Winterfall escrita por Gaby Uchiha


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Pois é, mais uma short bem curtinha que eu estava escrevendo aleatoriamente, mas que resolvi postar aqui...

Bem-vindos a Winterfall!



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Inglaterra, 1853

 

Ao Mr. Sasuke Uchiha, Bath

Winterfall, 23 de agosto de 1853

 

Meu caríssimo irmão, se esta carta alcança suas mãos é porque infortúnios ocorreram e a batalha que tanto enfrento contra minha atual e inexplicável doença, foi perdida.

Sinto um grande pesar depois de tanto buscar por uma saída, mas seria um mentiroso se dissesse que o fim, depois de tantas desilusões, era algo inesperado.

Sinto muito se isto lhe causou alguma dor. Sinto muito que nossa pequena família tenha diminuído mais e que eu não pude lhe visitar em Bath para admirar os negócios que tanto me contou em suas cartas anteriores. Peço mil vezes perdão por essas desventuras e outras mil vezes para as futuras responsabilidades que deixarei em seu nome após minha partida.

Juntamente com esta carta ordenada a ser entregue assim que minha morte fosse declarada, está uma das cópias do testamento com todos os detalhes de seus novos bens, outras cópias se encontram em Winterfall e sob o cuidado do meu fiel advogado.

Não venho reiterar o que já foi dito antes, apenas venho me despedir de você e lhe fazer um último grande pedido.

Cuide da minha adorada esposa.

Sei que vocês nunca tiveram a oportunidade de se conhecerem adequadamente e que nossos raros encontros dos últimos anos se resumiram a encontros em outras cidades, mas, em nome do nosso carinho de irmãos, peço que cuide da minha esposa.

Dói-me pensar quanta dor a causei. Por mais que ela negue, sei que a privei de bailes e viagens por causa da minha doença.

Ela é uma boa esposa e companheira. Agradeço-a imensamente por todo o carinho e amor que me ofertou em tão poucos anos de casados, por isso, intercedendo por ela que viverá uma viuvez precoce, peço que cuide da Baronetesa de Winterfall.

Não lhe prive de nada, dê a vida que não pude dar a ela.

Em meu testamento deixo-a com uma renda farta e capaz de dar à minha esposa uma vida próspera e rica até o fim dos seus dias.

Sei que você, meu caríssimo irmão, nunca opositaria meu desejo de mantê-la em uma vida confortável.

Por isso, me despedindo com grande saudade, deixo-o com esse último pedido.

Obrigado, meu amado irmão, por todos os anos de felicidade que pude viver ao seu lado. Obrigado pela amizade e companheirismo que poucas vezes pudemos encontrar de forma tão verdadeira. Obrigado por tudo.

Agora tenho que partir, minhas mãos se tornaram fracas nos últimos dias e não sou mais capaz de delongar com as minhas palavras com o intuito de lhe dizer o quanto me é caro.

Porém, nunca se esqueça, eu sempre te amarei independente das suas escolhas.

 

Seu irmão que tanto o ama,

Baronete Itachi Uchiha de Winterfall

 

 

O homem abastado que agora atendia pelo título de Baronete de Winterfall desviou seu olhar negro para longe daquelas folhas amareladas, com o emblema da sua família, que nos últimos dias recebeu sua total atenção e análise.

A carruagem enfrentava uma estrada pouco utilizada com dificuldade, mas diferente do condutor preocupado, Sasuke não demonstrou incômodo com o sacolejar contínuo do transporte, apenas manteve os olhos fixos na imagem de um campo aberto e tão diferente da visão de sua Bath repleta de construções e vida social.

Agora estava em um ponto mais ao norte da Inglaterra. Um lugar mais calmo e ideal para seu irmão que buscava repouso após a descoberta da doença. E nada mais adequado do que a grande e impetuosa residência da família rodeada nas proximidades por pequenos condados, para ser seu local de descanso naqueles últimos anos de vida.

A viagem não era tão longa, mas o motivo de o fazer sair de Bath para ir à Winterfall não era de seu real interesse.

Estava ali apenas pelo pedido do irmão.

Planejava apenas passar alguns dias naquela residência, acertar os detalhes e transferir todos os custos de Winterfall para sua residência em Bath, assim mantendo aquela nova viúva livre de dificuldades ou problemas ao administrar financeiramente uma residência; deixando-a com uma vida livre e tranquila para apenas se ater às dúvidas de qual vestido usar no próximo chá das cinco.

Simples. Seria rápido e simples sua estada ali, nada a se preocupar, nem ao menos se interessava em conhecer ou se tornar amigo da viúva do seu irmão que apenas sabia o nome por cartas onde Itachi contou poucos anos antes que finalmente havia contraído matrimônio enquanto Sasuke estava em uma viagem fora do país natal.

