Inverno escrita por Shelter For Crazy


Capítulo 2
Dia da entrada


Notas iniciais do capítulo

Eu coloquei um * para quem prefere não ler as partes mais "picantes" (que são só eles e pegando, por isso mudei a classificação pra 16)



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Era uma tarde congelante, onde milhares de minúsculos flocos de neve forravam o chão como um imenso tapete de algodão. O sol já ameaçara se por, e a lua espiava os felizes vikings do céu. Todos estavam incrivelmente animados, devido a enorme festa de entrada no grande salão; a qual fazia parecer que o numero de vikings havia triplicado, pois haviam muitas outras famílias que deixaram suas Terras natais em busca de um lugar mais civilizado - ou, em outros casos, simples famílias tipicas da ilha, que recentemente haviam recebido novos membros, assim exigindo quartos maiores.

Mas, o mais intrigante, era que, apesar da enorme quantidade de vikings que já se encontravam no grande salão, muitos ainda se preparavam dentro de suas casas, esperando até o último momento para entrar no grande salão. Isso se devia a grande teimosia de certas famílias em questão a convivência com outras, afinal, grande parte das famílias imigrantes vinham de clãs os quais já haviam sido dizimados pelos antigos clãs de outras. Oque obviamente, não facilitava a convivência diária, quem dirá trancar-se de três a cinco meses dentro de um salão com um de seus piores inimigos.

E enquanto vikings teimosos procrastinavam de todos os modos possíveis para evitar maus encontros, o atual lider da ilha recebia todos os que se dispunham a vir, e os ajudava com o alojamento adequado, e claro, resolver todos os problemas possíveis - ou não - de se imaginar. Trabalho o qual exigia muita paciência, e obviamente fazia Soluço - o lider - se perguntar como seu pai aguentara por tantos anos tais tarefas. A unica alternativa que lhe vinha a cabeça era o excesso de comida e álcool nas horas vagas para suportar prosseguir com a própria viva.

— Não vejo ela a horas! - Exclamou Enferrujado, um viking de estatura média, cabelos loiros claros longos, presos em uma longa trança, e com um certo excesso de peso, assim como quase todos os habitantes daquela pequena ilha perdida no grande oceano - Onde você acha que ela pode estar? - Ele perguntou para Soluço, assim o tirando de seus vastos devaneios sobre a quantidade de bebida que poderia estar bebendo nesse exato momento, e o fazendo notar que, ele não entendera nenhuma palavra que Enferrujado disse.

— Ah, perdão, oque? - Perguntou Soluço em uma tentativa vaga de tentar se importar com almenos um dos milhares de problemas bobos de seu povo.

— A minha clava! - O viking levantou o tom de voz, mas não de uma maneira ameaçadora, e sim de uma forma que ele estava tão preocupado com sua arma de combate, que podia-se facilmente confundir com sua filha - Eu pudia jurar que trouxe ela junto com meu elmo reserva mas... 

— Não se preocupe, Enferrujado - Interrompeu Soluço, direcionando sua mão para o ombro de Enferrujado - Não vai precisar de tais armas aqui - Ele completou, utilizando uma justificativa tão ingenua e despreparada, que até mesmo Soluço sabia que não era lá muito boa. Porem, ele é o lider, então se ele falou que Enferrujado não precisaria, é porque Enferrujado não vai precisar.

E como de se esperar, Enferrujado respondera apenas com um olhar triste, que, apesar de comum em seu dia a dia, afetou de certo modo Soluço. E por incrível que pareça, a possibilidade de dispor de um pequeno pedaço de sua agenda apertada para ajuda-lo a encontrar aquela clava passou por sua cabeça. Mas, não houve motivações internar o suficiente para que ele tivesse coragem de executar-la antes que Enferrujado se dirigisse triste e curvado de volta para sua família.

Soluço mordeu o lábio inferior ou ver-se fazendo tal coisa, afinal, sim, ele ainda tinha um coração que sentia pena, empatia, e culpa; ainda não havia se deixado transformar naquilo seu pai era quanto Berck estava no auge da guerra contra os dragões. Soluço espirou fundo, seguido de um suspiro culposo, o qual era constantemente infernizado por uma voz irritante dentro de sua cabeça, que lhe passava sermões típicos de uma consciência. "Você fez bem!" "Você não tem tempo para esse tipo de frescura! Você é o lider, tem coisa importantes a fazer, ainda amais em uma noite como essa!" E, estranhamente, essa voz, as vezes, soava estranhamente similar a de Histórico.

— Mas, apesar dos longos parágrafos que acabei de usar para descrever a sensação de culpa que Soluço sentira, uma breve distração conveniente atraiu sua atenção para mais ou menos um metro a sua esquerda - E então - Comentara Bocão, aproximando-se de Soluço com uma espiga de milho no lugar do gancho de sua mão - Pronto para cuidar da papelada?

