If I die Young (REESCREVENDO) escrita por Baby Blackburn


Capítulo 2
Comfortable silence is so overrated


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem voltou com mais um capítulo!
Esse capítulo é um pouco mais longo que o primeiro e eu fiz ele todinho escutando From the dining table do Harry Styles, que é a minha recomendação de trilha para a leitura dele. Você pode encontrar essa e outras músicas para capítulos vizinhos na playlist da fanfic:https://open.spotify.com/playlist/04O8XcjoKxfbXX2Be8rwdR?si=sObTL8W3TM61UE4D4P5rgw
Espero que vocês gostem de lê-lo tanto quando eu gostei de escrever :)



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Lily estacionou o carro na frente do prédio onde trabalhava e, suspirando, olhou para o seu reflexo no retrovisor. A garota ruiva com os olhos castanho-esverdeados que ele refletia ainda era a mesma que saíra daquela redação semanas atrás e não voltara no dia seguinte. Mas de alguma maneira, algo mudara nela. A decisão de voltar ao trabalho foi difícil. Passar a manhã e boa parte da tarde fora, significava deixar sua mãe sozinha durante todo esse período. Mas, depois de semanas se privando de voltar para o emprego que amava e sentia falta, ela tomou a decisão de deixar a mãe curar sua dor sozinha.

Respirou fundo e saiu de seu carro. O dia em Londres não poderia estar melhor, o sol brilhava no alto, mas uma brisa gelada ainda a obrigava a colocar um casaco. Passou a bolsa pelos ombros e fez o caminho até a portaria, onde mostrou ao carteiro seu crachá, ao lado da sua foto dizia Lily Potter, editora. Parou um minuto para observar o ambiente que tanto sentiu falta. Pessoas andavam para lá e pra cá falando apressados no telefone, alguns acenavam para ela e até arriscavam lhe dar boas-vindas. A redação não parou em nenhum momento enquanto Lily estava fora, mas a sua vida pareceu parar.

Entrou no elevador e apertou o número sete. Seu coração batia forte como na primeira vez que entrou naquele elevador, no dia da sua entrevista. Lembrava da sensação fria que sentiu em seu estômago toda a manhã até o momento em que sentou na frente do editor-chefe. Remus Lupin era um grande amigo de seu avô e quando soube que Lily se formaria em pouco tempo e estava atrás de um emprego, lhe ofereceu uma vaga. Sorriu nostálgica com a lembrança daquele dia. Saíra tão eufórica do prédio que acabou não vendo o homem loiro que vinha em sua direção com um copo de café. Os dois bateram de frente, derramando café pelo chão do saguão de entrada. A vergonha veio no dia seguinte, ao descobrir que ele era um dos fotógrafos do jornal.

O elevador fez um barulho indicando que chegara em seu andar. O cheiro forte de café e o barulho de pessoas andando, falando e digitando furiosamente explodiu em seus ouvidos com tanta intensidade que a deixou desnorteada. Andou decidida e com a cabeça erguida em direção a sua mesa, perto das grandes janelas. Cumprimentava colegas no caminho e respondia perguntas apressadas sobre a revisão de algum trabalho, era como se nunca tivesse tirado a licença. Ao passar pela mesa que sabia ser de Matteo, pelos papéis espalhados e os pacotes de doces aqui e ali, ouviu o telefone tocar e tomou a liberdade de atender.

—The Daily Telegraph, bom dia – Lily se sentou sobre a mesa com o telefone em seu colo – Ah, oi Jonathan...é, você conhece seu noivo, deve ter saído pra comer e esqueceu o celular...Não, eu voltei hoje...pra falar a verdade nem cheguei na minha mesa ainda, mas...

—Lily? – A ruiva olhou para trás encontrando Matteo com uma caixa de rosquinhas na mão e um café na outra. Seu olhar era de surpresa e um pouco de confusão. – Quando foi que voltou? Por que não me avisou antes?

