Time Web escrita por Mabée


Capítulo 18
Capítulo 18 - Terceira Parada




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Os últimos dias podiam ser vistos como alguns dos melhores dias da vida de Peter. Todas as manhãs ele acordava com uma animação incomum, arrumando-se ao som de grandes hits dos anos 80 e até passava um tanto de perfume na gola da camisa para se sentir mais ajeitado. May achava engraçado como ele acordava 15 minutos antes do horário normal apenas para passar o gel nos fios castanhos, na intenção de deixa-los perfeitamente jogados para trás, mas com um ar de naturalidade, do tipo “eu acordei assim”.

Ele andava pelas ruas como se fosse o grande dono delas, sorrindo para cada um que passava em sua frente, até ajudando algumas senhoras a carregar sacolas de compras e batendo palmas com crianças aleatórias que encontrava. Parecia cena de filme, mas era só a reação do garoto após ser beijado (na bochecha) por Peony.

A sensação não saía de sua cabeça nem que fosse por um instante. Repetindo o momento do momento em que acordava até o momento em que ia dormir, Peter encontrava-se 24 horas do dia com um sorriso bobo na cara, sendo apenas memórias do dia da balsa, quando a cabeça da garota estava aninhada em seu peito e o cheiro de lavanda de seu xampu funcionava como uma droga para as narinas de Peter — viciante. Além dos movimentos de seus polegares que deslizavam de um lado para o outro no antebraço do garoto, desenhando figuras imaginárias e, ocasionalmente — sendo este o momento que Peter mais gostou durante o dia inteiro —, ela olhava para cima, esmeraldas encontrando mel e um curto sorriso se abria em seus lábios carnudos.

Já havia se passado uma semana inteira desde que os dois realizaram seu dia de turista, e Peter já tinha planos para a última parada, assim, podendo finalizar a lista de acordo com o que a garota havia dito. Chegando na escola, o garoto parou de frente para o quadro de avisos e ajeitou o cabelo pela 14° vez naquela manhã, preparando-se para o encontro da jovem, sabendo que o dia seria cheio para os dois.

Ele caminhou rapidamente até seu armário e realizou a troca de livros, sabendo que teria de correr até o editorial para, assim, encontrar Peony. Mas, logo que fechou a pequena porta de ferro, deparou-se com uma figura que era tão familiar, mas parecia diferente, de certo modo. Foi quando ele notou todos os detalhes de uma vez — e foi como se uma bomba nuclear tivesse explodido seu cérebro.

Peony estava realizando a troca de materiais no próprio armário, e isso seria comum, certo?! Errado, pois, naquela manhã, a jovem não usava um suéter normal ou jeans velhos, mas uma blusa bege de mangas não-tão-longas que realçava a cor bronze de sua pele, junto de uma saia longa de camadas florais, que abria-se um tanto na frente, apresentando parte das pernas de um jeito que fez com que Peter ficasse de queixo caído. Mas aquilo ainda não era o show principal; foi quando ele percebeu que a jovem havia prendido o cabelo com um lápis, deixando apenas a franja que caía sobre os olhos enquanto os grossos fios encontravam-se na traseira de sua cabeça, com um coque bem preso.

E o garoto não tinha palavras para descrever o quão boquiaberto ele estava — não há jeito de descrever melhor, tornou-se impossível com a situação em que se deparava.

Foi quando ela se virou e notou a presença dele, e a ficha caiu para Peter, ele estava encarando todo esse tempo. Com isso, o garoto tentou disfarçar e olhou para os lados, notando que as pessoas ao seu redor também pareciam estar comentando sobre a jovem, com murmúrios prolongados e olhares direcionados à luz de holofote que ela carregava consigo mesma.

Acenando, Peter tomou a ação como iniciativa para caminhar até a garota, e assim o fez.

               — Ei — chamou ele, ajeitando as alças da mochila nos ombros.

