Evans! Vamos abrir os presentes! James e Remus acharam melhor esperar vocês, então vamos logo!

Éboni coçou os olhos, confusa. Ela sorriu quando viu Sirius ainda com os pijamas e um chapéu de Papai Noel.

— O que é isso? – ela riu, se levantando.

— Vamos entrar no espírito no Natal! – ele ajeitou a touca vermelha com confiança e puxou Lily para tirá-la da cama. – Remus trouxe café da manhã para vocês e está lá em baixo. Vocês comem enquanto abrimos os presentes.

Ele saiu do dormitório antes que elas pudessem responder. Lily apenas revirou os olhos e foi para o banheiro.

Quando Éboni desceu para o salão comunal, Sirius e Remus faziam uma queda de braço enquanto Lily e James gritavam palavras de incentivo. Após cinco minutos Lupin venceu o Black.

— Eu o deixei ganhar... – Sirius murmurou e pegou um presente de baixo da árvore e ao ler o nome escrito, entregou o embrulho para o Potter. – Esse é pro James.

O garoto arrumou os óculos, animado, e rasgou o papel marrom, encontrando um suéter bege com um grande J costurado. Os garotos riram do amigo, enquanto Lily afirmava que achara fofo. Quando James jogou o suéter para longe, a ruiva se afastou alguns centímetros do garoto.

— Bonnie, esse é de Winny pra você! – Sirius era o mais próximo à árvore e sorriu abertamente para a loira. Havia um pedaço de pergaminho grudado na caixinha pequena.

Éboni leu o bilhete em voz alta, que, assim como todos, estavam assinados com o apelido de Edwina:

— “Porque sei como você sente falta da sua mãe. Assim fica mais fácil de visitá-la.”.

Curiosa, a garota rasgou o embrulho azul brilhante e dentro da caixa de papelão havia uma esfera de vidro esverdeado com consolos prateados para parar em pé. Dentro havia uma boa quantidade de um pó reluzente e prateado. Bonnie girou cuidadosamente o fecho prateado no formato de uma cabeça de gato e abriu a tampa da esfera.

— O que é isso? – ela perguntou confusa, levantando os olhos para os amigos.

— Pó de Flu, Bonnie! – Remus sorriu. – Você pode ir para qualquer lugar com ele. Ah, se o lugar que você deseja ir estiver conectado à Rede.

— O pai da Win trabalha no Ministério. – Lily sugeriu, sorrindo também. – Vai que ela pediu para ele que conectasse a lareira de sua casa?

Éboni não se segurou de tanta animação e soltou uma gargalhada.

— Vou poder visitar minha mãe quando eu quiser! – ela exclamou animada, guardando a esfera de vidro com o maior cuidado possível. – Sirius, entregue outro presente!

O Black assentiu e arrumou a touca vermelha que quase caia de sua cabeça. Ele pegou uma caixa quadrada de 30 cm de cada lado.

— É de Winny para o Aluado. – Sirius entregou para o amigo a caixa envolvida por um papel preto fosco. Remus ficou boquiaberto quando abriu o embrulho.

— É um tabuleiro de xadrez bruxo! – ele exclamou e abriu a caixa, tirando pecinhas prateadas e outras de cobre. – Ela deve ter gasto uma fortuna com isso! Olhem os detalhes!

Remus sorria, e seus olhos estavam muito brilhantes. Bonnie não conseguiu evitar cutucar Lily e sussurrar como ele estava fofo.

— Vejam! – ele exclamou. – Tem mais alguma coisa aqui na caixa!

Ele tirou dois livros dali: um sobre poções, o que ele não entendeu muito bem, já que essa não era sua matéria favorita, e outro sobre a relação da lua com as criaturas mágicas.

— “As poções que diminuem as dores de transformações estão ficando cada vez melhores, Remmy, e apesar de ser difícil prepará-las, acho que com treino a gente consegue. Enquanto não somos animagos para ajudá-lo naqueles dias, alguma poção vai melhorar suas luas cheias. E o outro livro é apenas para mostrar que você não está sozinho.” – Sirius leu o bilhete e Remus corou. – “E se te conheço, já está pensando em quanto gastei, mas não se preocupe, os livros eram meus, mas achei que você faria melhor proveito. Winny”

Sirius sorriu abertamente assim como os outros e Remus folheou os livros antes de segurar o tabuleiro novamente.

