Saint seiya - A batalha do submundo escrita por EduCDZ


Capítulo 14
Capítulo 14




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“O cortejo fúnebre das rosas”

Em uma dimensão paralela que separa o mundo dos vivos e dos mortos, estavam os cavaleiros de Athena, que desciam rumo ao inferno, elevando seus cosmos ao máximo para que chegassem vivos aos domínios de Hades. Mu, ao mesmo tempo em que concentrava seu cosmo, notava uma oscilação naquela dimensão e logo utiliza de sua telecinese para contatar os outros cavaleiros de ouro lhes dizendo:

— Vocês também sentirão essa inquietação? Como se algo estivesse errado ou fora do lugar?

Os demais cavaleiros dourados afirmam que estavam sentindo a mesma coisa. Saga responde os questionamentos de Mu, se comunicando também com os outros cavaleiros de ouro através de seu cosmo lhes dizendo:

— seja o que for que está acontecendo aqui, não é trabalho de um simples espectro. Para falar a verdade, sinto um poderoso cosmo, mas não chega a ter a mesma força de um de uma divindade, porém, chega perto.

De repente, todos os cavaleiros notam que a dimensão em que estavam, começava a escurecer e o movimento de descida que estavam fazendo estava desacelerando-se. Antes que o local entrasse em total escuridão, Saga eleva seu cosmo e utiliza seu golpe outra dimensão, impedindo que todos fossem tragados pela massa obscura que estava se concretizando. Logo após isso, a dimensão retoma sua forma anterior, porém, notam que haviam parado o seu percurso e estavam cercados por quatro grandes sombras. Com o tom de voz elevado, Aiolia direciona a palavra as quatro criaturas sombrias dizendo:

— Revelem-se, quem quer que sejam.

Ouvia-se leves risos que aparentemente vinham das criaturas. Ao observar com atenção, Mu já cogitava quem poderiam ser aquelas enormes sombras e eleva a voz dizendo:

— Quatro sombras, que emanam um cosmo quase tão forte quanto o de uma divindade e que só puderam ser vistas após Saga ter quebrado a dimensão que criaram quase que ao mesmo tempo em que adentramos o portal para o inferno. Vocês só podem ser, os quatro deuses dos sonhos.

Ao termino das afirmações de Mu, As sombras se contorcem, ganhando uma silhueta e logo depois mostrando suas faces. Mu diz que já desconfiava que fossem eles desde o momento em que estavam dentro da dimensão e completa dizendo, ao mesmo tempo em que olhava para cada um dos seres que se mostraram aos cavaleiros:

— Oneiros de sonho, Morfeu de modelador, Fântaso de retratista e Ícelo de visão.

Logo, o ser que Mu denominara de Oneiros, direciona a palavra aos seus três companheiros dizendo:

— Bem, Vejo que não precisaremos nos apresentar meus irmãos. Não esperava menos de um dos cavaleiros mais sábios do exército de Athena. Já deve saber também, cavaleiro de áries, que nós não deixaremos que passem daqui, aos domínios de nossa majestade.

Ao dizer tais palavras, Oneiros eleva seu cosmo e faz com que a saída que levava para o inferno comece a se fechar. Os cavaleiros de Athena começam a ficar apreensivos e a entrar em pânico. Máscara da morte direciona a palavra a Oneiros dizendo que não iria permitir que ele interferisse nos objetivos de Athena. O cavaleiro de câncer direciona a Saga e Mu dizendo:

— Saga, no momento em que eu utilizar minhas ondas do inferno para manter aberto o portal para o inferno, utilize seu golpe outra dimensão, assim removendo todos, com exceção de mim, desta dimensão criada por Oneiros. Mu, assim que todos estiverem fora da dimensão, teleporte todos diretamente para a saída. Não podemos perder tempo, para que eu consiga manter o portal aberto precisarei ficar e concentrar a minha cosmo energia. 

