Mo chridhe escrita por Amelia


Capítulo 5
Sem trégua




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735301/chapter/5

 

 

( Inicio Flash Back )

 

Versalhes – 1806 (Há dois anos atrás  )

            Acostumado a frequentar festas luxuosas da Viscondessa de Londres, onde naquela noite ela comemoraria seus 40 anos de vida.  Itachi faria o possível para não ser identificado, estava farto da devota atenção que as mães das moças solteiras de Londres o recebiam. A todo o momento era cobrado de casar-se, mas ele gostaria que fosse algo especial.

‘’Sorte a sua por ser um baile de máscaras.’’

            Seu irmão Sasuke, já havia encontrado a pessoa certa e não se importava com a opinião das outras pessoas, muito menos com a opinião de nossa mãe. Na relação deles havia o ingrediente secreto ‘’amor ’’ e isso para o Duque era de extrema importância.

Sua vasta riqueza e sua fama fazia que conseguisse qualquer mulher, e isso desanima qualquer conquistador, pois não precisava lutar por suas presas, todas se entregavam de mão beijada.

 Exceto com uma, ele descobriria quem ela era.

 Não era sempre que era ignorado e ele tinha gostado de parecer ser uma pessoa normal ao invés de um Duque. Queria saber o motivo da dama de vermelho não ter o cumprimentado como as outras, ela parecia mergulhada e perdida em seus próprios pensamentos.

            Enquanto o Duque fingia prestar atenção na conversa dos dois cavalheiros a sua frente, vê a mascarada segurando as saias do vestido vermelho nas mãos e sair em disparada correndo pelo salão em disparada ao banheiro.

— Com licença senhores, preciso resolver um assunto muito importante. – Itachi diz se livrando dos assuntos maçantes dos quais ele não tinha o menor interesse em compartilhar.

Diante da pressa de não perde-la de vista, esquece que aquele não era o lugar apropriado para um homem entrar, mas ao colocar os olhos sobre o espelho e ver o reflexo emitido por trás da mascara, ele não se importou.

            O Duque se deparou com o rosto mais maravilhoso que já tinha visto na vida, por mais que as lágrimas insistiam em cair sobre seus olhos, o rosto da jovem moça era angelical como a de um anjo, a tonalidade dos olhos claros combinava perfeitamente com ela.

Contrastando fortemente com os olhos de cor clara, o cabelo bem preto ondulava ao redor de um rosto cinzelado e nitidamente triste, com sobrancelhas escuras e lábios sensuais. Fitando-a sem fôlego, o melhor seria sair do banheiro evitando uma aparição vulcânica. Entretanto antes de abrir a porta para sair, uma moça entra no banheiro sem percebê-lo e vai ate a moça ampara-la.

— Hinata, o que aconteceu? – Ela pergunta limpando o rosto da morena.

Pensativo o moreno apenas sai do banheiro, não se importando se alguém estava vendo-o sair do banheiro feminino. ‘’Então, esse é o seu nome.’’— Ele diz em pensamento.

 

***

 

Versalhes – 1807 (Há um anos atrás  )

Itachi tinha esperado alguma reação daquela moça delicada, mas não a que presenciou. Ele se perguntava se por trás daquela aparência delicada e calma escondia uma fera por dentro, porque sempre que a via, ela parecia prestes a explodir.

 Estava procurando por seu irmão em sua casa nova para lhe desejar felicidades ao casamento e colocar os assuntos em dia. Não pode ir a cerimônia de casamento, pois estava em confronto com alguns soldados do sul, tinha sido nomeado tenente fazia alguns meses e não poderia se dar ao luxo de ir ao casamento do irmão, mesmo sendo Duque.

A reação seguinte de Hinata não foi nem de longe tão passiva. Deu um passo atrás e deu um tapa na cara de Toneri , um fazendeiro local que apesar da aparência era novo.

Itachiu viu de relance ela empinar o queixo pontudo e dizer entre os dentes. - Claro que não irei me casar com você, na verdade não vou me casar nunca.

— Vejo que seus pais não te deram educação, você é uma mal criada !- Ele levantou a mão e esfregou a mandíbula, estudando-a. - Isso tudo porque odeia os homens?

—Eu não odeio os homens. - Declarou a Hyuga enraivecida. - Apenas alguns homens como você. Você acha que tem o direito de vir até aqui e cobrar o meu casamento? Faça-me o favor e não me perturbe mais. Se ainda tem dúvidas porque não quero me casar , saiba que as mulheres casadas não podem ter propriedade, não podem se divorciar, mesmo no caso de maridos que as desrespeitam, agridem ou abandonam, e a custódia dos filhos que porventura houver dessa união é dada ao marido, por mais salafrário ou grosseiro que ele possa ser.

— Seria repugnante se as mulheres tivessem os mesmos direitos que nós homens, vocês nos servem e por sorte serão felizes com o marido que suas famílias escolherem.- Toneri diz com uma calma descomum.

Prestes a interromper a conversa nada amistosa do casal , seu irmão surge como um furacão se colocando na frente da Hyuga possesso de raiva.

