Save My Heart. escrita por RaySmoak, Natty Lightwood


Capítulo 14
13 - Yours.


Notas iniciais do capítulo

Hello babes, estamos de volta com mais um capítulo, espero que gostem e muitíssimo obrigado pelos os comentários do capitulo anterior e favoritos da semana. Eu e a Ray estamos cada vez mais empolgadas com essa história. Então sem mais delongas. Ótima leitura.

Musica: Yours – Ella henderson



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FELICITY SMOAK

— Por favor, Thea vai mais rápido. – Supliquei passando a mão entre os cabelos.

— Estou indo o mais rápido que posso Felicity. – Disse nervosa. – Eu sei que você quer vê-lo, eu também quero. Ollie é minha única família, se eu perder ele, eu não sei o que será de mim. – Disse com a voz embargada. Estávamos a caminho do hospital Central de Star City.

Eu queria pelos menos consolar Thea, dizer a ela que ficaria tudo bem e que Oliver iria sair dessa, porém eu também estava no meu limite. Só em imaginar o Oliver naquela cama de hospital desacordado, passando por uma cirurgia que custaria a sua vida... Não, não, eu não suportaria viver sem o som da voz dele, sem o seu cheiro, seu carinho, sua proteção, seu abraço confortador e nem de suas palavras dizendo que tudo ficaria bem. Eu só, não aguentaria perder mais alguém que amo por causa do meu passado.

— Thea, por que ainda não chegamos? – Pergunto saindo dos meus devaneios. Desde que saímos após a notícia parecia uma eternidade encontrar o hospital.

— Por causa disso. – Ela apontou para frente. Meu Deus! O trânsito estava um caos, nenhum carro seguia ou voltava, merda.

— Eu preciso sair de dentro desse carro. – Eu falei impaciente retirando o cinto de segurança. Eu chegaria nesse hospital, nem que fosse andando mesmo.

— Não Felicity! Você não pode fazer isso. Está maluca? O hospital fica a quatro quarteirões daqui, e sem falar que está anoitecendo. O que torna a cidade ainda mais perigosa. – Disse Thea agitada colocando o cinto novamente em mim.

— Você não entende Thea! É o Oliver que estar lá. Tudo isso é minha culpa, eu sabia que algo não estava certo, e colocar Oliver no meio disso, foi arriscado demais. – Sequei algumas lágrimas que insistiam em cair.

— Nada disso foi culpa sua Felicity. – Ela discordou aflita. – Não foi culpa sua do Oliver ter levado um tiro. – Disse ela dando um goto seco. – Ele estava apenas fazendo o trabalho dele, como Tommy ou Sebastian.

— Você está errada Thea... – Neguei balançando a cabeça. – De uma coisa eu sei, e sim, foi a minha culpa! – Exclamei olhando para ela. Eu podia sentir a culpa me corroer por dentro, de algum modo aquilo aconteceu por minha causa, não consigo explicar.

— Por que você está dizendo isso? – Indagou assustada.

— Eu preciso te dizer algo. – Virei meu corpo em sua direção e olhei bem dentro de seus olhos.

— Esse algo, é sobre ele? O homem que te deu a orquídea? – Eu balancei a cabeça positivamente.  Ela me olhou atentamente.

— Eu não posso te dizer tudo Thea... Mas vou contar o suficiente, Ok? – Ela segurou em minhas mãos e balançou a cabeça.

— Felicity, saiba que eu não vou julgar você, está bem? Você é minha amiga. – Disse ela com sinceridade. Meus olhos encheram-se de lágrimas, eu pisquei para não deixa-las cair.

— E eu te amo por isso Queen. – Ela sorriu para mim e disse que me amava também. Tomei uma respiração profunda e prossegui. – Na época da faculdade, eu conheci um cara... Ele era o popular da faculdade, o cara que todas as meninas almejavam ter. Nos conhecemos durante a aula de anatomia, cursávamos o mesmo curso; Medicina. Eu era uma garota Thea, uma menina boba cursando seu sonho. E de repente o cara mais lindo da faculdade se interessa por você e do nada você se encontra apaixonada por ele. – Eu disse triste pelo fato de me deixar iludir por um cara assim.

— Você está segura que quer me contar? – Perguntou seguindo com o carro. O trânsito estava começando a andar.

