Royalty escrita por Bella Aurora


Capítulo 15
Uma história de amor


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda!
~Ou devo dizer: Buonasera, bella gente!! (Já que... EU TÔ EM FLORENÇA)
PEGA ESSA MUNDO!!!
Simmm, eu tô aqui, nesse lugar maravilhoso. Cheguei hoje, na real, nem sei como eu achei tempo pra postar esse capítulo, mas, como eu já tinha ele meio pronto (só tinha que arrumar umas coisas) decidi não enrolar muito pra postar ele.
A partir de agora eu já não sei, porque eu vou passar o resto do mês fora e ainda não comecei o próximo capítulo, mas a gente vai vendo...
E quem quiser me seguir no insta, pra ver um pouquinho da minha viagem, segue lá!!
É @mandy.urbano
Vou ficar aqui até amanhã de manhã, depois vou pra Pisa e depois Milão.
Então quem quiser saber mais é só seguir lá, beijos de luz pra vocês da Europa e vejo vocês nos comentários!! (E deixo vocês cm um pouco mais da mente da Bella, e da história da família dela)
(Ahhh, nota* Eu aderi o ship da linda ~blueandpink para o nosso OTP preferido: JUSTELLA)

Ci vediamo dopo!!

ArU.



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Depois daquela 'confusão' no pé da escadaria, eu tentei ficar o mais longe que podia do Justin. Claro, que não era exatamente fácil quando alguma criada entrava no quarto e anunciava calmamente que ele perambulava em frente a minha porta. Pelo menos as criadas eram espertas o suficiente para me dizer esse tipo de coisa enquanto Richard não estava no quarto. Já me basta um me incomodando, dois eu não aguentaria.

Ele passava a maior parte do tempo no meu quarto, afinal. Richard era a melhor companhia no momento, levando em consideração que cada vez que minha mãe passava pela porta ela começava a chorar.

Era deprimente ter ela por perto.

— Seu pai conseguiu adiar o baile em 2 dias. Foi o máximo que o conselho permitiu. E ainda acho que eles só deixaram tanto tempo por ser o rei. - Richard disse folheando uma revista, sentado em uma poltrona ao lado da minha cama enquanto os pés se apoiavam no meu colchão

— Tenho certeza disso. - falei fazendo uma careta

Ele levantou os olhos para mim e piscou.

— Está tudo bem? Está sentindo dor?

Sorri pra ele e neguei com a cabeça.

— Está tudo certo. - eu respondi fechando os olhos - Só estou um pouco cansada.

Ouvi um barulho e abrindo os olhos vi Rick se levantando da poltrona em um pulo e indo em direção as cortinas do meu quarto, as fechando. Ele voltou ao meu lado e tirou um dos travesseiros de baixo da minha cabeça e o colocou embaixo da minha perna machucada. Me tapou com o cobertor, como uma criança e deu um beijo em minha testa.

— Vou deixar você descansar um pouco. Volto mais tarde. - ele andou lentamente até a porta e antes de sair me ofereceu um sorriso

Sozinha, no escuro, pensei o que raios eu estava fazendo. Eu não estava tão machucada assim. Eu nem ao menos sentia mais dor, apenas minha costela ainda latejava dependendo do movimento que eu fazia. Mas eu me recusava a sair do quarto. Me recusava a levantar e encarar a realidade.

O que eu sentia quando estava perto do herdeiro do Canadá e em como o baile havia sido adiado, mas era inevitável minha decisão. Eu deveria decidir. Não só o meu futuro, mas o futuro da França.

Pensei na proposta de Richard. Ele me garantiria estabilidade, parceria e confiança. Seríamos ótimos juntos, já funcionávamos bem apenas como amigos. Faríamos uma monarquia justa e gentil. Ele me daria felicidade, e me oferecia a coroa de meu país em troca de uma união. Mas e o amor? Seríamos felizes, mas nunca teríamos o amor de um casal.

Eu sou uma princesa, e serei rainha, sei bem de meus deveres. Eu deveria gerar um herdeiro com o monarca regente, independente de quem. Eu não sabia como seria estar com Richard dessa forma. Daria certo? Eu tinha medo de arruinar uma amizade forçando nela um amor que não existia.

Claro, existia amor. Eu amava Rick. Mas é amor fraternal, não é desejo.

Eu não desejo nada dele além do seu bem e da sua felicidade. Me sentia meio mal pensando assim, mas eu não conseguiria. Eu não conseguiria forjar uma relação com meu melhor amigo de infância. Eu não sabia o que Richard pensava, mas eu não conseguiria fazer isso com ele.