— Toneri saia de minha casa AGORA.- O homem não esperou muito para acatar a ordem do Uchiha mais novo. – E nunca mais invada minha casa antes de ser convidado,depois se volta para a morena e diz com seriedade.

— Hinata você não precisa pedir a minha permissão para sair, mas poderia ter me avisado que ia sair para um baile. Isso não é exatamente como as festinhas na sua cidade. Esses homens estão acostumados a conseguir o que querem. Não é sensato para uma jovem ficar vagando por aí sem um acompanhante enquanto esses cavalheiros estão bêbados. – Diz revoltado sem se importar com a expressão de poucos amigos da morena.

— Eu sei me cuidar. – Diz contendo a raiva.

— Eu sei que sabe, mas Sakura ficou muito preocupada com você e se algo de grave tivesse acontecido? Pode não parecer, mas você ainda é menor de idade e nos somos seus responsáveis aqui. – Sasuke se retira pisando duro no chão. – Hoje mesmo você vai para sua casa.

 

***

 

— Não acredito. -  A marquesa de Ruão baixou a xícara de chá com um pequeno impacto. Foi por pura sorte que não derramou nada sobre o seu vestido matinal cor de clara. - Você nunca passou esta época do ano de férias , se tiver sorte ainda restam pelo menos seis dias de boa caça!

— Estou precisando relaxar um pouco. – Itachi diz bebendo o suco sem graça, em sua humilde opinião enquanto fazia companhia a cunhada.

— Pena que não tenha encontrado meu marido, ele saiu agora pouco. –Diz.

— Eu o vi discutindo com uma moça, acho que ela se chama Hinata, você a conhece? – Itachi se acomodou melhor sobre a sua poltrona de couro e apoiou os pés perto da lareira, obteria mais informações sobre aquela moça.

— Claro, Hinata é minha amiga, infelizmente ela tem passado por alguns momentos difíceis. Nós a amamos, mas ela esta em uma fase complicada, você me entende? Transição entre a vida adulta.

— Entendo... ainda mais para uma jovem bonita como ela. – Opino vendo a rosada rir.

— Ela é complicada, insisti em dizer que o casamento é algo que nunca levaria em consideração… ,Sasuke é muito conservador e não suporta a ideia de vê-la solteira ou em um convento. Ela é filha única, e ano passado  ela foi maltratada pelo tio enquanto os pais viajavam e acho que ela nunca se esqueceu do que fizeram com ela, Hinata sempre anda na defensiva. - Itachi deu-lhe uma olhada cortante, mas, antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Naruto aparece na sala com uma bolsa.

— Resolvi aceitar o convite. – Diz sorridente.

 

( Fim do Flash Back)

 

***

 

Os olhos de ambos se encontraram e ele sustentou o olhar dele. Nenhum dos dois falou nada. Não poderiam, pois Hinata estava adormecida na cama, incomodado com o Uchiha, decide sair do quarto antes que ambos perdessem o controle da situação e assustasse a Hyuga.

 Itachi sempre foi um homem de poucas palavras e durante os poucos momentos em que esteve na presença do Uzumaki , não conseguia se conter, o loiro sempre fora uma ma influencia para o irmão e por sorte não se tornou o seu reflexo.

Não se sentia confortável em ver o loiro perto da amada, sabia da historia dos dois, acompanhou de perto a agonia do Uzumaki , mas não sabia que a moça na qual ele procurava era sua atual noiva.

 Na época houve o desaparecimento de um de seus cavalos favoritos, um puro sangue, dias depois soube que o animal fora furtado pelo Uzumaki, seu irmão não permitiu que o acusassem de nada e ameaçou sair de caso fizessem qualquer coisa contra o amigo.

—Desejo nunca mais encontra-lo aqui.- Itachi diz a tempo do loiro ouvir.

O tempo de espera foi desesperador para o Duque, ficou aguardando a morena acordar no mesmo lugar onde o Uzumaki esteve e durante esse tempo ficou observando-a.

 Percebeu que a morena parecia mais pálida que o normal, ela estava coberta com um edredom claro, seus cabelos estavam despenteados e espalhados sobre o travesseiro.

Ela parecia um anjo indefeso.

 

***

 

A cozinha nunca lhe pareceu o melhor lugar para ficar como naquele momento, com um controle fora do comum, se forçou a sair do quarto de Hinata e não voltar atrás para mostrar ao Duque seu verdadeiro lugar.  Sabia muito bem o que poderia acontecer caso encostasse um dedo no Uchiha. As leis eram claras.

Mas que se foda a merdas das regras.

— Aonde você vai desse jeito Naruto? – Dulce pergunta preocupada colocando a sua frente. – Se sair assim vai acontecer algum acidente.

— Se eu ficar eu vou fazer uma grande besteira. – Diz transtornado.

— Então se acalma um pouco. – A governanta segura à mão do loiro e o força a sentar na cadeira. – Pra onde você vai?