Mu responde as afirmações do cavaleiro de câncer dizendo que, por mais que ele fosse forte, não seria o suficiente para lutar contra 4 divindades. Máscara da morte eleva o tom de voz e direciona a palavra a Mu, dizendo para que não o subestimasse e ordena novamente para que executem o movimento. O cavaleiro de áries fica apreensivo, mas concorda com Máscara da morte. Saga logo utiliza sua outra dimensão; Mascara da morte toma a frente dos 4 deuses para que não interferissem e logo após utiliza suas ondas do inferno. Mu eleva seu cosmo e começa a teleportar todos até saída, que levava ao inferno, mas logo nota uma interferência que estava bloqueando seu cosmo. Eram os 4 deuses que tentavam impedir a ida dos cavaleiros. Máscara da morte eleva ainda mais o seu cosmo e o direciona todo contra os 4 deuses, o que serviu para atordoa-los, deixando com que todos os seus companheiros cavaleiros conseguissem seguir rumo ao inferno. Após todos saírem da dimensão e finalmente chegarem ao inferno, Mu fica apreensivo quanto a Máscara da morte, mas deseja-lhe sorte e que Athena o proteja. Saga pergunta se todos haviam conseguido chegar com vida e Milo diz que apenas um não havia chegado com eles. Após sentir todos os cosmos ali presentes, Saga logo percebe quem estava faltando e diz, soltando um leve sorriso pelo lado do rosto:

— Já era de se esperar que ele ficasse para ajudar Máscara da morte, já que são bem próximos e bons amigos. Bem, talvez seja até melhor, assim eles terão mais chances de vencer aqueles deuses... Não, eles com certeza irão vencer todos eles.

Na dimensão paralela, estava Máscara da morte frente a frente com os 4 deuses dos sonhos. Morfeu diz em um tom sarcástico que, no estado em que o cavaleiro de câncer se encontrava, não duraria sequer um piscar de olhos contra os 4, ainda mais sozinho; Fântaso diz que era uma pena ter que aniquilar tal cavaleiro, pois fazia totalmente o tipo dele, dizia o deus retratista ao mesmo tempo em que se aproximava de Máscara da morte e posicionava suas duas mãos sobre o rosto do cavaleiro aproximando-o do seu. Antes que Fântaso conseguisse se aproximar mais, é surpreendido por três rosas negras que vinham rapidamente em sua direção; o deus se afasta de Máscara da morte na tentativa de desviar do golpe e consegue, mas nota que uma das rosas corta uma pequena parte do seu rosto. Furioso, Fântaso Grita perguntando quem seria capaz de estragar sua tamanha Beleza e logo recebe uma resposta que dizia em um tom de voz sarcástico:

— Ora ora, vejo que temos mais alguém aqui que cultua a beleza como algo crucial, mas olhando diretamente pra você, vejo que não tem noção nenhuma do é que ser belo. – Dizia, ao mesmo tempo em que soltava uma leve risada de deboche.

Fântaso se enfurece ainda mais e ordena que, quem tivesse dito tais insanidades, se revelasse. Máscara da morta solta uma risada e diz que não acreditava que ele havia ficada para ajudar mesmo depois dele ter dito que, sozinho ele dava conta. Em divagares passos, vinha Afrodite de Peixes, andando na direção de Máscara da morte e estendendo a mão ao mesmo lhe dizendo:

— Não se ache tanto, até parece que depois de ter gastado tanta cosmo energia para manter o portal aberto pareando-a contra a de uma divindade, você seria capaz de lutar contra os 4 sozinho. E ai, 2 para cada?

Máscara da morte aceita o apoio de Afrodite e agarra sua mão concordando com suas afirmações. Esboçando um leve sorriso, o cavaleiro de câncer diz:

— Fechado.