—Jonathan, eu preciso ir. Depois o Matt te liga...tchau, pra você também – colocou o telefone no gancho e se levantou da mesa. Ele estava parado na sua frente, agora com as mãos vazias e uma expressão de surpresa no rosto. Logo após o enterro de seu irmão, Lily havia cortado o contato com todos os seus amigos. Matteo e Scorpius tinham tentado convencê-la de que aquilo não iria ajudar, mas quando bateram em sua porta já era tarde demais. A família Potter, o que sobrou dela, havia se mudado temporariamente para a fazenda dos pais de Ginny.

—Quando você voltou? – perguntou sem jeito, sem saber se seria adequado se aproximar ou não.

—Cheguei agora pouco.

—Por que não me ligou? – Matteo se aproximou, colocando as mãos nos ombros da amiga, Lily relaxou sob o toque tão conhecido e bem-vindo do melhor amigo.

—Me desculpa, Matteo – Avançou para um abraço que ansiava desde que decidiu voltar ao trabalho. O amigo ainda continha aquele cheiro de canela misturada com cigarro que fazia Lily se sentir em casa.

—Você está melhor? – perguntou quando se afastaram, a testa franzindo logo após a pergunta sair da sua boa, já sabendo que a resposta seria óbvia.

—Algum dia vou ficar? – Matteo abriu a boca para falar algo, mas seus olhos voaram para as portas do elevador que abriram no seu andar. 

Parado entre as portas, com o equipamento de fotografia as mãos, estava Scorpius olhando fixamente para a ruiva a algumas mesas de distância. As portas se fecharam em seus ombros fazendo com que ele acordasse do transe. Saiu andando entre as mesas até chegar em uma no canto, seus olhos se prenderam nos de Lily e depois se voltaram para a mesa na sua frente, como se sua mente travasse uma batalha interna sobre ir ou não falar com a garota. Toda essa tensão foi quebrada por Matteo, que gritou por cima do burburinho de vozes típicas de uma manhã na redação.

—Bom dia Scorpius, você viu quem voltou? – as bochechas do rapaz ficaram púrpuras ao mesmo tempo que acenava de volta e lançava um sorriso mínimo para Lily. Quando viu o pequeno aceno vindo da garota, se sentou e fixou seu olhar na tela do computador.

—Por que você é assim? – disse Lily entredentes enquanto ia até a sua mesa, a risada de Matteo a seguiu durante o caminho. 

 

*

 

A sua primeira manhã de volta ao trabalho não poderia ter sido melhor. A preocupação que sentia em deixar sua mãe sozinha ia, aos poucos, se dissipando. Para sua surpresa, não lhe deram muito trabalho no período da manhã e, além de uma longa conversa com o editor-chefe do jornal, Lily passou boa parte das primeiras horas do expediente olhando para a vista que sua janela proporciona.

Próximo da hora do almoço, quando a garota começou a espichar o pescoço em busca de alguém sinal de que Matteo estava próximo de terminar seu horário, uma figura alta se pôs na sua frente. Scorpius. As três semanas que ficou longe dele foram o suficiente para seu peito arder de saudade cada vez que seus olhos pousaram nele durante o dia. 

Lily e Scorpius começaram a namorar no mesmo ano em que a garota conseguiu o emprego no jornal. Scorpius era fotógrafo do jornal a quase dois anos e teve o que muitos chamariam de azar, quando uma ruiva destrambelhada bateu de frente com ele, manchando seu casaco de café.

 A vergonha nítida que Lily sentiu na hora não foi nada comparada à sensação de seu rosto queimando, no dia seguinte, quando ela notou que a sua mesa ficava apenas alguns metros de distância da dele. Ela achou que se lhe comprasse um novo café e dividissem alguns bolinhos, a raiva que o loiro poderia sentir por ela seria apaziguada. Para a sua surpresa, a expressão fechada e irritada de Scorpius era apenas uma fachada muito bem construída. 