— Pra Versalhes, vou ficar na casa da minha madrinha... eu juro que quebro a cara desse merda caso eu o veja de novo.- Diz batendo na mesa de madeira.

— Não desconte sua raiva na mesa, ela não tem culpa – Ela o repreende. – Quando irá voltar?

— Quando o Uchiha for embora. – O loiro é surpreendido quando a governanta diz que a Hyuga estava noiva do Duque. Precisou de dois segundos para se levantar e seguir caminho para o quarto, mas a velha senhora o segura com força. – Não seja idiota, se fizer algo de cabeça quente poderá se arrepender depois e eu não quero te visitar na cadeia , sua tia irá ficar muito chateada, assim como seus pais.

— Meus pais estão mortos.- Diz com os olhos cheios de lágrimas.

— Vou pedir que Kiba o acompanhe até Versalhes, você é como um filho pra mim garoto. Não faça besteira eu morreria de tristeza. – Dulce diz emocionada. – Me lembro como hoje quando veio pedir abrigo, mal sabíamos quem você era e mesmo assim pedimos que os senhores Hyugas o acolhessem, confiamos em você.

— Eu sou uma farsa. – Naruto segura à mão da governanta. – Eu vim aqui para saber como ela estava, na época eu era um moleque um irresponsável, se eu pudesse voltar no tempo faria tudo diferente Dulce. Meus pais morreram na época e eu prometi a mim mesmo que não permitiria ninguém ferisse como seu tio foi capaz de fazer, ela mudou tanto.

— A vida é assim querido. – Dulce tenta reconforta-lo. – É hora de você viver sua vida, você perdeu dois anos aqui a troco de nada, não terá o amor da minha pequena.

— Você acha que eu não tenho chance? – pergunta esperançoso.

— Não se apegue a isso, viva sua vida a vida nos surpreende de uma forma incrível. Vou arrumar suas coisa e preparar sua comida favorita. – Sorri para o loiro. – Vai dar tudo certo.

— Você pode entregar um bilhete para Hinata antes que eu parta? – Dulce afirma com a cabeça.

 

***

 

O jantar chegou ao fim e minha inquietação aumentou, estava ciente que Itachi estava em casa, mas por algum motivo não o viu no quarto. Examinei a lombada dos livros na pequena prateleira e estranhei encontrar um livro sobre a minha escrivaninha velha, em cima do mesmo havia uma papel.

Não esperei muito para me levantar e pega-lo, mesmo com dificuldade peguei o papel, mas antes que eu pudesse ler a porta é aberta pelo moreno dono do seu coração.

—Olha quem resolveu acordar?- Ele surge com um sorriso disfarçado.

—Olha quem resolveu aparecer.-Brinco.

— Eu fico longe por alguns dias e olha o que você me apronta.- Itachi se aproxima da morena e senta na cama sem exitar. Ele pegou a mão da Hyuga e a levou aos lábios, beijando o dorso, a palma, o pulso. Com um delicado puxão, trouxe para seu colo, encaixando-a sobre seus quadris. – Não faça mais isso, por favor eu fiquei muito preocupado.

— Se eu soubesse que teria você por perto, teria ficado doente antes.- Beijo sua bochecha.

—Não diga besteiras, estive conversando com sua curandeira agora pouco e descobri que apesar do progresso você não está cem por cento saudável, pensei em leva-la para Versalhes e dar o melhor tratamento. No castelo temos uma equipe medica destinada a nos atender se você aceitar iremos o mais rápido.

— Não será preciso, eu estou melhorando. – Sorrio para tranquiliza-lo. – Fico feliz em vê-lo aqui.

— Eu também , tinha alguns planos para nos dois, mas graças ao seu estado de saúde não poderei nem se quer beija-la como gostaria. – Diz malicioso vendo a Hyuga ficar ruborizada.

— Você está levando a sério essa história das cartas. – Diz mostrando o envelope para o Uchiha, tentando mudar de assunto. – O que será que temos aqui ?

 

***

 

Três dias após a chegada do Duque, a morena teve uma segunda recaída, impaciente e nervoso por não poder fazer nada, Itachi pede a carruagem de Ino emprestada para ir a Versalhes e fazer com que a ala hospitalar de sua residência fosse responsável pelos cuidados da amada.

            A viagem foi breve e como suspeitava a atenção sobre a Hyuga em sua casa foi mais que dobrada, fizeram vários exames e agora estava aguardando do lado de fora do pequeno laboratório feito de improvisado no cômodo ao lado.

— O que foi? — Itachi pergunta a Kurenai quando a vê saindo da sala com uma expressão ruim, enquanto analisava um papel. — Algo de grave com Hina?

Em silencio a enfermeira apenas entrega o papel para o Duque.

— Isso não é uma brincadeira de mal gosto, certo? – Pergunta apreensivo. —Tem certeza?

— Absoluta.- ela o responde. — Apesar de tudo tenho quase certeza que o corpo dela não suportará o bebê, ela corre o risco de vida é preciso fazer alguma coisa senhor.