Em Giudecca, encontrava-se Hades sentado em seu trono e Pandora ao seu lado. A mulher comunica o senhor dos mortos dizendo que os cavaleiros de Athena Haviam conseguido chegar aos seus domínios; Hades questiona se por acaso os filhos de Hypno haviam perdido a batalha e Pandora responde dizendo que não, eles ainda estavam vivos, mas ficaram presos na dimensão paralela junto com outros dois cavaleiros de ouro. O deus dos mortos diz que, se aquele era o caso, eles iriam com certeza vencer e logo mais iriam apressar-se em destruir os outros que conseguiram adentrar seu reino e completa dizendo:

— Mesmo que eles demorem contra os dois insetos dourados, os cavaleiros não conseguiram sobreviver na tentativa de atravessar as 8 prisões infernais. Já ordenei que todos os espectros inclusive os 3 juízes, tomassem suas posições. E também já ordenei que meu mais novo soldado fosse em busca do meu maior inimigo.

Na dimensão paralela, Máscara da morte e Afrodite assumem suas posições de combate e se preparam para qualquer investida vinda dos 4 deuses. Fântaso esbraveja que irá aniquilar aquele que ousou deformar seu rosto, mas antes que pudesse avançar mais, é interrompido por Morfeu que diz que não seria necessário esforço algum vindo de qualquer um deles pois enquanto os dois cavaleiros dourados conversavam entre si, foi tempo o suficiente para que suas plantas germinassem. Após ouvir as afirmações do deus modelador, Afrodite e Máscara da morte notam algo subindo pelas suas pernas, eram uma espécie de planta que, aos poucos estava tomando todo o corpo dos dois. O cavaleiro de peixes se pergunta o que poderia ser aquilo e Máscara da morte se esforçava para tentar partir os cipós que o prendiam. Logo Afrodite nota que estavam brotando flores dos mesmos cipós e no mesmo ritmo em que a flores brotavam, ele e Máscara da morte perdiam a consciência. Com a voz tremula, Afrodite questiona:

— Mas o que diabos são essa flores, nunca vi nada parecido, minha consciência... eu...

Respondendo o questionamentos de Afrodite Morfeu diz:

— Morphium coma, é o nome desta minha habilidade que faz com que cresçam estas belas flores brancas sobre seus corpos. Cada flor mudara de branco para vermelho, a medida em que rouba cada uma de suas emoções como a raiva, tristeza ou determinação. Ao ser privado de todas as suas emoções, vocês se tornarão apenas bonecos inertes sem a menor força de vontade, mas não se preocupem, eu sou o deus dos sonhos responsável pelo descanso dos heróis e reis, me certificarei de lhes mostrar belos sonhos relacionados as suas conquistas como cavaleiros.

Após ouvir as palavras de Morfeu, Afrodite percebe que sua técnica rosa sangrenta é semelhante a do deus, mas diferente da sua habilidade, seu sangue não estava sendo drenado para as flores, mas sim sua essência vital e todos os seus sentimentos. O cavaleiro de peixes começa se desesperar e logo olha apara Máscara da morte, que já havia gastado boa parte de seu cosmo e estava sucumbindo. De repente, os cipós que prendiam o cavaleiro de câncer e também as flores são cortados; Morfeu fica sem entender o motivo, mas logo nota que Fântaso havia libertado o cavaleiro de ouro. O deus modelador pergunta a Fântaso o que ele pensava que estava fazendo e logo o deus retratista lhe responde dizendo:

— Já não me importa o que você fara com este ser que acredita ser mais belo que eu, mas este cavaleiro, ou deveria dizer, pedaço de mal caminho é todo meu. – Dizia, ao mesmo tempo em que abraçava Máscara da morte pelas costas.

Máscara da morte tentava se mover, mas estava muito fraco por causa do gasto excessivo de seu cosmo, porém, questiona Fântaso se ele o havia libertado para que pudessem lutar de igual para igual e logo o deus retratista lhe responde dizendo que não tinha intenções de lutar contra aquele maravilhoso cavaleiro de ouro; Máscara da morte se esforça e se distancia de Fântaso dizendo em um tom de deboche que ele não fazia o seu tipo. Fântaso se move rapidamente e fica frente a frente com o cavaleiro de câncer lhe dizendo que logo aquilo mudaria. Fântaso aproxima seu rosto do de Máscara da morte e sussurra:

— Necro fantasia.

