E Agora Mockingjay? escrita por Leticiaeverllark


Capítulo 46
Capítulo 46




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" Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que o lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?

Lar
Lar"

" Então, quando eu estiver pronta para ser mais confiante
E meus cortes se tiverem curado com o tempo
O conforto se pousará sobre o meu ombro
E enterrarei o meu futuro para trás
Vou sempre manter você comigo
Você estará sempre na minha mente
Mas há um brilho nas sombras
Nunca saberei a menos que eu tente"
— Gabrielle Apline, Home

 POV KATNISS 

—Obrigada, querida. Obrigada, por trazer nossa filha!- diz, seca meu rosto, suspiro descansando e voltando a normalizar minha respiração.

Prim a limpa enquanto minha mãe me arruma, Peeta me olha totalmente emocionado. Coloco uma mão em sua nuca e sorrio enquanto beijo sua boca, o chorinho de Hope nos separa e sorrio sabendo que essa foi a hora que sempre sonhamos.

Prim traz Hope e a coloca nos braços de Peeta, o loiro posiciona a filha com cuidado. Sorrio vendo como está feliz, suas lágrimas escorrem, o que mais me encanta é seu sorriso.

Minha mãe me ajuda a sentar e Peeta se aproxima, sorrio vendo-o hipnotizado com nossa filha.

—Ela é linda!- sorri, vem sentar do meu lado e inclina nossa filha na minha direção. Ela começa a choramingar, um choro baixo e melodioso.

—Pegue Hope!- ele diz e fico nervosa, se eu machucá-la?

—Peeta...Se eu machucá-la?

—Kat...Você não vai machucar nossa menina!- diz sorrindo, olho pro embrulho em seus braços, a pego.

Seguro bem firme e coloco os olhos nela pela primeira vez.
Perfeita.

Hope é perfeita!

Sua pele branca é como a de Peeta, cabelos castanhos são meus, o nariz é dele, a boca é minha.
Como será seus olhos?

—Peeta... Ela é magnífica!- digo passando um dedo levemente por sua bochecha, ela mexe sua boca e sorrio sentindo meu choro chegar com força.

Nossa filha é perfeita!

—Ouviu isso, passarinho? Seu pai está apaixonado por você!

—Passarinho?

—É como resolvi chamá-la!- ele sorri aprovando, logo seus resmungos recomeçam.

—Está com fome.- Prim diz. -Amamente-a!

Peeta me ajuda, abaixo a alça da blusa e ajudo minha filha a conseguir seu alimento. Ela começa a sugar.

Peeta passa os dedos levemente por seus cabelos.

—Peeta... Agora somos pais!- ele sorri me dando um beijo, minha mãe e Prim nos deixaram, Hope parar de mamar.

Ela afasta e remexe abrindo os olhos, levo um susto quando dou de cara com o azul.

Aquele azul.
Só um pouco mais escuro do que os do pai.

—Azul... O seu azul!

—Ela tem meus olhos.

Dou Hope um pouco para Peeta que a coloca pra arrotar. Sorrio me ajeitando, ele me chama dando nossa filha.

—Vou pegar a roupaa dela!- sai do quarto e aproveito pra ficar olhando sua beleza, é a mistura perfeita de nos dois.

—Você é tudo, Hope! Amo você, passarinho!- digo, sentindo as lágrimas descerem de novo.

Peeta já chega com um bory, frauda, luva, sapatinho, calça, pomada e uma manta.
O ajudo a arrumar nossa filha, ela fica linda, começo a chorar de novo.

—Oh meu amor!- diz me abraçando, a seguro sorrindo, sentindo a felicidade quase explodir dentro de mim.

—Eu a amo tanto!- digo, ele sorri passando os dedos pelo meu rosto.

—Também amo nossa filha. - o beijo novamente, ela resmunga mas volta a dormir.

—Você a coloca no berço?- concorda e sorri, deito sentindo minhas energias acabarem.

Logo ele está de volta, me ajuda a levantar e tomar um banho. Vou no chuveiro pra descansar logo, Peeta me acompanha. Fomos pra cama e descanso, ele prepara algo leve pra eu comer.

—Parece até um sonho. Tê-la junto com a gente!

—Nem me fale...Ela está a salvo Peeta, aqui com a gente!- ele sorri me abraçando, deito em seu peito respirando fundo e dormindo em paz.

Meu sono não dura muito tempo e já acordo ouvindo um chorinho, saio dos seus braços e sigo até o quarto dela me apoiando nos móveis e nas paredes.

Quando chego, ouço seu choro delicado, chega ser fofo. A pego entre meus braços, ela é tão leve e frágil.

—O que foi, passarinho? Está com fome?- sento bem devagar na poltrona e ligo o abajur pra iluminar o quarto. A coloco pra sugar seu alimento, ela mama e abre os olhos.