A amizade que construíram nos meses seguintes era leve e fácil. Não foi surpresa para ninguém o dia em que apareceram namorando. Sua família parecia ter se apaixonado por tudo o que ele fazia. Seu pai poderia passar horas conversando sobre política com o novo genro. Os olhos de sua mãe brilhavam toda vez que o garoto se oferecia para ajudar com o almoço, esbanjando seus dotes culinários. Seus irmãos pareciam ter deixado o ciúme de irmão de lado e, fizeram de Scorpius seu novo melhor amigo, acontecendo até de Lily chegar em casa e encontrar o namorado jogando vídeo game com os irmãos enquanto bebia uma cerveja.

O garoto continuava parado na frente de Lily. As mãos escondidas nos bolsos do sobretudo e a bolsa nos ombros, indicando que já estava de saída.

—Oi Scorp...

—Eu queria saber se...se você não quer almoçar comigo hoje. – Parecia nervoso como nunca antes, as mãos voavam para os cabelos a cada segundo – Sei que deve ter muito o que conversar com Matteo, mas... acho que eu também mereço algumas respostas.

Sua garganta secou ao escutar aquelas palavras. Foi difícil terminar o seu relacionamento com ele, mas como sempre, Lily não havia parado para pensar em como teria sido para ele ter ficado durante aquele período sem respostas e sem nem ao menos ter a oportunidade de ir atrás delas. Seu coração apertou ao se dar conta de quão egoísta havia sido.

No momento em que a ficha caiu e que sua cabeça finalmente processou o fato de que seu irmão estava morto, Lily virou as costas para todos que não fossem da sua família ao se fechar em uma bolha de sofrimento. Sabia que Matteo entenderia sem nem ao menos ela tentar explicar, mas Scorpius havia perdido a namorada de uma hora para outra e merecia uma conversa decente.

—Eu estava pensando em ir naquele café perto da escola que James lecionava. Rose me disse que, os alunos fizeram uma vaquinha para comprar uma placa para ele – a expressão no rosto do loiro caiu e, acenando, foi se afastando. Lily se levantou, pegando sua bolsa e casaco. – Quer ir comigo?

 

*

Durante todo o caminho até o café, um silêncio confortável se instalou no carro. Aquilo era novidade para ambos. A dinâmica que tinham como amigos e, depois, como casal nunca permitiu que o assunto acabasse e que o maldito silêncio aparecesse. A possibilidade de terem, em três semanas, mudado tanto ao ponto de não conseguirem se reconectar fez com que seu estômago embrulhasse. 

Lily se pôs a observar o perfil de Scorpius. Sua beleza era clara e encantadora para qualquer um que quisesse apreciá-la. Lily lembra de quando se apaixonou por cada detalhe externo dele, e de quando se deleitou com cada detalhe incrível de sua personalidade. Se apaixonar por Scorpius foi como pegar no sono depois de um dia exaustivo. Calmo e satisfatório.

Sua personalidade caótica necessitava da calma que, rapidamente, a companhia de Scorpius trouxe para a sua vida. A combinação dos dois era tão previsível quanto bonita. 

—Chegamos – sua voz grossa e lenta despertou Lily de seus pensamentos. Notou que tinham estacionado em frente ao café. Havia alguém sentado em uma das mesas na calçada, e, por um momento, foi arrastada para dentro de uma lembrança que havia trancado no fundo de sua mente.

James era, provavelmente, o último professor que os alunos pensavam que poderiam encontrar naquele café. A atmosfera calma e silenciosa não combinava nada com a personalidade caótica do Potter, mas combinada com a correção de provas de trabalhos e com uma bela xícara de chá.

Lily costumava encontrar o irmão naquele lugar toda vez que seus horários se encontravam. O estabelecimento havia sido inaugurado na mesma época em que James pegou sua primeira turma e, fora sugestão da irmã que ele levasse as provas e trabalhos para lá a fim de corrigi-las com mais atenção.

—Sabe, alguns de seus alunos tem realmente uma imaginação fértil – a ruiva constatou após apoiar uma das redações na mesa, pegando seu chá gelado para tomar um gole.

—O que te faz acreditar que eles inventaram essas coisas? – perguntou James, sem levantar os olhos dos papéis a sua frente. A caneta vermelha correndo rápido pelas linhas enquanto fazia pequenas observações no canto das folhas, para depois, rabiscar a nota acompanhada de uma carinha sorridente.