De repente, Máscara da morte fica inerte, as pupilas dos seus olhos se dilatam e algumas esferas de cor purpura começam a emanar de seu corpo. Com um tom de voz leve, Fântaso diz:

— Nossa, quantas memorias horríveis você tem, vejo uma vida cheia de carnificinas, dor e prazer pelo que fazia, mas espere, uma memória está se destacando das demais e é uma bem doce. Acho que brincarei com está memória.

Ícelo se enfurece com a afirmação de Fântaso, que dizia que iria brincar com o cavaleiro de ouro e diz em um tom de raiva:

— Não é hora para brincadeiras Fântaso, se você não vai destruir esse miserável, irei eu. – Dizia, ao mesmo tempo em que avançava na direção de Fântaso e Máscara da morte.

Ícelo é interrompido por Oneiros, que diz para deixar que Fântaso e Morfeu cuidem daqueles dois cavaleiro de Athena. O deus dos sonhos adverte Fântaso, dizendo que não demore muito para acabar com o cavaleiro de câncer e o mesmo servia para Morfeu. Logo depois, Oneiros direciona a palavra a Ícelo dizendo:

— Não se preocupe meu irmão, logo chegara sua hora de lutar, assim que estes dois forem derrotados sairemos daqui e você poderá escolher qualquer oponente e trucidar seu físico e sua consciência, mas por enquanto vamos nos concentrar em quebrar esta dimensão em que fomos postos enquanto os nossos irmãos cuidam de seus oponentes.

Ícelo acata as palavras de Oneiros e recua. Após ouvir as palavras do deus dos sonhos, Fântaso adentra na esfera que havia escolhido e Máscara da morte vai ao chão como se já estivesse morto. Em seu subconsciente, o cavaleiro de câncer estava em um campo ao lado de uma humilde casa arando o solo manualmente. De repente é surpreendido pela voz de uma mulher que dizia:

— Querido, eu e as crianças já chegamos, se apresse, logo vou pôr o jantar na mesa.

O cavaleiro abre um sorriso, para o que estava fazendo e logo entra na casa.  

Afrodite se preocupa com o seu companheiro, o qual ele estava vendo imóvel no chão e tenta se soltar dos cipós usando a sua força bruta, mas foi em vão. Vendo que apenas se contorcendo não adiantaria para conseguir se livrar, Afrodite eleva seu cosmo e utiliza seu golpe rosas piranhas, assim cortando parte dos cipós que o prendiam, podendo se mover novamente. O cavaleiro de peixes vai na direção de Máscara da morte, mas antes que o conseguisse alcançar, uma chuva de pétalas cai a sua frente e o mesmo nota que, por um instante, ele perdera o total controle do seu corpo e perde a consciência. Ao acordar e recompor-se, Afrodite nota que estava em um corredor escuro, cheio de portas e na parte superior de cada uma delas se encontrava um espécie de estatua de um rosto. O cavaleiro de peixes também nota que seu corpo estava novamente coberto pelas flores brancas e após algumas divagações, Surge Morfeu, que direciona a palavra ao cavaleiro de ouro lhe dizendo:

— O lugar em que você se encontra cavaleiro, é a dimensão pela qual sou responsável. Cada uma destas portas, é a entrada para um sonho de um herói ou rei diferente, São sonhos maravilhosos devo dizer, relacionados a suas conquistas quando em vida, alguns devem chamar isso de um verdadeiro paraíso após a morte. Não sei se prestou atenção mas, ao seu lado encontra-se a entrada para o seu sonho eterno.