               — Oi — ela sorriu enquanto colocava um dos fios soltos atrás da orelha. — Você viu o artigo novo sobre o amor da sua vida?

Peter franziu o cenho.

               — Amor da minha vida?!

               — O Clarim, escreveram sobre o Amigão da Vizinhança — Peony pegou o celular e começou a digitar, mostrando a tela para o Parker enquanto ele analisava a manchete com cuidado. “Homem-Ameaça Não Faz Falta”, escrito por ninguém menos que J. Jonah Jameson. — Eu achei uma crítica um tanto extrema, mas vale a pena conferir.

               — Me mande depois — o garoto entregou o celular de volta para ela, que sorriu. Vai, Peter, coragem! — Hm… você está… diferente

Boa, Parker, fodendo tudo para variar.

               — Ficou muito estranho? — Peony abaixou o olhar, encarando a própria roupa e segurando os lados da saia, com certa preocupação.

               — Não! Não foi isso que quis dizer — ele interrompeu antes que a jovem pudesse estipular mais dúvidas sobre as escolhas. — Eu gostei, você tá linda. Mais que o normal.

A garota abriu um sorriso largo e soltou a saia, fechando o armário e ajeitando as coisas na bolsa de carteiro enquanto seguia olhando para ele.

               — São as roupas da minha mãe — ela ajeitou a blusa e passou os dedos entre a franja. — Tavam dando bobeira no sótão e eu achei que fossem ficar legais em mim. É um tanto estranho.

               — Ficaram ótimas — Peter confirmou e notou uma brincadeira entre cores na região das bochechas da jovem. — Ah! Eu estava quase me esquecendo…

O garoto passou a fuçar por algo dentro de seus bolsos, até o momento em que seus dedos encostaram nos dois tickets que ele tinha guardados e abriu um curto sorriso ao notar a curiosidade de Peony, que se inclinava para tentar enxergar o que se passava no meio da confusão.

               — Dois tickets para o Parque de Diversões em Coney Island — Peter chacoalhou no ar os dois ingressos que havia imprimido na noite anterior, arrancando um riso alegre da garota.

               — Pete! — A jovem exclamou enquanto pegava seu ticket, analisando-o como se fosse porcelana. — Por que você fez isso?!

               — Você disse que nunca foi à um parque de diversões e isso concluiria nossa lista, então eu pensei que…

               — Você é demais, Pete — a garota saltou para um abraço, envolvendo os braços esguios ao redor do pescoço do outro, sorrindo e soltando logo em seguida, encontrando-se em uma situação um tanto tensa entre os dois. — Hm… eu te vejo depois da aula!

Peter ficou sem palavras, apenas acompanhou a figura da garota que caminhava para sua sala enquanto olhava por cima do ombro, sorrindo diretamente para ele.

Para ele!

[…]

Peony nem chegou a ficar no editorial por tanta ansiedade para conhecer o famoso parque, e o garoto a encontrou esperando em uma das mesas de pedra em frente à escola, segurando duas sacolas com supostos sanduíches, acenando para ele e balbuciando “picles extra” à medida em que ele se aproximava, assim gargalhando em seguida.

Os dois caminharam juntos até a estação mais próxima de metrô e a adentraram, aguardando o que os levaria até Coney Island, com meia-hora de viagem. Assim que o trem chegou, os dois embarcaram no vagão vazio e devoraram os sanduíches enquanto conversavam sobre assuntos aleatórios, muitas vezes sendo o gosto por aspargos até no lanche da garota, e Peter contorcendo o nariz em repulsa.

               — Você gosta de picles e quer reclamar? — A garota retrucaria e os dois cairiam na risada novamente.

Logo os dois chegaram na estação em que teriam de descer, e Peter guiou Peony até o parque, entregando os tickets no caixa e adentrando o local com ansiedade nos pés. O cheiro de gordura invadia o ar e gritos de pessoas nos brinquedos ecoavam em uníssono às ondas do mar — o que, milagrosamente, encantava a garota.

