Mo chridhe escrita por Amelia


Capítulo 6
Um novo começo




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***

Gentilmente, Hinata colocou seus braços ao redor da baronesa oferecendo conforto, seus dedos limparam as lágrimas de que escorriam de seu rosto. Ao colocar os olhos sobre a amiga que veio assim que recebeu o bilhete, Hinata percebeu que ela escondia algo e ao confronta-la exigindo saber, Ino não conseguia esconder as lagrimas e os soluços.

Hinata empurrou o cabelo loiro e longo para longe do rosto úmido da baronesa e o colocou atrás da orelha.

— Por que ele não me contou? Eu poderia ter te ajudado de alguma forma, sabe que eu já passei por isso e ficar isolada na sua casa, com um marido que não tem um pingo de consideração não vai te ajudar em nada.- Declara Hinata emocionada e indignada.

— Você já tem problemas de mais Hina. - Ino diz tentando se acalmar.

— Todos temos, seria mais sensato resolvermos seu problema primeiro.- A Hyuga volta a abraçar a amiga.

— Não diga a Sakura por favor, do jeito que ela é, viria a Versalhes mesmo em trabalho de parto. – Ao lembrar das loucuras da rosada, Ino tem um pequeno ataque de risos junto a Hyuga.

— Vou conversar com Itachi e pedir que você passe alguns dias aqui comigo.

— Mas é o Gaara ? – a loira pergunta receosa.

— Deixe que eu cuido dele. – Hinata segura a mão da Baronesa dando segurança a mesma.

 

***

 

Eu finalmente o encontrei sentado em sua varanda. Ele estava inclinado contra o encosto, os olhos fechados. Pela sua postura hoje a reunião no conselho foi bem cansativa, ele nunca me falava o motivo de tantas reuniões, mas parecia ser algo de muita importância.

Nos últimos dias Izumi deixou de me incomodar com os pequenos encontros nos corredores, se eu não a visse nos horários de almoço e jantar, duvidaria que estávamos debaixo do mesmo teto.

— Posso me juntar a você? — Perguntei em voz baixa.

Ele não se incomodou em abrir os olhos e sorri para a morena.

— Fique a vontade.

— Preciso de um favor seu. – Digo sem receio.

O Uchiha não diz nada apenas cruza os braços e pede para ela prosseguir, parecia errado pedir algo para o Duque, noite passada eles tiveram uma discussão feia, com direito a palavras de baixo calão.

— Ino esta com problemas pessoais e eu como amiga devo ajuda-la.

— E aonde eu entro nessa historia ? – Ele pergunta sério, mexendo na barba que estava nascendo.

— Eu queria que ela passasse alguns dias aqui. – Hinata fica atenta as expressões que o Uchiha se negava a expressar.

— Porque eu faria isso? - ele pergunta intrigado com o pedido.

— Porque ela é minha amiga e importante para mim, eu a considero como membro da minha família.

— Bom ... se a questão for apenas acolhermos ela por alguns dias, não vejo problema, a questão que me preocupa é outra Hinata, e eu não estou disposto a ter mais problemas.

— Deixe que esse ‘’problema’’ eu irei resolver. – a morena diz determinada.

— Hinata. – Itachi a repreende firmemente segurando sua mão, antes que desse meia volta e se retirasse. — Você não pode ficar se envolvendo em questões pessoais de outras pessoas. Eu até entendo que ela é sua amiga, mas acima de tudo ela é adulta ,precisa enfrentar os problemas dela.

— Por enquanto ela não pode, existe o tempo certo para tudo e hoje eu sou o seu único refugiu.

— Entendo.- responde se levantando. — Faça como bem entender e não me peça mais nada.

 

***

 

Sentada em frente ao espelho no quarto,me recordo de como Itachi me tocava e me segurava, e como adorava deslizar aquelas mãos muito agradavelmente em meu cabelo.Mas dês de então  nossa relação se esfriou, ele passava grande parte do tempo em seu escritório e eu conseguia vê-lo em pequenas ocasiões.

Dormíamos em quartos separados e quando recebi a noticia que estava grávida e que deveria tomar todos os cuidados necessários, me negava a dormir com ele. Discutimos por varias noites, ele não aceitava abrir mão de mim, por uma criança que não teria seu amor.