Após ouvir as palavras de Morfeu, Afrodite olha ao seu redor e encontra a porta que o deus havia falado. Morfeu diz a Afrodite que era apenas uma questão de tempo até que ele morresse, pois as flores que o cercavam, já começavam a se tornar vermelhas. O cavaleiro de peixes começa a perder a consciência e de repente cai em um sono profundo. Após um tempo, Afrodite acorda num lindo campo de rosas das mais variadas espécies e com um tom leve ele diz:

— Este lugar, será que eu já perdi a luta e morri? ... não, me sinto tão vivo.

De repente, Afrodite avista uma pessoa vindo na sua direção lhe direcionando a palavra dizendo:

— Mestre, estava te esperando para o treinamento.

Afrodite, até então calado e observando o garoto que lhe falava, responde o mesmo dizendo:

— Meu discípulo Lief, onde estamos?

O garoto lhe responde dizendo que eles estavam no jardim do santuário de Athena. Afrodite se levanta e diz ao seu discípulo para se preparar pois eles iriam treinar. Quando ambos começam a se preparar para treinar, o cavaleiro de ouro de peixes avista um ramo de flores diferentes daqueles que faziam parte do jardim e em um piscar de olhos, Afrodite se encontrava na sala do grande mestre junto aos demais cavaleiros de ouro. O mestre do santuário falava-lhes que os tempos de paz eram eminentes e eles já não precisavam mais lutar. O cavaleiro de peixes estava confuso pois a pouco estava no jardim do santuário. Novamente, Afrodite avista o mesmo ramo de flores em ambos os lados do trono do grande mestre, mas antes que pudesse fazer qualquer movimento, o mesmo se encontra em uma festa da alta sociedade na cidade da Suécia, que é sua cidade natal, estava representando sua família. Afrodite ainda estava confuso, mas estava começando a aceitar a situação mesmo que não estivesse entendendo-a muito bem. De repente, o cavaleiro de peixes avista uma mulher com um vestido branco saindo do salão em que estavam. Curioso, Afrodite segue a mulher e ao chamar sua atenção, percebe que se tratava de Saori Kido. Surpreso, Afrodite direciona a palavra a moça lhe questionando:

— Athena? O que você está fazendo aqui?

Com um tom leve, a mulher lhe responde:

— Afrodite, qual a coisa mais importante para você?

O cavaleiro fica confuso e não consegue responder a pergunta de sua deusa e a mulher continua a lhe falar:

— Você já se esqueceu? Seus objetivos e até mesmo sua tão cultuada beleza?

Afrodite responde Saori dizendo que já não estava tão preocupado com sua aparência e que naquele momento aquilo parecia apenas uma coisa fútil. A moça continuava a lhe falar dizendo que ele não poderia desistir, teria de continuar lutando. O cavaleiro de peixes responde as palavras de Saori dizendo que já não havia mais necessidade de lutar pois os tempos de paz finalmente chegarão. A deusa olha dentro dos olhos do cavaleiro de ouro e lhe diz em um tom de ternura:

— Oh gracioso cavaleiro, não percebe que o que está vendo aqui é uma simples ilusão? Nada que está aqui é real, a não ser a minha presença cósmica, pois não pude deixar de notar que você e Máscara da morte estavam em perigo e vim ajuda-los. Por favor, acorde e lute!

Após ouvir as palavras de Saori, Afrodite percebe que todo o espaço que lhe rodeava estava começando a desaparecer, dando lugar a ramos das flores que ele já havia visto a um tempo atrás. Após cogitar um pouco, Afrodite começa a se recordar do que realmente havia acontecido. De repente, o cavaleiro de peixes vê a imagem de Saori se contorcendo e gemendo de dor. Afrodite vai na direção da mesma e pergunta o que estava acontecendo mas antes que obtivesse uma resposta, é surpreendido por uma voz que dizia:

— Então quer dizer que era a própria Athena que estava interferindo na minha técnica?

Afrodite logo percebe que era Morfeu e se preparava para lutar com o deus. O deus modelador move sua mão dissipando a imagem de Athena e direciona a palavra para o cavaleiro de peixes dizendo:

— Agora, sem interferências, volte aos seus doce sonhos cavaleiro?