— Eu preciso jogar isso! – Remus levantou o rosto e fitou os amigos.

— Depois, Aluado! – Sirius riu. – Ainda não ganhei nenhum presente.

Lily ganhara de seus pais um par de brincos com pedras vermelhas e um colar do mesmo modelo, representando a casa da garota. De Petúnia, ela ganhara uma barra de chocolate, que deu para Remus depois de perceber como o garoto fitava o doce.

Bonnie recebeu de sua mãe um vestido azul, que não era muito seu gosto, porém ficou agradecida. De sua irmã, uma linda pulseira preta com spikes.

O primeiro presente de Sirius foi uma carta de seus pais desejando-lhe um feliz Natal, acompanhados de 5 galeões. Ele deu de ombros e enfiou as moedas no bolso.

— Six, esse é de Winny para você. – Bonnie exclamou e entregou para o amigo um saquinho bege, amarrado com uma fita dourada.

Sirius sorriu e puxou a fita, despejando em sua mão o conteúdo. Cinco sapos de chocolates de tamanho normal caíram e mais seis menores. Para ele, o presente poderia ter parado ali, porém algo retangular e estranho chamou mais atenção do garoto.

Remus e James deram de ombros quando ele olhos para os amigos com clara confusão. As garotas riram e falaram juntas.

— É um toca fitas! – Lily bagunçou os cabelos do Black, que recolocou o chapéu vermelho em seguida. – Para ouvir músicas.

— Olhem essas coisas estranhas aqui dentro! – ele exclamou e tirou de lá cinco fitas.

— As músicas estão aí, Black. – Bonnie revirou os olhos e explicou para ele como funcionava. Sirius pegou o bilhete de Winny antes de terminar de ouvir a explicação de Éboni.

— “Aqui estão algumas músicas você gosta, outras que eu acho que vai gostar, e músicas que você precisa ouvir. Acho que talvez fiquei mais feliz com os doces do que com o toca-fitas, mas faça bom proveito dos dois”. – ele sorriu e olhou para os colegas. – O que ela quis dizer com “precisa”?

Novamente eles deram de ombros e foi a vez de Lily ganhar o presente vindo de Edwina. A ruiva recebeu dois espelhos iguais, e a alça dourada parecia trançada. Ela ficou confusa até ler o bilhete de Winny.

“Achei isso no Beco Diagonal ano passado. É um espelho de comunicação, só precisa dar um deles para alguém e falar o nome da pessoa claramente e você a verá. P.s: eu tenho outro desse, então você tem um extra!”

Lily suspirou agradecida e sorriu com a última parte do bilhete.

James recebeu uma caixa retangular comprida. Ao rasgar o embrulho, ele franziu as sobrancelhas ao ver pela tampa transparente uma pena.

— O que...? – ele murmurou frustrado, já que todos tinham presentes incríveis.

— Leia o bilhete antes de reclamar, James! – Lily disse. – Mal-agradecido...

— “É uma Pena de Repetição Rápida. Sei o erro que é dar uma dessas para você, mas ela praticamente grita o seu nome. Não precisa de tinta, e ela escreve sozinha o que escuta. Aos poucos vai ficar com a característica do dono, então provavelmente daqui uns meses estará escrevendo o nome de Lily em todos os lugares.” – Sirius parou de ler o bilhete para olhar sugestivamente para James, que apenas deu de ombros. – “Faça bom proveito, Potter. Winny”

Os garotos passaram o dia de Natal sorrindo o tempo todo. Bonnie pegou emprestado o suéter de James, que era extremamente confortável e quente. Sirius cutucava Éboni o tempo todo pedindo ajuda para usar o toca-fitas enquanto Lily se divertia enquanto falava com Remus pelo Espelho de Comunicação. James passou o resto do dia anotando o que os amigos diziam apenas pela diversão que tinha ao ver a pena se movendo sozinha.

Foi o melhor Natal dos garotos.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? N sejam leitores fantasmas kkk
Até o próximo



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