— O olhar de Soluço voltava-se inocentemente para a espiga de milho semi comida, assim fazendo  uma leve faísca de inveja surgir dentro de si, pois, por incrível que pareça, Soluço não havia se permitido comer nem beber nada nesta noite ainda, afinal, estava ocupado de mais com os problemas de realocação das famílias - Se divertindo? - Ele perguntou sarcasticamente em um tom levemente raivoso de repreensão.

— Ah, isso?! - Bocão comenta em um tom de voz muito alto, que se devia ao seu pequeno problema de audição, o qual ele se recusara admitir ser a velhice chegando; e levantando a espiga de milho semi comida - É o meu jantar, comi no caminho - ele completou, explicando-se

Soluço até poderia se desculpar por acusar Bocão de estar se divertindo, quando deveria estar trabalhando - seja lá como - Mas ele estava muito entediado para sentir qualquer emoção de remorso ou culpa, seja lá quais forem tais ocorrências cometidas. Por isso, Soluço apenas revirou os olhos chateado por não ter ninguém a quem culpar, ou descarregar a raiva.

—Que seja - Comentou Soluço se dirigindo ao escritório dos lideres de Berk, em meio a passos revoltados por não ter a possibilidade de aproveitar seu feriado favorito no ano. Reação a qual, estava tão explicita no modo como Soluço olhava o cenário a sua volta, como andava até o escritório, falava em um tom alto e decidido, mas ao mesmo tempo rancoroso e mal humorado, que não foi preciso mais de duas frases para que Bocão notasse todo mal humor que cercava Soluço, e deduzisse o obvio motivo de tudo aquilo.

Para Bocão, aquilo era tão familiar que não era preciso quase nenhuma explicação, a frase "Tal pai, Tal filho" já falava tudo. Mas como eu sou o narrador dessa "pequena" história... Bocão notara perfeitamente que Soluço levava todas essas obrigações - que chegavam a ser até desnecessárias vez em quando - como um grande fardo, afinal - como todo jovem de 22 anos - ele desejara passar o feriado com os amigos, e não importa quanta força de vontade ele tenha para cumprir as obrigações, ele nunca realmente gostara daquilo.

—Bocão apenas suspirou enquanto balançava sua cabeça de modo que indicava que ele não achara correto a falta de apreciação de Soluço, como se puxasse forças para falar - Pode ir...

—Tais palavras foram ditas tão aleatoriamente, que Soluço pensou estar ouvindo coisas - Oque? - Soluço retrucou ao virar-se na direção de Bocão, apenas para confirmar se ele realmente ouviu, e também, oque exatamente ouviu.

—Pode ir beber com outros, ou seja lá oque você quer tanto fazer... - Bocão explicou andando lentamente para oque parecia ser a direção de Soluço, aproximando-se - Eu cuido da papelada - ele completou, passando direto ao lado de Soluço, sem nenhum contato visual direto.

—Serio?! - Soluço falou animado, virando-se novamente para acompanhar Bocão com os olhos.

—É... Você é jovem - Bocão ala finalmente virando-se para encarar Soluço enquanto conversam - Não deveria estar cuidando da papelada, deveria estar se divertindo e bebendo com seus amigos - Bocão completa revirando os olhos, buscando por mais alguma coisa que os jovens fazem nessa época do ano - ou... - e depois de alguns segundos, ele apenas desiste de falar mais algo e completa - seja lá oque você gosta de fazer.

—Ao ouvir tal noticia os olhos de Soluço brilharam como os de uma criança que observa brinquedos novos em uma vitrine, e seus lábios, que se demonstravam tão entediados agora formaram um grande sorriso, que parecia iluminar o ambiente ao seu redor - Obrigado - Ele falou em um tom calmo para Bocão, poucos milésimos de segundo antes de sair correndo em disparada em direção enorme porta do salão, onde sabia que encontraria Banguela brincando com outros dragões em um raio de 10 metros.

Era tão grande a empolgação em sair voando para fora do arquipélago, que em menos de cinco minutos Soluço já se encontrava em uma distancia significativamente próxima da porta, de tão rápido que correra. E antes que ele pudesse se quer procurar banguela com o olhar, um enorme barulho de explosões e homens gritando em forma de torcida atraiu sua atenção para uma mesa em especial no salão.

E depois de uma rápida discussão interna - que de tão rapidamente curta que eu não tenho necessidade de estrutura-la - sobre ir até a mesa e resolver o "problema" ou apenas montar em seu amado dragão e voar uma ultima vez antes que o inverno engula por completo aquela pequena ilha no meio do oceano; Soluço cedeu ao peso em sua consciência, e fora em direção a mesa - que a essa hora já deveria estar quebrada .

