As Estrelas Sobre Nós escrita por Mendy


Capítulo 3
Capítulo III


Notas iniciais do capítulo

Uh, mais um capítulo.



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Capítulo III

Lestrange e histórias sobre magia.

Parte I

 

— Você está louca? — Gritou o homem ao adentrar o cômodo. A mulher sorriu ao vê-lo, mas nada dissera. Curioso, ele explorou o recinto com o olhar e fizera uma careta após o mau cheiro alcançar seu nariz.

— Mas é claro. — Respondeu por fim e virou-se para o espelho.

Observou seu cabelo que estava desgrenhado, pegou um pente e começou a arruma-lo. Combinavam com seus olhos, ambos eram pretos como escuridão, entretanto, no cabelo havia vestígios do tempo, alguns fios esbranquiçados estavam amostra, mas ela não se importava. Sobre a cômoda pegou um batom vermelho e passou por seus lábios, com demasiado cuidado para não borrar, aplicou uma mascara de cílios com o mesmo cuidado, suas vestes eram novas e extremamente bonitas.

— Para quê se ajeita tanto, Bella? — Indagou o homem a encarando.

— Não te importa! — Ela gritou como resposta. — Afinal, como você soube da verdade?

— Ouvi sua conversa com o Lord. — Ele confessou e logo o sorriso de Bellatrix desapareceu. — Não é minha culpa! Você andava tão distante e... Eu sentia sua falta. Você é minha esposa, mas mal me vê.

— Lord Voldemort é mais importante, Rodolphus, você sempre soube disso. — Ela aproximou-se do homem. O silêncio pousou entre os dois e era possível ouvir suas respirações, enquanto a de Bellatrix era suave, a de Rodolphus era ofegante. — Você não ouse contar a verdade para a garota, ou terei que te matar.

— Você não a trará para esse mundo, Bellatrix, afinal, Albus Dumbledore a achou primeiro.

O coração de Bellatrix disparou. Dando leves passos para trás, ela murmurava coisas sem sentidos, coisas das quais nem ela mesmo entendia. Um sorriso se armou no rosto do homem, afinal, sua mulher havia por fim falhado em uma missão.

— Usando em vão o nome dos Black, outrora teria isto consequências. — O homem começou a perambular pelo quarto. — Você me traiu, Bellatrix, duas vezes... E agora que meu amor a você se foi, eu estou livre. — A mulher o encarou. Como ele poderia pensar sobre amor e casamento numa hora dessas? — Tudo o que me prendia a você se foi.

— Você deve me ajudar a recuperar a garota, querido. — Sua voz era esganiçada e ela tentava ao máximo fazer uma doce voz. — Sabe, ela é uma bruxinha bem forte, nossa filha...

— Ela não é minha filha! Você mentiu Bellatrix. Diga-me a verdade.

Um sorriso abriu-se no rosto da mulher. Ela caminhou até o criado-mudo ao lado de sua cama e olhou para o homem.

— A verdade, Rodolphus... — O homem a encarou. — A verdade é que não preciso mais de você. — Bellatrix apontou sua varinha ao marido. — Avada Kedrava... Amor.

Parte II

Os raios de sol adentraram as frestas da janela do quarto de Ginny e repousaram sobre os olhos de Amelie, fazendo-a acordar. A garota perguntou-se o motivo do dia sempre iniciar-se assim; ela observou então que a nova colega de quarto não mais dormia. Ainda sonolenta ela se levantou e pegou uma muda de roupa, não sabia qual era a porta onde dava para o banheiro, então teve de procurar. O primeiro andar ela sabia que obtinha a sala de estar e a cozinha, mas nada de banheiro. Subiu ao segundo andar onde encontrou três portas.

— Ótimo. — Ela suspirou. — Jogo de adivinhação.

Ao tentar abrir a primeira porta, percebeu que esta estava trancada e então seguiu para a segunda porta, o cômodo estava cheio de caixas, cadeiras empilhadas e outras coisas, fechou a porta e se dirigiu a terceira e última. Ao abrir, Amelie arregalou os olhos e corou imediatamente.

— Perdão, perdão. — Ela repetia as palavras e tornou a trancar a porta.

Aquele então era o quarto dos gêmeos e ela soube da pior (ou melhor) forma possível. A imagem seminua de Fred ou George, seja lá quem fosse, ficaria em sua mente por um longo tempo. A porta se abriu e Amelie continuava ali paralisada.

— Eu... Sinto muito, Freorge. — Amelie olhava para seus pés, ainda envergonhada.

— Freorge? — O garoto riu. — A diferença entre eu e George é que tenho uma marca no pescoço, olhe. — Ele mostrou para a garota da qual teve que levantar os olhos para ver.

— Procuro o banheiro.

— Terceiro andar, segunda porta.

