— Ei! – Assim que Bella abriu a porta a enlaçou em um abraço forte. – Que cheiro bom. – Seu nariz estava afundado no delicado pescoço. Inalava feliz o seu aroma, tinha sentido muita falta daquilo também. – Está pronta? – Perguntou quando finalmente e libertou de seu abraço. Analisou a aparência da noiva, para ele estava perfeito.

— Estou pronta. Você disse para usar roupa esporte. – Usava calça legging, blusas de mangas e tênis. Seus cabelos estavam presos ao alto. Ele mesmo também usava roupas parecidas, além de uma sacola nas costas. – Quando falou em um encontro e para reservar todo o domingo, não imaginei que estava se referindo a praticar esportes.

— Não vai se arrepender. Eu prometo. – Ele piscou. - Importa-se de irmos com o seu carro?

— Eu já estava prestes a oferecer.

— Então vamos. – Edward estava bastante animado.

Foi ele que foi para trás do volante, pois ele sabia a direção, ainda não havia falado com Bella. Ela entendeu quando cerca de uma hora depois paravam no estacionamento arborizado de um hotel fazenda.

— Vamos fazer trilha?

— Sim, eles oferecem esse tipo de atividade. Já temos nossos ingressos.

Foram até a recepção, onde Edward mostrou seus passes. Depois do check-in, dirigiram-se à um restaurante, onde ofereciam um café da manhã leve e sortido para os clientes.

— Está bom?

— Delicioso. – Bella respondeu ao mastigar.

— É uma trilha longa?

— Não muito. Preocupada? – Provocou.

— Nem um pouco. – Bella se fez de forte, mas estava um pouco preocupada. Depois do término do noivado não andava se exercitando muito.

— Ótimo. Espero que não tenha se tornado uma fracote.

— Nunca fui uma fracote. Espere e veja. – Bella estava aceitando o desafio.

— Olha só, a Senhorita Bella Swan, tão feroz, tão destemida. É realmente uma graça.

— Espero que não seja você a dar para trás. Afinal, quem muito fala...

— Você tem bons olhos e já pôde ver o quão bom está o meu condicionamento físico. – Aquele comentário a fez corar e ele sentiu-se vitorioso e orgulhoso também. Ainda provocava aquelas sensações em Bella e era o suficiente.

— Posso afirmar que o seu ego está em um bom estado. – Edward riu alto.

— O seu deveria estar também, amor. Você está maravilhosa.

— Deveria me elogiar em primeiro lugar.

— Tenho feito isso o tempo todo. – Lembrou. Bella sorriu, era aquilo que ele queria e seu coração aqueceu.

— Linda. – Achou uma graça ainda maior quando ela desviou o olhar envergonhada.

Poucos minutos depois o guia que havia contrato com o pacote do dia naquele hotel apareceu. Iriam mais algumas pessoas que se juntaram a eles. Logo os dois estavam caminhando entre vegetação densa e extremamente bela.

Havia uma gruta no percurso, Edward tirou muitas fotos, principalmente de Bella. Tentou capturar todas as reações dela que sempre tinha sido tão expressiva. Era maravilhoso vê-la reagir a tudo aquilo. Tinha definitivamente acertado no tipo daquele encontro. Nada se comparou aos olhos dela brilhando quando finalmente alcançaram o topo daquela montanha.

— Meu Deus! – Bella arfou ao seu lado. – Isso é... É tão lindo! – Bella abriu os braços e recebeu o vento que batia gentilmente em seu corpo. – Isso é incrível. – Ele a abraçou por trás. – Quem podia imaginar... Tão perto da cidade.

— Gostou? De verdade?

— Amei.

— Você é incrível. – Ele murmurou em seu ouvido.

— Está diante de um milagre desses e está dizendo que eu que sou incrível? – Edward riu baixinho e Bella sentiu seu corpo reagir aquele som. Era muito bom, bom demais.

— Sim. No início, imaginei que seria difícil namorar uma garota rica. Você foi criada para agir diferente do que age. Fiquei tão aliviado quando percebi que você parecia comigo nesse ponto: Era fácil te fazer feliz. Você podia ser conquistada com a simplicidade. Você se adaptou tão bem ao meu apartamento, aos lugares menos requintados que te levava, aos meus amigos, ao sítio e aos meus pais. Lembro até hoje da maneira como ficou feliz comendo a sopa da minha mãe. E agora, quando normalmente uma garota rica poderia reclamar do cansaço, de estar suando, do vento, você apenas fica feliz.

— Não posso ser elogiada por isso. Como não posso ficar feliz quando olho para tudo aqui? Para você? – Bella virou o rosto e olhou em seus olhos. Edward sentiu a importância daquelas palavras e não pôde deixar de se emocionar.