— Eu tenho. – Afirmei decidida. – Continuando... Nós dois saímos algumas vezes, eu nunca tinha prestado atenção o quanto ele era ciumento e obsessivo. Passei a ver esse lado dele quando meu colega; Carter veio até meu dormitório para fazermos o trabalho de microbiologia. Ele ficou possesso e bateu no garoto. Eu expliquei que não tinha acontecido nada entre nós dois. Mas ele não me ouviu. Disse que não queria ninguém perto de mim, e pela primeira vez na minha vida, eu senti medo dele.

Ele alguma vez te machucou? – Thea perguntou com um tom preocupado.

— Não na faculdade, exatamente. – Eu respondi e ela arregalou os olhos para mim.

— Como assim Felicity? – Questionou parando o carro numa faixa de pedestre.

— Thea, isso eu não posso te responder, ok? ­Mas ele não bateu em mim se é isso que está passando por sua cabeça. – Ela deu um suspiro e saiu com o carro.

— Já estamos perto do hospital. Faltam dois quarteirões. – Avisou Thea inclinando a cabeça para um lado.  – Tudo bem em você não querer me contar tudo Felicity, sei que não está preparada... Mas pelo o que entendi, esse cara pode estar vivo, não é? – Encostei minha cabeça no banco do carona e fechei os olhos.

— Sim, Thea. A orquídea e o atendado contra o seu irmão, é uma prova de que ele está entre nós. – Expiro abrindo os olhos. – Eu pensei que ele estava morto, mas pelo visto não está.

— É uma história muito longa para se contar, não é isso?

— Não diria uma história e sim um pesadelo.

— Você precisa dizer isso ao Tommy, Felicity. Esse cara é perigoso e ele foi capaz de machucar o Ollie. Você já disse isso para o Oliver? – Perguntou desviando o olhar do caminho e olhando para mim.

— Eu juro a você que eu tentei Thea. Mas é tão complicado de se falar, e outra, eu e seu irmão estávamos indo tão bem. Eu quero que você saiba, que se eu soubesse que ele estava vivo, eu nunca teria me envolvido com o Oliver. Mesmo o amando com todas as minhas forças. Não poderia nem imaginar na hipótese de vocês estando em perigo. Mas que ironia da vida, não? Agora vocês estão, e é por culpa minha. – Eu disse me sentindo realmente perdida.

— Por favor, Felicity não se culpa. Esse cara é um doente, e a culpa não é sua dele ter feito o que fez. Mas você tem que levar isso até á polícia. – Eu balancei a cabeça meio inserta disso, por que a polícia não iria poder fazer nada nesse momento. Não tínhamos prova o suficiente.

— É meio que difícil não se sentir assim Thea. – Murmuro sentindo um buraco se abrir no meu coração. Eu quero o Oliver aqui comigo, nos meus braços e a salvo. Pelo o que eu vi pela TV o Tommy estava bem. E graças a Deus por isso. Quando eu vi a cena do Oliver levando o tiro, o mundo parou em baixo dos meus pés. Na verdade, ele ainda está parado. Por isso que eu ainda não surtei completamente. Ainda bem que minha pequena, não presenciou isso. Pedi a Ana que ficasse com ela até resolvermos toda essa situação.

— Mas uma coisa que eu não consigo entender, como é que ele conhecia o Ollie, se eles nunca se viram antes? – Indagou pensativa olhando para mim tirando-me dos meus pensamentos.

Quando eu ia respondê-la, entramos na garagem do hospital de Star City. Este não era o momento de continuar essa conversa, haveria muitas outras oportunidades, e Thea sabia disso. Porém, Tommy já sabia que ele estava por perto. No dia em que ele pediu para eu ir comprar o seu terno, foi porque ele tinha recebido uma ligação do nosso investigador e não queria me preocupar com a noticia.  Dante; era como se chamava o nosso investigador, que com o tempo passou a ser nosso amigo e não cobrava nada pelo o que fazia.

Neste mesmo dia, Tommy encontrou com ele e eles conversaram sobre uma aparição do meu perseguidor em Londres, Dante disse que havia uma mulher com ele, mas não tinha fotos dela. Tommy me contou no mesmo dia em que eu surtei por causa daquela maldita flor, desde esse dia meu irmão vive entrando em contato com Dante, e agora que ele sabe, e eu também que meu perseguidor está vivo, temos que ficar longe das pessoas que amamos. E mais uma vez eu menti para o Oliver, coloquei ele em perigo. Eu coloquei sua família em perigo, Bea, Thea. Eu não posso conduzir Oliver e sua família pelo mesmo caminho que a minha foi.

Eu o amo demais para vê-lo destruído por causa do meu passado.

