No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 15
Previsão de morte e médicos mortais (2ªpostagem)


Notas iniciais do capítulo

Segunda postagem do capitulo, espero que esteja melhor agora!



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     P.O.V. Nico di Angelo

     Tudo de repente ficou escuro, nem eu que sou bom em enxergar no escuro consegui ver alguma coisa. Chamei por Anna, Annabeth, Percy e até Robert, ou ninguém quis me responder ou eu estava sozinho mesmo.

     Comecei a vagar pelo nada segurando minha espada com força na minha mão. De repente ouvi um choro de bebê, aquele terrível chorozinho irritante que faz sua cabeça explodir de raiva. Segui o barulho e acabei encontrando uma janela de onde saia luz.

     A janela dava para uma sala de estar muito bonita e com detalhes super elegante. Um cara alto ruivo com algumas sardas no rosto estava segurando um bebê careca de maneira tão péssima que até eu pude notar.

     -Acho que ele vai acabar caindo no chão desse jeito, Rob.

     Uma mulher loira bonita entrou na sala, eu não a reconheci de primeiro momento, porém quando a mulher se virou de frente para mim meu coração deu um salto.

     -Anna?!

     -Nico? Deuses, a quanto tempo. –Ela disse pra mim sorrindo. Eu pulei pra dentro da sala. –É claro que se lembra do Robert, não?

     -Lembro, mas o qu...

     -Sabe que depois que você se foi tudo ficou mais fácil, eu lamento.

     -Como você lamenta? Pelo que?

     -Não se lembra Nico? –Anna lançou-me um olhar triste, que me fez querer correr para abraçá-la e confortá-la. –Pelo menos se lembra da minha primeira missão?

     -Mas é claro.

     -Então deve se lembrar de como ela terminou? –Eu fiz que não com a cabeça e ela continuou. –Encontramos Thalia, fomos para o Olimpo com pouco tempo para o solstício de inverno. Chegamos lá e seu pai e Posseidon foram convocados para assistir a luta, logo depois montou-se uma arena para que você, Percy e ela batalhassem.

     -Vocês dois estavam perdendo muito descaradamente, -“Porque Robert esta aqui, e interrompendo Anna?” Pensei quando o ruivo começou a falar. –Zeus fez com que jurassem que iriam lutar com todos os seus poderes para realmente saberem quem seria o mais poderoso.

     -Você lutou perfeitamente. Mas quando Hades e Posseidon resolveram levar a mim e Annabeth para não interferirmos na luta você se distraiu e... –Uma única lágrima escorreu pelo rosto triste de Anna.

     -Thalia e Percy combinaram seus poderes e sem intenção acabaram... Te matando.

     Eu fiquei assustado, dei alguns passos para trás e percebi que havia acabado de atravessar uma mesinha.

     -Eu te amava, mas precisava seguir minha vida, então Robert apareceu e...

     -Não... Quer dizer, vocês... ? –Eu estava me sentindo extremamente ridículo como um adolescente fantasma em frente a dois adultos.

     -Nós nos casamos e esse é o nosso filho, Nico Sanders. –Falou Anna.

     Eu estava estourando de raiva e tristeza, Anna já tinha pegado o bebê de Robert e ele já havia parado de chorar. Aproximei-me dele e ele sorriu para mim, como o mesmo sorriso de Anna, ele também tinha seus olhos cor de âmbar.

     -Olá Nico. –Eu disse a ele.

     -Nico, por que está aqui? –Robert perguntou. –Por que voltou agora, se poderia ter voltado há tantos anos atrás?

     -Quero saber, -disse voltando para a janela de onde vim. –Quando eu morri, quem ficou sendo o mais poderoso?

     Pulei para fora e esperei de olhos fechados pela resposta. Depois de um tempo abri os olhos, não havia mais janela ou escuridão.

***

     Acordei e agradeci milhares de vezes aos deuses por tudo aquilo ter sido um pesadelo. Pareceu-me tão real que quando abri os olhos pensei que a vida real fosse um sonho e aquilo a realidade. Aquele tinha sido um pesadelo, mas não muito pior do que os habituais para o nível dos semideuses.

     Levantei-me e dei-me conta de que não estava mais no meio da cidade de Toledo, estava sozinho em um quarto de hospital. “Ah deuses, onde estará minha mochila? E se eles estiverem com ela e... ‘Pera ai, minhas roupas!” Eu estava vestindo aqueles ridículos vestidinhos verdes de hospital, o pior nem era isso, o prior era que eu estava vestindo o vestidinho. “Estamos ferrados com certeza pegaram minha espada.”

     Procurei rapidamente pelo quarto, mas nem minhas roupas nem minha mochila estavam lá. Olhei minha ficha que estava em cima de uma mesinha próxima a porta. “Paciente desmaiado sem motivo aparente.” Logo abaixo havia escrito. “Observações: Porte de armas medievais e quantidade significativa de ouro.”