— Está se declarando também?

— Foi natural amar você, percebi que podia me apaixonar quando você me ligou pela primeira vez depois de ter me procurado tanto. Depois disso, meu coração foi preenchido por você.

— Então, eu me apaixonei mesmo primeiro. – Ele se deu conta. – Tanto faz, eu te conquistei.

— Nosso problema nunca foi o amor, Ed.

— Eu sei. – Edward a encheu de beijinhos no rosto.

Ficaram um tempo por lá para depois voltarem para o hotel. Tomaram um banho, trocaram de roupa, pois ele havia avisado para levar peças extras, ele mesmo levou as dele. Depois do almoço eles voltaram para o quarto e deitaram, estavam exaustos.

— Há um passei de barco no lago mais tarde. Eu pensei que pudéssemos fazer depois.

— Sim, claro. Só preciso de um tempinho. – Edward a puxou para perto, Bella ficou parcialmente sobre ele.

— Está muito cansada?

— Um pouco.

— Podemos fazer amor?

— Agora você pede? – Bella olhou para ele divertida.

— Eu... Então... – Bella o interrompeu e o beijou.

Tinha que admitir que sentiu muita falta daqueles beijos, então ela o beijou muito nos lábios. Era quase constrangedor como ficava enlouquecida com aquele simples carinho, mas queria tanto aquilo, quis tanto por tanto tempo que se demorou. Edward não se importou, ele mesmo sentia falta de beijar os lábios da noiva.

Como ela queria mais, retirou a roupa dele devagar para só então beijá-lo. Começou com o peitoral que parecia mais definido, assim como a sua barriga. Ela podia ver os desenhos de seus músculos claramente. Tocou-lhe nos braços fortes, tirou-lhe a cueca. Bella sempre achou as pernas de Edward o seu ponto forte e elas pareciam ainda melhores.

— Muito mais músculos do que me lembrava. – Parou um pouco para apreciá-lo.

— Não havia muito o que se fazer e agora tornou-se um habito me exercitar.

— Eu gosto disso. – Edward estava completamente duro agora. – Gosto demais. – Bella tocou-lhe o membro rijo, acariciou sem demora antes de também envolvê-lo com beijos ousados.

Só depois de se amarem descansaram nos braços um do outro. Edward velou o sono dela que ressonava enroscada nele. Estava sendo perfeito, um encontro. Tiveram diversão, falaram sobre seus sentimentos e fizeram amor.

Bella acordou sentindo os carinhos de Edward em suas costas nuas. Não havia percebido que adormecera. Precisou de um tempo para organizar os pensamentos, estava sonolenta.

— Eu dormi por muito tempo?

— Não.

— Não vamos ao passeio de barco?

— Acho que podemos fazer da próxima vez. Nós perdemos o horário. – Disse despreocupado.

— Porque não me acordou?

— Perdemos porque estávamos fazendo amor. Você só dormiu por uma hora.

— Desculpe. – Lamentou.

— Porque está se desculpando? – Sorriu para ela. – Foi o melhor dia que tive por muito tempo. Só lamento por um detalhe.

— Qual? – Edward a afastou delicadamente e esticou-se para pegar a sua bolsa que estava em uma poltrona ao lado. Sentou-se, assim como Bella que estava curiosa naquele momento. Edward pegou uma caixinha e pôs a bolsa nos pés da cama.

— Pretendia te dar isso no barco. Queria comovê-la. – Ele abriu a caixa e lá dentro havia um delicado anel prateado com pedrinhas por todo a sua volta, uma flor rodeava uma pedra maior ao centro. – Bella, eu demorei muito para dar um anel a você. Da primeira vez não tinha como te oferecer algo assim. Case-se comigo, Bella Swan.

— Edward... – Bella pareceu de repente notar que estava nua, cobriu-se com o lençol que deixara cair quando se sentou. Seu gesto fez com que Edward ficasse quase nu também.

— Volte a ser a minha noiva, vamos planejar nosso futuro juntos novamente. – Bella calou-se, ainda olhava para o anel, havia achado lindo, mas algo a impedia de responder, de reagir. – Bella? – Chamou-a depois que percebeu que nada viria dela. – Por favor, responda.

— Eu... – Seu olhar ergueu-se para ele agora. – Preciso de um tempo. – Edward pensou muito pouco na opção dela negar seu pedido por isso estava um pouco impactado.

— Da primeira vez foi bem diferente. – Não pôde evitar dizer.

— Eu te amava loucamente.

— Não me ama da mesma forma?

— Eu amo, amo demais. Sou louca por você, caso contrário, não estaria aqui. Eu estaria com o... – Interrompeu-se, seu nervosismo a estava fazendo falar demais.

— O James ou o Alec.