Por isso, sério e sem interesse aparente, ele desviou o olhar para a impetuosa construção com características georgianas que se aproximava gradativamente.

Não demorou mais que alguns minutos para sua carruagem alcançar a ampla entrada de cascalhos e jardins ao redor. Seu cocheiro desceu do lugar que ocupou por tantas horas antes de abrir a portinhola para que o patrão descesse.

Sasuke desceu em silêncio observando como um analista a rica residência antes de terminar sua inspeção nas três empregadas que se prostravam um pouco surpresas ao pé da escadaria que levava a entrada.

A mais velha que se posicionava no centro, com ar superior às outras duas, foi a primeira a se aproximar analisando a mala que o cocheiro retirava da carruagem.

— Sou o irmão do falecido Baronete de Winterfall. Preciso falar com sua senhora – foi direto com a explicação tornando o olhar daquela senhora evidente com a notícia.

— Perdão, meu senhor. Não tínhamos notícias sobre sua chegada hoje – tentou se explicar enquanto ordenava um empregado com um olhar a carregar os pertences do novo hóspede para dentro.

— Não avisei que viria, vim assim que pude após as notícias sobre o meu irmão.

— Compreendo, meu senhor – ela fez um movimento submisso antes de se voltar para a entrada da residência conduzindo-o para dentro. – Temo em lhe informar que a Baronetesa de Winterfall não se encontra atualmente em casa. Saiu cedo para a Igreja com o intuito de acender uma vela ao falecido Baronete.

— Compreendo – foi lacônico entrando no amplo salão de escadarias bifurcadas e afrescos explanando o teto abobadado. – Esperarei sua senhora.

A empregada, possivelmente a governanta daquela residência, assentiu conduzindo-o ao segundo andar onde se encontrava um grande e rico quarto adequado para um visitante com a importância daquele senhor.

Sasuke aproveitou para trocar as vestes assim que ficou sozinho após dispensar todos os empregados. Mais confortável, foi em busca do salão com a grande mesa de jantar onde sentou na ponta e saboreou um silencioso almoço que já se encontrava atrasado devido a longa viagem.

Mesmo com a falta de pressa em terminar seu desjejum, ele viu que o tempo passava e nada da senhora daquele lugar aparecer.

Foi até a sala de leitura onde se pôs a ler um dos grandes exemplares de páginas encardidas e capas de couro que adornavam o recinto.

Não lia com atenção e depois de quase uma hora, foi despertado com facilidade para o trote de cavalos anunciando a chegada de alguém à residência.

Deixou o livro esquecido sobre uma mesa redonda de mogno com uma solitária flor em um jarro de cristal, para se erguer e caminhar com passos decididos até as amplas janelas daquela sala a tempo de admirar a dama que descia a rica carruagem usando trajes dignos de seu título nobiliárquico e recente viuvez.

Não conseguiu ver seu rosto devido ao chapéu que atrapalhava a contemplação completa daquele Baronete, mas seus olhos negros perceberam o momento em que a governanta se aproximou com passos apressados da senhora e comunicou algo. Pela movimentação da cabeça da Baronetesa de Winterfall para a residência, Sasuke teve certeza que o teor daquela rápida conversa era sua presença inesperada.

Ele permaneceu naquela janela mesmo com a entrada em passos elegantes da senhora, fugindo de sua contemplação. Ele sabia que logo ela chegaria naquela sala e não tardou ao ouvir passos de sapatinhos vindo do corredor.

Sasuke cruzou os braços para trás enquanto sua postura era voltada para a grande porta de madeira. Algumas vozes transcorriam incompreensíveis, mas logo a abertura da porta revelou que as vozes eram das empregadas e governanta inquietas atrás da sua senhora. Porém, esse fato pouco importou, pois, a visualização do rosto da viúva de seu irmão ganhou sua total atenção.

Aquele novo Baronete nunca criou um rosto para a misteriosa cunhada que nos descritos do seu irmão era retratada como uma mulher madura e dedicada ao seu enfermo marido. Poderia até ter imaginado alguém com mais idade, rugas, com um ar devoto, mas nunca uma mulher tão jovem e repleta de beleza.

Sasuke não negou que a mulher diante de si era dona de uma beleza rara. Não tinha mais idade para ser uma jovem virgem a ser desposada; era mais velha, com um ar maduro de quase 30 anos, mas repleta de uma pele leitosa e cabelos cor-de-rosa trabalhados em um laborioso penteado, ao mesmo tempo que a postura, a boca em uma linha reta e os olhos verdes de caráter inteligente, dava ao homem a certeza que não estava diante de uma simples mulher submissa.

Ele estava diante de uma linda mulher que só o tempo diria o quanto ela era inteligente.

