As Estrelas Sobre Nós escrita por Mendy


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Nessa estória irei abordar temas como: estupro, racismo e homofobia, pode conter linguagem imprópria e spoilers.

Espero que curtam o enredo e caso aconteça algum erro, por favor, me falem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/729849/chapter/1

 

Capítulo I

Albus Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Parte I

O alvorecer iniciou-se belo e caloroso. A alaranjada luz do Sol banhava majestosamente os altos das colinas ao longe; o canto dos pássaros era uníssono e amigável, a brisa quente dançava entre as árvores, fazendo suas folhagens balançarem num ritmo tranquilo. O dia iniciou-se perfeito no pequeno e pacato vilarejo de Souless.

Pela fresta da janela, um raio solar adentrou o quarto da jovem Amelie Carter e pousou sobre seu olho; irritada com a atitude do penetra, a garota virou-se para o outro lado, a fim de dormir mais um pouco, o que não durara muito, pois seu despertador tocou informando que estava no horário escolar.

Ainda sonolenta, arrastou-se até o banheiro e olhou-se no espelho. Seu cabelo era negro e ondulado, seus olhos eram de um cinza extremamente bonito e diferente. Após terminar de aprontar-se para a escola, a jovem desceu até a cozinha, onde sobre a mesa já estava preparado seu café da manhã e um pequeno lembrete dizendo que seus pais a amavam muito, mas precisaram sair demasiadamente cedo.

Após o café delicioso com ovos, bacon e suco de laranja, Amelie jogou-se no sofá e observou sobre a mesa de centro um retrato, pegou-o então e observou: estavam os três membros da família num campo esverdeado, todos sorrindo, fora um dia de piquenique muito feliz, ao recordar do dia, Amelie sorriu. Em outro quadro, a jovem observou sua mãe, seu cabelo era loiro e seus olhos azuis, seu pai obtinha cabelos castanhos e olhos da mesma cor; Amelie gostaria de ter o cabelo de sua mãe e os olhos de seu pai, porém, não era filha de sangue dos mesmos.

Há quase vinte anos, Miranda e Benjamim Carter haviam por fim se casado, era notável que se amavam por demais e era o casal mais feliz do vilarejo; com os anos, Benjamim e Miranda planejaram ter filhos, talvez dois meninos, ou duas meninas, quem sabe uma menina e um menino... Entretanto, após as inúmeras tentativas em vão, a bela Miranda que obtinha apenas seus vinte e três anos decidira ir ao médico... E a pior notícia que poderia ter recebido pousou em seus ouvidos: ela era estéril, não seria possível ter filhos.

Miranda estava desolada, e apesar das palavras de conforto de seu marido, ela nunca poderia realizar o sonho do casal... E então um pequeno milagre aconteceu. Numa noite chuvosa, alguém baterá a porta da pequena casa número dez, quando Benjamim fora atender, notou que havia um pequeno cesto deixado sobre o tapete de “lar doce lar”. E desde então, o casal passou a acreditar que o ditado popular “a felicidade bate em sua porta” era verdadeiro.

A pequena Amelie obtinha agora seus quinze anos; e era demasiadamente feliz com a família mesmo que não fosse sangue de seu sangue, talvez nem tivesse a relação que tem com seus pais biológicos e nunca fizera questão de perguntar por eles, afinal, se haviam a abandonada na soleira da porta de dois estranhos não a queriam por perto. A garota olhou para o relógio sobre a lareira e notou que já estava na hora de ir para o colégio, correu até o banheiro, escovou seus dentes e pegou sua bolsa e partiu para o prédio cinzento do qual estudava há três anos.

Parte II

Amelie era popular na escola, mas não de uma forma boa; coisas estranhas aconteciam ao redor da garota, certo dia, Amelie desejou que a professora de História ficasse doente apenas para não aplicar a avaliação, e no outro dia, a prova fora suspensa, pois a mesma estava no hospital por conta de uma crise de catapora. Em uma aula de educação física, as meninas que detestavam Amelie pegaram suas roupas e esconderam, quando a garota fora se trocar, encontrou uma muda de roupas novas e limpas dentro de seu armário, ela não conseguiu explicar a aparição das roupas aos seus pais, e então fora obrigada a colocar no achado e perdidos da escola.

Quando seus colegas de classes souberam que a jovem fora deixada na soleira da porta da casa de seus pais adotivos, passaram a chamar-lhe de bastarda, pois os biológicos a haviam jogado fora. E mesmo que aquelas palavras não lhe afetassem (não mais), Amelie sentia que era verdade; era uma bastarda e estranha.

Quando o horário escolar havia por fim acabado, o sol já estava despedindo-se do vilarejo para entregar seu posto à lua. Amelie caminhou até sua casa como de costume, mas durante o percurso sentiu que estava sendo observada e seguida. Amelie sentiu algo bater em sua cabeça e então se virou para trás.

— Ei bastarda! — Era uma das meninas da escola. Era um clichê ambulante, segundo Amelie dizia aos seus pais, loira, com um corpo bonito e capitã das líderes de torcida.