Depois de se espremer em meio a vários outros vikings claramente bêbados que pareciam estar gritando como se sua vida dependesse disso, Soluço se deparou com a maravilhosa cena - que com certeza demoraria meses para ser esquecida - de Cabeça-Quente engolindo as pressas o máximo de bebida que pudera, enquanto Melequento encontrava-se desmaiado debruçado sobre a mesa a qual uma mistura nojenta de álcool e varias outras comidas servidas na noite se misturavam em forma de vomito. Já Cabeça-Dura, dançava alegremente - em meio a paços completamente bêbados - junto a Perna de Peixe, que provavelmente havia bebido mais do que todos ali. Afinal, nunca, nem em seus mais loucos pensamentos Soluço imaginara que Perna de Peixe se dispunha de sua dignidade para dançar uma musica obscenas - como a que estava sendo cantada - junto a Cabeça-Dura.

Um ar de desespero cercava Soluço ao ver aquela cena, tanto por pensar em como limparia aquele vômito da mesa, como por tentar imaginar como acalmaria a "torcida" que Cabeça-Quente recebia, a coisa mais plausível que Soluço conseguira imaginar de se fazer era pegar uma garrafa cheia e juntar-se a Cabeça-Quente. Mas, tentando evitar tal coisa, Soluço tentou pensar no obvio a se fazer: "Vou tentar dialogar com ele e..." Antes que Soluço pudesse se quer terminasse seu próprio raciocínio ele já notara que as probabilidades de ele resolver alguma coisa com aquilo eram tão baixas quanto a de ser incendiado por água. Assim, partiu para o segundo raciocínio mais lógico: "Oque meu pai faria?"

Haviam muitas respostas possíveis para essa pergunta - dezenas de milhares delas - mas, se retirasse as que envolviam força bruta e cabeças rolando no final, acabava por não sobrar nenhuma além de gritar enfurecido com todos a sua volta. Soluço poderia até tentar, mas sabia que nunca conseguiria ter o mesmo impacto que seu pai sobre a multidão.

E com isso, Soluço voltara a estaca zero. "Talvez coisas como essas simplesmente não tenham solução... Talvez o mais sábio a se fazer seja pegar uma caneca e ajuda-la a acabar logo com todo o estoque de bebida que eu reservei durante meses para não passar o inverno inteiro sóbrio" Ele pensou pouco antes de encorporar todas as suas frustrações em um suspiro. 

Qual quer um que dirigisse seu olhar à Soluço poderia notar a escassez da força de vontade que ele tanto precisara no momento, mas, ironicamente, Banguela fora o único que realmente tomara conta dos atos irresponsáveis que se passavam na cabeça de Soluço naquele exato momento - fato irônico, pois Banguela não chegara nem a olha-lo completamente de frente - E como é de se esperar de qualquer bom amigo, Banguela deu-lhe um empurrão com a cabeça, como se o repreendesse por cogitar tomar uma atitude irresponsável.

—Calma, eu já estou indo - Exclamou Soluço em resposta ao sermão que seu próprio dragão acabara de lhe dar. Soluço não tinha muitas ideias boas sobre oque fazer na situação; a mais lógica era fingir não ter visto tudo aquilo; mas sabia que teria de utilizar almenos uma delas.

Soluço divagava em pensamentos; alguns lógicos, outros não; os quais todos terminavam em ter que utilizar alguma arma branca, e acredite, ele tentou evitar isto; e como tentou; mas era praticamente impossível. Assim, em um impulso estimulado pelo ais puro cansaço e preguiça, Soluço apenas subira sobre a mesa que Melequento se encontrava desmaiado em seu próprio vômito, e Cabeça-Quente utilizara de todas as suas forças para esgotar o estoque de bebidas ainda naquele dia.

Apesar de já atrair atenção desejada, Soluço não se fez satisfeito, insistiu em caminhar até a torneira do grande garril que alguém o colocou lá sem autorização; desviando da poça de vômito e seu regurgitador; e por um fim em toda bebida disponível para aquele pequeno grupo de "jovens", assim fechando a torneira

— Chega, acabou o show. Já podem voltar para a suas famílias - Comentou Soluço em um tom de voz alto, com intenção de que todos por perto pudessem ouvir, ato completamente desnecessário, pois a maioria dos homens que lá se encontravam já haviam se dirigido ao balção de bebidas - Ou para o bar - Ele completou sussurrando baixo para si mesmo.

—Qual é! - Exclamou Cabeça-Quente em um tom de voz tão bêbado quanto um elefante deitado sobre um pé de amarula - Nós só estávamos nos divertindo!

—Soluço até pensou em responde-la, mas o bafo de álcool chegou a suas narinas antes que ele pudesse se quer pensar em uma, assim o fazendo responder - Como ainda se aguenta em pé?!

—O truque é nunca parar de beber... - Ela responde já em um tom sonolentamente calmo e bêbado - Não pode dormir se estiver beben... - Ela completa, ou tenta, segundos antes de cair sobre a mesa em meio a um sono profundo.