Ele tinha segredos na qual não fazia questão de compartilhar comigo e eu estava com duvida se esse seria um relacionamento que desejaria ter ao longo da minha vida, mesmo que ela tivesse um prazo de validade.

Itachi interrompe meus pensamentos, dando um beijo suave em meu ombro onde o vestido havia escorregado e falou ternamente:

— Fiquei com isso durante o dia todo esperando a oportunidade e te entregar ,mas não tive a sorte de ser liberado nos horários de refeição.- Itachi diz calmo, contemplando o rosto da morena a sua frente. — Me desculpe pelo tratamento que tive com você hoje de tarde, sempre que eu saio das reuniões não consigo me conter e eu não deveria ter te tratado daquela forma. Sem contar que ...

— Esta perdoado, eu só estou chateada com você, por me esconder os seus problemas. – Hinata segura a mão que estava em seu ombro.

— Eu sei meu amor e é por isso que vou me abrir mais com você na hora certa. - Itachi a olhava com amor e gentileza.

Com delicadeza, ele deslizou algo frio e suave no quarto dedo da Hyuga, ela piscou os olhos e mudou seu foco para o anel a sua frente.

Em sua mão esquerda,o brilho de um anel de diamantes era nítido. Boquiaberta, olha pra cima esperando uma explicação, mas vê apenas o sorriso sem graça do Duque.

— Eu adoraria que você fosse minha esposa. – Ele sorri nervoso. — O que me diz?

— Eu diria sim, se me perguntasse isso há algumas semanas atrás, mas hoje não sei o que responder. – Hinata diz emocionada e confusa.

Itachi não pareceu se importar com seu comentário, mas a Hyuga o conhecia e o simples frizar na sobrancelha denunciava o quanto estava incomodado com aquela situação.

— O que você quer Hinata? O que preciso para você entender que é importante para mim, você é especial ... eu não abro mão de te-la em minha vida.

— A questão não é essa, mal estamos casados e já estamos cercados de problemas.

— Eu não sei que problema. – Ele diz indignado se levantando.

— Tem certeza? – Hinata pergunta ficando de frente para o Duque. — Que tal começarmos com as suas mentiras e seus segredinhos?

— Podemos conversar isso em outro momento. — ele respondeu calmamente. — É sempre a mesma história , é você que começa todas as nossas discussões.

Itachi cruza os braços sobre o peito e olhou para a morena com uma intensidade que ameaçava qualquer ser humano recuar, menos a mulher a sua frente.

— Não vim aqui para discutirmos. – Itachi saiu do quarto batendo a porta sem se importar com a opinião alheia.

 

***

 

— Ela tem sorte em ter você. — Izumi sorriu calorosamente para Itachi em seu escritório. — Você sabe o quanto é raro velo assim cabisbaixo? Ainda mais você que viveu não demonstrando seus sentimentos. – A morena tenta conseguir alguma informação do amigo.

Itachi encarou suas minhas mãos e não disse nada, ele se virou para a morena com o intuito de tira-la do escritório..

— O que foi? — perguntou irritado, não tinha cabeça para fazer companhia a ninguém, ,muito menos a Izumi.

— Eu passei esses dias lembrando daquelas nossas viagens escondidas, dos encontros no estábulo, você se lembra?

 — Claro que me lembro, mas que eu saiba nada aconteceu entre a gente. – Itachi vê Izumi se sentar em uma das cadeira em frente a mesa de madeira bem ornamentada, ela estava nervosa e desconfortável com seu comentário ácido.- De qualquer forma, nos últimos anos, eu não venho me mostrado capaz de fazer ou pensar outra coisa, a não ser os assuntos do castelo e do parlamento.

— Eu não entendo, eu sempre estive ao seu lado. — Izumi diz sem rodeios.

— Eu nunca a vi como uma esposa.

— Você nunca pensou em tentar algo comigo? — A morena falou sem pensar, deixando Itachi alarmado e pela primeira vez ele soube dos verdadeiros sentimentos da amiga.

— Porque pensaria? – responde se levantando da cadeira e se colocando de frente para a morena.

— Se você não se importar, não gostaria de falar sobre isso. — Izumi enviou um rápido olhar suplicante com os olhos cheios d’água para o Duque.

— Não irei mais tocar no assunto.

 — Você realmente ama essa Hyuga? - O tom de voz era incerta , mas seus olhos não tremeram por um instante se quer.

— Sim. – Itachi diz com convicção. — Ela será minha esposa, não me importo com o que pensem de mim.