— O que você me recomenda? – pergunto sem reação. — Não quero que ela piore, quais são as chances de acontecer um aborto?

— Talvez 60% de chance senhor, ela esta na segunda semana da gestação, caso o feto continue a se desenvolver provavelmente ocasionará a morte da senhorita Hyuga.- Diz com pesar.

— Mas o que ela tem ? –pergunta o Uchiha preocupado, — Nunca ouvi falar que a gravidez fosse responsável por deixar alguém nessa situação. –Diz irritado.

— Ela esta com intoxicação alimentar e suspeitamos que também esteja infecção urinaria.

— Porque vocês acham isso ? – questiona intrigado.

— Fizemos algumas perguntas para a senhorita Hyuga e de acordo com suas respostas acreditamos que nossas suspeitas estejam ... – Mas é interrompida pelo Duque.

— Me diz logo, para de enrolar. – Diz assustando a chefe das enfermeiras.

— Ela disse que dormiu com o senhor, isso pode resultar no surgimento da infecção urinária e em relação a intoxicação alimentar estamos tentando descobrir.Mas o antibiótico irá combater os dois problemas.- Diz evitando olhar Itachi, depois de ser tratada daquela forma.

— Em relação à criança o que você me indica ? – pergunta cruzando os braços com uma feição fechada.

— Podemos dar remédios em comprimido ou chá. – Diz cautelosa.

— Ela não pode saber em hipótese alguma, não quero correr o risco de perde-la no parto. Faça o que achar melhor ,depois me mantenha informado.

 

***

 

Ele fez uma careta dolorosa ao entrar no escritório. Não conseguia pensar em outra coisa que não fosse Hinata e tudo que estava acontecendo.Seu interesse pela morena começou antes mesmo dele saber que ela estava com problemas.  Mesmo a pedido da morena, ele não conseguia deixar de imaginar sua família com a Hyuga. Queria ter uma meninas e três meninos.

Mas os planos do destino eram outros.

Ele preferia não ter nenhum filho e abdicar do cargo de Duque transferindo para seu parente mais próximo, do que viver sem a amada Hyuga. Ele abriria mão do próprio trono, das mordomias para viver ao seu lado, tinha certeza que seria feliz ao seu lado.

O doloroso é porque ele sabia, que se Hinata soubesse ela não iria perdoa-lo.

Tudo começou com uma história esquisita sobre um falso pretendente, sempre acompanhou sua história de longe.

A primeira vez que a viu foi no baile de Tsunade.

A segunda vez foi na casa de seu irmão dias após o casamento.

A terceira e última vez foi alistamento de seu primo para o seu batalhão.

 Então quando ele recebeu as cartas da Hyuga pensou que o destino estava a seu favor, iria visita-la e conquista-la: - É isso.

 Parecia o plano perfeito.

            Seu olhar, mortificado, devastado, destruído tinha um motivo. Iria ocasionar a morte do próprio filho, um ser que ele já sonhava e doía fazer esse trabalho sujo. Se Hinata soubesse nunca iria perdoa-lo.

Itachi deixou o escritório, fechando a porta com um clique suave, sem olhar para trás. Respirar estava difícil. Joguei a cabeça para trás, mirando o teto de madeira, iria tomar café da manhã com o amada.

 

***

 

Enquanto o Duque ajeitava na cama do quarto graças a nossa bagunça particular, eu pensava o quanto tinha sorte por te-lo por perto. Eu não gostava daquela cama, ela só parecia mais atrativa quando eu tinha ele do meu lado.

 — Estou bem, Itachi. – O moreno se sentou a meu lado e soltou o ar com força.

 — Não minta para mim. Você não está bem. Não depois de um dia como o de hoje.- Ele beija minha mão com carinho.

— Você deveria se policiar, você que está mal ... tem alguma coisa que eu possa ajudar? Sei que estou sendo inútil nessa cama, mas eu posso ouvir o que tanto o perturba, meu anjo. – Sorri para o Itachi mostrando companheirismo.

— Vamos discutir de novo esse assunto? — Itachi perguntou, com gentileza. — Eu só estou tendo uma semana ruim.

— Nem eu acredito nisso.- Diz serena. — Quando estiver pronto me avise.

— Já começou a tomar seus comprimidos ? – Pergunta evitando olha-la.

— Foi bom você ter comentado. – Ela se inclina e pega um pote de comprimido e o entrega vazio. — Ele acabou ontem, acho que essas vitaminas estão me fazendo bem.

— Não esta sentindo nada, meu amor? – pergunta cauteloso.

— Não ... – responde.

— Fico feliz em saber disso, você receberá alta amanhã.

— Gostaria de fazer uma visita para Sakura depois.- O encara. — Você esta muito estranho.

 

***

 

A rainha entrou sozinha na sala de jantar e me encontrou sentada em uma das cadeiras.Pelo seu olhar frio, percebi que deveria ter esperado ela chegar antes de sentar a mesa. Todos os funcionários presentes fizemos a reverência enquanto ela se sentava e depois alguns homens sérios e bem vestidos fizeram o mesmo.