Soluço não chegou a dar tanta atenção aos amigos embriagados que se deitavam sobre o próprio vômito e faziam coisas das quais se arrependeriam na manhã seguinte, pois assim que notara que havia resolvido o alvoroço que se concentrava junto a seus amigos, Soluço logo desviara sua atenção a Banguela, que corria alegremente em direção a uma nadder mortal em especial, assim destruindo todas as esperanças que tinha de voar com seu dragão uma última vez antes de se trancafiar junto a dezenas de vikings sutilmente insensíveis e desastrados de 3 a 5 meses; mas, edificando uma nova ideia de diversão para a noite.

Soluço não era cego, logo notou que o nadder mortal ao qual Banguela se dirigia tão animado não fora apenas mais um simples bichinho de estimação de algum habitante de Berk, era o nadder mortal mais veloz já encontrado nas regões, era tão rápida quanto sua treinadora era dedicada e eficiente. Treinadora a qual chamara a atenção de Soluço em especial. Logo, assim que Soluço avistou o dragão, ele simplesmente esqueceu toda angustia que resguardava dentro de si sobre uma possível mentira eminente, todas as preocupações desnecessárias, e tudo mais que pudesse impedi-lo de ter uma noite perfeita com sua noiva. Assim, não exitou em começar a cassa-la com o olhar.

—Então... - Falou uma voz suave e eletrizante, que fez Soluço arrepiar-se em quase tão pouco tempo quanto demorou para virar-se animado como qualquer animal ao ver seu dono chegar, e quase tão eufórico quanto uma criança voando sobre um dragão pela primeira vez, pois sabia exatamente de quem era a voz que o chamara, e ironicamente, era a mesma que a poucos segundos cassava com os olhos - Você vai ficar ai parado? Ou vai me chamar para dançar? - Completou ela, com um sorriso que pelo tom de voz aparentava ser sarcástico, mas podia-se facilmente notar que era carregado de felicidade.

Me parece desnecessário falar, mas para quem ainda está confuso, a figura a qual esta doce voz pertencia era nada menos que a tão aguardada por Soluço, Astrid Hofferson. Ao vê-la lá, ouvi-la, Soluço sentia que coração pulsava tão forte que parecia que podia sair de seu peito, ou subir por sua garganta, e por fim, ser libertado em forma de um grande sorriso, mas como sua boca já encontrava-se aberta no maior sorriso que podia, isso seria impossível.

—Por um segundo, Soluço considerou ignorar todos os conceitos que aquela sociedade em que fora criado lhe ensinara, e apenas correr em sua direção, a pegar no colo, e a levar para um lugar distante, seja lá qual fosse, ou como fosse, dês de que estivessem sozinhos, para que ele possa gritar com todas as suas forças o quanto ele implorou por um pequeno segundo como aquele. Mas, como já estava tarde, e os portões não poderiam fechar sem que eles dois estivessem ao menos na ilha, ele apenas estendeu a mão, convidando-a para dançar - milady...

—lider... - Ela respondeu dando-lhe sua mão e mordendo involuntariamente o lábio inferior.

Assim que Soluço sentiu o toque sutilmente delicado das mãos frias e fortes de Astrid, sentiu um arrepio completamente involuntário sobre seu traje. Mas, de longe, isso foi oque menos chamou sua atenção, pois encontrava-se hipnotizado pelos grandes olhos azuis de Astrid que o encaravam sobre a luz de milhares de velas. Ah, esses olhos, inconfundivelmente extraordinários. Hora o lembravam o mar no inicio do verão, fazendo-o afogar-se em meio aos devaneios de euforias; hora lembravam o céu, o lembrando das primeiras corridas que tivera junto a ela, quando o céu não se encontrava coberto por nuvens ameaçadoras do inverno.

—Oque foi? - Perguntou Astrid em um tom calmo e sorridente, assim tirando Soluço de seus devaneios tão brutalmente como se o puxasse para fora de um rio de água quente em meio a um frio de -40°.

—Uma pequena parte do subconsciente de Soluço entendera, e interpretara, a pergunta que Astrid fizera, fato que foi essencial para que pudesse responde-la com algum sentido em sua palavras; mas independente de tal fator, a atenção de Soluço ainda voltara-se para os grandes olhos azuis de Astrid, que o remetiam as memórias mais vagas de sua infância, sempre admirado com o fato de não terem mudado nem um pouco; assim o fazendo responder -Nada, você só é bonita, só isso.

Naquele momento, para Astrid, não foi necessário nem mais do que uma palavra que Soluço falara, para notar que ele viajava em seus devaneios novamente. Assim, ela retribuiu seu "elogio" com um sorriso involuntariamente risonho, pois para ela, era praticamente impossível ouvir aquilo e não imaginar comicamente oque passava pela cabeça de Soluço em determinadas horas.