Peter sentia imenso prazer de ver como a jovem quase saltitava de alegria apenas por estar ali. No começo do ano, ele nunca imaginaria que passaria tanto tempo com ela, muito menos a veria sem o olhar de desdém que era sua marca própria, mas ela estava lá, girando sem rumo enquanto chamava Peter para ver qualquer coisa interessante que encontrasse no caminho, desde maçãs carameladas com confete à pombas mancas que caçavam pipoca caída no chão.

E os dois curtiram a tarde inteira, conhecendo lugares como a casa de espelhos, onde Peter se viu de modo mais baixo e cheio, e Peony ria dos olhos distanciados e o rosto deformado que refletia nas paredes. Ela chegou a dizer que a barriga dela estava doendo de tanto rir, mas Peter garantiu que foram os algodões-doces.

A mansão assombrada foi a atração favorita dela — definitivamente — até porque não era todo dia que surgia a oportunidade de ver Peter Parker se assustando com um cara vestido de palhaço com uma maquiagem sem muita mão-de-obra, mas se assustando à ponto de quase cair. E ele não se importava de ter medo enquanto caminhava nos corredores escuros, porque a luz que a jovem carregava era maior que ele jamais havia visto antes.

Era uma sensação diferente, algo que ele não estava familiarizado com, mas podia se acostumar com aquilo facilmente. Peony Seagha não era o tipo de garota que ria de qualquer coisa, ou que se deixava levar pelo momento; sempre calculando cada palavra que sairia de sua boca, ou qualquer expressão que ela faria para reagir à algo, mas vendo ela, daquele jeito, sem se importar com nada, deixou Peter pensando no que havia feito com que ela construísse aquele muro tão grosso que impediria essa luz de chegar à superfície.

E ele era feliz de saber que havia conseguido despertar tanta alegria nela.

               — Nós precisamos pegar um prêmio! — Ela afirmou, apontando para as barracas de tiro ao alvo ou acerte a boca do palhaço.

Peter revirou os olhos em brincadeira.

               — Isso é muito clichê.

               — Achei que o objetivo disso tudo era ser clichê — Peony retrucou e cruzou os braços, impaciente.

               — Então você quer que eu ganhe o maior urso de pelúcia só para te dar?

A jovem franziu o cenho e umedeceu os lábios ressecados, descruzando os braços.

               — Eu vou ganhar um urso para te dar — com isso, a jovem saiu em disparada até as tendas.

Dito e feito, Peony acertou todos os tiros com precisão, impressionando até mesmo o funcionário, que lhe entregou o maior urso de pelúcia que sentava no balcão. A garota o entregou para Peter e disse que ele só se chamaria “Urso”, já que Teddy era um nome muito clichê e eles só estavam sendo clichês básicos. Rindo, Peter concordou e colocou o bicho de pelúcia entre os ombros para poder continuar a diversão.

A roda gigante era um lugar que não podia faltar na programação. Após aguardar 15 minutos de fila, os dois conseguiram entrar e acomodaram-se nos assentos, observando a paisagem da praia e cada pessoa que fugia do mar pelo frio predominante.

               — Então… você e Harry já marcaram o encontro? — Peter arriscou-se a perguntar enquanto ajeitava Urso entre os dois.

Peony umedeceu os lábios e seu olhar se encontrava longe.

               — Sim, mas estou repensando — ela comentou, fazendo com que uma luzinha de esperança se acendesse no peito do garoto.

               — Repensando?

               — É — a jovem afirmou, suspirando enquanto a roda gigante parecia ir mais lenta ao chegar no topo, fazendo com que os dois se sentissem no topo do mundo. — Eu não sei se vale a pena ir.

               — Por que você diz isso? — Mais uma vez, Peter atreveu-se a perguntar, sabendo que haveria uma probabilidade gigante de cair do topo do mundo em questão de segundos.