Corri os olhos pela sala de jantar em busca de um assento vazio, pois imaginava que Itachi estava em algum encontro. Todos, no entanto, estavam ocupados. Achei muito estranho, ele prometeu que veria me salvar de qualquer comentário acido. Bom, eu teria que me defender sozinha, sempre fui uma mulher de fibra e não seria agora que me curvaria para um bando de aristocratas hipócritas.

Eu gastara a tarde inteira estudando minhas palavras e analisando como deveria responder cada convidado, sabia que seria um jantar formal para me apresentarem ao parlamento.

Quando a comida e a bebida foram  posta sa mesa, sinto eles me avaliarem entre os olhos, mesmo de longe percebi que diziam baixo coisas a meu respeito. A situação pareceu piorar quando um dos empregados me pergunta se eu gostaria de comer lagosta.

—Pela sua cara senhorita Hyuga, vejo que nunca comeu uma lagosta antes. – Escuto alguém dizer, nem me dei ao trabalho de olha-lo , estava mais preocupada com aquele animal no meu prato.

— Antes que o pegue com as mãos e melhor usar os talheres.- Uma mulher diz com sarcasmo, o mais engraçado era que eu nem tinha movido, se ela realmente achava que eu iria comer com as mãos ,ela não me conhecia. Não serei alvo de chacota , iria revidar na mesma moeda.

—  Não quero entrar em detalhes do que como ou deixo de comer. – Digo aparentemente calma, eu queria era mandar todo mundo ir a merda, mas me contive.

 De relance Hinata vê a rainha prestes a soltar fogo pelas ventas. Ignorando completamente a expressão chocada de todos, pega uma taça de vinho e vira em um gole só.

Olhei novamente para a rainha. 

Tanta coisa se passaram pela minha cabeça...

Der repente a porta se abre e Itachi entra acompanhado de uma moça, eu não sabia quem era, mas aquilo me incomodou, eles pareciam íntimos de mais para o meu gosto. Como um passe de mágica , todos os convidados esqueceram de minha atenção e passou a dar atenção ao casal.

Foram colocadas mais duas cadeiras para ambos se sentarem, em nenhum momento Itachi olhou para mim.

Durante esses dias ele parecia distante, não tinha interesse em dormir comigo e ficava poucos minutos comigo no quarto. Eu iria descobrir o que estava o incomodando ao ponto de me deixar como segunda opção.

Depois de ser ignorada pelo mesmo, também não fazia mais questão. Não olhei para Uchiha no jantar, mas era difícil ignorá-lo quando via a morena se inclinar para falar com ele algo no ouvido. Peguei-o olhando para mim cinco vezes, e em ambas ele estava aos risos com aquela mulher.

Prometi a mim mesma, que caso ele viesse ao meu quarto eu não o daria atenção. Não queria falar com ele. Minha única expectativa para a nossa conversa era mais uma discussão, e eu não precisava daquilo.

— Esta encantadora essa noite, senhorita Izumi.- A rainha diz com um sorriso gentil nos lábios. — Não acha meu filho?

Itachi encara a mãe e como soubesse o que a mesma planejava.

— Ela está linda, mas essa noite eu so tenho olhos para uma pessoa.

Surpresa pelas palavras do moreno, pela primeira vez ambos se encararam.

— Me diga senhorita Hinata, aonde estudou?- So foi levantar os olhos para perceber que todos estavam me olhando.

— Meus pais não tinham condições de pagar uma boa escola, então eles mesmos me ensinavam o que eles sabiam. – Respondo.

— Ao menos sabe ler?

— Caso eu não soubesse não passaria horas e horas escrevendo cartas ou lendo aqueles livros na qual sou obrigada a estudar.- Digo sem pensar, corri os olhos pela sala de jantar conforme o burburinho de reclamações crescia e diminuía. 

— Desculpem essa menina não teve a educação de uma dama.- A rainha diz se desculpando com todos da mesa.

— Mãe ... – Vejo Itachi dizer algo mais é interrompido pela mesma.

— Porque você não se casa com Izumi, sabemos que ela é mais sensata que essa garota. – Ela aponta pra mim, sem se importar com os convidados.

— Olha pra mim já chega, eu me recuso a dividir uma refeição com pessoas da leia de vocês, com licença. – Afasto a cadeira, mas antes que eu seguisse até a porta escuto Itachi dizer autoritário.

— Não te dei autorização para sair da mesa, você mal tocou na comida Hinata.- Ele diz serio. — Sabe que ainda está em recuperação, precisa se alimentar direito e deixar de ser idiota.

— O único idiota que tem aqui é VOCÊ.- Digo com raiva. — Ninguém aqui diz o que devo ou deixo de fazer.

Fui embora, furiosa com Itachi por me fazer sentir daquele jeito… E furiosa comigo mesma por piorar tanto as coisas. Fui para meu quarto, tão irritada com ele que mal conseguia pensar.

