E Agora Mockingjay? escrita por Leticiaeverllark
" Com cada pequeno desastre
Deixarei as águas se acalmarem
Leve-me a algum lugar real
Porque dizem que o lar é onde o coração se grava em pedra
É onde você vai quando está sozinho
É onde você vai para descansar seus ossos
Não é só onde você encosta sua cabeça
Não é só onde você faz a sua cama
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos?
Lar
Lar"
" Então, quando eu estiver pronta para ser mais confiante
E meus cortes se tiverem curado com o tempo
O conforto se pousará sobre o meu ombro
E enterrarei o meu futuro para trás
Vou sempre manter você comigo
Você estará sempre na minha mente
Mas há um brilho nas sombras
Nunca saberei a menos que eu tente"
— Gabrielle Apline, Home
POV KATNISS
—Obrigada, querida. Obrigada, por trazer nossa filha!- diz, seca meu rosto, suspiro descansando e voltando a normalizar minha respiração.
Prim a limpa enquanto minha mãe me arruma, Peeta me olha totalmente emocionado. Coloco uma mão em sua nuca e sorrio enquanto beijo sua boca, o chorinho de Hope nos separa e sorrio sabendo que essa foi a hora que sempre sonhamos.
Prim traz Hope e a coloca nos braços de Peeta, o loiro posiciona a filha com cuidado. Sorrio vendo como está feliz, suas lágrimas escorrem, o que mais me encanta é seu sorriso.
Minha mãe me ajuda a sentar e Peeta se aproxima, sorrio vendo-o hipnotizado com nossa filha.
—Ela é linda!- sorri, vem sentar do meu lado e inclina nossa filha na minha direção. Ela começa a choramingar, um choro baixo e melodioso.
—Pegue Hope!- ele diz e fico nervosa, se eu machucá-la?
—Peeta...Se eu machucá-la?
—Kat...Você não vai machucar nossa menina!- diz sorrindo, olho pro embrulho em seus braços, a pego.
Seguro bem firme e coloco os olhos nela pela primeira vez.
Perfeita.
Hope é perfeita!
Sua pele branca é como a de Peeta, cabelos castanhos são meus, o nariz é dele, a boca é minha.
Como será seus olhos?
—Peeta... Ela é magnífica!- digo passando um dedo levemente por sua bochecha, ela mexe sua boca e sorrio sentindo meu choro chegar com força.
—Nossa filha é perfeita!
—Ouviu isso, passarinho? Seu pai está apaixonado por você!
—Passarinho?
—É como resolvi chamá-la!- ele sorri aprovando, logo seus resmungos recomeçam.
—Está com fome.- Prim diz. -Amamente-a!
Peeta me ajuda, abaixo a alça da blusa e ajudo minha filha a conseguir seu alimento. Ela começa a sugar.
Peeta passa os dedos levemente por seus cabelos.
—Peeta... Agora somos pais!- ele sorri me dando um beijo, minha mãe e Prim nos deixaram, Hope parar de mamar.
Ela afasta e remexe abrindo os olhos, levo um susto quando dou de cara com o azul.
Aquele azul.
Só um pouco mais escuro do que os do pai.
—Azul... O seu azul!
—Ela tem meus olhos.
Dou Hope um pouco para Peeta que a coloca pra arrotar. Sorrio me ajeitando, ele me chama dando nossa filha.
—Vou pegar a roupaa dela!- sai do quarto e aproveito pra ficar olhando sua beleza, é a mistura perfeita de nos dois.
—Você é tudo, Hope! Amo você, passarinho!- digo, sentindo as lágrimas descerem de novo.
Peeta já chega com um bory, frauda, luva, sapatinho, calça, pomada e uma manta.
O ajudo a arrumar nossa filha, ela fica linda, começo a chorar de novo.
—Oh meu amor!- diz me abraçando, a seguro sorrindo, sentindo a felicidade quase explodir dentro de mim.
—Eu a amo tanto!- digo, ele sorri passando os dedos pelo meu rosto.
—Também amo nossa filha. - o beijo novamente, ela resmunga mas volta a dormir.
—Você a coloca no berço?- concorda e sorri, deito sentindo minhas energias acabarem.
Logo ele está de volta, me ajuda a levantar e tomar um banho. Vou no chuveiro pra descansar logo, Peeta me acompanha. Fomos pra cama e descanso, ele prepara algo leve pra eu comer.
—Parece até um sonho. Tê-la junto com a gente!
—Nem me fale...Ela está a salvo Peeta, aqui com a gente!- ele sorri me abraçando, deito em seu peito respirando fundo e dormindo em paz.
Meu sono não dura muito tempo e já acordo ouvindo um chorinho, saio dos seus braços e sigo até o quarto dela me apoiando nos móveis e nas paredes.
Quando chego, ouço seu choro delicado, chega ser fofo. A pego entre meus braços, ela é tão leve e frágil.