Peony agarrou a trava de segurança e inclinou-se um tanto para encarar o garoto por cima da cabeça do Urso, abrindo um curto sorriso enquanto dizia;

               — Não sei — a jovem disse, suavemente. — Só tenho o pressentimento de que tem algo melhor me esperando.

[…]

Logo que a brisa se tornou mais fria e o dia parecia esvaecer no céu, colorindo-se em tons mais quentes, Peter abriu sua mochila e retirou uma canga de praia, mostrando a surpresa para a jovem que abriu um sorriso de ponta a ponta. Os dois seguiram até a praia quase vazia e colocaram a toalha sobre a areia fria, sentando-se ali e colocando Urso — agora vestindo uma camiseta clichê de NY que Peter ganhou em uma das tendas — na areia, sem os mesmos privilégios deles.

Com isso, Peter retirou da mochila alguns chips que comprou em vendas aleatórias, afirmando que um dia em Coney Island não era um dia em Coney Island sem comer todos os doces e salgadinhos que existiam ali, mesmo que os dois pudessem vomitar tudo depois, porque valeria a pena.

               — Vamos ver… cachorro-quente de rua, feito; andar de balsa, feito; dia de turista, feito… — Peter começou a citar enquanto se apoiava sob cotovelos na canga que roubou de May.

               — Dia de turista estereotípico! — Peony corrigiu enquanto se inclinava para mais perto do garoto, contando nos dedos.

               — Feito! — O garoto abriu um curto sorriso ao notar que ela apoiava sua cabeça sobre o ombro dele e deixou sua vergonha de lado, passando um dos braços pela cintura da jovem. — Acho que completamos a lista, fizemos basicamente tudo que você disse que nunca fez.

               — Tem outras coisas que eu nunca fiz! — A jovem levantou o rosto para encarar Peter. — Eu nunca fui para o espaço.

               — Isso eu não tenho como ajudar — ele riu e a garota voltou a aninhar-se ao corpo dele. — Mas sério agora, o que mais você nunca fez?

Peony permaneceu alguns segundos quieta, como se estivesse fazendo esforço para pensar, algo que nunca lhe fora uma dificuldade.

               — Hm… eu nunca passei mal de tanto comer…

               — Espere só até a gente acabar com tudo isso — Peter apontou para o arsenal de comida que eles tinham.

Rindo, a garota continuou;

               — Eu nunca saí do país… ah! Na verdade, eu saí! Fui para a Escócia quando era pequena, mas eu não lembro, então não vale… — A garota colocou o polegar no queixo, pensativa. — Nunca fui à um baile da escola… nunca beijei ninguém…

Foi aí que tudo parou e Peter soltou, sem ao menos pensar;

               — O quê?! Como assim?!

               — Qual parte? — a jovem questionou.

               — Você nunca beijou ninguém?

Envergonhada, Peony abaixou o rosto e seu corpo tencionou sob o toque de Peter, só assim o garoto percebeu que ali era um campo minado que ele havia se descuidado e acionado todas as bombas.

               — Eu não sou o tipo de pessoa que os outros pensam em beijar — ela deu de ombros, mas claramente tinha um incômodo por trás das palavras.

Mentira, eu penso o tempo todo.

               — Isso não é verdade — Peter afirmou e notou que havia dado muito a ser interpretado, então acrescentou. — Você é uma garota inteligente e bonita, o combo ideal!

               — Inteligência assusta, Pete — ela continuou o argumento. — Inteligência significa dificuldade, e ninguém se interessa muito no difícil.

As palavras soaram como um corte no coração do garoto, mas ele tentou permanecer do jeito que estava.

               — Isso não é verdade… — sussurrando as mesmas palavras, Peter olhou para os próprios pés, escutando o barulho das ondas se rebatendo e cruzando com o vento gélido do cair da noite.