— Isso. – De repente ela sentiu-se incomodada e magoada. Ainda havia o ressentimento, ainda havia o medo, o que era pior. – Estaria com um deles ou com os dois, quem sabe?

— Está falando isso abertamente em quanto está comigo, na cama? – Sim, estava ofendido e com ciúmes.

— Estou. – Edward precisou acalmar-se, nada resolveria se ele se enfurecesse.

— Está me ferindo deliberadamente, porque eu te magoei muito. Tudo bem, eu entendo.

— Não é só por isso. Eu te amo, mas tenho medo de me entregar da mesma forma que antes e por alguma dificuldade você decidir me deixar novamente. Eu sofri tanto, senti meu coração tão esmagado. Seria louca se me arriscasse sentir o mesmo. Havia se entregado aquele amor de uma maneira que nunca tinha feito antes.

— Por favor, meu amor, confie em mim dessa vez. – Edward acariciava o rosto molhado por lágrimas de Bella. Ficou surpreso quando ela se afastou e levantou-se. – O que está fazendo?

— Pegando as minhas coisas, vamos voltar para casa. – Edward apenas suspirou e também começou a arrumar-se.

A volta para casa foi silenciosa, Edward havia tentado puxar conversa com assuntos diversos, mas não havia progredido. Bella estava introspectiva e ele xingava-se por dentro. Talvez tenha errado a abordagem, ele não sabia.

— Posso conhecer a sua casa agora? – Perguntou com a expressão mais inocente que conseguiu.

— Estou cansada e quero dormir mais um pouco.

— Entendo. – Ele teve que arriscar, mas claro, não daria certo com aquele clima entre os dois.

— Obrigada pelo encontro, o dia foi bem divertido.

— Espere. Fique com ele. – Edward lhe entregou o anel. – É seu, Bella. Você o usando ou não, é seu. Pegue. – Insistiu quando mesmo assim ela não pegou. – Por favor. – Bella pegou a caixa das mãos dele. – Durma bem. – Edward despediu-se com um beijo doce.

***

— Pensei que dormiria por lá. – Sua mãe estava afundada no sofá comendo pipoca e assistindo a um filme.

— Mudança de planos. – Preferiu voltar e ficar um pouco com seus próprios pensamentos. Com o Emmet não iria funcionar. Sentou-se ao lado da mãe e serviu-se da pipoca que estava entre eles agora.

— As coisas não foram boas com a Bella?

— O encontro foi ótimo, mas no final, ela ainda está com o pé atrás comigo.

— Tenha paciência, pode não ser agora, mas se continuar ao lado dela, Bella abrirá seu coração e a sua vida novamente para você.

Edward ficou ao lado da mãe por um tempo, seu pai tinha voltado do banheiro e deu seu lugar a ele, deixando os dois a sós. Pensou bastante no que poderia fazer naquele momento, tudo o que podia concluir era que deveria seguir com o seu trabalho, com a sua mudança para a cidade. Ficaria mais presente na vida de Bella, tanto quanto possível. Ela confiaria nele novamente, jamais a abandonaria de novo.

Acordou tarde, deu-se aquele tempo para si. Como sempre estava fazendo, exercitou-se, preguiçosamente arrumou-se e pegou seu ônibus. Naquele dia continuaria a sua busca por um apartamento. Queria resolver aquilo durante aquela semana.

Depois de trabalhar muito e ficar frustrado com a procurado do apartamento, dirigiu-se até a loja de Bella. Queria recuperar as suas energias, nada melhor do que roubar alguns minutos para estar nos braços dela.

Não havia clientes na loja, Edward caminhou até o balcão e deu de cara com ele vazio, mas ao olhar para o lado, em um canto onde havia uma mesa pequena de vidro com um lindo jarro de flores em cores pastéis, estava sentada a sua linda noiva e Alec. Duas xícaras do que parecia ser chá estavam servidas. Bella estava surpresa com a sua presença, mas nada se comparava a cara do Alec, ele estava boquiaberto, mas se recompôs rapidamente. Foi suficiente para o deleite de Edward.

Sorrindo, voltou a caminhar na direção dos dois. Bella levantou-se, estava nervosa e aquilo significava que Alec deveria ter investido nela novamente. Parecia que o pé na bunda não tinha sido suficiente para ele. Era realmente muito insistente, muito confiante com aquele cabelo louro lambido.

— Você veio. – Bella falou como se precisasse dizer qualquer coisa.

— Oi, amor. – Edward deu-lhe um breve selinho. – É seu. – Estendeu-lhe a caixa lindamente decorada de trufas que havia levado para ela.

— Adorável. Obrigada. – Ela pigarreou, pondo a caixa sobre a mesa. – Alec veio me visitar. Ele acabou de voltar de viagem.

