Royalty escrita por Bella Aurora


Capítulo 16
O que havia acontecido?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente 'bunita'!!

Pois é, hoje a gente vai surtar. Mas o bom, é que vamos surtar juntos, porque eu tô com vocês!

Terminei o capítulo (aleluia!!) entre um trem e outro (, Milão e Pisa) e agora estou seguindo pra Veneza! Então, como eu estou feliz, minha prioridade é deixar vocês felizes também!

Lá vai, mais um capítulo, meio pequeno, mas já aviso: LÁ VEM TIRO!

Ah, uma nota a parte: A cena final desse capítulo, foi, na verdade, como eu comecei a fic. Tudo que eu escrevi veio a partir dessa cena.

Então, beijinhos, aproveitem, vejo vocês nos comentários e até o próximo capítulo!!!

*Ahhh, e no final, dá uma olhadinha nas notas finais, que tem coisa pra vocês lá!!! (e depois me contem se o forninho caiu!)



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Quando voltei a sair do quarto, o clima estava tenso.

Eu já me sentia bem melhor, em termos físicos, e quase não se viam as marcas roxas que antes me cobriam quase toda, como se eu fosse um grande hematoma ambulante. Agora só uma marca, já meio amarelada se estendia pelo lado da minha barriga, quase até a linha do quadril.

Quando eu cheguei ao salão de jantar, todos se levantaram para me esperar sentar e eu senti quando a temperatura ambiente pareceu cair. Eu devia ser a única que sentia isso, pois minha mãe me dava um largo sorriso enquanto segurava a mão de meu pai. Ele por sua vez, não sorria para mim, apenas me observava com a cabeça inclinada para o lado.

Peguei meu lugar ao lado de Richard e não pude deixar de sorrir quando ele apertou minha mão por baixo da mesa.

— Tudo certo? - ele perguntou enquanto eu olhava para a cadeira vazia a minha frente

— Tudo sim. - respondi pegando meu garfo pronta pra ter uma refeição em família

Depois do jantar acabar, eu estava pronta para voltar ao meu quarto, dentro da minha própria bolha protetora, e ficar por lá até alguém me arrastar para fora novamente. Faltava apenas dois dias para o meu baile e para minha decisão. Eu estava ficando sem tempo, e isso não era bom.

Meus planos de voltar para a concha acabaram sendo interrompidos.

— Sorvete? - Richard perguntou oferecendo sua mão para mim

Eu ponderei. Não estava realmente com vontade de comer algo doce, mas estava morrendo por um pouco de normalidade.

— Claro. - respondi e aceitei sua mão

Durante nossa ida a cozinha, as coisas tinham até mesmo normalizado.

Estava, na verdade, tudo muito calmo, calmo até demais.

Estranhei.

Não havia ninguém correndo de um lado para o outro com a preparação do baile. Ninguém gritava ordens ou batiam pratos e talheres nas bancadas.

Só havia a Martha, parada no meio da cozinha com um pote de sorvete pronto para nós.

Olhei de canto de olho para Richard e estreitei os olhos; ele sorria largamente.

— Tudo bem Martha? - perguntei pegando uma colher de sua mão e indo em direção a bancada e a o pote

— Tudo maravilhoso meu bem. - ela respondeu indo em direção a porta

— Não vai ficar com a gente? - não me contive e perguntei

— Eu já volto. Fiquem a vontade.

Concordei com a cabeça mesmo que ela já não pudesse me ver e esperei

Richard se juntar a mim na bancada.

— As coisas não estão meio estranhas por aqui? - perguntei vagamente esperando ele me olhar

Ele evitava me olhar nos olhos, e isso eu havia reparado.

— Estão? - ele perguntou mais para si mesmo do que realmente me respondendo - Não devo ter reparado.

— Acho que vou pro meu quarto. - falei me levantando

— Bella! - Richard me impediu até mesmo de me mover - Não vá. Tudo bem.

Fiquei parada apenas esperando.

Depois de conhecer uma pessoa por muito tempo, você acaba entendendo ela sem precisar fazer muito esforço. Eu geralmente sabia que tipo de chantagem funcionava com o Rick, e o que dizer para ele me ouvir e seguir meus conselhos.

Era assim que eu sabia dizer que ele ia acabar me contando, o que quer que fosse que ele me escondia.

Ele suspirou.

— Seu pai e... - ele fez uma pausa e eu voltei a sentar no banco - Seu pai e o príncipe tiveram uma... Conversa acalorada.

Ele olhou para o teto da cozinha como se pedisse ajuda. Como se a ajuda fosse cair do céu.

Ah, Richard. Eu sabia que não ia. Ela não caiu pra mim quando eu precisei.