As criadas me esperavam para tirar o vestido e eu fiz o possível para não descontar minha raiva nelas. Vestida e deitada sobre a cama eu pedi que elas dormissem comigo no quarto, não queria vê-lo nunca mais.

— Caso o Duque venha, diga que estou indisposta e que não quero vê-lo. – Digo controlando as lagrimas que brotaram nos meus olhos.

 

***

 

Hinata se recusava a sair do quarto, era visível que sua estadia no local não era do agrado de todos. Ela se recusou chorar , não seria fraca.

Itachi veio todas as noites a convidando para jantarem e seus convites eram negados.As refeições eram feitas no quarto e sempre dividia a refeição com as criadas, mesmo que elas se negassem a aceitar no começo.

A porta estava aberta, pedi que Lia pegasse um livro pra mim na biblioteca,mas sou surpreendida ao vê-lo na porta.

— Me perdoem, por favor, mas preciso falar com a senhorita Hinata. Vocês nos dariam um momento?

 As mãos dele estavam nos bolsos. Permanecemos em silêncio por uns segundos.

 —Desculpe desacatar um pedido seu, mas eu precisava vir — admitiu. — Ainda está com raiva de mim?

Itachi diminuiu a distância entre nós aos poucos, escolhendo as palavras conforme caminhava. Quando finalmente chegou até mim, tomou minhas mãos e diz sério.

— Primeiramente, deixe-me dizer que sinto muito. Eu não devia ter gritado com você — seu tom de voz era totalmente sincero. — É que alguns dos comitês e minha própria mãe me pressionam, e quero ser capaz de tomar a decisão por mim mesmo. Foi muito frustrante deparar com outra situação, você foi indelicada com eles.

— Só eu? — perguntei sarcástica. — Você chegou acompanhado Itachi ,depois sou obrigada a ouvir elogios direcionados a ela e para fechar com chave de ouro eles fazem piadas de mim, sua própria mãe.

— Calma... – Ele me puxa para seu braços, mas eu me afasto com raiva.

— Acho melhor você me levar de volta para casa.- Digo o olhando séria.

            Então as coisas ficaram sérias.

Uma hora estávamos brigando e na outra Itachi se aproxima como um felino e me ataca. Suas mãos estavam por toda parte do meu corpo, e a partir daí as coisas se tornaram um borrão de mordidas, beijos, gemidos e coisas se rasgando. O zíper da calça sendo aberto, o momento em que parecia ser a única coisa que faria minha agonia desaparecer, vendo-o encaixar onde eu mais a queria sem demora.

 Mantendo seus olhos nos meus, ele envolveu meu traseiro nu com suas mãos grandes, me empurrando para baixo lentamente.

Agradeci mentalmente por não estar usando calças.

 Gritei com a deliciosa invasão, e não demorou para que meu corpo assumisse o controle, cavalgando-o enquanto ele continuava empurrando meu quadril para cima e para baixo, beijava meu queixo, lambia minha orelha, mordia meu pescoço, meu mamilo, sussurrando como eu era perfeitamente linda.

 Foi demais para mim.

 O caos no qual eu me encontrava chegou ao ápice em minutos e eu arrebentei num maravilhoso e brilhante vórtice de prazer daquele corpo másculo. Uma existência sem corpo, energia pura, apenas essência do mais belo prazer. Não sei quanto durou aquilo, mas me perdi nele pelo tempo que pude perceber.

 Apesar de ter passado uma noite com ele , essa era a primeira vez que eu sentia algo daquela magnitude, e queria que durasse para sempre.Não me importo em me casar com você Itachi Uchiha ! Eu não imaginava que sexo podia ser tão maravilhoso assim.

 Estava ofegante e perdida em meus pensamentos, mas o ouvilo gemer me trouxe de volta aquela doce realidade, um som quase animalesco, poderoso. Abri os olhos a tempo de ver os últimos resquícios de êxtase colorindo o rosto de Itachi, a cabeça jogada para trás, os tendões e as veias em seu pescoço ressaltados.

Ele era tão lindo.

Mal percebi quando Itachi me flagrou olhando para ele e sorriu com aquele jeitinho de menino sapeca, que lhe atingia os olhos e preenchia a minha alma, num daqueles raros momentos em que se permitia ser ele mesmo, livre de desilusões ou revolta por suas obrigações. O moreno a abraçou firmemente pela cintura,  mantendo-a presa a ele.

— Não duvide do meu amor por você. – ele sussurra em meu ouvido.

 

***

 

Acabamos nos ajeitando ali mesmo, aconchegados um no outro sobre o tapete da sala. Meu corpo ainda nadava em êxtase. Minha cabeça estava leve como um balão, meus membros completamente relaxados, de tal modo que me mexer parecia impossível, embora eu não conseguisse parar de acariciar Hina.

— Preciso sair antes que suas damas de companhia cheguem ao quarto.- beija a testa da morena, antes de levantar da cama e se vestir. — Amanhã suas amigas estarão aqui.

— Que noticia maravilhosa. – Hinata suspira de alegria.

— Terei que me ausentar por alguns dias, mas voltarei assim que puder, - Ele dizia enquanto se vestia sem a menor vergonha de sua nudez.