— Com licença senhorita... – Disse Thea batendo os dedos no grande balcão branco da recepção. A mulher estava digitando em seu computador freneticamente. Deu uma pausa e olhou para nós com um cara de enjoada. 

— Oliver Queen deu entrada neste hospital, queremos saber em que sala ele está.  – Eu Exigi nervosa sentindo o medo crescer dentro de mim.

— O que as senhoritas são do Mr. Queen? – Perguntou em um tom presunçoso.

— Olha só querida, se você não mudar esse seu comportamento de estupida para uma pessoa descente, eu posso te dizer muito bem quando é que você vai conseguir outro emprego por Star City. Então eu acho melhor que você trate a irmã e a namorada de Oliver Queen de forma agradável. – Ameaçou Thea olhando feio para ela. Eu travei quando ela mencionou namorada.

— Oh sim, desculpa senhorita Queen. – Desculpou-se a morena de cabelos cacheados ajeitando os óculos e digitando em seu computador. Eu tentava segurar o pânico que crescia dentro de mim, não queria ouvir o que estava prestes a vir. – Nesse momento, ele está em cirurgia. O senhor Queen chegou inconsciente e perdendo muito sangue, é o que eu posso dizer senhoritas.  – Falou voltando a atenção para nós.

­– Meu Deus! Isto realmente não pode estar acontecendo. – Eu disse afastando-me um pouco delas. – Eu quero vê-lo. Por favor, eu preciso vê-lo.

— A senhorita não pode entrar lá. – Disse a mulher da recepção.

— Por favor, Thea faça essa dor que está dentro de mim parar. Eu não suporto mais viver assim. – Implorei para ela que estava com lágrimas nos olhos. Thea abraçou-me e desmoronei em seus braços. – Eu estou cansada de perder as pessoas que são importantes para mim. – Eu Disse fungando baixinho.

— Ele não vai morrer Felicity. Meu irmão é forte, acredite nisso. Ele vai voltar. – Declarou passando a mão em meus cabelos.

— Você é tão forte Thea. ­– Eu disse afastando-me um pouco do seu abraço.

— Não, eu não sou. Você que é Felicity, só Deus sabe quais foram às coisas que você passou. E algo me diz que não foram boas. Mas você está aqui, tentando recomeçar, seguir em frente, mesmo o mundo estando contra você. Então sim, você é forte. – Disse calmamente olhando-me com ternura.

— Felicity! – Ouvi a voz de Tommy atrás de nós. Corri em sua direção e o abracei fortemente afundando meu rosto em seu peito. – Ei, vai ficar tudo bem. Oliver vai sair dessa Felicity. Aquele marrento é forte.

— Oh meu Deus! Graças a Deus que você está bem. – Afastei-me um pouco para olha-lo. Passei as mãos em seu rosto procurando algum machucado, mas não tinha nenhum.

— Eu estou bem maninha. – Disse Tommy com um pequeno sorriso. – Oi Thea, como está? – Perguntou ficando do meu lado.

— Estou tentando não surtar no momento. – Respondeu dando um sorriso nervoso. – Como está o Ollie? – Tommy nos encarou temeroso. Conduziu-nos até uma sala onde os familiares poderiam permanecer. Thea sentou em uma das cadeiras e eu me encostei-me à parede de frente para os dois.

— Vamos Tommy, diz logo. – Eu disse sem a devida paciência. Ele sentou ao lado de Thea e olhou para nós.

— As notícias... Como eu posso dizer... Não são das melhores meninas. – Contou apreensivo passando a mão em sua nuca. – Ele está neste momento na sala de cirurgia. A bala atingiu o centro do seu peito alojando-se próximo ao coração. Desde o momento em que chegamos ao hospital, o Oliver já deu entrada inconsciente e com seu ritmo cardíaco fraco por falta da perca de sangue. Os médicos estão fazendo o possível para retirar a bala. – Tommy dizia calmamente. Thea baixou a cabeça entre as pernas processando o que Tommy acabara de dizer.  De repente eu desaprendi a como se respirar.

 – Tommy, você sabe o motivo disso, não sabe? – Eu insinuei o obvio olhando para ele.

— Este não é o melhor momento para se falar nisso Felicity. – Negou com a cabeça. – Eu sei muito bem o que você está querendo fazer. E a resposta é; não faça isso.

— Olha o que minha presença na vida dele fez... – Passei a palma das mãos nos olhos secando as lágrimas.

