Harry Potter e o Amor escrita por Mariana


Capítulo 8
Scorpius e Rose


Notas iniciais do capítulo

Música tema: I Don't Wanna Lose You - Tina Turner



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1º de agosto de 2021

Rose não entendia o porquê de Scorpius continuar atrás dela, e ele muito menos. A ruiva já tinha esgotado seu repertório de foras e já começava a sentir pena daquele sujeito que sempre vinha com a mesma conversa:

— Fica comigo, Rose, eu sei que você não vai se arrepender...

De início, ela detestava o Malfoy. Claro que a influência paterna contou muito, Rony sempre a incentivou a ficar bem longe do filho de seu velho rival do colégio Draco Malfoy e a batê-lo em todos os testes. Depois, foi Alvo que se afastou dela para ser melhor amigo dele. Rose nunca se conformou com isso. Ela e Alvo sempre foram melhores amigos, eles se entendiam mais entre si do que com seus próprios irmãos. Daí, ela também tinha raiva de Alvo por preferir o estranho Malfoy a ela, sua prima que sempre foi sua amiga.

Agora ela estava mais ansiosa do que nunca para as aulas recomeçarem. Dizia a todos que era por causa do Quadribol, mas no fundo ela esperava que Scorpius a convidasse para sair novamente.

Chegou o dia de comprar os materiais, e Rose, na qualidade de nova monitora da Grifinória, recebeu muitos elogios e um tratamento diferenciado. Rony ostentava a virtuosa filha pelo Beco Diagonal, contando a todos da novidade com um sorriso de orelha a orelha, para a vergonha dela e de Hugo, que apesar de ser tão inteligente quanto a irmã, não era tão bonito nem tão bom em esportes.

Ela avistou Alvo e Scorpius na porta da Floreios e Borrões. Os dois estavam cochichando e volta e meia olhavam para ela. “Será que agora ele vai me chamar para sair?”, pensou.

Rose decidiu ir até eles, mas mudou de ideia ao ver Draco se aproximar dos dois garotos. Como inimigo da família Granger-Weasley, o Sr. Malfoy talvez até tratasse mal a jovem mestiça que ousasse falar com seu amado filho sangue-puro. Mas ela e o irmão quase caíram para trás ao ver Rony – sim, Rony – se aproximando de Draco com um sorriso no rosto e apertando sua mão. O Malfoy retribuía o aperto com um sorriso mais comedido, para espanto ainda maior deles, e Rony puxou assunto:

— Como tem passado, Malfoy?

— Bem, Weasley! Também veio trazer as crianças para comprar os materiais?

Era a deixa para que Rony abraçasse a filha mais velha pelos ombros e iniciasse um discurso animado sobre a nova monitora da Grifinória. E assim foi feito, Draco ouvia tudo balançando a cabeça loira para frente e para trás e ao final de tudo, esticou a mão direita para a jovem e falou:

— Meus parabéns, senhorita!

Rose congelou. Olhou para Alvo e Scorpius, que também acompanhavam com atenção aquela conversa. O primo não parava de cochichar algo no ouvido de Scorpius, que por sua vez parecia mais pálido que o normal. “Na frente dos nossos pais ele nunca vai ter coragem de me chamar pra sair”, concluiu a garota.

— Obrigada, Sr. Malfoy – foi tudo o que Rose conseguiu responder. Virou-se para o pai e falou – Pai, eu vou na frente para ir escolhendo meus livros, tudo bem?

— Claro, filha! – Rose sorriu de sua audácia, mas seu sorriso logo se desmanchou quando Rony completou – Vai com ela, Hugo!

Rose bufou. Hugo iria ficar na sua cola o tempo inteiro, como um chiclete grudado em seu sapato, e ela não teria espaço sequer para respirar, muito menos para conversar com Scorpius.

— Você viu o que eu vi? – perguntava ele, que falava com certa dificuldade por causa de um aparelho que pôs nos dentes recentemente.

— Sim, eu vi. Hugo, vai vendo aí os seus livros de Herbologia que eu vou ver se acho os de Defesa Contra as Artes das Trevas ali do outro lado.

— Mas...

Hugo nem teve tempo de contestar, pois Rose já estava em um ponto fora do seu alcance de visão. Ela procurava Scorpius e Alvo com os olhos e quase gritou ao ver o loiro atrás dela.

