De Quantos Acasos Coincidentes é Feito o Destino? escrita por Nay Beckett


Capítulo 11
Capítulo 11 - Gravando! Corta!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Boa Noite! Neste capítulo trago a dinâmica dos episódios, começando pelo piloto e a inclusão da Zooey como personagem fixa. Tenham uma excelente leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734547/chapter/11

Emily entrou em seu apê e encostou-se a porta. Levou uma das mãos a testa, seu coração ia-lhe a boca e voltava. Será que ele estava bêbado ou falava sério? A dúvida persistia em lhe perseguir. Resolveu telefonar para um número um tanto conhecido.
— Heyyy Zooey. - disse com uma voz um pouco assustada.
— Hey Emily, o que houve? - perguntou estranhando o nervosismo da irmã.
— Estou muito confusa Zooey, preciso conversar com você. Aliás, você sempre foi a mais louca de nós. - sorriu.
— Você fala como se eu fosse maluca. - riu do outro lado da linha.
— Tudo que eu não tinha coragem de fazer, você fazia. - gargalhou.
— Isso é verdade! Mas o que está te deixando assim sem foco? Me fala o nome dele para que eu possa parabeniza-lo. - brincou com ela.
— Engraçadinha. É sério. Tem algum horário vago hoje? 
— Podemos nos encontrar na hora do almoço, o que acha?
— Acho excelente. Qual restaurante?
— Pode ser aquele vegano que você costuma frequentar.
— Okay. Te encontro lá mais tarde.
— Tudo bem. Avisa ao cara que ele está fazendo um bom trabalho.
— Cala a boca. - riu.
— Também te amo! 
— Beijos e até mais. - desligou.
Hoje seria a gravação do primeiro episódio da série. Caminhou até o camarim, pôs a roupa da personagem e prepararam-lhe a maquiagem.
— Cena 1. - o diretor gritava com a claquete em mãos.
A primeira cena da série se passava em um aeroporto, Emily não pode deixar de sorrir de verdade ao ver Michaela mostrando suas cores.
— Me diga que você tentou um com licença primeiro! - seus lábios se abriram em um sorriso.
— Ah Querida, vem cá. - Michaela, ou melhor, Ângela a abraçou.
—  Tá exausta? A Guatemala é horrível? Horrivelmente atrasada?
— E nem assim me rebaxei ao ponto de mostrar os seios para pedir informação.
Sua parceira de cena se mostrava surpresa, naquele momento de apresentação já havia uma tensão e um diálogo mais íntimo, isso aproximaria o espectador àquela amizade.
Emily havia treinado artes marciais alguns meses antes, a próxima cena seria ela batendo em um segurança.
— Senhor por que está nos seguindo? - ele pegou em seu braço, ela o girou e socou seu estômago, seguido de um chute na altura dos rins, virou o braço do sujeito até as costas e o imobilizou. Michaela deu bolsadas no ator, segurando o sorriso.
O segurança abriu sua bolsa e encontrou um crânio.
— Buuu! - Emily, digo, Brennan disse.
Michaela se segurava tentando não rir, tinha que confessar, as duas fariam uma excelente dupla.
A cena três havia chegado, a cena em que ensaiaram na noite anterior.Eles estavam no carro.
— Isso é o melhor que consegue fazer?
— O quê?
— Mandar um segurança me deter para que pudesse fazer um falso resgate.
— Ah pelo menos eu te peguei no aeroporto. - sorriu galanteador. - Qual é, eu segui os canais viáveis. Seu assistente que não me deixou falar com você.
— É. Depois do último caso pedi para nunca mais passarem uma ligação sua. Pode me deixar por aí, tá bom?
Ele tinha que admitir, ela era boa. Muito boa, mudava completamente da água para o vinho. O figurino a deixara extremamente sexy.
— Se rodar mais um quarteirão eu vou gritar sequestro na janela. - disse irônica.
— Eu tô tentando fazer as pazes. - sorriu, um sorriso bobo, sorriso de quem gostou de vê-la no comando, mandando ver.
— Pare o carro! 
Bruscamente ele estacionou.
Caminhou rapidamente atrás dela, enquanto contracenavam. Imaginou se ela tinha realmente toda aquela energia que demonstrara. Ficou interessado.
— Você não é a única antropóloga forense da cidade.
— Sou sim. O mais próximo fica em Montreal.
Após algumas horas de gravação era a vez da cena do tiro ao alvo.
Emily se posicionou e mirou, acertou em cheio. David chegou contracenando.
— Eu achei que ia te encontrar aqui. Sabe atirar bem, fazer artes marciais, é o seu jeito de lidar né? Quem melhor do que você para saber o quanto a vida é frágil.
— Talvez um atirador do exército que se tornou um investigador do FBI.
— Hum. Andou me investigando é? - se aproximou dela.
— Aham.
— Dá licença.
— A vontade. - pegou a arma em que ela treinava.
— Obrigado. - mirou o alvo e acertou um pouco distante, havia o feito de propósito.
— Você era um bom atirador? - Caçoou.
— É. Um bom atirador tem que saber um pouco sobre os assassinos e o senador não é um assassino.
Ele a prensou contra a parede.
— Esse é seu instinto rolando né?
— Escuta. Homicídios não são solucionados por cientistas. São solucionados por pessoas como eu, que fazem mil perguntas milhares de vezes, pegando as pessoas o tempo todo. - colocou uma das mãos apoiada na parede na lateral dela, rente ao seu corpo. - Você é boa no que faz Bones, mas não soluciona assassinatos. - passou a língua nos lábios. - Só a polícia.
Próxima a ele, se inclinou até seus narizes quase tocarem e disputarem o mesmo oxigênio. Rebateu tudo que ele disse com evidências, o deixando perplexo, se desvencilhou de seus braços.
David mal sabia como agir após a cena, lembrava-se dela sussurando as evidências em seu ouvido. Se falando de morte era sensual, imagina falando sacanagens, foi as nuvens com o pensamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Tenham todos um ótimo fim de semana!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "De Quantos Acasos Coincidentes é Feito o Destino?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.