—Duvido que essa... – buscou o nome da aluna na folha colorida antes de voltar a se apoiar no assento da cadeira - Elisa tenha achado um lago congelado no verão. Ou que a vida de alguém de 16 anos seja tão animada. Mas ela tem uma letra linda, dê uns pontos a mais por isso.

—Não posso aumentar a sua nota por ter uma letra bonita e nem tirar por ela ter mentido na redação –levantou sua cabeça para encarar a irmã. Tinha os olhos cansados mas o seu sorriso continuava preso nos lábios. – Mas ela escreve realmente bem, só precisa se dedicar mais nas aulas – pegou a pasta que estava em sua bolsa e entregou para a irmã. – Pode dar uma olhada no que eu planejei para a aula sobre títulos em redações, por favor? 

—Agora eu entendi o porquê desse convite inusitado para um chá. Você só quer me usar para rever seu conteúdo das aulas – disse dramaticamente, enquanto se acomodava mais na cadeira e pegava uma caneta para, possíveis, correções.

—Pra que serve os irmãos mais novos senão para fazer correções nos meu trabalho? 

 

Sua risada ecoou na cabeça de Lily fazendo com que ela latejasse. Scorpius continuava sentado ao seu lado, com uma expressão confusa no rosto e com os olhos percorrendo atentamente o rosto dela. Balançou a cabeça forte o suficiente para espantar as lembranças de James. 

Ela poderia se acostumar a ter seus pensamentos voando para longe toda vez que via algo relacionado ao irmão. Mas não naquele momento. Não com Scorpius a olhando preocupado. Não quando ele havia sido privado de qualquer conversa com ela por três semanas. Não agora, Jay, pensou enquanto fechava seus olhos o mais forte o podia e respirava fundo.

—Tudo bem? – ele arriscou colocar a mão nos ombros da ruiva. O toque inusitado e do qual sentia falta fez com que ela acordasse totalmente.

—Vou ficar – tentou sorrir o mais verdadeiro que pode. Apesar de não parecer plenamente satisfeito com a resposta de Lily, que notou a pequena ruga entre as grossas sobrancelhas loiras, concordou.  -Vamos entrar? Estou desejando uma torta de chocolate a semanas.

A risada que escapou dos lábios rosados do loiro aqueceu Lily por dentro.

 

*

Ele perguntou se ela preferia sentar em uma das mesas de fora, mas só a ideia fez com que seu corpo inteiro se arrepiasse. Se acomodaram em uma mesa perto de uma das janelas laterais, onde os bancos eram acolchoados e o cheiro de café era forte e gostoso. Seus pedidos foram feitos e Scorpius tentou afastar o silêncio, como o que os envolveu no carro.

—Então...-suspirou fortemente e sua expressão mostrava que se arrependia da pergunta que fez a seguir. - Como seus pais então? 

A pergunta pegou a garota de surpresa. Scorpius parecia tão decidido a falar sobre os dois que ela não achou que fosse começar pelo mais óbvio. Mesmo com essa constatação, ficou feliz por ele ter tido coragem o suficiente para perguntar dos seus pais. Nas últimas semanas, ninguém havia chego perto dessa pergunta quando se travava dos Potter. 

—Temos altos e baixos. Papai parece ter achado se atolar de trabalho uma maneira incrível de esquecer a dor, mas eu ainda o pego chorando de madrugada algumas noites. Mamãe quase não tem dias bons. Passa a maior parte do tempo bebendo e olhando para o dia lá fora que, às vezes, parece debochar do seu luto de tão brilhante que tem estado. 

Scorpius concordou com a cabeça e agradeceu à garçonete que acabará de deixar seus pedidos na mesa. A expressão no seu rosto denunciava a ansiedade de perguntar algo.

—Albus aparece de vez enquanto, até parece que não mora mais lá. Mas eu acho que está bem, tirando a parte que parece não dormir bem a semanas.

Scorpius fez um barulho de concordância enquanto mastigava um pedaço de seu sanduíche e olhava para a garota na sua frente.