A garota sorriu como agradecimento e correu até o terceiro andar e adentrou o banheiro. Escorou-se na porta após tranca-la, era seu primeiro dia na casa da família Weasley e já cometera algo horrível para se envergonhar quando olhar para Fred.

Após banhar-se e ver que o vermelho em seu rosto havia desaparecido, ela desceu até a cozinha onde todos já se serviam.

— Bom dia, querida. — Sorriu Molly. — Sente-se.

E assim a garota o fez. O cheiro estava maravilhoso e havia diversas coisas diferentes; ela se serviu de coisas das quais sequer sabia que existia, como pão de anão, ovos de besouro-amarelo e um delicioso suco de abobora.

— Eu gostaria de falar com Dumbledore. — A garota se pronunciou após terminar sua refeição.

— Oh, querida, ele é um homem muito ocupado. — Falou Molly enquanto retirava os pratos da mesa. — Você terá que ir até o Beco Diagonal. — Amelie arqueou uma sobrancelha. — Precisara de uniforme e material para a escola. Dumbledore disponibilizou um pouco de dinheiro para você.

Molly continuou a falar que o Beco Diagonal era onde os bruxos compravam coisas em geral e que lá havia diversos estabelecimentos. A cada palavra da mais velha, Amelie ficava encantada.

Em uma época da sua vida, acreditou que magia não se passava de contos de fadas. Onde já se viu pessoas com varinhas e capas? Era algo para dar risada, e afinal, bruxas sempre foram ditas como velhas corcundas, com um enorme nariz e uma grande verruga na ponta. Após a conversa com Molly, a garota decidiu passear pelo vasto quintal que se dispunha naquele local. Não havia nada de muito legal por ali, mas de repente uma figura apareceu em sua frente.

— Dumbledore. — Ela sorriu.

— Amelie. — Ele cumprimentou com um aceno de cabeça. — Soube que gostaria de falar comigo.

Parte III

— Como sabe que Bellatrix Lestrange é minha mãe? — Indagou a garota.

— Assim que a mesma escapou de Azkaban, prometeu recuperar a filha. — Ele a respondeu.

— Mas poderia ser qualquer garota, não?

— Após sair dos arredores de Azkaban, já havia diversos aurores atrás dela e eles a seguiram até a casa de Benjamim e Miranda. Não havia ninguém lá. — Um suspirou escapou de Amelie sem que ela percebesse e um sorriso se armou em seu rosto. Então ela não os machucou. — Mas teve uma briga com os aurores, e isso resultou a bagunça. Ela conseguiu escapar e os aurores me informaram sobre você estar na escola.

— Por que a você?

— Hogwarts é um dos lugares mais seguros em todo o mundo bruxo, eu a levaria direto para lá. — Ele explicou calmamente. Dumbledore obtinha uma serenidade da qual a garota nunca vira em ninguém. — Mas como Bellatrix seguiu para o norte daqui, decidi traze-la para cá antes do inicio das aulas em Hogwarts. Você precisa vivenciar um pouco sobre magia antes de fazer provas. — Amelie arqueou uma sobrancelha. — Eu pedi aos professores para lhe dar aulas extras após o horário normal, será algo que você possa lidar. Você perdeu muito tempo no mundo trouxa.

Albus explicou sobre tudo que continha na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts; sobre as casas, os campeonatos, os professores e as regras. A garota ouvia atentamente para não perder nenhum detalhe e se arrependeu de não ter pedido alguns minutos para anotar tudo em um caderno, eram tantas coisas.

Após Dumbledore se despedir da jovem, ela ficou imaginando se aquilo estava realmente acontecendo ou havia caído num coma profundo e aquilo não se passava de um sonho maluco. Ela era Alice no país das maravilhas.

Por volta das dez horas da manhã, Molly a chamou para ir até o Beco Diagonal. Exceto Arthur e Percy, todos estavam lá, até mesmo Harry. Na mão de Molly havia um saquinho marrom e todos a olhavam atentamente.

— Bom, — Ela iniciou a conversa. — como você nunca viajou com pó de flu, então observe como George faz.

George foi até a mãe e encheu a mão com um punhado de pó reluzente e prateado, adentrou a lareira e falou:

— Beco Diagonal. — Na sequência jogou o pó e uma forte chama verde surgiu e em seguida George havia desaparecido.

Na sequência foi Ginny, Harry, Rony e Fred. Amelie estava com certo receio, e se aquilo lhe queimasse? Ou se algo acontecesse com ela? Ela olhou para Molly que sorriu.

— Diga em alto e bom som, sim querida?

Amelie assentiu com a cabeça, pegou um punhado de pó de flu e adentrou a lareira como todos fizeram. O seu coração bateu demasiadamente rápido e por fim.

— Beco Diagonal. — Gritou e jogou o pó na lareira e uma chama verde surgiu.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro, avisem, beijinhos.



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