— Porque você esta fazendo isso?

— Não entendi sua pergunta.

— Eu sempre acreditei que o teria para mim. –sussurra. — Não percebeu que sempre estive esperando você? Quando você me pediu que não saísse do meu quarto para encontrar com sua protegida , aquilo doeu de mais ...

— A minha intenção era evitar futuros transtornos .

— Eu estou pensando seriamente em sair do castelo, não sei se irei suportar ser rejeitada desse jeito.

—Eu não sei o que dizer Izumi, sabe que tenho um carinho muito grande por você mas não posso corresponder os mesmos sentimentos.

— Entendo, e torço para que seja feliz, mas eu não ficarei aqui pra sofrer vendo a felicidade alheia.

— Não tome alguma atitude que vá se arrepender depois, te dei minha palavra que cuidaria do seu filho e de você.

Num estalo, o mundo ficou em silêncio, eu estava prestes a esticar a mão e pegar a mão do Duque, olhei para Itachi, que estava à minha frente, com os cabelos soltos acima do ombro. Eu havia cometido um erro terrível  em não mexer no ponto fraco do Uchiha e vendo-o ali naquele escritório, soube muito bem como atingi-lo. Hinata Hyuga.

 

***. 

 

— Baronesa Ino

Naquela noite Hinata passou grande parte do seu dia me fazendo companhia, ela me envolveu em um abraço de urso e beijou minha cabeça desejando boa noite, lutei contra o sono e tentei manter uma conversa animada com ela enquanto a mesma parecia fugir do Uchiha, mas durante a longa noite, finalmente rendi ao sono, e ela não teve outra alternativa ao sair do quarto.

Eu estava morta de cansaço, triste e envergonhada.

Mas nesse momento eu precisava de um conforto, acredite não é fácil pegar seu marido com uma mulher na cama, eu fui treinada para muitas coisas nessa vida , mas nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse lidar com essa situação.Nada voltaria ao normal, eu não era uma mulher o suficiente para dar um herdeiro a Gaara e agora estou pagando o preço por isso.

 

***

 

Eu me levantei inquieta, na esperança de tomar de tomar um copo leite quente para me ajudar a dormir, não gostaria de acordar indisposta na manhã seguinte. Eu não tinha dormido bem naquelas poucas horas, o que não era nenhuma surpresa, eu estava lidando com os meus problemas e com os problemas de Ino.

No caminho para a cozinha escuto vozes e conforme ia me aproximando eu tentava fazer o máximo de silencio possível, encostada na porta consigo ver a mãe de Itachi e Izumi conversando com dois guardas.

— Eu sinceramente não acredito que você não tenha capacidade o suficiente para isso. – Mikoto diz seria com a morena. .

— Ele vai acreditar, primeiro ele faria tudo pelas pessoas que ama. – Izumi diz calma.

— E como fará isso? – a rainha pergunta fechando o avental incomodada com o frio.

— Primeiramente precisamos rapta-la, ele faria qualquer coisa para deixa-la viva, não tenho duvida. – Izumi encara a rainha com um sorriso.— Precisamos ter todo o cuidado, caso ele desconfie de alguma coisa não sei o que ele seria capaz ... Itachi não irá desconfiar de nós Mikoto, duvido que ele pensaria algo dessa magnitude sobre nos.

— Precisamos esperar o momento certo.

Perplexa com a atitude das mulheres a Hyuga decide partir para o quarto antes que fosse flagrada, precisava colocar o pensamento em ordem e se acalmar. Iria conversar com Itachi , não poderia ficar no mesmo teto de pessoas que queriam atingi-la, estava correndo perigo ficar ali.

 Hinata suspirou... bem alto. Estava absolutamente determinada a ir ao quarto do Duque e conversar com ele, mesmo que estivessem brigados e ele não estivesse disposto a ouvi-la. Entretanto ao chegar no quarto do Uchiha o mesmo não se encontrava, a Hyuga esperou alguns minutos e nada do moreno aparecer, então decide voltar ao seu quarto. Teria que falar com ele em outro momento.

 

***

 

Era difícil se imaginar mais abatida do que estava se sentindo naquele exato momento, pensou Hinata. Seu ânimo estava tão baixo que poderia estar escondida no seu quarto, mas ela sorriu e decidiu enfrentar mais um dia.