— Acho que não vou me acostumar com a ideia de vê-lo viajando o tempo todo.

— Não querendo ser inconveniente, mas ainda da tempo de desistir do casamento.- Itachi diz analisando-a.

— Vou pensar na hipótese... – Hinata diz e percebe que seu companheiro ficou tenso na hora com sua resposta. — Caso faça algo de errado.

 

***

 

Os dias se transformaram em uma semana e Hinata descobriu que ser da realeza era muito difícil, ainda mais sem ter o Duque por perto, a rainha nunca a deixava em paz. Todos seus dias haviam sido preenchidos com aulas, ela sabia muito bem manter uma moça muito ocupada, os únicos horários em branco eram na hora de dormir.

Não havia saído da casa em nenhuma ocasião a não ser por algumas vezes quando ia ao jardim acompanhada pelos guardas, todos os funcionários faziam reverencia quando a cruzavam pelo caminho. Achava patética essa atitude, não se sentia confortável tendo esse tratamento.

Entrando em um corredor e subindo uma enorme escada que davam para o segundo andar. Hinata sentia os tapetes tão espessos sob meus pés que tinha a impressão de afundar um centímetro a cada passo, eles eram fofos. A luz atravessava janelas bem arquitetada no alto, tudo cheirava a flores. As paredes estavam repletas de pinturas grandes que retratavam os reis do passado e alguns líderes importantes. Pelo menos era o que a morena achava, já que nenhum deles usava coroa, ou vestiam roupas elegantes.

Um calafrio percorreu sua espinha, quando se choca com uma moça aparentemente da mesma idade que a morena.

 Era a tal moça do jantar, a qual fazia companhia ao Uchiha. Levantou a cabeça para encará-la, era impossível não notar o nojo no meu tom de voz e nos meus olhos ao encara-la.

— Você é ridícula em pensar que alguém como você irá se casar com um homem como Itachi. Acorda ...

— Quem você pensa que é para falar comigo desse jeito? – Hinata pergunta irritada.

— Sou a mulher que carrega um filho do Duque no ventre, sou a mulher que iria se casar com Itachi se não fosse por sua causa.- Izumi encara Hinata seriamente. — Além de destruir minha vida você fará meu filho crescer sem o pai,

—  Então você não teve muita sorte - Havia uma ironia contida em sua voz.

— Ele vai perceber o quanto é desqualificada para ser sua esposa, o seu sangue irá romper com a tradição.- Izumi dizia com os olhos cheios de raiva.

— Quero que saia da minha frente. – Hinata diz sem paciência.

— Não obedeço ordens suas, você é inferior a mim garota.

— Então eu saio, e não se atreva a cruzar meu caminho novamente, ou eu mesma farei questão de expulsa-la dessa casa. – Hinata diz por impulso.

— Você é surda? Eu estou grávida do Duque, meu filho pode ser um bastardo graças a você, mas terá todo luxo, seu futuro marido faz questão disso. – Sorri para a morena. — Ele vai te mandar embora, não se preocupe.

 

***

 

Minha vista ficou embaçada,nem reparei quando comecei a chorar. Não conseguia respirar de tanto soluçar, eu estava tremendo de raiva. O pânico de reviver o passado novamente me fez ter náuseas.

Demorei um pouco para abrir a trava da porta, mas consegui. Pensei que me isolar me faria bem, mas não. O desespero me deixou ainda mais fraca.

Estava um pouco insegura com aquelas lágrimas nos olhos, mas consegui sair do quarto. Corri pela imponente escadaria. Meus pés descalços soavam como tapinhas no chão de mármore. Havia mais um punhado de guardas, mas nenhum deles me parou. Quer dizer, não até eu chegar ao lugar que eu ansiava.

Dois homens montavam guarda ao lado das portas, e quando tentei correr até elas, um dos homens se pôs à minha frente, e o bastão em forma de lança impediu minha saída.

— Perdoe-me, mas a senhorita deve voltar para o quarto — ele ordenou, com autoridade. Ainda que não falasse alto, sua voz trovejava em meio ao silêncio do elegante corredor.

— Não... não... Eu preciso... sair — as palavras se misturavam; eu não conseguia respirar direito.

— Senhorita, vá para seu quarto agora.

O segundo guarda caminhava na minha direção.

— Por favor — comecei a arfar.

Pensei que ia desmaiar.

— Sinto muito... senhorita Hyuga, certo? — ele diz firme. — A senhorita deve voltar para o quarto.

— Eu... não consigo respirar — gaguejei e caí nos braços do guarda que se aproximava para me empurrar.

O bastão dele caiu no chão. Agarrei-me a ele já sem forças. O esforço me deixou tonta.

— Deixem-na sair! – Escuto a voz firme de Itachi surpresa, ao me virar, me deparando com ele acompanhado de Izumi.

A Uchiha carregava um sorriso sarcástico no rosto, e fazia questão de fazer carinho no moreno. Percebi que ele segurava a mão dela entre os dedos sem repulsa, parecia confortável naquela posição.