               — E você — Peony trocou o assunto com maestria, quase passando despercebido pelo garoto — já beijou alguém?

Peter deu de ombros, não ligando muito para o assunto. Era verdade, ele nunca havia parado para dar atenção para o fato de ter dezesseis anos e nunca ter sido beijado, apenas não lhe fazia falta de um modo desesperador como fazia para Ned, que sonhava em beijar Betty Brant, por mais que os dois nunca houvessem conversado antes, ou de Harry, que tinha sempre que estar beijando garotas diferentes.

               — Não — ele respondeu e umedeceu os lábios. — É só olhar para mim que você já sabe a resposta.

Peony o empurrou de brincadeira, revirando os olhos.

               — Não tem nada a ver!

               — É sério! — Peter insistiu. — Eu sou o cara mais desinteressante no planeta. Quem iria querer me beijar?

               — Cala a boca! Existem mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, alguém deve ser mais desinteressante que você — o garoto deu um leve empurrão na jovem que riu novamente —, além de que você é incrível.

O garoto ficou quieto por um momento, agora criando coragem para olhar para baixo, onde estava a cabeça da jovem, repousando serenamente, mas surpreendeu-se ao ver os olhos cristalinos de esmeralda banhados em sinceridade encarando os dele com firmeza, sem mover por um milímetro que fosse.

Ela jogou os joelhos para o lado, aninhando-se de maneira mais confortável sobre o peito de Peter enquanto os fios castanhos-avermelhados caíam pelos ombros, meramente presos atrás das orelhas enquanto a saia estava esparramada sobre a canga de May, pés descalços cobertos de areia, afundando os dedões ainda mais.

               — Ei, Pete? — A garota chamou, a voz quase que em um sussurro enquanto ela se aproximava um tanto mais do rosto dele, numa necessidade extrema de proximidade, como se os corpos berrassem por contato.

               — Hm?

               — Eu não quero sair com Harry — disse a garota com firmeza, certa de suas palavras de maneira que alarmava Peter, mas de um modo bom.

               — Bom… — ele sorriu para si mesmo e seguiu na proximidade de rostos, seus olhos caindo das esmeraldas para os lábios, desejando-os mais do que tudo.

Quando Peter disse que não se incomodava com a necessidade de beijar alguém, não contava com os momentos em que encarava os lábios da garota — pois aí se encontrava em uma vontade sobre-humana.

               — Eu também não quero sair com Liz… — ele disse e ajeitou-se de modo a ficar ainda mais próximo dela, segurando suas costas com uma das mãos enquanto se apoiava com a outra, no cuidado para não invadir muito o espaço da jovem.

               — Bom… — a garota repetiu as palavras e roçou seu nariz ao dele, abrindo os lábios lentamente enquanto ambos os corações palpitavam e pareciam querer explodir os ouvidos de tão forte que eram as batidas.

Com isso, Peter levou a mão de apoio até o rosto da jovem, acariciando a jugular com cuidado, traçando o caminho dos ossos enquanto ele respirava do mesmo ar que o dela, sua respiração fazendo cócegas abaixo de seu nariz. O garoto abriu um sorriso por finalmente estar presenciando aquele momento, o famigerado momento, o qual sonhou tanto, e agora estava ali, presente de corpo, alma e mente, mal acreditando.

Bastou apenas um movimento consentido pelos dois para que os lábios fossem selados, e o barulho das ondas já não estava mais presente, nem a brisa fria, nem as pessoas ao redor, nem nada. Apenas o barulho dos corações agitados era escutado, ecoando em ambos os ouvidos, não precisando de muito para que disparassem ainda mais. Um toque, um suspiro, um movimento, mas eram dois lábios movendo-se — dançando! — juntos. Em união, em conjunto. Pares que mal sabiam que se pertenciam, mas se descobriam almas gêmeas perdidas e de longa data naquele instante.


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