Ela estava com a impressão que o Uchiha estava fugindo dela, faziam três dias que não o encontrava na casa , Ino ficava no quarto lendo alguns livros e se recusava a sair.

Itachi voltou para casa naquele final de tarde, durante uma semana inteira fazia questão de administrar os assuntos do reino e do batalhão na cidade, não gostava das impertinências de sua mãe e do conselho falando o quanto a Hyuga era desqualificada.

Ele sentia falta da morena. Sentia uma saudade torturante de Hinata.

O Uchiha perambulou por todos os cômodos da casa, muito mais do que costumava fazer, e sentiu prazer por saber que não haveria ninguém atrás das portas, esperando para conversar com ele. Também aproveitou o grande parque que cercava a propriedade, tanto a cavalo quanto a pé, e ficou grato por não haver ninguém para sugerir um piquenique ou um passeio de carruagem.

Ao adentrar a cozinha percebe um movimentação estranha, os empregados não ficavam quietos, cada um responsável por realizar seu trabalho. Apesar do espaço não ser muito grande haviam cerca de 30 funcionários, era visível que estavam preparando um excelente banquete.

Ao questiona-los o motivo dos preparativos , dizem apenas que são ordens da rainha e que dali a três dias, ela faria um baile de mascaras , estavam preparando tudo com antecedência. Itachi não estranhou o fato da mãe preparar um baile, mas queria saber o motivo.

 

***

 

Depois de um banho quente, e ser avisado que o almoço seria servido , ele decide descer e desfrutar da refeição que mais apreciava. Em nenhum momento deixou de pensar na Hyuga, mas daria o tempo necessário para ela pensar sobre o pedido de casamento e sobre o filho que esperavam.

Como sempre, ela estava vestida com simplicidade, num vestido simples rosa claro de cintura alta e mangas curtas, com um único babado na bainha e um decote baixo, porém discreto. Não usava nenhuma joia ou enfeite nos cabelos. Estava bela e adequada, mas mesmo sendo suspeito para opinar, ele a acharia bonita vestido um saco de babatas.

— Boa tarde.- Itachi diz se sentando na mesa de frente para a Hyuga e cumprimentando a todos na mesa.

— Boa tarde querido, como anda as coisas na cidade?- A rainha pergunta degustando vinho em uma taça de cristal, ela apesar da idade tinha postura e era bastante bonita.

— O mesmo de sempre. – Responde evitando olhar para a Hyuga a sua frente.

— Enquanto esteve ausente sua noiva recebeu a visita do marques e o mesmo foi bastante indelicado com ela, os dois pareciam duas crianças brigando sem se importar com a presença dos empregados. O que eles pensaram de nós?

Os olhos da Hyuga encontraram os de Itachi brevemente, e ele não se surpreendeu ao ver o quanto ela parecia desconfortável em velo. Não queria aumentar seu desconforto então decide que a melhor resposta para sua mãe seria o silencio. Optou por conversar a respeito do misterioso baile e como suspeitava havia um motivo especial para o evento, o aniversario de ’’Izumi’’.

Depois de se retirar da mesa recusando a sobremesa, o Uchiha se dirige ao quarto em passadas firmes, era complicado ignorar a Hyuga e controlar seus instintos de ir procura-la.

Ao chegar em seus aposentos nota um papel rosa sobre sua cama, junto ao bilhete encontrou uma caixinha de madeira que não conseguiu abrir de jeito nenhum. Talvez fosse uma daquelas caixas mágicas do Oriente de que ouvira falar.

 

Estava ansiosa para vê-lo novamente, me encontre às 20H em meus aposentos.

—H.H

 

Itachi ficou encarando o papel em seus dedos surpreso, instigado a saber o que tinha na caixa ele faz o possível para abri-la e ao conseguir , o conteúdo de dentro o atinge em cheio, haviam dois sapatinhos de crochê branco, eram pequenininhos e podiam ser ocupados com seus dedos grandes e fortes. Itachi cheirou os sapatinhos e aquele cheiro, fez algo amolecer em seu coração.

O baque de ser pai caiu sobre si , e ele se arrependeu amargamente da decisão que tinha tomado a dias atrás.

 

***

 

Não havia luz no quarto. Diferente da antessala que era iluminada pelas chamas da lareira em mármore. O fogo era baixo, mas a morena conseguiu deitar-se sobre o divã, deixando a mostra, suas silhuetas, estava esperando o Uchiha.