Logo, uma musica inusitada começara a ser cantada por uma jovem que se voluntariou para acompanhar os instrumentos musicais. Musica a qual não chegou a chamar atenção de Soluço, afinal, ele já se encontrava acostumado a dançar-la junto a Astrid vez em quando. Já o povo, apesar de já estra extremamente acostumado a ver-los como um casal, nunca haviam presenciado uma dança como essa ao som de uma musica como aquela.

Porém, apesar de tudo, seria preciso mais do que um casal de jovens noivos dançando uma musica de casados para afastar-los do bar. O máximo que poderia se ver no momento era alguns olhares sendo sutilmente desviados em admiração, como : "Nunca iria imaginar que na história de Berk pudesse haver alguém louco o suficiente para se comprometer de tal forma antes do casamento" Oque não era nenhum pecado, afinal o comum é os jovens tentarem fugir do altar até o pronunciarem o último fonema da última palavra.

Voltando a Soluço e Astrid... Eles se encontravam em meio a outros casais em um espaço que a multidão aparentava ter cedido; e, como sempre, estavam a dançar de forma fluentemente sincronizada, tal como os casais a sua volta questionavam-se sobre a eficiência de sua visão. Era quase como se os corações batessem em um ritmo perfeitamente singular, como se cada fluxo de cada veia em seus corpos estivessem em perfeita harmonia.

Eu poderia até dizer-te  que sim, era exatamente oque ocorrera quando dançavam, pois eram almas gêmeas, nascidas uma para a outra! Mas não, eu não posso afirmar tal coisa, afinal não acho que exitam almas gêmeas que tem o destino traçado para encontrar uma a outra, isso seria muito previsivelmente monótono. Oque acontecera de fato no local, era a solidificação do resultado de anos de amizade, confiança, e respeito mútuo depositados em um relacionamento que, agora, está tão concreto e indestrutível quanto nenhum outro.

Apesar dos parágrafos que acabei de usar para explicar-lhe a relação estabelecida entre esse dois indivíduos, não é preciso dizer nada, basta observar a forma como se encaravam em meio aos paços de dança incrivelmente bem executados. Olhos fixos uns aos outros, sorrisos singelos e puros, e por fim, sobrancelhas curvadas, demonstrando que, tamanha a pura felicidade mútua ali presente, que, ouso dizer que nem Soluço chegara a acreditar, as vezes, tamanha tinha sido sua sorte.

Oque era algo incrível comparado aos outros casais, que, ou precisavam se embriagar para aguentar dançar uma musica juntos, ou esforçavam-se para não irem logo para a cama, devido a proximidade dos corpos - algo que Soluço e Astrid faziam parecer como se nem se tocassem, devido a tamanha pratica e costume que adquiriram conforme os tempos. Mas não devo me alongar muito neste assunto, afinal é muito claro que em meio a encontros noturnos que tiveram devido a falta de tempo em sua agenda/otina - de ambos - eles obviamente faziam mais do que apenas compartilhar de contato físico - como um pedido de casamento, por exemplo .

— Pouco antes da musica acabar, uma memória repentina veio a mente de Soluço. Ideia essa que, apesar de vir de forma tão inusitada, sendo que ele esquecera completamente, foi até prática, de certo modo. Então, assim que Soluço lembrara desse "pequeno detalhe" que ele houvera planejado para a noite, ele não exitou em falar - Eu tenho algo para você - Assim dando o pontapé inicial para induzi-la ao planejado.

— Eu aposto que tem - Ela respondeu sarcasticamente levantando uma sobrancelha e baixando a outra enquanto balançava levemente a cabeça.

— Soluço, que nem chegou a perceber a ironia que Astrid carregou em sua resposta, segurou sua mão e caminhou para a unica entrada/ saída do salão - Espere, isso é sério? - Ela comenta pouco depois que de ele ter a conduzido por metade do caminho, em meio a uma falha risada de indignação.

—Sim - Ele reponde com um sorriso incrivelmente grande nos lábios, enquanto a conduzia para fora do salão.

Assim como é de se imaginar, Astrid ficou confusa com a atitude inesperada de Soluço, porem, oque ele pretendia fazer não envolvia passar mais do que 10 minutos fora do grande salão, ou seja, definitivamente não estava de acordo com oque ela imaginava. Porém, conforme Soluço ia conduzindo-a pela ilha, ela logo notara que o caminho que tomara se distanciava do local onde ela imaginava que fora de sua pretensão, assim, sem nem saber ao certo como ou quando houveram chegado lá, Astrid se encontrou em frente a oficina metalúrgica - local onde Soluço produzira a maioria de seus instrumentos.

—Espere aqui - Comentou Soluço em um tom extremamente animado, tanto que, assim que completara seu pedido, correu em disparada para uma pequena e apertada sala que Bocão houvera cedido a ele quando ainda era seu aprendiz. Local onde ele arquitetava e desenhava todas as celas, armas, caldas para o Banguela...