— Mr. Uchiha – ela foi a primeira a fazer uma mesura educada e continuar a proferir em um tom seguro: – Perdão, acho que agora devo começar a chamá-lo de Baronete – ela demonstrou um pequeno sorriso, em um tom ousado, enquanto ele se curvava para ela em uma mesura.

— Baronetesa, estive em seu aguardo – foi lacônico não se importando com o tratamento anterior, pois pouco lhe importava o título ou forma que agora seria tratado.

Sakura assentiu antes de se voltar às suas subordinadas:

— Por favor, voltem aos seus afazeres. Eu e o Baronete precisamos conversar à sós – nenhuma das empregadas a questionou, apenas desviaram o olhar momentaneamente ao taciturno homem antes de deixarem a sala. A senhora daquela residência se voltou com segurança ao cunhado assim que a porta foi fechada, deixando-os a sós. – Peço perdão se lhe causei algum incômodo ao fazê-lo esperar. Não foi minha intenção. Não sabia que viria a Winterfall. Se soubesse, teria sido mais breve em minha ida à cidade e o aguardaria.

— Não é preciso desculpas, minha senhora. Creio que eu fui inoportuno de vim à sua casa sem um anúncio prévio.

— Ora, meu senhor, Winterfall é de sua família, então creio que esta residência é tão sua quanto minha – foi perspicaz antes de apontar para os sofás. – Por favor, acomode-se, creio que algo importante o deve ter feito vim de tão longe.

Sasuke assentiu indo para os sofás assim como aquela mulher de porte fino. Sentou-se de frente para ela, sentindo o olhar analítico e atento dela em si.

— Não me delongarei e não pretendo lhe ser um incômodo por mais que alguns poucos dias – o movimento afirmativo da mulher lhe deu margem para continuar. – Venho cumprir um desejo do meu falecido irmão sobre a senhora.

— Um desejo? – Questionou um pouco surpresa.

— Sim, meu irmão em uma carta de despedida que chegou juntamente com uma das cópias do testamento em minha residência, pediu que eu cuidasse da Baronetesa de Winterfall e lhe desse todo o suporte que precisasse. Vim para me situar sobre a situação de Winterfall e dos negócios do meu irmão, vim para transferir todos os gastos para minha residência em Bath e assim, a senhora não precisará ter nenhum inconveniente quanto as questões financeiras e comerciais – terminou seu anúncio vendo a incompreensão perpetuar de maneira delicada no rosto feminino. Jugou que aquela atitude era prova de que ela não tinha conhecimento das questões financeiras; entreabriu os lábios masculinos para explicar com mais detalhes, mas o erguer da mão feminina enluvada o calou enquanto a voz feminina perpetuava com um forte e seguro tom:

— Eu compreendi perfeitamente suas palavras, Baronete. Não preciso que me explique pormenores legais. Apenas não compreendo tal atitude. O senhor não precisa se preocupar com os gastos de Winterfall ou os negócios do meu marido. Não vejo porque meu marido pediria tal coisa.

Sasuke estreitou o olhar, tinha certeza que Sakura não havia entendido a real situação, mas foi ela quem primeiro retornou a fala se erguendo:

— Posso ver tal carta?

Ele nada disse, apenas entendeu a carta que carregava no bolso interno do paletó.

Viu a mulher analisar a carta enquanto lia e caminhava retoricamente a sua frente.

— Como pode ver, meu irmão pediu que eu cuide da senhora.

— Sim, ele faz tal pedido – a voz saiu retórica enquanto os olhos verdes não desgrudavam das folhas amareladas com a caligrafia do seu marido em suas últimas semanas em vida. A mulher deu uma volta mais uma vez em completo silêncio.

— Agora que está tudo esclarecido...

— Ele pede para que cuide de mim – ela o interrompeu parando a sua frente, ao mesmo tempo que erguia o olhar verde para os negros –, mas em nenhum momento pede para que cuide dos custos da casa ou de seus negócios – concluiu entregando as folhas ao mais velho entre eles.

— Ora, então quem cuidará? – Questionou tentando manter a pouca paciência que lhe restava depois de poucos minutos diante de uma mulher que parecia decidida e inabalável. – A senhora?