Aquele foi o fim do meu controle emocional. 

Vendo aquela cena, meu coração se aperta e não consigo ver mais nada além dos borrões, sinto ser segurada por um dos guardas e meus sentidos se perdem no meio daquele caos. 

  

***

 

Ao acordar uma tristeza perfurante cresceu dentro de mim e explodiu, me deixando vazia, oca, uma versão de mim mesma em colapso. Todas as minhas dúvidas sobre a lealdade de suas palavras de amor palavras se perdiam em minha consciência.

Percebo que estou no meu quarto, pelo menos o quarto onde durmo todas as noites depois que cheguei na casa do Duque. Ao longe vejo ele conversar despreocupadamente com uma das minhas acompanhantes e com uma enfermeira, ele parecia surpreso com alguma coisa. Fingi que estava dormindo para poder escutar melhor.

— Então esse tempo todo ela não esteve tomando as pílulas na qual eu pedi? – ele pergunta enfurecido para Lia, uma de minhas acompanhantes.

— Ela me disse que estava tomando vitaminas e eu não poderia deixar ela tomar um remédio por engano, sabia muito bem qual a finalidade daqueles comprimidos, então eu troquei senhor. – Ela diz baixo mas o olhava nos olhos.

— Não te pago pra fazer o que acha nada, agora por sua causa não podemos interromper a gravidez dela, e isso é trágico. – Itachi diz sem pensar e se arrepende ao perceber que estava falando um assunto daquela dimensão no mesmo cômodo que a Hyuga, mas relaxa ao perceber que a mesma estava desacordada.

— Então o senhor queria matar seu próprio filho ? – Lia o acusa sem temer o olhar enfurecido do Uchiha.

— Eu faria isso sem sombra de duvidas ...  – antes que pudesse dar continuação a fala é interrompido por sua mãe a porta.

— O que aconteceu com ela ?- a rainha entra no quarto analisando a Hyuga no leito, sem tirar a cara amarrada.

— Ela teve uma queda de pressão ,so isso. – Itachi responde a mãe.

— Izumi comentou que terá uma linda menina , sempre quis ter uma netinha. – Ela diz sonhadora. — Porque não aproveita que esse filho é seu e casa logo com ela.

— Mãe já tivemos essa conversa antes, eu acho injusto não poder tomar as próprias decisões da minha vida. Eu vou cuidar dele como um filho ,mas ele não terá direito a nada meu , eu não sou o pai dessa criança. – Diz firme.

— Então é por isso que você decide matar o próprio filho? – Ela aponta para a morena na cama. — Ouvi toda a conversa no corredor.

— Você não sabe os meus motivos ,então pare de especular coisas sem fundamento, eu amo a Hinata e faria o possível para te-la comigo.

— Eu realmente nunca vou entender meus filhos.- Ela sussurra para si mesma.

 

***

 

Abri os olhos quando tive certeza que ninguém estaria no quarto, eu estava muito confusa. Eu estava grávida? E Itachi queria provocar o aborto do meu filho. Mas porque? Eu não queria provocar a morte do meu próprio filho novamente.

Não me sentia confortável naquele lugar, iria dar um jeito de ficar um tempo longe dali , precisava do apoio e conforto de minhas amigas.Não iria bater de frente com Itachi antes de colocar meus pensamentos em ordem.

— Senhorita Hinata, vejo que acordou , se sente melhor ? – Louise pergunta sentando em uma cadeira.

— Sim Lou. – Tento sorrir. — Aonde esta a Lia?

— Foi a feira comprar algumas frutas para a senhorita , ela mesmo irá ficar responsável pela sua alimentação.- Responde.

— Quando ela chegar , pede para ele vir para ca , por favor ... preciso conversar com ela.- Peço.

— Como desejar senhora.

 — Você poderia me trazer um papel e tinta, por favor.

 

Se não fosse realmente necessário eu não iria te escrever uma carta a procura de refugio, eu não posso escrever por carta o que me aflige, mas assim que estiver com você te explico melhor. Estou muito mal , não consigo ficar em paz nessa casa, a mãe de Itachi me odeia e esse não é o meu pior problema. Eu te peço de coração que me de uma resposta, eu confio so em você no momento.

Com carinho Hinata Hyuga.

 

— Louise você poderia enviar essa carta para a Ino a baronesa ainda hoje? – entrego a carta. — Ninguém pode saber , se souberem Itachi ficará bravo comigo.

— Farei o que me mandar. –Ela sorri . — Meu irmão passara aqui mais tarde e pedirei que faça isso, ele é de minha total confiança.

— Isso ... é melhor não envolver nenhum funcionário dos Uchihas. – Hinata diz com doçura. — Muito obrigada Lou vocês estão me ajudando muito, se não fosse a companhia de vocês, os meus dias nessa casa seria um pesadelo.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, próximo capitulo promete ...
Por favor comentem e sejam sinceros , faço com muito carinho para vocês.
Até a próxima (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mo chridhe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.