Afrodite responde suas palavras dizendo em um tom sarcástico dizendo:

— Não há nada de belo em viver uma realidade falsa.

De repente, Morfeu sente um grande impacto na sua barriga e em um piscar de olhos se encontra de volta no corredor de antes, sendo atingido por um golpe de Afrodite. O deus fica estupefato com a situação e questiona o cavaleiro de peixes sobre o que tinha acontecido. Afrodite lhe responde dizendo que foi graças a Athena que ele conseguiu sair do seu mundo de sonhos e completa dizendo:

— Foi graças a ela também que pude recuperar minha determinação e saber o que realmente importava para mim, além da beleza, é proteger Athena até o fim das minhas forças!

O deus direciona a palavra ao cavaleiro de peixes dizendo que mesmo que ele tivesse conseguido escapar do dos sonhos, ele acabaria sendo morto na vida real. Afrodite ignora as palavras do inimigo e avança na sua direção utilizando seu golpe rosas diabólicas reais. Um vendaval de rosas vermelhas se cria envolto o confronto dos dois e o cavaleiro de peixes desaparece em seu meio. O deus de modelador questiona o oponente se por acaso ele estava se escondendo pois estava com medo de lutar. Afrodite diz que seu oponente não era o único capaz de controlar as plantas e completa dizendo:

— Se eu fosse você, não me atreveria a exalar o doce perfume dessas rosas.

Morfeu começava se desnortear e sua visão estava embaçada. De repente, uma parte do vendaval se dispersa e aparece Afrodite esbravejando o nome de outra de suas técnicas:

— Rosas piranhas.

Uma enxurrada de rosas negras atacam Morfeu causando sérios ferimentos em seu corpo e danos a sua sapuri. Sem perder tempo, Afrodite direciona a palavra ao deus dizendo ao mesmo tempo em que empunhava uma rosa branca:

— Rosa branca, se tinja de vermelho com o sangue deste maldito deus. ROSA SANGRENTA!

O cavaleiro de peixes dispara a rosa contra o deus, que aparentemente estava imobilizado e completamente ferido, mas antes que a rosa alcançasse o peito de Morfeu, o deus rapidamente ergue sua mão direita, segurando a rosa. Afrodite fica surpreso ao ver a reação do inimigo e questiona sobre como ele havia conseguido se mexer, já que deveria estar paralisado graças as rosas vermelhas. O deus responde os questionamentos do cavaleiro dizendo:

— Você tem razão cavaleiro, não sou o único aqui que tem poder sobre as plantas, Mas com certeza sei manuseá-las melhor que você. Não sei se notou mas, algumas das minhas rosas brancas que o cercavam, conseguiram se tornar vermelhas absorvendo seu sentimentos e emoções. Mesmo que você tenha recuperado sua determinação, as rosas que mudaram sua cor servem perfeitamente para mim com energia vital, curando todos os meus ferimentos. As rosas vermelhas que você lançou contra mim exalam um pólen realmente venenoso, mas para uma divindade do submundo como eu, isso é apenas um doce néctar. Para mim, isto que você acaba de lançar, é apenas uma flor inofensiva. Agora, prove um pouco do seu próprio veneno. – Dizia, ao mesmo tempo em que lançava a rosa branca de Afrodite, contra o próprio.

A rosa branca acerta em cheio o coração de Afrodite, que cai de joelhos agonizando de dor. Morfeu movimenta suas mãos fazendo crescer novamente cipós, com flores brancas por sua extensão, ao redor de Afrodite e direciona a palavra ao cavaleiro dizendo:

— É deprimente ver alguém lutar até o fim de sua vida por uma causa que não tem futuro. Vamos, agora entre em seu derradeiro sono e desfrute de belos sonhos, para sempre.