Assim que Astrid finalmente se dera conta de que Soluço definitivamente não pretendia fazer oque ela imaginava que pretendia - oque levou de 6 a 7 segundos - não pode evitar de deixar escapulir um sorriso largo e caloroso. Mas quem poderia culapa-la, aquela era uma das muitas atitudes que ela chegara a não acreditar quer ele fazia - ou no caso não fazia - afinal, ele viviam em meio a dezenas de homens nada similares a Soluço - desrespeitosos, altruístas em excesso, porcos, e burros; ou seja, nada comparado a como cavalheiro que Astrid enxergava em Soluço.

Antes que os olhos curiosos de Astrid pudessem percorrer o cenário a sua volta - oque provavelmente causaria um desmoronamento - Soluço voltara correndo em sua direção com um sorriso extremamente feliz em seu rosto, mas ao mesmo tempo calmo, como se estivesse ansioso por quele momento, mas conformadamente seguro, e feliz por isso.

— Oque foi? Tinha bebida escondida no seu mini-escritório? - Ela pergunta sarcasticamente, cruzando os braços e olhando em sua direção. Soluço, em resposta, apenas sorriu comicamente, quase como se risse de sua inevitável inocência ao momento, mas de uma forma diferentemente peculiar, admirando-a. Assim que Soluço retomara em sua mente o assunto o qual era o propósito de te-la levado ali, o sorriso cômico encurtou-se, fazendo-o morder o lábio inferior enquanto abria lentamente a mão direita para observar orgulhosamente oque ele guardava, oque obviamente despertou curiosidade em Astrid, assim fazendo-a perguntar - Oque você tem ai?

— Soluço voltou a sorrir da mesma forma, e do mesmo motivo pelo qual sorria antes, mas dessa vez seus devaneios não o impediram de a responder - Em qual mão está? - comentou, fechando ambas as mãos e cruzando-as em sinal de "x".

— Astrid dera uma pequena risada abafada da situação em que se encontrava, prestes a falar "Temos 5 anos agora?" Mas, devido ao convívio de 7 anos que tivera com Soluço, ela resumiu-se em sobrancelhas torcidas e um sorriso involuntário e sarcástico, seguido da responta - Direita?

— E Está na - Eis que Soluço, em um paço tão rápido que Astrid nem se quer percebera sua movimentação; coloca um anel brilhante no dedo anelar de Astrid, e completa sua frase com - sua.

Astrid, em meio aquele tão esperado momento, poderia muito bem rever todo o ressente comportamento de Soluço, e notar que agora tudo fizera muito mais sentido, todo o entusiasmo, toda a ansiedade, todos os sorrisos calorosos, toda vez que ele a encarava de forma tão apaixonada, tudo; mas Astrid estava euforicamente hipnotizada de mais para pensar em qualquer coisa. Ela esperava por esse anel desde muito antes de seu noivado, e agora finalmente o tinha em sua mão.

Isso é... - Apesar do estremo frio que a abraçava em meio aquela noite, ela não deixara de notar a textura incrivelmente polida do anel, oque a dificultou de reconhecer o metal usado, mas a fez ter um palpite - Ferro Gronkel?!

Imagino que saiba oque é ferro Gronkel, mas caso contrario... Astrid se referia a um minério que Perna-de-Peixe havia "descoberto" enquanto dava pedras aleatória para seu Gronkel comer enquanto reclamava, e isso resultou em um minério extremamente forte e resistente. Mas, infelizmente, o Gronkel de Perna-de-Peixe não chegou a produzir o bastante para ser comercializado na época, e , ironicamente, Perna-de-Peixe não havia decorado a combinação de pedras especificas que deu ao seu dragão, assim condenando o minério ao esquecimento. Porém, três anos depois, a combinação foi descoberta, e assim, ele voltou a ser comercializado, tanto internamente, quanto externamente. Porém, tudo que era produzido com este minério ainda era muito caro, pois precisava-se, além de saber a combinação de pedras, ter um Gronkel, e entender de metalurgia.

Soluço, apesar de ouvir a pergunta, resolveu ignora-la por alguns segundos, os quais lhe seriam "uteis" apenas para contemplar a bela vista que ele tanto encarava enquanto deslisava seus dedos por sua testa, juntando os poucos fios soltos e curtos de seu cabelo, e levando-os para trás de sua delicada orelha, com intenção de poder ter uma visão mais ampla de seus grandes olhos azuis, que agora se encontravam maravilhados com algo que certamente desejavam.