—Você tem os olhos mais lindos, Hope. Sabia que teria os olhos de seu pai! Ele esta todo bobo, sabia?- começo a rir lembrando do sorriso que ainda não saiu de seu rosto.

Faço um carinho em sua mão e ela fecha sobre meu dedo, sorrio vendo os dedinhos apertando meu dedo.
Ela tem bastante força.

Fico um bom tempo admirando nossa criação, nunca iria imaginar a sua beleza.
Aposto que meu passarinho irá amolecer o coração de todos!

Ela volta a fechar os olhos e em pouco tempo larga meu seio, a coloco de volta em seu berço. Preciso falar pro Peeta montar o portátil em nosso quarto.

Coloco seu pequeno corpo dentro e fico a olhando um bom tempo, assusto com as mãos de Peeta segurando minha cintura.

—Estava com fome?

—Sim...mamou e adormeceu.- digo, colocando meus braços acima dos dele, que rodeiam a minha cintura.

—Agora nossa vida está realmente começando!

—Você tinha razão... Quando disse que no final ia valer a pena. Não consigo imaginar como seria viver com Hope naquela Panem de antes!

—Não consigo imaginá-la sofrendo tudo aquilo...

—Mas se fosse antes, eu ainda estaria...normal.

— Você é normal!

—Peeta, o tratamento pode ter funcionado. Mas o médico disse que poderá voltar a qualquer momento!

—Vamos ver algum remédio!

—Não posso tomar nada! Estou amamentando-a.

—Vamos dar um jeito, eu prometo!

—Verdadeiro ou falso?

—Verdadeiro... E você?

—Verdadeiro!

Ele somente me abraça forte. Repouso minha cabeça em seu ombro, sorrio sabendo que tudo vai ficar bem agora.

Voltamos pra cama e ainda acordo mais um vez, para me certificar que ela esta bem e segura.
Volto e deito junto com Peeta, encaixo entre seus confortáveis braços, voltando a dormir.

Um chorinho me desperta, vejo que as cortinas estão fechadas por isso devo ter dormido mais do que estou acostumada.

Levanto ainda sentindo um pouco de dor e mal chego a porta, sou barrada por Peeta.

—Aonde meu amor pensa que vai?

—Ver Hope.

—Nada disso. Você tem que ficar de repouso! Acabou de dar a luz, Kat. Não pode ficar andando por ai!

—Preciso vê-la, Peeta. Ela está chorando.

—Sua mãe está cuidando dela enquanto trazia seu café, senta na cama pra comer!

Sento e ele coloca uma bandeja com muita coisa ao meu lado, confesso que estou morrendo de fome e devoro grande parte da comida. Ele come comigo, sorrio vendo minha mãe entrar com ela nos braços.

—Filha!

—Se lembra de mim?- minha mãe pergunta me dando o embrulho, sorrio enquanto destampo seu rosto.

—Desculpe, mãe!- ela se inclina e me da um beijo na bochecha, Peeta retira a bandeja e logo volta.

—Ja troquei a frauda, precisa dar um banho nela!

—Ja vou fazer isso.

—Peeta irá te ajudar. Você não pode pegar peso, correr, se esforçar e comer comidas gordurosas!

—Tudo bem, obrigada mãe! Onde está Prim?

—Ainda dorme, estava tão feliz e animada que custou a dormir ontem.

—Quando ela acordar, a traga aqui!

Amamento minha filha, ela abre seus olhos e sorrimos quando eles ficam nos mirando tão intensamente. Peeta mexe em sua mão e ela segura o dedo do pai.

—Olhe isso. Ela é tão forte!

—Pegou a sua força, loiro.

—E a sua fome! - reviro os olhos, ela ainda fica um tempo tomando seu leite e quando termina, a deixo com Peeta.

Vou até o quarto dela ouvindo os protestos dele, pego roupinhas novas e preparo as coisas do banho. No quarto dela tem um banheiro e isso facilita.

Encho a banheira com água quente, pego um sabonete especial e a toalha.
Peeta tira sua roupa e a traz, ele segura seu corpo frágil e pequeno, enquanto, com toda a delicadeza que tenho e a que não tenho, vou dando um banho nela.

—Ela parece gostar disso!- digo vendo- a ficar bem quieta, seus olhos sempre estão olhando ao redor.

—Ja pegou uma roupa?

—Em cima do trocador!- digo a segurando dentro da toalha, ele me ajuda a ir até o quarto e trocamos nossa menina.

Ela parece ficar com sono, a coloco dentro do berço ja adormecida. Ela está aquecida e protegida, fecho a janela e tranco.

Não quero que entre friagem ou bicho, sorrio vendo que agora tenho mais uma ajuda com minhas crises.

Hope.

 


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