— Estou vendo. – Disse simplesmente encarando-o.

— Bella estava me contado que enfim saiu da prisão. Fiquei surpreso, ainda faltava algum tempo.

— Aposto que estava contando. – Alec gargalhou.

— Parece que foi um bom menino lá. Está parecendo diferente agora.

— Não imagina o quanto.

— Verdade? – Disse um pouco desconfiado.

— Se eu não tivesse mudado estaria agora transformando a sua cara em uma massa desforme. Lembra-se, fiz isso da última vez.

— Ah... eu lembro, agindo como o marginalzinho que é só porque eu mostrei a todo mundo que tipo de gente é você. Não quer fazer isso agora? Tenta, talvez dessa vez você fique em uma gaiola por mais tempo.

— Você não vai parar? – Bella o alertou zangada.

— Surpreende-me você, Isabella. Como pôde voltar com esse cara? Sabendo que ele é um criminoso, ficou com ele mesmo assim. Você foi chutada e ainda está atrás dele. – Aquele era o ponto fraco de Bella, Edward notou quando ela recuou, mas permaneceu firme.

— Todos esses problemas são meus e do Edward. Já te disse para parar com isso.

— Você ficava agradecida quando eu te livraria de problemas como ele. – Apontou para Edward. – Já não está na hora de sossegar? Parar de se envolver com esses cretinos e casar comigo? Estamos em uma ótima idade agora e estou um pouco cansado desse cara.

— Está mesmo pedindo a minha noiva em casamento na minha cara?

— Vamos ser honestos, eu estou mais para o noivo dela do que você. Além do óbvio... – Alec olhou com desdém para Edward de cima a baixo. – Você não avançou um passo se quer sobre a família dela e agora isso é algo impossível. Enquanto eles me tratam como o genro adorado.

— Você quer mesmo me atormentar? Voltou para agir assim? O que deu em você?

— Meu amor, eu não quero ser chato, mas ele sempre foi assim. – Edward balançava a cabeça de um lado a outro reprovando aquele cara arrogante. Como ele tinha coragem de estar ali e falar todas aquelas bobagens?

— Alec, por favor, vá embora agora. Eu pensei que pudéssemos voltar a ser amigos depois desse tempo, mas parece que ainda está obcecado...

— É você que está obcecada por esse cara! – Aquilo a assustou porque ele falou alto e levantou-se agressivamente. – O que é, Bella? Do que se trata? Ele faz algo na transa que você gosta tanto assim? Ou é só a vontade de ir contra seus pais enquanto dorme com um pé rapado com calos nas mãos?

— Você parece estar bem por dentro das fantasias das menininhas. – Edward foi sarcástico.

— Não ouse. – Bella prostrou-se na frente de Edward quando Alec avançou para ele. – Não faça isso, principalmente aqui. Vá e esfrie a sua cabeça. Vá antes que eu perca todo o respeito por você. – Alec ainda sorriu sombriamente para ele antes de ir aparentemente frustrado.

— Não precisava ficar na minha frente. – Bella virou-se para Edward.

— Você não pode se envolver em problemas. – Lembrou-o. – Alec está bem focado...

— Focado? – Edward frisou sem acreditar. – É essa palavra fofinha que usa para denominar essa atitude do Alec?

— Não comece a dizer que eu o defendo.

— E o que é isso?

— Não estávamos nos comunicando tanto assim. Mantinha-o afastado todo esse tempo e eu conversei com ele, brigamos mesmo quando você foi preso. Eu realmente tentei afastá-lo. Pensei que pudéssemos... Ele parecia tranquilo.

— Eu não o surrei, então foi muito bom esse encontro. – Deu de ombros.

— Deve ter sido horrível dar de cara com ele já que ele o denunciou.

— Tudo bem, amor. Sinto que paguei a minha dívida, então não foi tão ruim.

— Não foi tão ruim? – Bella o abraçou forte.

— Ah... Eu vim por isso. – Suspirou profundamente sentindo seu coração ficar tranquilo. – Estava chateado hoje.

— O que aconteceu?

— Não consegui encontrar ainda um lugar para alugar. – Bella afastou-se dele, seu olhar o fez rir um pouco, ela estava curiosa, muito curiosa.

— Explique direitinho.

— Estou procurando um lugar para morar aqui. Infelizmente ainda não posso ter algo perto de onde mora, mas vou encontrar algo. Com tanto que esteja dentro da cidade e que eu possa estar por mais tempo contigo sem ter que viajar para longe.

— Está se mudando?

— Espero que seja algo merecedor desta vez, nada parecido com nosso último apartamento.

— Esta insinuando que esse lugar... – Ela mesma não completou a frase com medo da verdade. Aquilo a fazia tremer um pouco.

— Será nosso, assim que estiver pronta para isso.