Z de Morte escrita por Mallock


Capítulo 8
Capítulo 7 - A Chave


Notas iniciais do capítulo

"Não fique na cama o tempo inteiro. A cama mata também"



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Fiquei alguns dias nessa cama, ouvindo barulhos lá fora. Tiros de alguma arma que não consegui distinguir, apareciam de vez em quando. Eu queria saber exatamente onde estou e se esse lugar é seguro.
           A garota acordou do coma de 3 dias em que esteve. Por um momento, achei que nunca mais veria aquele rosto lindo no mundo dos vivos. Mas enfim. Estou cansado, porém, não ficarei mais nenhum dia deitado aqui. Preciso conhecer o lugar. Preciso ir lá fora e ver com quem estou lhe dando. É meu dever agora saber se desta vez estou no lugar certo ou se essas pessoas são como as que o loiro do Charuto comandava.
            Trick havia sumido, pelo menos pra mim, já que a última vez que o vi foi quando ele disse que me salvou, salvando a garota também.
Isso tudo está estranho. Não sei onde estou e não sei se posso confiar nessa gente. Não sei se posso confiar nesse cara. Trick era um dos homens mais fortes de Nolan. Por qual razão ele o trairia pra salvar dois estranhos?
Foi difícil, deu trabalho, mas estou finalmente de pé. É tanto tempo deitado que parece que minhas forças se foram.
Pela primeira vez desde que estou aqui, percebi como era o quarto por dentro. Tinha algumas camas, era grande, parecia hospitalar... Uau, eu devo estar em algum hospital abandonado... Ou talvez seja um antigo hotel que foi abandonado e usado por pessoas de bem. Eles me salvaram e cuidaram de mim. Não devem ser más pessoas. É no que quero acreditar.
No canto esquerdo, vi uma câmera que estava direcionada para a cama da garota e eu estranhei isso. O quarto estava com uma tinta fresca, como se tivesse sido pintado recentemente. E foi pintado recentemente... Na cor branca.
Não tinha ninguém ali no momento e a garota não estava na cama como imaginei. Mas a câmera seguia na direção dela com uma luz vermelha piscando. O que indicava que ela estava em pleno funcionamento.
Saí aos trancos e barrancos da sala/quarto, e observei os corredores. O silêncio se fazia presente por ali. Segui andando sem dizer uma palavra e procurando qualquer som que pudesse me indicar uma direção. Havia algumas portas de algumas salas fechadas. Demorei pra enfim encontrar uma porta que não estava chaveada e a abrir vagarosamente.
Parecia estar vazia. Sem nenhum vestígio de alguém, mas assim mesmo, a sala estava limpa e organizada.
Pelo que pude ver, ela um outro quarto, com um armário no canto encostado na parede e uma cama beliche na vertical. Em outro canto, do quarto verde, vi um bidê com uma gaveta e a abri. Nela tinha uma caixa com balas calibre 22. Se tem balas, deve haver alguma arma por aqui...
Revisei cada canto do quarto e a única coisa que achei foi uma misteriosa chave com um símbolo estranho. Parecia uma caveira com uma faca cravada no centro. Uma chave pontiaguda. E agora, para que serve isso?
Não fiquei muito mais tempo no quarto e levei comigo as balas e a chave. Não sei para o que isso poderia servir, mas pelo menos posso acreditar que ela tenha algum valor em algum momento. Ou eu esteja apenas acreditando em coisas inexistentes. Não sei explicar.
Novamente, eu estava no corredor procurando em cada canto uma saída desse lugar. Espero poder encontrar a garota logo. Isso parece um labirinto, uma quebra cabeça e eu nunca foi bom nisso. Na teoria tudo é simples. Na prática as coisas são complicadas demais.
Encontrei dois lados no corredor. Tive que escolher no cara ou coroa mentalmente pra decidir entre a direita ou esquerda. Acabei indo pela esquerda. Sem nem notar que escolhi o lado mais escuro. Algumas luzes se fazem presentes em lâmpadas que não param de piscar um segundo se quer. Era quase uma discoteca assustadoramente sombria. Por aqui, percebi que esse chão não conhecia uma limpeza há um bom tempo.
Quando vi um gemido mais a frente parei e senti meu coração acelerar. Da última vez que isso aconteceu, eu quase fui devorado vivo. Não quero passar por isso de novo.
Droga... Estou ouvindo passos... Parecem de algum animal, não sei dizer. Minha intuição diz que devo correr o máximo que minhas pernas aguentarem. Mas o que estou enfrentando?
O barulho parou. Não vi nada na minha frente. Está escuro agora. A luz me deixou na mão. Mas o que é aquilo? Parece... Sangue?
Sangue caindo do teto?
Quando olhei pra cima e vi aquela... Aquela "coisa" que parecia uma espécie de aranha humana com uma língua gigantesca, ao invés de correr, fiquei parado, hipnotizado graças ao medo que surgiu instantaneamente.
A criatura estranha me agarrou pelo pescoço com a língua e me ergueu no ar. Ela estava me matando enforcado. Eu vou morrer e não consigo me livrar dessa. Que droga está acontecendo? Eu... Não... Eu... Estou morrendo...


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Notas finais do capítulo

A morte está em todo lugar. Ela vem para levar as almas para serem julgadas lá no reino dos reinos...



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