 Minutos se  passaram e nada do moreno chegar.

 Horas se passaram e quando a Hinata percebeu que ele não viria decidiu tentar dormir.

Se sentia frustrada e com muita raiva de si.

Foi impossível dormir. Hinata ficou andando de um lado para outro, deixando um rastro no tapete azul que havia ali desde que chegou. Sua mente era um turbilhão de pensamentos, mas uma coisa estava clara: Itachi estava a evitando.

Parou diante da janela e abriu a cortina para espiar lá fora, ao ouvir a porta se abrir fica assustada, não esperava encontra-lo nesse horário, Itachi parecia cansado e estava com uma postura mais rígida.

— Acho que me atrasei um pouco.- Diz se aproximando. — Pensei que a encontraria dormindo.

— Porque demorou? – Hinata pergunta se afastando do moreno.

— Preparei uma surpresa para você. – Itachi segura a mão da Hyuga e isso a fez se arrepiar, o moreno fica feliz ao ver que a Hyuga usava a aliança. — Mas você terá que ir até meu quarto.

— Se não for alguma brincadeira de mal gosto, eu aceito. – Hinata brinca aceitando ser guiada pelo Duque até o local determinado. — Mas eu queria conversar primeiro.

— Podemos fazer isso depois, te garanto.

Ele a deixou exatamente ao lado da porta.

 — Fique aqui.

— O quê?

 — Não se mova um milímetro sequer – pediu ele, tocando o nariz dela com a ponta do dedo. Hinata o viu sair pelo corredor e voltar dois minutos depois.

 — Aonde você foi? – perguntou ela.

— Pedir que preparem um banho.

— Mas...- os olhos de Itachi ficaram muito, muito maliciosos. – Para dois. Ela engoliu em seco. Itachi se inclinou para frente e beijou os lábios da Hyuga .

— Antes de tomarmos banho queria ter um conversa séria.

— Seu pedido é uma ordem. – Itachi brinca abrindo a porta para entrarem, mas ao fazer isso Hinata empaca na porta ao ver o quarto do Duque e com olhos marejados o encara, ela queria perguntar o que significava aquilo tudo, mas é surpreendida com um abraço acolhedor do Duque, fazendo-a entrar no quarto. — Estava na hora de aceitar que serei pai. – Ele sussurra em seu ouvido.

Hinata percebeu que junto a decoração simples e sofisticada do cômodo, havia um berço de madeira com alguns enfeites no canto direito, uma poltrona vermelha e vários ursos de pelúcia. Por mais que estivesse uma bagunça não deixou de admirar.

— Eu sei que está meio bagunçado, mas eu queria a ajuda da mãe para organizar as coisas da minha filha.- Itachi brinca acariciando a barriga da Hyuga emocionada.

— Você é bobo, quem te disse que é uma menina? Se for um menino ele ficara triste por saber que seu pai preferiu uma menininha. – Hinata o abraça e sorri como nunca.

— Quero ter uma menina , Hina.

— Porque ? – pergunta sem tirar o sorriso bobo do rosto.

— Quero olhar para ela e me lembrar de você, espero que ela seja igual a você.Seria mais fácil para mim ...

— Infelizmente não podemos escolher o sexo. – Hinata diz aproximando do berço e da poltrona.

— Não sei se conseguirei cria-la da maneira adequada, o certo seria ter a mãe por perto.- Diz triste, o amor por aquela mulher inundou seu peito, fez os dedos de suas mãos formigarem e o deixou sem fôlego.. — Eu a amo tanto que às vezes fico até assustado – sussurrou ele. – Se eu pudesse lhe dar o mundo, você sabe que eu daria, não sabe?

— No momento eu só quero você – disse ela baixinho.– Não preciso do mundo, só do seu amor, e talvez – acrescentou com um sorriso malicioso – que você tire as botas, depois eu posso pensar melhor a respeito de um pedido a sua altura.

 Itachi abriu um sorriso enorme. De alguma forma, ela sempre sabia exatamente do que ele precisava. No momento exato em que ele estava sendo sufocado pelas emoções, chegando quase às lágrimas, ela aliviou o clima, fazendo-o sorrir.

 – Seu desejo é uma ordem – falou, arrancando os calçados. – Mais alguma coisa, Alteza?