— Como venho cuidando há anos – ela rebateu com educação desarmando o homem em uma expressão confusa. Ela respirou fundo delicadamente antes de rumar para uma estante atrás de uma grande escrivaninha que deveria pertencer ao seu falecido marido. – Meu falecido marido já tinha sintomas de sua estranha doença antes mesmo do nosso casamento – ela explicou enquanto pegava grandes e pesados livros poeirentos das estantes e depositava em uma pilha sobre a mesa de mogno. Sasuke se ergueu se aproximando da escrivaninha para analisar o que ela tanto pegava nas estantes, prestando atenção no que ela dizia. – Após nosso casamento, não demorou mais que alguns meses para o seu quadro se agravar e isso dificultar seu ofício como senhor de um lar e um administrador dos seus negócios. Propus minha ajuda – ela observou o homem por cima do ombro vendo que ele tinha os olhos nela enquanto depositava outra pilha de livros pesados, algo que uma senhora não deveria fazer. – No início ele estranhou, mas aceitou minha ajuda para pequenas tarefas. Como o senhor – encontrou o olhar do homem de Bath mais uma vez, enfatizando sua fala segura – ele não acreditava que eu pudesse fazer grande feito além de algumas poucas tarefas como transcrever dados de um livro para o outro. Ele sempre revisava o que eu escrevia – acrescentou com um suspiro a última fala, vendo Sasuke abrir um dos livros encontrando as primeiras páginas repletas com a letra do irmão, mas quanto mais virava as grandes páginas cheias de anotações sobre a residência e todos os custos de Winterfall, ele viu a letra masculina se tornar uma perfeita cursiva feminina.

Ele tinha um grande sulco entre as sobrancelhas como se tentasse achar outra explicação para aquela letra além do que aquela senhora o ofertava.

— Com o tempo, comecei a aprender os detalhes e até demonstrei minhas opiniões sobre alguns negócios. Seu irmão ficou surpreso e mais debilitado com a doença. Durante os anos que se transcorreram, Itachi – ousou chamar seu marido pelo nome – me ensinou todo os detalhes do ofício. Redação de cartas comerciais, contratos, transações, contabilidade, tudo o que era preciso para que eu assumisse todos os negócios e preparasse tudo que ele precisava. É claro que os negócios nunca deixaram de ser do meu marido, então a assinatura no final de cada folha e contrato, era a dele – espalmou a mão sobre a página do livro aberto que Sasuke analisava sobre a mesa, para que ele notasse a assinatura inconfundível do seu irmão ao final da página. – Creio que agora a assinatura passará a ser sua – acrescentou finalizando sua fala sustentando o olhar negro.

Naquela tarde quando chegou em Winterfall, esperava encontrar uma viúva em luto pronta para lhe repassar com facilidade todos os cuidados dos negócios e contas do irmão, mas ali estava algo que ele não esperava, uma mulher firme apesar da viuvez, carregando o fardo dos negócios do marido sozinha.

Ela não aparentava cansaço e vontade de se livrar de tais problemas depois de anos dividindo-se entre cuidar dos negócios, de uma casa e do marido enfermo.

Agora Sasuke compreendia o que Itachi quis dizer com a expressão "esposa e companheira", mas ele não conseguia simplesmente dar as costas e partir, deixando todos os negócios do irmão nas mãos de uma mulher de aparência jovem, por mais que tivesse olhos e atitudes decididas, provavelmente a armadura que ela criou para lidar com toda aquela carga tida apenas para os homens.

— Sei no que está pensando – ela disse num tom mais baixo do que usava antes. Sasuke nada disse, apenas permaneceu em silêncio. – Sei que é um homem desacreditado na minha capacidade de cuidar de tudo isso – fez um movimento com as mãos mostrando todo aquele lugar. – Aqui está tudo o que precisa, catalogado e ordenado por data e ano, não precisa ter pressa, pode analisar o quanto o senhor quiser, estarei no aguardo do seu julgamento – anunciou afastando-se lentamente antes de parar com as mãos sobre a saia bufante em uma postura digna da nobre que era. – Sinta-se em casa, Baronete. Winterfall sempre estará a sua disposição. Agora tenho que partir e verificar se o jantar já está sendo preparado.

Fez uma mesura antes de questionar:

— O encontrarei no jantar, Baronete?

— Presumo que sim, Baronetesa – respondeu laconicamente antes de seguir com os olhos a figura esguia da mulher até que a mesma sumiu atrás das grandes e detalhadas portas de mogno.

Sasuke voltou o olhar para aqueles tantos e pesados livros de contabilidade e apesar da sua resposta anterior, sabia que não teria tempo disponível para desfrutar de um calmo jantar com a Baronetesa se quisesse adiantar suas análises sobre a contabilidade do irmão mais velho.

Ele suspirou espalmando as mãos enluvadas sobre a estrutura lisa e encerada da escrivaninha percebendo que sua rápida estadia em Winterfall duraria mais tempo do que havia planejado no início com a companhia da peculiar Baronetesa de Winterfall.


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Notas finais do capítulo

A fic é +16 porque eu realmente não sei se vai ter hentai, se vai ser Ecchi, ou se vou ficar com preguiça e não fazer nenhum desses, mas é que está na possibilidade e por via das dúvidas vamos começar com +16...

Obrigada a todos que leram ^^