E Agora Mockingjay? escrita por Leticiaeverllark


Capítulo 58
Capítulo 58




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" Você é a luz, você é a noite
Você é a cor do meu sangue
Você é a cura, você é a dor
Você é a única coisa que quero tocar
Não sabia que podia ser tão importante"

"Você é o medo, eu não ligo
Pois eu nunca estive tão extasiada
Me siga até a escuridão
Deixe eu te levar além do céu
Você vai ver o mundo ganhar vida, vida"

" Me ame como só você faz, me ame como você faz
Me toque como você faz, como só você faz
Pelo que está esperando?"

" Só você faz meu coração pegar fogo, pegar fogo
É, vou te deixar guiar o caminho
Pois eu não estou pensando direito
Minha cabeça está girando, não cosigo enxergar direito
Pelo que está esperando?"
—Ellie Goulding, Love Me Like You Do

POV KATNISS

"-Você vai dizer ou terei que aumentar o veneno?- a voz de Snow me faz tremer, suspiro sentindo meu estômago doer.

Eu vou morrer, Snow.- minha voz sai fraca, ele sorri pegando em meu queixo, o levantando.

Encaro aqueles olhos de cobra de perto, um arrepio invade meu corpo quando sua risada soa pela sala de tortura.

—O veneno não está fazendo muito efeito, não é?

—Snow, pare...- sinto o medo aumentar, meu bebê não vai resistir.

—Egéria, aumente a dose, coloque o maximo que puder.

Não...Por favor.- vejo os olhos da mulher, tão cruel quanto os de Snow.

—Senhor...

—Faça, Egéria!- sinto a agonia e queimação novamente.

O veneno entra em contato com meu sangue e tudo em minha volta rodar, começo a tremer vendo as alucinações começarem.

—Coloquem as imagens!- ordena, vejo uma foto de Peeta e minha.

O que é isso?
Por que estou beijando o Mellark na beira do mar?
Ele não ia me matar no Massacre?

—Não! -grito vendo Peeta fazendo um carinho em meu rosto, sinto todo meu corpo queimar.

Eu amo Peeta.
Ele me ama, não?

—Faça ela falar!- ele ordena, algo duro bate em meu rosto,caio pro lado sentindo a agulha sair do meu braço.

Choro sentindo o sangue escorrer pela bochecha, sinto braços me segurando e levando pra cela.

Sou jogada no chão e me encolho colocando a mão na barriga, as lágrimas caem sobre o corte, fazendo a dor aumentar.

Meus olhos fecham e imagens de Peeta sendo morto aparecem, me aterrorizando a noite toda.

—Peeta...Não morra!- grito, sinto mãos me segurando, ouço vozes ao longe.

—Acorde...Vamos, Katniss!-uma voz estranha chama."

Desperto vendo um monte de gente ao meu redor, suspiro sentindo o suor passar pelo meu rosto e molhar minha roupa.

—Ela já acordou...- ouço a voz de Peeta, abaixo meu rosto sentindo a vergonha me invadir.

Ouço as pessoas saírem da sala, o barulho das máquinas me mostram que estou em um hospital.
Passo as mãos no rosto, Peeta está parado ao meu lado com a cabeça baixa.

—Katniss...

—Sai. - digo reunindo o máximo de coragem, sinto que meu coração está se partindo em vários pedaços.
Seus olhos me encaram em surpresa, deve estar pensando que ainda o odeio.
—Por favor, não fica perto de mim.

—Não vai adiantar. - entende o que pretendo fazer, suspiro vendo que será difícil mante-lo afastado.

—Sai de perto de mim. Não vê que sou um perigo pra voce? Quase matei a Hope, Mellark!- digo sentindo o choro vir com força, ele suspira sentando ao meu lado na cama.

Tiro as agulhas e passo o cobertor onde o sangue escorre, Peeta não tira os olhos de mim e quando vou analisa-lo, percebo algo em seus braços.

—Oh meu deus...- coloco as mãos na boca, ele da um longo suspiro e passa seus dedos pelos meu cabelos.
—Me perdoa...

—Não foi culpa sua!- diz, caio em um choro que conheço bem.
Não vou parar tào cedo.

—Foi, claro que foi! -digo vendo a pele branca de seus braços vermelha, afasto a manga de sua blusa e vejo que seus ombros estão com feridas.
Afundei as unhas em sua pele.

—Não, Snow fez isso. Ele queria que voce fizesse isso, a culpa não é sua, Katniss!

—Tem que ficar longe de mim...

—Não, isso não! Sabíamos que poderia acontecer, errei por não estar perto.

—Você não pode se prender a mim, Peeta! Olha, te machuquei e poderia ter feito muito pior com Hope se você não estivesse chegado!- sinto um aperto no peito.
— Ela está bem?

—Nossa menina está.

—Preciso vê-la.

—Você vai ver... - ele diz e sinto seus dedos entrelaçarem em meus cabelos, seu rosto próximo.

—Obrigada por estar comigo.

—Sempre...Eu amo você.- diz estando com sua boca na minha, sorrio o puxando mais perto de mim.

—Tambem te amo...- digo e ja o beijo, é como se todo o veneno fosse tirado de meu corpo.

—Preciso de voce, Peeta!-digo, ficamos nos beijando ate que nossa respiracao acabar.

—Vamos pra mansão.

O médico aparece e da alta, receita  remédios pra mim, sem prejudicar a amamentação.
Um carro nos espera do lado de fora, Peeta não desgruda.

Chegamos, sorrio vendo Hope no colo de Prim, corro até minha filha.

Beijo seu rosto, mão, seu pescoço. Hope da uma risada e percebo o quanto estou necessitada dela.

—Perdoa a mamãe, filha. Não foi por mal...- digo e sinto as mãos do loiro em minha cintura, levanta meu rosto tirando as lágrimas.

—Você precisa descançar!- concordo, vamos ate o quarto e sento na cama.

—Hope está com saudade de você!

—Preciso tanto do nosso passarinho!- confesso enterrando meu nariz na pele dela, sinto sua mao pegar em meu cabelo. -Esta com fome, passarinho?

Ja a amamento, ela me hipnotiza com seus olhos azuis.
Como posso viver sem ela?
Ja estou necessitada de Hope, como estou de Peeta!

—Vou preparar a banheira. - sorrio agradecendo e recebo seu gostoso beijo, termino de alimentar nossa filha que dorme.

Beijo sua testa a colocando no berço, cubro seu corpo e passo meus dedos levemente por seus cabelos escuros que contrastam com sua pele branca herdada do pai.

—Vamos tomar um banho?

A voz de Peeta em meu ouvido me arrepia, seus braços apertam minha cintura enquanto suspiro virando gelatina.

—Vamos. - digo me virando pra ele, logo estamos no banheiro.

Entramos na banheira, a água quente me acalma, viro de frente pro Peeta e vejo seu sorriso torto.

—O que está pensando?- pergunto pegando sua mão e entrelaçando junto com a minha, virou mania fazer isso.

—Em você. - ele diz tao de repente, que me tira um sorriso de cara.

—Amo sua sinceridade. - digo avançando sobre ele, ouço o som da água transbordando e não dou a mínima.

Um beijo voraz começa, aos poucos Peeta vai descendo pelo meus pescoço. Meus olhos localizam os arranhados que deixei em seu ombro, levo minha boca dando leves beijos.
Como se pudesse sumir com as marcas.

—Preciso de você.- ele sorri atacando minha boca.

—Vamos resolver isso então...-  diz passando seu polegar pela minha bochecha

Ficamos nos amando pelas próximas horas, até a água esfriar...

 


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