O deus vê que Afrodite não estava reagindo e dá as costas para o mesmo, dizendo a si mesmo que seu oponente estava acabado. De repente, Morfeu sente o cosmo do cavaleiro de peixes se elevando ao máximo e logo vira-se de volta ao oponente. O cavaleiro de peixes esbraveja um grito e lança novamente seu golpe rosas piranhas contra os cipós que o prendiam, na tentativa de se livrar novamente; Morfeu eleva sua voz dizendo que era inútil tentar cortar os cipós uma vez mais utilizando aquelas rosas, pois ele havia deixado os cipós ainda mais fortes. Afrodite ignora as palavras de Morfeu e lanças ainda mais rosas piranhas. Perdendo a preocupação com seu próprio corpo, Afrodite controla as rosas negras, para que cortem os cipós mesmo ferindo o seu próprio corpo. Após muito se esforçar e com todo o seu corpo coberto de sangue, o cavaleiro de ouro consegue se soltar, arranca a rosa quase toda tingida de vermelho de seu peito e direciona a palavra ao deus, que estava estupefato por ver que seu oponente sacrificara sua tão preciosa beleza para poder se livrar de sua técnica, dizendo:

— A beleza foi algo que durante toda a minha vida eu tratei como algo que não podia viver sem. Porém, após Athena me livrar do sonho, o qual você havia me posto, eu pude relembrar o verdadeiro motivo de ter me tornado cavaleiro. Proteger, tanto Athena como também a própria terra, eu me enganava quando achava que a única beleza que ultrapassava a minha era a de Athena, mas não, ela me fez perceber que eu devo proteger a beleza que esta terra guarda e eu farei isso até o fim da minha vida! – Dizia, ao mesmo tempo em que elevava seu cosmo ao infinito.

O deus elevava a sua voz e dizia que era inútil que ele se esforçasse, pois não importava o quanto ele o atacasse ele sempre acabaria se curando utilizando suas flores e até mesmo as rosas de seu oponente. Sem pensar duas vezes e direcionando o olhar diretamente ao deus oponente, Afrodite lança um enxurrada de rosas avermelhadas contra o inimigo. Morfeu se deixa ser atingido por todas as rosas e solta uma gargalhada dizendo a Afrodite que aquele golpe de rosas diabólicas havia sido ridiculamente fraco e o cavaleiro de peixes responde as palavras do deus dizendo em um tom irônico:

— Rosas diabólicas? Se eu fosse você prestaria mais atenção. – Dizia, ao mesmo tempo em que soltava uma pequeno sorriso.

Morfeu fica confuso com as afirmações de Afrodite e de repente sente pontadas por todo o seu corpo. As rosas vermelhas estavam fincando-se em seu corpo e ao olhar para as mesmas, ele percebe que estavam se tornado rosas brancas. Em pânico, o deus questiona Afrodite sobre o que era aquilo e logo obtém sua resposta. Afrodite direciona a palavra a ele e diz:

— Rosas sangrentas, você deve estar confuso pois até então elas estavam todas avermelhadas como as rosas diabólicas não é mesmo? A verdade é que elas foram tingidas com o meu sangue. Não sei se você sabe mas o sangue dos cavaleiros de peixes é conhecido por ser extremamente venenoso, um veneno capaz de matar a mais resistentes das criaturas, não importando quem ou o que seja. Mesmo você uma divindade, está aqui em sua forma física, o que facilita bastante o meu trabalho.

Em desespero, Morfeu direciona a palavra a Afrodite dizendo:

— Maldito, não posso acreditar que ainda tivesse tanta cosmo energia ao ponto de produzir tantas rosas sangrentas. Você utilizou suas rosas piranhas em si mesmo não só para poder se livrar das minhas flores, mas também para poder banhar as rosas brancas que havia produzido em segredo com o seu sangue, DESGRAÇADO. – Dizia, ao mesmo tempo em que arrancava as flores que estavam fincadas por todo o seu corpo.