—Passei a maior parte do tempo sozinha, já que mamãe apenas vagava entre a cozinha e o quarto – mordeu um pedaço do seu sanduíche e o engoliu quase inteiro, ansiosa para continuar sua narrativa, como se sua boca tivesse assumido o controle e quisesse pôr para fora tudo o que tinha guardado para si. – Foi horrível, parecia que eu era apenas uma mera espectadora da minha vida. Eu simplesmente não conseguia fazer nada e toda vez que eu me lembrava o motivo de estar assim, sentia como se estivesse presa...não conseguia me mexer.

O lanche foi deixado de lado enquanto ela se encolhia e sentia seus olhos marejarem, sua cabeça tinha voltado a latejar. 

— Minha psicóloga disse que os primeiros dias do luto seriam assim mesmo, mas era apenas um período. Achei uma baita bobagem na época – soltou uma risada fraca e limpou a primeira lágrima que escorreu. – Mas agora até que faz sentido...

Ao se dar conta do tanto que tinha falado e o quão mais leve se sentia, levantou seus olhos para Scorpius. Ele continuava a comer, tranquilamente, enquanto ouvia atentamente a cada palavra que saia de sua boca. 

Não havia notado do quanto sentia falta da confiança e conforto que sentia ao estar perto do homem, coisa que fazia com ela se sentisse bem o suficiente para desabafar o que estava preso em seu peito a semanas. Vendo o breve sorriso que começava a nascer nos lábios de Lily, falou:

—Melhor?

—Senti sua falta – suspirou enquanto comida mais um pedaço de seu lanche. Scorpius segurou uma de suas mão entre as dele e ofereceu um sorriso que ela sabia ser reservado apenas para ela. O silêncio que se instalou durante os próximos minutos não foi tão ruim como Lily imaginava que seria.

 

*

Ele esperou silenciosamente que Lily terminasse seu lanche antes de começar a falar. Sua perna balançava rapidamente por debaixo da mesa mas seu rosto não deixava transparecer.

—Scorp –suspirou colocando as batatas de lado. –Só...pergunta.

O homem passou a mão nos cabelos muito rapidamente antes de abaixá-las para o colo novamente.

—Eu entendo Lily, a dor e o sentimento de ser coadjuvante da sua própria vida –arrastou a cadeira para que ficasse mais próximo da mesa. – Eu sabia que você iria tentar se isolar de todos, só não achei que isso me incluía.

—Não queria te arrastar para a confusão que estava a minha vida...

—Bom, eu não me importo – disse firme segurando a mão de Lily por cima da mesa. – Já estive no meio dessa confusão antes e não me importava de voltar se fosse para ficar com você.

Lágrimas grossas escorriam pelas bochechas rosadas de Lily. A culpa que sentia parecia consumir, aos poucos, todo o seu ser.

—Me desculpe... eu só não sabia o que fazer.

—Não peça desculpas por ser humana...por sentir – soltou a mão dela por alguns segundos enquanto arrastava sua cadeira para próximo de Lily. – Olha, eu não vou tentar te ajudar se não quiser. Mas por favor, não me afasta de novo. Me permita ficar do seu lado, mesmo que apenas para ser um ombro que você vai chorar.

Scorpius buscou o olhar da ruiva, apertando mais os braços ao seu redor.

—Eu entendo a sua dor, Lils – suspirou. – Mais do que gostaria. E não importa se eu estava ao seu lado ou não, estou aqui agora. Antes tarde do que nunca, não é mesmo?

Lily se permitiu rir brevemente enquanto secava as lágrimas.

—Eu amo você Lily e sempre vou amar. Três semanas não vão mudar isso.

E, desde a morte de James, Lily sentiu que poderia sentir algo além da dor.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado. Comentem me dizendo o que pode ser melhorado ou apenas se estão gostando, isso me incentiva a continuar escrevendo.
Agora eu tenho uma pergunta, vocês gostariam que eu colocasse no inicio dos capítulos um link com as fotos dos personagens ou preferem imaginá-los?
Até quinta que vem, love always BB :)



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