     Sai sem fazer barulho do meu e fui passando pelos outro quartos para achar algum dos outros. Três quartos para esquerda encontrei o quarto de Annabeth e entrei depressa e tranquei a porta. Ela tomou um susto, mas ficou aliviada ao saber que era eu. Super rápida, ela limpou suas lagrimas e fingiu não estar chorando.

     -Graças aos deuses é você, Nico. Acabei de acordar, eles levaram minhas roupas, meu boné e minha faca! –Annabeth também estava com o ridículo vestidinho.

     -As minhas coisas também estão sumidas. Vamos achar os outros e depois achamos nossos pertences.

     Nós dois saímos novamente sem sermos notados. Quando se tem uma ou duas pessoas é fácil, mas imagine como ficaremos quando nós cinco estivermos fugindo com a mesma roupinha ridícula pelo hospital cheio de médicos.

     O próximo que achamos foi Robert, seguido por Percy e por último Anninha. Vocês não sabem como foi bom ver Anna de novo em sua idade normal sem estar casada e ter um filho de Robert. Annabeth ficou exatamente como eu quando viu Percy não perguntei a ninguém sobre os pesadelos, já Anna...

     -Gente! Como é bom encontrar vocês! Aquele deus dos pesadelos foi muito mau comigo, tive uma série de pesadelos horríveis. Vocês também tiveram, não é? Eu vou ficar muito mais chateada se ele tiver feito isso só comigo!

    -Não Anninha, nós também tivemos nossos pesadelos.

     -E parece que estamos em um novo pesadelo, estamos todos vestidos como doentes em um hospital que não fazemos ideia de onde é e ainda levaram para algum lugar as nossas coisas! -Falou Percy exasperado.

     -Temos que criar um plano. -Falou Annabeth. -Não vai demorar muito para que os médicos percebam que nós fugimos.

    -Na verdade, -Robert apontou para o lado de fora do quarto de Anna (que era onde estávamos). -Já perceberam.

   Três médicos, duas enfermeiras e dois armários em forma de gente que deveriam ser os outros enfermeiros abriram a porta do quarto e entraram. Dois dos três médicos e os dois enfermeiros estavam com seringas nas mãos.

    Eles ficaram em frente à porta, mas não seria difícil para cinco meios sangues  passar por eles. Ou pelo menos não seria difícil passar pelos simples humanos que achamos que eram.

     -Rendam-se meios-sangues, ou irão pagar caro. -Disse a mulher com voz de robô, o que não poderia ser um bom sinal. Depois a mulher soltou um mugido enfurecido.

    -Minotauro! -Gritou Percy, total chute, mas certo.

     -Um ou sete? -Perguntou Robert desesperado.

     Em resposta os seis começaram a se juntar e se fundir a mulher que falou criando um enorme e horrendo monstro metade homem com cabeça de touro. Tinha um enorme machado em suas mãos, ele mugiu de novo para nós.

    Nós estávamos desarmados e totalmente desprotegidos. Eu até poderia sair dali, porém depois daquela ultima viagem pelas sombras era melhor não me arriscar. Percy saiu correndo pulando sobre a cama em direção ao Minotauro, em minha opinião apenas para distraí-lo.

     O "plano" começou certo, até que deu errado. Ao invés do Minotauro prestar atenção em Percy, ele virou-se para nós, apontando seus chifres afiados para a gente. Cada um correu em uma direção do pequeno quarto e o Minotauro acabou dando de cara na parede e fazendo um enorme estrago na pintura.

     -Vamos! –Robert correu para fora do quarto e nós o seguimos.

     Não faço idéia do que os humanos estavam vendo sob a ação da Névoa, mas com certeza não eram cinco adolescentes correndo que nem loucos com um monstro mitológico atrás deles.

     Avistei uma placa escrita “Sala dos Pertences”. Provavelmente era pra lá que levavam os pertences dos pacientes. Corri para lá e arrombei a porta com os outros vindos atrás de mim. Procurei com pressa nossas coisas.

     Encontrei minha mochila, a de Robert e nossas armas juntas em uma caixa lacrada escrito: Objetos suspeitos. Cada um pegou o que era seu e saímos da salinha.

     Vimos o monstro a uns cinqüenta metros de nós. Sem plano algum pegamos nossas armas e começamos a correr em direção ao Minotauro, quem sabe um de nós pode conseguir, né? Foi o meu pensamento otimista!


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Notas finais do capítulo

Para os que leram e não gostaram do último capitulo: Gente desculpa, não sei o que houve quando eu passei pro Nyah! que ficou daquele jeito, já revi e agora vou postar de novo melhor



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