— Te assustei?

— Não. Eu não tenho medo de nada – disfarçou.

— Eu... Fiquei feliz quando vi que nossos pais fizeram as pazes. Sabe, depois do que passamos juntos, eu acho que criamos laços bem profundos.

— Como assim?

Scorpius congelou. Prometera aos outros não contar sobre as viagens no tempo, nem sobre o incidente com Delphini. Mas se sentia tentado. Queria que Rose soubesse que ele, Scorpius, fora um herói e que abrira mão de uma vida de rei para vê-la novamente.

— Parabéns. Nova monitora, hein? Sempre achei que você era capaz. Sabia que eu também vou ser monitor? Podemos formar uma dupla: Malfoy e Weasley, os implacáveis e indestrutíveis monitores de Hogwarts que farão os novatos e os delinquentes tremerem!

— Valeu – Rose sorria, sempre achou Scorpius engraçado. Quase tão palhaço quanto seu pai – Mas é Granger—Weasley, tá? Você sempre erra meu nome, tanto tempo atrás de mim e nunca acertou?

— Desculpe, senhorita Granger-Weasley. Mas é que seu nome é muito grande! Por que não simplificar? Sugiro escolher um nome bonito, de tradição. Que tal... Malfoy? É um belo nome, se aceitar sair comigo, eu deixo você ser a Senhora Malfoy.

Rose revirou os olhos. Scorpius nunca dava uma dentro.

— Eu nunca! Que petulância a sua, achar que eu vou mudar meu lindo sobrenome cheio de história e importância pra ser a Senhora Malfoy... É cada uma!

Rose virou as costas e foi andando. Mesmo gostando de Scorpius, era muito difícil pra ela se entender com ele. O loiro só dava bola fora, já no primeiro encontro ele disse que ela tinha cheiro de pão, depois foi só ladeira abaixo.

— Espere!

Rose se virou. Scorpius estava ainda mais nervoso, parecia trêmulo e suava frio.

— Olha, foi mal. Eu não queria ter te chateado com essa história de sobrenome, desculpa, mas já deve ser a milésima vez que eu te chamo pra sair e você me diz não. Eu só queria que você soubesse... Eu te amo, tá legal? Isso mesmo, agora eu posso dizer com toda a certeza que eu amo você e que eu sou capaz de morrer se você me rejeitar novamente.

— Não exagera, Escorpião-Rei... Quem disse que eu não ia sair com você dessa vez?

O rosto de Scorpius se iluminou. Ele parecia não acreditar no que estava ouvindo. Rose finalmente disse sim, e ele queria fazer como Ron, gritar pata todo mundo ouvir.

— Pô, Scorpius, tô te procurando a um tempão, você não quer ver aquele livro novo de História da Magia? – falou Alvo, se aproximando do casal – Oi, Rose.

— Oi, Al.

Alvo notou o clima estranho e ia se afastar quando Scorpius o segurou pelos ombros e disse:

— Ela disse sim!

— O quê?

— Sim, Rose disse sim!

— Sim do quê, cara?

— Rose topou sair comigo, Alvo! Finalmente, depois de todos esses anos, ela aceitou sair comigo!

Alvo sorriu e se voltou para a prima:

— É sério isso?

— É, eu acho que sim

Scorpius saiu pulando e gritando pela loja, com toda a dignidade esquecida. Os outros olhavam a cena sem entender direito. Alvo caiu na gargalhada e Rose ficou vermelha de vergonha. Segurou Scorpius pelo colarinho, o arrastou para um canto e sussurrou:

— Para com isso, você não vai querer que nossos pais saibam e estraguem tudo, vai?

Scorpius teve que concordar. Respirou fundo, balançou a cabeça positivamente, mas não conseguia conter um sorriso que teimava em aparecer em seu rosto. O sonserino realizou o maior sonho da sua vida e nada podia dar errado


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Notas finais do capítulo

Primeiramente desculpem pela demora, andei enrolada com a faculdade
Segundamente, essa imagem não é minha, eu peguei da internet
À propósito, essa história não tem relação com outra fanfic que escrevi: "Scorpius Malfoy e a Pedra da Ressurreição", apesar de ter Scorose
Espero que também gostem ;-)



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