Isso pode parecer confuso, mas, no momento, Astrid não se emocionara com o anel em si, mas sim com oque ele simbolizava : A união eterna de duas tribos, a fusão eterna de sua almas, a troca de sangue por sangue, e a solidificação da certeza de que nunca mais estariam sozinhos. Ela nunca imaginou que ficaria tão ansiosa e feliz com tal acontecimento, porém admirou a poesia que era um casamento desde que soube a fundo do que se tratava - Oque tardou devido aos tempos de guerra em que se encontravam em meio a sua infância, afinal, quem teria tempo para estudar relações humanas em meio a uma guerra contra Dragões, ou até mesmo outros clãs - quando tinha 17 anos.

— Sim... - Ele a respondeu em um tom calmamente alegre, ainda encarando seus olhos - Ferro Gronkel - Ele prossegue, segurando sutilmente a mão de Astrid, que, apesar de fria, ainda lhe parecia extremamente confortável - Fundido a um cristal de gelo... - Ele deslisa o dedo indicador até o anel, onde aponta o enorme e reluzente cristal que se encontrava fundido a uma parte do anel - E, para você ter certeza de que é apenas seu - ele fala jaá girando delicadamente o anel, para que ela possa ler as letras que ele fizera questão de escrever enquanto ainda quente no anel. Letras essas, que juntas, formavam a palavra "milady".

— Soluço... - Astrid falou enquanto balançava a cabeça de um lado para o outro, gesto o qual seria reconhecido como negação, mas, no momento, expressava apenas o quão inconformada ela se encontrava ao ter de lidar com a atitude de Soluço de dar-se o trabalho de produzir um anel tão complicado com suas próprias mãos - Isso... - Ela fala redirecionando seu olhara para os olhos incrivelmente verdes de Soluço, que já se encontravam admirando os dela - ...É perfeito! - ela completa em meio a um sorriso enorme que se formo em seu rosto.

—Sabia que ia gostar - Ele comenta - É a sua cara!

— Astrid ainda se encontrava muito empolgada com o presente, e hipnotizada de mais com os fundos olhos verdes que a encaravam fixamente para dar a devida atenção ao verdadeiro sentido das palavras que Soluço falava; mas, o pouco que ela chegou a entender já foi o suficiente para despertar curiosidade ao ponto de ela se dispor a perguntar - Oque? Por quê? - mão não conseguiu compreender-lhe o bastante para ter uma reação normal, como apenas rir de sua comparação, ou zombar-lhe por a comparar-te a um objeto inanimado.

—Porquê ambos são difíceis de conseguir - Ele comenta deslisando sutilmente sua mão esquerda pelas costas dela até sua cintura - E também... - ele leva a mão direita até seu pequenino queixo, onde posiciona seus dedos como segurando-o de forma carinhosa - São incrivelmente maravilhosos.
                                                                                                                                                                                                        *

As mãos de Astrid logo se posicionaram em seu torso, já as de Soluço, moviam-se sutilmente para a parte traseira da cintura de Astrid, assim a trazendo vagarosamente para mais próximo dele, da forma mais sutil possível, como se pedisse permissão para prosseguir a cada minúsculos movimento que fazia. Conforme iam se aproximando, casa milimetro ficava mais quente devido ao calor humanos que ambos compartilhavam, e em pouco tempo, foi possível sentir a respiração de ambos se sincronizando.

Em meio aquela sena, não foi preciso que nenhum dos dois dissesse mais nada, eles apenas fecharam os olhos - quase que ao mesmo tempo - e, propositalmente, seus lábios encontraram um ao outro, de forma que podia-se sentir o calor humanos que antes comentei se fundir de tal forma que poderia facilmente representar suas almas. Agora, mas do que nunca e ao mesmo tempo como sempre, Astrid sentira a agoniante sensação de um desejo reprimido, o desejo de guardar cada pedacinho daquele momento consigo, para que ele nunca acabasse; e assim, em meio aquele desconforto quase incontrolável, permitiu-se de incluir os dentes na pequena dança - quase que coreografada - assim mordiscando seu lábio inferior.

Para Soluço, aquela foi a gota d'gua para ceder ao seu instinto mais primitivo, que até então ele reprimia, em respeito a Astrid; Mas, com o aprofundamento da intensidade do beijo que ambos compartilhavam, ele finalmente sentiu que poderia seguir com isso. Assim, ele desceu suas mãos até as coxas, levantando-a, assim fazendo os braços dela subirem pelo pescoço até suas mãos se afundarem me meio ao cabelo desarrumado e macio que ela tanto gostara de apertar e puxar - como se o conduzisse conforme a dança - Por fim, a colocou sobre o balcão, onde ela entrelaçou sua pernas em volta dele.

Soluço descera seus lábios sutil e delicadamente através de seu pescoço, que apesar de macio, se encontrava mais quento do que nunca. Conforme ia trassando o caminho, Soluço tomara proveito da situação para deixar-lhe pequenos e delicados beijos no caminho. Sim, isso pode parecer estranho, para quem não está habituado com o comportamento extremamente preocupado de Soluço. Afinal, que tipo de homem prefere deixar beijos no pescoço de uma mulher ao invés de marcas de chupões? Pois eu lhe respondo, meu caro leitor: Um homem que visa não são o próprio prazer, mas sim confortabilidade de sua parceira, pois, para ele, ela é, e sempre vai ser, a coisa mais importante em sua vida.