— Eu não sei sobre o que. - ele levantou as mãos como se se desculpasse por não saber toda a fofoca - Mas alguns dos criados que ficam a noite pelo castelo falaram que talvez o príncipe não fique até o baile. Que ele vá embora antes.

— Foi tão ruim assim? - perguntei não entendendo

Meu pai não era uma pessoa agressiva. Na verdade, ele e uma das pessoas mais tranquilas que eu conhecia. Ele nem levantava o tom de voz, que dirá brigar com alguém. Tudo me pareceu muito estranho, bem questionável, mas eu não duvidaria da palavra de Richard. Não depois de tudo que ele havia feito por mim.

— Disseram que o príncipe não estava contente. E você sabe como são essas pessoas da realeza - ele disse sorrindo pra mim - Quanto não estão contentes, ninguém pode estar. - ele empurrou um de meus ombros me fazendo rir

— Eu não sou assim! - disse tentando me justificar e rindo ao mesmo tempo

— Ah, claro, senhorita 'eu quero framboesa e não morango'. - ele riu enquanto fazia aspas na frase

— Ei! Eu sou alérgica a morango, você sabe disso. E era meu aniversário, eles só queriam me agradar.

Relembramos meu aniversário de 10 anos, quando os criados mais próximos da família resolveram preparar uma festa surpresa pra mim com uma torta simples de morango. Ao qual eu era alérgica.

Lembro que tentei recusar a torta e me lembro de Rick dizendo que os criados se ofenderiam se eu não a provasse.

É, eu provei.

Péssimas lembranças, péssimas lembranças.

— Rick, vou dormir. - olhei para ele com os meus melhores olhos pidões.

Se fosse ele, conversaríamos a noite inteira.

Ele suspirou.

— Tudo bem Bella. Conversamos mais amanhã.

Ele se aproximou de mim e depositou um beijo na minha testa.

Saí da cozinha o deixando para trás e subi as escadas em direção ao corredor leste dos quartos quando todas as luzes a minha volta piscaram antes de se apagar.

Segurei com força o corrimão onde me apoiava e tentei respirar fundo.
Escuro não, por favor.

O corredor estava muito escuro para eu conseguir enxergar qualquer coisa. Com uma mão deslizando na parede para me guiar, consegui achar a maçaneta da porta do meu quarto. Abri-a e a fechei atrás de mim dando um suspiro de alívio. Meu alívio durou pouco, pois antes de conseguir se quer sair de perto da porta, ouvi o barulho de algo se mexendo a minha frente.

Naquele momento, tudo que eu queria era que a luz voltasse. Ou melhor, tudo que eu queria mesmo, era saber onde exatamente eu estava.

Uma mão puxou-me pela cintura e eu bati contra outro corpo. O choque era muito grande, estava tão assustada que não conseguia me mexer.

— Você está no meu quarto, invasora. – a voz rouca falou ao me ouvido, então tive certeza do erro que eu havia cometido

Tentei recuperar o ar quanto percebi que estava prendendo a respiração com o nervosismo. Inspirei fundo e contei até três mentalmente.

— Acho que errei a porta. – eu disse esperando que ele me soltasse

Engano meu.

— Não tem problema.

O que aconteceu a seguir foi tão rápido que eu não consegui processar direito.

Ele me empurrou contra a parede do quarto e começou a depositar leves beijos em meu pescoço, me fazendo suspirar com a surpresa. Suas mãos contra a minha cintura me apertaram e tentei recuperar o fôlego enquanto ele trilhava um caminho de beijos subindo por meu pescoço. Minhas mãos passaram por sobre os ombros dele e movimentei minha cabeça para que ele tivesse mais espaço para o que fazia.

Ele da mesma forma que começou, parou. Com as mãos ainda em mim, senti sua respiração próxima ao meu ouvido, e me arrepiei quando o ouvi murmurar roucamente.

— Vou fazer você implorar por mais.

Soltei seus ombros e me apertei mais contra a parede.

— Você pode tentar. – tentei soar provocativa e divertida

— Vou conseguir. – ele disse certo me soltando

Ouvi-o abrir a porta e me esgueirei para fora do seu quarto, sentindo a mesma ser fechada logo em seguida.

Sozinha no corredor me pus a andar tentando achar, desta vez, a porta certa.

Encostei-me a minha maçaneta pronta para entrar em meu quarto quando as luzes ao meu redor se acenderam.

O que havia acontecido?


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo:

Seus olhos castanhos pareceram suavizar e independente de por qual teste eu havia acabado de ser exposta, eu havia passado com louvor porque o próximo movimento de Justin foi colocar um mão em meu ombro, e lentamente deixá-la escorrer por meu braço até para em meu cotovelo, onde ele segurou como se a qualquer momento eu fosse cair.
Um pensamento indevido passou rapidamente pela minha cabeça: Se fosse para cair em seus braços, eu ficaria bem.

— Case-se comigo Bella.



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