Afrodite diz a Morfeu que já não havia mais nada que ele pudesse fazer, pois o seu sangue envenenado já havia penetrado por todo o corpo de seu oponente. O deus tenta avançar na direção de Afrodite, Mas perde a consciência e morre no meio do caminho. A dimensão que Morfeu havia criado se dispersa, fazendo o cadáver do deus modelador e Afrodite voltarem para a dimensão paralela de antes. Afrodite cai de joelhos e nota que pétalas e flores negras, brancas e vermelhas estavam caindo ao seu redor. Com a voz rouca, Afrodite diz:

— Então minha hora chegou, todas as rosas que eu usei em batalha estão vindo para me cortejar em meus últimos momentos de vida e sua fragrância venenosa finalmente se foi. Eu sempre vivi junto dessas rosas, achando-as uma das coisas mais belas que já vi, mas esta é a primeira vez que não quero velas nunca mais            .

Ao dizer tais palavras, Afrodite cai de bruços, mas antes que perdesse totalmente sua consciência, avista Máscara da morte ainda ao chão sem consciência. Afrodite lança algumas rosas ensanguentadas e cheias de espinhos sobre o corpo de seu amigo, ao mesmo tempo em que dizia:

 - Se as flores de Morfeu conseguiram aparecer nos meus sonhos, espero que estas rosas carreguem até você a minha mensagem. Por favor, acorde.

Logo, o cosmo do cavaleiro de peixes se extingue, ele fecha seus olhos e logo depois da adeus para sua vida sabendo que havia cumprido seu dever como cavaleiro de Athena, levando para a morte um dos deuses dos sonhos.

Num sonho de Máscara da morte, o mesmo estava sentado à mesa junto com três crianças. O cavaleiro direciona a palavra a moça que estava na cozinha lhe dizendo:

— Helena meu amor, o jantar vai demorar muito?

A moça abri um sorriso e responde dizendo que logo iria pôr na mesa. Ele levanta da mesa, vai em sua direção e a beija em seu rosto. Logo depois, avista da janela algo caindo do lado de fora. O cavaleiro de câncer avisa que vai dar uma saída, vai em direção ao objeto que avistara caindo e logo percebe que era uma rosa manchada de sangue. Máscara da morte espeta um de seus dedos nos espinhos da rosa, mas não sentiu dor alguma. De repente, o cavaleiro de câncer nota mais flores caindo do céu, a medida em que ele apanhava as rosas do chão, apareciam flashes em sua mente e ele escutava algo que soava como:

— É mentira... acorde... não é real ... lute... esta vida... não é real!

Máscara da morte tem uma forte dor na cabeça e coloca suas mãos sobre a mesma que estava sendo bombardeada com memorias de lutas, locais que desconhecia, nomes que lhe eram estranhos, Coisas que ele não conhecia ou se lembrava no momento. O cavaleiro olha ao seu redor e logo depois direciona o olhar para sua casa com um ar de dúvida, já não tendo mais certeza se aquela vida tão boa era real. Ele balança a cabeça negativamente e volta para dentro da casa. Ao voltar para a mesa de jantar, o cavaleiro é questionado por uma das crianças sobre o que ele foi fazer no lado de fora; Máscara da morte responde que não era nada demais e ao fixar o olhar nas crianças sentadas a mesa, ele volta a ter visões em sua mente do mesmo cenário em que estavam, só que com a sala de jantar bagunçada, as paredes manchadas de sangue e 4 corpos mutilados no canto do lugar. O cavaleiro de câncer estava confuso e um profundo medo havia tomado o seu corpo naquele momento. De repente, sente uma mão sobre seu ombro, ele se assusta, mas logo se acalma, pois era apenas Helena. A mulher direciona a palavra ao cavaleiro lhe perguntando se está tudo bem, pois por um momento ele havia ficado pálido. Máscara da morte responde dizendo em um tom tremulo na voz:

— Sim meu amor, está tudo bem, foi só um calafrio.

Continua no próximo capítulo:

“Perdoado por Athena”


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