— Me deixe em paz. — Amelie gritou e voltou a andar para sua casa, mas então, mais uma pedra atingiu sua cabeça. Amelie já nervosa virou-se para gritar com a garota. — Qual seu problema?

— Meu problema? — A loira riu. — Você quem é a estranha da escola. Qual o seu problema, hein?

Amelie estava cansada de ser chamada de estranha, ela não era estranha; era normal como qualquer outra menina daquele vilarejo. A garota insultava a pequena Amelie, o que a deixou nervosa ao extremo. Amelie só queria que algo a fizesse para de falar; que algo acontecesse naquele momento... E aconteceu, o hidrante ao lado da loira explodiu sem mais nem menos fazendo água saltar e molhar todos os lados, inclusive a garota, que gritou sobre sua maquiagem e cabelo. E enquanto a garota reclamava, Amelie decidiu caminhar para sua casa.

As ruas estavam tão silenciosas, que Amelie podia ouvir sua respiração. A lua já obtinha lugar no céu escuro e sem estrelas; a noite estava calma e ameaça chover. Ao chegar a sua casa, percebeu que a porta estava aberta e todas as luzes estavam acesas, a garota adentrou correndo e deparou-se com uma imensa bagunça. Todos os móveis estavam espalhados, os retratos estavam quebrados e o papel de parede da sala estava sujo de sangue.

— Mãe? — Amelie gritou desesperada. — Pai?

Sem obter respostas, ela jogou sua mochila sobre o chão e correu por toda a casa a fim de procurar seus pais; mas eles não estavam em lugar algum, com o coração apertado e lágrimas nos olhos, ela seguiu até seu quarto, onde se deparou com uma silhueta estranha. Rapidamente acendeu a luz e a imagem tornou-se nítida; era um homem velho cujo obtinha uma imensa barba branca combinando com o imenso cabelo, suas vestes eram roxas com luas crescentes amarelas que combinavam com o chapéu pontudo. Em seus olhos obtinha um óculos parecido com as luas crescente em suas vestes; ele sorria de forma carinhosa para Amelie.

— Onde estão meus pais? — Ela indagou com voz de choro.

— Seus pais estão bem, Amelie. — Ele sorriu e sentou-se na cama. — Eles estão na casa de um casal muito amigo meus; mas precisamos leva-la daqui...

— Por quê?

— Sua mãe biológica está atrás de você.

Amelie o encarou. Sua mãe biológica estava viva, e após anos depois de seu abandono, decidirá simplesmente aparecer, quebrar toda a casa em que vivia simplesmente para tê-la de volta. Ela sentou-se na cama e balançou a cabeça negativamente.

— Não me importo, não vou deixar meus pais, — Disse encarando o homem. — afinal, quem é você?

— Eu sou Albus Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Parte III

Amelie deu uma gargalhada e só parou depois de alguns minutos. Um homem já feito na vida como aquele acreditava em magia e ainda mais, dizia ser diretor de uma escola de bruxos. Porém, o rosto de Albus estava calmo e não demonstrava sinais de que aquilo era uma piada.

— Você está falando sério? — Ela perguntou. — Magia e bruxaria?

— Sim, — Ele respondeu. — mas não só falo sério, como você, jovem garota, é uma bruxa.

— Que feio! Chamar os outros de bruxa é muito feio, senhor. — E agora fora a vez do homem rir de Amelie. Ele sentou-se ao lado da jovem e recuperou seu folego.

— Amelie, você cresceu longe de sua verdadeira origem, o mundo bruxo, é fato que esteja tão descrente sobre, mas ele existe. — Ele começou a explicar. — Você é filha de dois bruxos, ou seja, tem sangue puro escorrendo em suas veias.

— Grande coisa! De que adianta ter sangue puro em minhas veias, quando aqui, no mundo real sou alvo de piadinhas. Meus pais deveriam ter vergonha por me abandonarem. E se algum casal ruim tivesse me jogado em outro canto? Ou tivessem me criado com desdém e sem amor nenhum?

— Acredite seu pai não faz ideia do que sua mãe fez. — Albus levantou-se. — Ele foi vítima de injustiça, Amelie, foi preso por algo que não cometeu, e sua mãe, bom, ela foi presa por se envolver com magia das trevas. Mas antes que eu termine de lhe contar sobre eles, preciso que prepare uma mala de roupas, pois lhe levarei a um lugar seguro.

— E meus pais?

— Sinto muito, mas não poderá vê-los novamente até que sua mãe seja capturada. Ela é perigosa e se quer proteger seus pais, deverá deixa-los.

Amelie sentiu um nó em sua garganta e parecia que seu coração iria se quebrar em milhões de pedaços. Sua mãe biológica a queria de volta, e pelo que pode observar, poderia matar Miranda e Benjamim para tê-la, ela precisava deixa-los por enquanto, mas numa promessa silenciosa, disse que iria voltar para eles.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A capa é básica pois eu não manjo das edições, quem estiver disposto a me mandar um site para tal ou que se disponibilizaria a fazer a capa e talvez os banners, fico grata, thanks very much.

Eu espero postar os capítulos ao menos duas vezes na semana.

O que acharam?

Eu imagino Amelie como Grace Phipps e vocês?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Estrelas Sobre Nós" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.