— Não pense assim Felicity. Você trouxe a alegria para a vida do Oliver e para Bea também. – Disse Thea levantando a cabeça. – Ele não iria gostar em saber que você está se sentindo culpada.

— Você acha que isso foi sua culpa? – Interrompeu Tommy.

— Eu não acho... Foi a minha culpa. – Respondo deslizando até o chão frio desse lugar que me causa arrepios. Tommy olhou-me com descrença.

— Parentes do senhor Queen? – Apresentou-se um rapaz todo de branco, com uma prancheta em mãos. Thea levantou-se em um só pulo e eu fui junto com ela.

— Meu irmão está bem, doutor?­ – Perguntou Thea juntando as mãos, nervosa.

— O senhor Queen, ele é um homem forte. A cirurgia foi bastante delicada. Passamos umas duas horas para fazer tudo no seu devido cuidado. A bala estava muito próximo de seu coração, o que foi a sorte dele. Se tivesse atingido na camada do miocárdio, seria mais complicado a sua remoção.  Mas conseguimos remover, e em alguns instantes ele poderá receber visita. ­– Disse ele tirando os óculos de sua face. – Mas só poderá receber uma, apenas. Pois o seu estado ainda é frágil.

— Você pode ir Felicity. Você precisa vê-lo mais do que eu. – Disse Thea aproximando-se de mim.

— Mas ele é seu irmão, você que tem o direito de vê-lo primeiro. – Discordei.

— Está tudo bem, eu fico aqui com o Tommy. Não se preocupe comigo, vá. – Eu a abracei e depois fui até o Tommy e dei um beijo em sua bochecha. Saindo de perto deles, acompanhei o medico que me conduziu até onde ele estava. Passamos pelo um corredor branco com varias portas na cor de bege.

— Ele ficara bem senhorita. – Falou o medico. – No momento em que o colocamos na cama para fazermos a cirurgia, ele acordou por alguns segundos chamando o nome de; Felicity e presumo que essa pessoa seja você. – Ele olhou para mim com seus olhos verdes. O doutor, Willian como estava escrito em seu crachá, tinha por volta dos seus 28 anos. Pele branca e cabelos negros jogados para um lado.

— Sim, sou eu. – Afirmei engolindo em seco. A vontade de chorar estava prestes a voltar. – Obrigada por me contar isso, doutor Willian. – Ele balançou a cabeça e abriu a porta para mim, e logo em seguida ele saiu me deixando sozinha com o Oliver.

Fiquei alguns segundos parada olhando para a cama onde ele estava com alguns aparelhos ligados para o seu coração. Aproximei mais um pouco me encostando-se à parte inferior da cama, dessa visão pude ver seu rosto que antes era corado, torna-se pálido como giz, seus lábios estavam da mesma cor e uma faixa passava por seu tórax e peito. Oliver estava sem vida e tudo isso porque eu não tinha sido forte o suficiente para mantê-lo distante de mim. 

Coloco uma mão tampando minha boca para controlar os soluços por causa do meu choro. Vou até ao lado da cama, sento-me próximo a ele e passo a mão com cuidado sob o seu peito, sentindo sua respiração lenta na palma da minha mão. Aliso sua bochecha sentindo sua barba pinicar, aproximo-me do seu rosto roçando meu nariz no seu e beijo seus lábios que eram quentes e agora estão frios. Lágrimas minhas caem molhando sua bochecha, fecho meus olhos sussurrando entre seus lábios meu amor por ele.  Tiro minhas sapatilhas e deito ao seu lado, posicionando meu rosto abaixo de seu queixo sentindo seu cheiro amadeirado, que é pouco mais ainda sinto. Junto sua mão livre na minha e passo meu nariz por seu pescoço, fazendo um carinho ali.

—  Você prometeu que não me deixaria Oliver. ­– Sussurro para ele que está absorto das minhas palavras. – Então, por favor, volte para mim. Eu preciso de você. – Pedi aconchegando-me mais a ele. – Não me deixe Oliver. Eu quero ser seu tudo e muito mais, então, por favor, Oliver acorda. Eu te amo. – Supliquei fechando os olhos e aproveitando os minutos que eu tinha para ficar ao seu lado.

Narrador.

— Meu plano quase foi executado com sucesso, jamais desistirei de você, Sunshine. – O homem prometeu saindo pela as portas do fundo do hospital. – O show está só começando.

 

 


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar, dá sua opinião e convidar o coleguinha para ler essa historia, muitos beijos e até a próxima semana.



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