Assim, em meio a muita cautela, Soluço permitiu-se de dar-lhe pequenos e inofensivos chupões em meio aos variados beijos delicados beijos que despejava em seu pescoço. Acredite, Soluço fazia isso como um peso enorme em sua consciência, sempre se perguntando se não houvera exagerado, se não estava rápido de mais, ou até mesmo muito forte; pois para ele, não havia devaneio mais aterrorizante do que feri-la, nem que com apenas um arranhão, aquilo o aterrorizava.

Não que por algum segundo ele duvidasse da capacidade de Astrid de conduzi-lo, ou até mesmo doma-lo. Ele sabia, mais do que tudo, que Astrid é uma mulher forte e independente, a qual sabe muito bem como domesticar um homem; apenas que ele notara muito bem que ela reconhecia suas necessidades, de tal forma que, vez em quando, permitia-se desabrochar-se como a lady que guardara dentro de si. Mas não que ele estivesse reclamando de tal ato, não, muito pelo contrario, ele ficara agradecido, apenas que o encarava com o acréscimo extra da responsabilidade de não machuca-la.

Porém, ao sentir os dedos reconfortantes e macios de Astrid atravessando sua nuca enquanto aproveitava-se disso para acariciar sutilmente os cabelos rebeldes de Soluço; soube, com toda certeza do mundo, que em momento algum estivera fazendo algo errado. O toque delicadamente reconfortante de Astrid o relaxara quanto a essa questão de tal forma que até mesmo Odin questionara a coexistência de duas pessoas tão perfeitamente complementares.

Assim, em meio aquele gesto de confortabilidade, outra coisa prendera a atenção de Soluço. Algo que sempre o distraia em meio a qualquer "ato importante" que executara: os macios e loiros cabelos de Astrid; que o atraiam com um cheiro incrivelmente alucinógeno de - coincidentemente - Astrids úmidas depois de uma leve chuva de verão. 

Ah, aquilo o hipnotizara de tal forma que ele mesmo se dispunha de interromper tudo oque fizera no momento e inclinar-se de forma sutil e vagarosa, assim apoiando sua cabeça em seu ombro, e aconchegando suas narinas de forma próxima aos belos fios loiros que o cercavam. Quando finalmente sentira seu cheiro, ele sentira como se não fosse preciso explicar mais nada, nem ao menos dizer uma letra se quer, a reconfortante sensação de que ela estava completamente segura em seus braços já o disponibilizava oque precisava para saber que  tudo estava bem, e assim permaneceria por toda eternidade, dês de que ela estivesse consigo.

Aquilo se prolongou por longos 30 segundos, quando Soluço finalmente notara que já era hora de prosseguir - seja lá de que forma, ou por onde, afinal, nem ele sabia onde queria chegar - Assim, ele deslisou suas mãos até a parte interna de sua coxa, onde apalpava delicadamente em meio a uma massagem que consistia em aperta-la de forma gentil e coordenada.
                                                                                                                                                                                                        *

Apenas Odin sabe oque poderia ter acontecido ali, naquele momento caso Bocão não houvesse entrado brutalmente pela porta da oficina metalúrgica, de forma que poderia facilmente atrair a atenção de qualquer um em um raio de 10 metros, caso ainda houvesse mais alguém por perto. Assim, Involuntariamente, em um impulso, Soluço e Astrid se afastaram rapidamente, mas, (in)felizmente não tanto a ponto de não ser obvio para Bocão oque estavam fazendo - ou no caso, prestes a fazer.

—Não se envergonhem por minha causa, fico feliz que estejam se divertindo - ele fala em tom sarcástico - Mas os pombinhos podem por favor se divertir lá dentro do salão? Já é quase meia noite.

A primeira responta que passou pela cabeça de Soluço naquele momento foi algo como "Poderia bater antes de entrar", mas ao receber a noticia que já fora quase meia noite, Soluço achou mais prático evitar um debate sobre boas maneiras e apenas retornar logo ao Grande Salão junto de Astrid e Bocão.

Astrid - que agora já se encontrava mais vermelha que um tomate - lançou um olhar discreto para Soluço, como se o perguntasse oque fazer. Assim, Soluço a respondeu apenas entrelaçando seus dedos aos delas, e a levando novamente para o Salão, com o não indesejado, mas não agradável, acompanhamento de bocão. E como foi previsto : As grandes portas se fecharam, assim os separando temporariamente do frio congelante que uma tempestade de neve que já vira se aproximando, e, assim como uma letra maiúscula incia uma frase, colocando um inicio definitivo no que seria a pior época do ano.


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