—O que foi, passarinho? Está com fome?- sento bem devagar na poltrona e ligo o abajur pra iluminar o quarto. A coloco pra sugar seu alimento, ela mama e abre os olhos.
—Você tem os olhos mais lindos, Hope. Sabia que teria os olhos de seu pai! Ele esta todo bobo, sabia?- começo a rir lembrando do sorriso que ainda não saiu de seu rosto.
Faço um carinho em sua mão e ela fecha sobre meu dedo, sorrio vendo os dedinhos apertando meu dedo.
Ela tem bastante força.
Fico um bom tempo admirando nossa criação, nunca iria imaginar a sua beleza.
Aposto que meu passarinho irá amolecer o coração de todos!
Ela volta a fechar os olhos e em pouco tempo larga meu seio, a coloco de volta em seu berço. Preciso falar pro Peeta montar o portátil em nosso quarto.
Coloco seu pequeno corpo dentro e fico a olhando um bom tempo, assusto com as mãos de Peeta segurando minha cintura.
—Estava com fome?
—Sim...mamou e adormeceu.- digo, colocando meus braços acima dos dele, que rodeiam a minha cintura.
—Agora nossa vida está realmente começando!
—Você tinha razão... Quando disse que no final ia valer a pena. Não consigo imaginar como seria viver com Hope naquela Panem de antes!
—Não consigo imaginá-la sofrendo tudo aquilo...
—Mas se fosse antes, eu ainda estaria...normal.
— Você é normal!
—Peeta, o tratamento pode ter funcionado. Mas o médico disse que poderá voltar a qualquer momento!
—Vamos ver algum remédio!
—Não posso tomar nada! Estou amamentando-a.
—Vamos dar um jeito, eu prometo!
—Verdadeiro ou falso?
—Verdadeiro... E você?
—Verdadeiro!
Ele somente me abraça forte. Repouso minha cabeça em seu ombro, sorrio sabendo que tudo vai ficar bem agora.
Voltamos pra cama e ainda acordo mais um vez, para me certificar que ela esta bem e segura.
Volto e deito junto com Peeta, encaixo entre seus confortáveis braços, voltando a dormir.
Um chorinho me desperta, vejo que as cortinas estão fechadas por isso devo ter dormido mais do que estou acostumada.
Levanto ainda sentindo um pouco de dor e mal chego a porta, sou barrada por Peeta.
—Aonde meu amor pensa que vai?
—Ver Hope.
—Nada disso. Você tem que ficar de repouso! Acabou de dar a luz, Kat. Não pode ficar andando por ai!
—Preciso vê-la, Peeta. Ela está chorando.
—Sua mãe está cuidando dela enquanto trazia seu café, senta na cama pra comer!
Sento e ele coloca uma bandeja com muita coisa ao meu lado, confesso que estou morrendo de fome e devoro grande parte da comida. Ele come comigo, sorrio vendo minha mãe entrar com ela nos braços.
—Filha!
—Se lembra de mim?- minha mãe pergunta me dando o embrulho, sorrio enquanto destampo seu rosto.
—Desculpe, mãe!- ela se inclina e me da um beijo na bochecha, Peeta retira a bandeja e logo volta.
—Ja troquei a frauda, precisa dar um banho nela!
—Ja vou fazer isso.
—Peeta irá te ajudar. Você não pode pegar peso, correr, se esforçar e comer comidas gordurosas!
—Tudo bem, obrigada mãe! Onde está Prim?
—Ainda dorme, estava tão feliz e animada que custou a dormir ontem.
—Quando ela acordar, a traga aqui!
Amamento minha filha, ela abre seus olhos e sorrimos quando eles ficam nos mirando tão intensamente. Peeta mexe em sua mão e ela segura o dedo do pai.
—Olhe isso. Ela é tão forte!
—Pegou a sua força, loiro.
—E a sua fome! - reviro os olhos, ela ainda fica um tempo tomando seu leite e quando termina, a deixo com Peeta.
Vou até o quarto dela ouvindo os protestos dele, pego roupinhas novas e preparo as coisas do banho. No quarto dela tem um banheiro e isso facilita.
Encho a banheira com água quente, pego um sabonete especial e a toalha.
Peeta tira sua roupa e a traz, ele segura seu corpo frágil e pequeno, enquanto, com toda a delicadeza que tenho e a que não tenho, vou dando um banho nela.
—Ela parece gostar disso!- digo vendo- a ficar bem quieta, seus olhos sempre estão olhando ao redor.
—Ja pegou uma roupa?
—Em cima do trocador!- digo a segurando dentro da toalha, ele me ajuda a ir até o quarto e trocamos nossa menina.
Ela parece ficar com sono, a coloco dentro do berço ja adormecida. Ela está aquecida e protegida, fecho a janela e tranco.
Não quero que entre friagem ou bicho, sorrio vendo que agora tenho mais uma ajuda com minhas crises.
Hope.
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