Ela inclinou a cabeça para o lado timidamente. – Acho que pode tirar a camisa também. Ele obedeceu, jogando a peça de linho em cima da mesa de cabeceira. – Satisfeita?

— Isto aqui – respondeu ela, enganchando o dedo em um dos passadores da calça dele – só está atrapalhando.

— Concordo – murmurou o Uchiha, tirando-a.

 Depois engatinhou para cima dela, envolvendo-a com a quentura de seu corpo. – E agora?- Hinata prendeu a respiração.

— Bem, agora você já está nu.

— É verdade – concordou ele, olhando para ela com ardor.

— E eu não.

 – Isso também é verdade. – Ele deu um sorriso sensual. – Precisamos cuidar disso. – No calor no momento Hinata assentiu, completamente sem palavras. – Levante os braços –  Itachi ordenou baixinho em seu ouvido.

 Ela obedeceu e, segundos depois, seu vestido vermelho já tinha sido tirado sem cuidado

 – Agora está muito melhor – Itachi comenta com a voz rouca, olhando faminto para os seios da Hyuga. Os dois estavam ajoelhados um diante do outro sobre a imensa cama. Hinata encarava o marido com os batimentos se acelerando diante da visão do amplo peito nu dele se movimentando a cada respiração ofegante.

Estendeu uma mão trêmula e o tocou, passando os dedos levemente em sua pele quente. Itachi prendeu a respiração até que o indicador de Hinata tocou seu mamilo, então ele cobriu a mão dela com a sua.

— Eu quero você – disse ele.

— Estou vendo. - Ela baixou os olhos e deu um pequeno sorriso.

— Não – suspirou ele, puxando-a mais para perto. – Eu quero estar no seu coração.

 – Ah, Itachi – Afundando os dedos nos cabelos grossos e escuros dele. – Você já está.

Então não houve mais palavras, apenas lábios, mãos e pele. Itachi Uchiha a acariciou de todas as formas que conhecia. Passou as mãos pelas pernas dela e beijou-as atrás dos joelhos. Apertou seus quadris e tocou seu umbigo. E quando estava pronto para penetrá-la, esforçando-se para conter o desejo mais profundo que já sentira na vida, olhou para ela com tanta veneração que os olhos de Hinata se encheram de lágrimas.

 – Eu a amo – sussurrou ele. – Em toda a minha vida, só existiu você. Ela assentiu e, embora não tenha emitido qualquer som, sua boca formou as palavras: – Eu também amo você.

 Ele avançou devagar, implacável. E quando se acomodou completamente dentro dela, sentiu que estava em casa. Fixou o olhar nela. A Hyuga estava com a cabeça atirada para trás e os lábios entreabertos, respirando com sofreguidão. Ele roçou os lábios nas bochechas rosadas dela.

 – Você é a coisa mais linda que eu já vi – murmurou .

 – Eu nunca... eu não sei como... Ela arqueou as costas. – Apenas me ame – suspirou. – Por favor, me ame. Itachi começou a se mexer, subindo e descendo no ritmo mais antigo que existia. As mãos de Hinata apertavam suas costas, cravando as unhas na pele dele a cada arremetida. Ela não parava de gemer, e o corpo dele ardia com os sons da paixão.

Estava perdendo o controle, seus movimentos ficando mais tensos, mais frenéticos.

 – Não vou conseguir segurar por muito mais tempo meu amor– arquejou. Ele queria esperar por ela, precisava saber que a satisfizera antes que se permitisse sentir o próprio prazer. Mas então, no instante exato em que pensou que fosse explodir de desejo, Hinata estremeceu embaixo dele, com seus músculos mais íntimos apertando-o enquanto ela gritava seu nome.

Itachi ficou sem fôlego enquanto observava o rosto dela. Ela estava com a cabeça atirada para trás, com as elegantes linhas do pescoço esticadas, e sua boca se abria num grito silencioso. Ficou louco de paixão.

— Eu te amo – disse ele mordendo o pescoço da Hyuga.

 – Ah, meu Deus, como eu amo você.

 Então mergulhou mais fundo. Os olhos de Hinata se abriram quando ele retomou o ritmo. Mergulhou para a frente, explodindo dentro dela. A sensação foi maravilhosa. Sensacional. Nada em sua vida já tinha sido tão bom.

Seus braços naturalmente cederam e ele desabou em cima da morena. O único som no quarto era o de sua respiração irregular. Hinata afastou uma mecha de cabelo da testa dele e beijou sua boca.