Me tirando de meus pensamentos, Cíntia , minha mãe, entrou no quarto sorrindo para mim e se sentou na minha cama. Era a primeira vez que ele conseguia olhar pra deitada na cama e não chorar. Acho que na cabeça na minha mãe, minha indisposição não tem nada a ver com fatores externos, e sim com o fato de eu ser uma moribunda em seu leito de morte.

Dá pra ver de quem eu puxei o drama, não?

Ela me observava cautelosamente, enquanto eu divagava sobre assuntos aleatórios em minha cabeça.

Depois de um silêncio quase constrangedor, eu enfim perguntei:

— Mãe, a senhora amava o papai quando se casaram?

Ela me olhou sorrindo e passou uma das mãos pela minha bochecha antes de se afastar.

— Ah filha, eu o amei no segundo em que pus os olhos nele.

Ponderei sobre o assunto. Havia mesmo sido tão rápido? Eu não acreditava em amor a primeira vista, mas será que era possível?

— E como a senhora soube? - perguntei me inclinando mais para frente

Ela riu e olhei para o teto do meu quarto, como se lembrasse do momento em que eles haviam se conhecido.

Minha mãe já havia contado essa história pra mim antes, e sempre que ela contava, sorria do mesmo jeito. Seu relacionamento com o meu pai havia sido daquele tipo que nós vemos em livros de romance, um conto de fadas.

Minha mãe não era alguém com muito status social na época em que conheceu meu pai. Ela era filha adotada de uma baronesa do norte da França, que só havia conseguido o título depois de ceder algumas terras para o rei usar para plantação. Quando a baronesa faleceu, deixou tudo que tinha para sua única filha, minha mãe, e passou a ela o seu próprio título. Foi quando minha mãe se tornou a baronesa de Lille, uma província na fronteira com Bruxelas.

Foi quando, também, minha mãe conheceu meu pai.

Depois da morte da baronesa, o rei foi pessoalmente prestar suas condolências para minha mãe, que havia ficado sozinha e sem saber o que fazer, e levou consigo para Lille seu filho mais velho, herdeiro da coroa de Paris, Rafael du'Paris.

Ai vocês já podem imaginar o resto da história. Amor a primeira vista, umas intrigas, algumas brigas, um pai que não gostava da união do casal, coisa de sempre. Mas, no fim, eles conseguiram ficar juntos, e o reino deles com toda a certeza foi um dos melhores que a França já viu.

Sorte a deles, e um azar pra mim, que vou ter que tentar superar um reinado quase perfeito.

As coisas não estão nada fáceis no momento.

— Eu simplesmente soube. - ela disse me trazendo de volta de uma espiral de memórias

Isso não foi muito esclarecedor.

— Éramos como gato e rato. - ela completou rindo - Vivíamos discutindo.

As vezes por coisas tão bobas quanto 'que sabor de chá era melhor', ou ' quem conseguia cruzar o salão sem sair de uma linha reta'. Era ridículo.

Acho que nunca tinha ouvido minha mãe falar a palavra ridículo na vida.

— Discutíamos, brigávamos, mas era sempre a mesma coisa. Depois de um tempo acabamos percebendo que cair nos braços um do outro seria inevitável. Era amor, afinal. Nos amávamos, e continuamos nos amando até hoje. Mesmo depois de tanto tempo ter se passado.

Minha mãe contava essa história de uma forma que acaba parecendo como uma lição de moral, daquelas contadas para crianças quando são pequenas, que chegavamos ao fim e dizemos: "A moral dessa história..."

E minha mãe também tinha uma moral por trás disso.

— Se isso não é amor, não sei o que pode ser. - ela disse finalizando a narrativa e sorrindo pra mim

Pensei sobre o que ela disse e também dei uma conclusão para mim mesma, como se me ajudasse, e de certa forma, me fazia relaxar um pouco mais os músculos.

"Eles foram feitos um para o outro." Pensei e sorri de volta para minha mãe.

— Agora, - ela disse se levantando - descanse um pouco. Não se esqueça do jantar as 19:00. Queria que você estivesse lá dessa vez. - ela me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto.

Eu não conseguia decidir se me sentia a melhor pessoa do mundo por ser fruto do amor deles, ou se sentia uma pequena pontada de inveja, por entre tantas pessoas no mundo eles terem se achado. E se eu não achasse a minha?

Por ora, sentiria um pouco de inveja do amor deles.

E pensaria em procurar um pra mim, também.


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