For All My Days escrita por Jeniffer Mello


Capítulo 5
Segredo Obscuro


Notas iniciais do capítulo

oi oi!! Desculpem a demora!
Ai está, boa leitura.



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P.O.V Riley
Sabe aquele momento em que que cai a ficha de que se tem em mãos algo maravilhoso, acima do que você acredita merecer? Eu sempre penso isso. Porque? Por que eu não sou uma boa pessoa. Tenho 18 anos e já fiz tanta coisa errada, e não me arrependo de nenhuma. Nenhuma mesmo. Carlisle é meu psicólogo particular, e é uma das melhores pessoas que eu conheci nos últimos anos, é um paizão, tanto pros filhos quanto pra mim. Bom, ele e Esme me tem como filho, e eu me sinto parte da família, como nunca me senti parte da minha biológica.
Vim morar com eles logo depois do que aconteceu, e isso me deixou ainda mais próximo deles. Nunca tivemos problemas, eles sempre me aceitaram numa boa, e nunca me julgaram pelo que fiz. Instinto é a palavra que eles usaram. Eles disseram que entendem o que eu fiz, por que eles já fizeram e não foram julgados, então eu também não seria.
Minhas "consultas" com Carlisle eram uma vez por semana no escritório dele, as quintas, quando ele tirava folga do hospital.Falávamos sobre minha relação comigo mesmo, com a Grace, com todos da casa, em como eu me sentia naquele moemento, enfim, sobre o que se fala para um psicólogo, mas nunca tocávamos no assunto, não até hoje.
—Então Riley, me diga como está se sentindo agora.- Disse ele, sentado na poltrona de sempre, a minha frente, anotando rapidamente tudo o que eu falava.
—Estou bem.- Falei, sorrindo.
—Teve algum sonho nesta noite?
—Não, acho que não.
—Então, hoje quero pedir pra você, que me fale exatamente o que aconteceu naquele dia.- Pediu ele, e automaticamente meu sorriso desapareceu.- Sei que não gosta de falar sobre isso, mas é necessário, preciso saber exatamente como se sente em relação a isso, ouvindo de você.- Continuou ele, com os olhos cor de mel nos meus. Fiquei tenso.
Não respondi de imediato, pois ele me pegou de surpresa, e eu realmente não gostava de falar daquilo, o por que eu não sei, mas me incomodava.
—Tudo bem.- Falei assentindo.
—Então pode começar, com calma, e sem stress tudo bem?- Falou ele, pronto para me ouvir.
FLASHBACK ON
Eu estava em meu quarto quando minha mãe chegou em casa de uma caminhada por volta das 20:30.
Ela bateu na porta do meu quarto, gritando feito louca para que eu saísse.
—O que você quer?
—Que porcaria você fez nessa casa hoje Riley? NÃO FEZ PORRA NENHUMA!- Ela começou a gritar mais alto, e senti meu sangue ferver.
Ela pegou meu braço e me levou até a cozinha pela casa as escuras. E continuou berrando a mesma lenga lenga de sempre.
Ela estava distraída, gritando para o meu lado contrário, e vi aí minha oportunidade. Silenciosamente, abri a gaveta do armário da cozinha, seus gritos agudos abafaram o leve barulho, peguei uma faca de carne e a fechei. Esperei realmente que ela calasse a boca, mas não ela continuou, e então veio pra cima de mim, e um segundo depois, tarde demais para ela, vi que se arrependeu do ato.
Cravei a faca em seu peito, no lado esquerdo, acima do coração. Encontrei seus olhos vidrados nos meus, beirando lágrimas, loucas para escapar.
A empurrei para o chão e com uma mão em sua boca e a outra com a faca, passei a esfaqueá-la, várias e várias vezes, até sentir seu corpo imóvel. Me sentia muito bem.
Ouvi o barulho do carro do meu pai para em frente a casa, então me preparei para o próximo. Fiquei agachado ao lado do corpo dela. Ele entrou e não acendeu as luzes.
—Louise?- Chamou ele.- Louise?
Então ele a viu. E antes que pudesse gritar, passei a faca de orelha a orelha em seu pescoço e ele caiu, esguichando sangue no chão.
Fiquei por uns 5 minutos imóvel ao lado dos corpos sem vida ao meu lado. E então o pouco de sanidade que ainda me restava me tomou conta, e a primeira coisa que pensei foi: onde eu vou colocar eles?
E uma pontada de medo me apertou no peito, e não foi pelo o que eu acabará de fazer, mas sim, pelo o que a Grace iria pensar? O que Carlisle e Esme fariam? Me impediriam de chegar perto dela? Talvez sim.
Sem pensar mais, liguei para Grace, só pedindo para ela vir o mais rápido possível.
E ela veio.
Bateu na porta, mas não consegui levantar para ir abrir. Bateu de novo e logo entrou. Ela parou, olhou a cena por alguns segundos, assustada, e depois veio até mim.
—Riley, o que você fez?!- Perguntou ela num sussuro alarmado.
—Eu não aguentava mais olhar na cara deles! Eu cansei de ser tratado feito lixo Grace!- Falei, me rendendo a pressão em meus olhos e começei a chorar.
Eu não esperava que ela fosse ter uma reação daquelas. Ela me abraçou,a senti tremer em meu braços, e depois olhou nos meus olhos, e não tinha medo neles.
—Vou ligar pro papai.
Pegou o celular e Carlisle logo atendeu.
—Pai, preciso de ajuda.
FLASHBACK OFF
— Bom a partir dai, você já sabe.- Falei a ele, que me ouvia, e pela sua expressão, imaginava a cena em sua mente.
—Sim.- Disse ele, e suspirou. - Agora me diga Riley, você se arrepende do que fez?
—Não.
—Porque não?
—Nâo sei, de verdade.
—O que você sentiu enquanto esfaqueava sua mãe?- Perguntou ele.
—Foi uma sensação boa. Prazerosa. Senti um alívio no peito, como se eu tivesse descarregado nela o que guardei a vida toda.
— E ao seu pai?
— A mesma coisa.
—Certo.- Disse ele e ficou pensativo.
—Porque falamos disso? Você quer me entregar pra polícia?
—Jamais entregarei você Riley. Eu me livrei daqueles corpos, sem corpos sem provas. E eu não entregaria um filho meu.
Sorri de canto, em silêncio.
—Eu só toquei no assunto para me ajudar no seu tratamento, me desculpe.
—Tudo bem.
—Bom, é só isso por hoje.- Falou ele.
—Obrigado.- Respondi olhando em seus olhos, e depois sai.
Fui até meu quarto, onde encontrei o ser mais maravilhoso na face da Terra deitado sobre a cama.
Olhou para mim e sorriu. Aquele sorriso que ainda me deixa abobado quando vejo. Fui até lá e me deitei a cama, ao seu lado,ela me abraçou. Passei a afagar seus cabelos escuros delicadamente.
Eu poderia fazer isso pelo resto da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Fantasminhas apareçam!!
beijusculos e até o próximo!



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