 – Eu amo você – sussurrou. – Vou amá-lo para sempre. Itachi afundou o rosto no pescoço dela, inalando seu perfume. Ela o abraçou e ele se sentiu completo, e pensou : Enquanto Hinata respirar irei aproveitar cada minuto ao seu lado, era uma promessa.

 

***

 

Muitas horas depois, Hinata abriu os olhos. Começou a se espreguiçar, esticando os braços para cima, e notou que as cortinas estavam fechadas. Simon devia ter feito aquilo, pensou, bocejando. A luz entrava pelas frestas da janela, banhando o quarto com um brilho suave.

Virou o pescoço para os dois lados, alongando-o, saiu da cama e foi a procura de suas roupas pelo cômodo.

A Hyuga de perguntava onde Itachi estava? Achava que ele não devia ter se levantado muito antes dela. Tinha uma vaga lembrança de estar deitada nos braços dele que de certa forma parecia muito recente. 

A porta para este último cômodo estava entreaberta e a forte luz do sol passava por ali, o que queria dizer que as cortinas não estavam fechadas. Silenciosamente, Hinata foi até lá e olhou para dentro.

Itachi estava parado em frente à uma das janelas, olhando para o campo. Vestia um elegante roupão cor de vinho, mas ainda estava descalço. Seus olhos escuros estavam pensativos, dispersos e um pouco tristes.

Hinata franziu a testa, preocupada, foi até ele e, quando estava a poucos centímetros de distância, disse um “Querido” bem baixinho. Itachi se virou ao som da voz dela e, ao vê-la, sua expressão cansada e preocupada se suavizou.

— Bom dia, meu amor.  – murmurou ele, puxando-a para seus braços.

Itachi a posicionou com as costas aninhadas em seu peito largo e os dois ficaram olhando para o campo, enquanto o Uchiha pousava o queixo em cima da cabeça dela.

— Passei tanto tempo querendo ter lhos, sabe? – Engoliu em seco. – Mas nunca pesei que pudesse cuidar do meu próprio filho sozinho.

— Não fique pensando nisso, talvez até la você encontre alguém que cuide de vocês dois.- Hinata lhe oferece um sorriso tranquilizado. – Você vai aprender – sussurrou. – E eu vou estar com você, te acompanhando de longe.

Itachi se virou para Hyuga e Hinata ficou tocada pela emoção que transparecia em seu rosto. Ele estava com o queixo trêmulo e o pescoço incrivelmente tenso, como se toda a sua energia estivesse concentrada em proferir essas palavras.

Ele ficou parado por mais um instante, então, num movimento brusco, puxou-a para si, enterrando o rosto em seu pescoço. – Eu amo você – falou com a voz embargada. – Te amo mais que tudo, doi ter que abrir mão do que poderíamos ser.

— Vamos viver um dia de cada vez.

 

***

 

Muitas horas depois, os dois ainda estavam aninhados no sofazinho da sala de estar. Tinham passado a tarde de mãos dadas, com a cabeça repousando no ombro um do outro. Não precisaram dizer nada. Simplesmente ficaram juntos havia sido o suficiente. Mikoto não gostava de vê-los assim tão próximos e pede pra Izumi descer e ficar na sala para atrapalhar o momento romântico do casal.

— Sua função nessa casa mulher é manter Itachi longe daquela moça.

— Eu entendi.- Izumi responde impaciente.

— Acho que estamos fazendo alguma coisa errada, vou ter que mudar nosso plano.

— E o que a senhora pretende fazer? – Izumi pergunta.

— Pesquisar o passado dessa menina, só assim podemos saber seus pontos fracos.

— É preciso que vire amiga dela, finja que esta arrependida. – Diz Mikoto encarando a mulher a sua frente. — Essa garota não pode em hipótese alguma se casar com meu filho, tenho pretendentes melhores.

 

 


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Notas finais do capítulo

Antes de qualquer coisa, me desculpem pela demora, estava com um bloqueio e não sabia o que escrever, nesse tempo vi vários filmes e series que me servissem de inspiração. Espero que gostem, fiz com muito carinho, todo comentário e ideia é valida. Até a próxima queridos leitores. Não se sintam acanhados e comentem, nem que seja um ‘’ Gostei, continua’’. Hahaha (:



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