Tudo É Cinza escrita por Fanatic


Capítulo 5
Estarei Bem Aqui


Notas iniciais do capítulo

Bem, chegamos ao fim de Tudo é Cinza. Me desculpem por não ter postado semana passada!



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O inverno chegou de verdade, o céu estava nublado e a rua estava com uma aparência melancólica, fria e vazia. Adam não estava prestando muita atenção no velório, mas sentia-se triste com toda a situação. Ao menos ele não estava se importando em estar cercado por desconhecidos.

Ao perceber que era a vez de George falar, resolveu prestar atenção. Vê-lo subir até o altar da igreja e ficar em silêncio por uns segundos, apenas olhando de um lado ao outro, foi um pouco estranho. Ele sempre parecia ter as respostas para tudo, mas não dessa vez.

— Joanne foi a melhor mãe que eu poderia ter. Ela sempre estava lá quando eu precisava dela e sempre me ajudou a ser a melhor pessoa possível. — Olhou para o chão, fechou os olhos e sorriu com o canto da boca. — Ela foi uma pessoa simples, nunca quis muitas coisas na vida, mas era grata pelo que tinha. Principalmente por mim e por Theo.

Todos ficaram em silêncio por algum momento, parecia que George ainda estava assimilando tudo, procurando o que dizer.

— Eu sinto muito por não estar mais perto dela nesses últimos anos, acabei me perdendo na minha própria vida e esqueci de visitá-la. Se eu pudesse consertar isso, faria qualquer coisa. Mas eu sei que ela está num lugar melhor agora. — George engoliu a saliva de sua boca e se aproximou rapidamente de Adam, sentou ao seu lado e ficou olhando ao seu redor por um momento.

— Tudo bem? — Adam perguntou carinhosamente, olhando seu rosto inexpressivo.

— Não muito. Mas vai ficar tudo bem. — Respondeu, sem muita emoção na voz.

Adam ficou um pouco desconfortável e resolveu parar de falar. Sentia que só iria incomodar e era melhor dar um tempo para George.

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— Por que estamos indo beber no dia do enterro da nossa mãe? — Theodore perguntou, pegando o copo do balcão e dando um gole.

— Porque é o sensato a ser feito. — George respondeu, determinado a encher a cara.  Pensava que seria melhor assim do que sóbrio e pensativo.

— Estou apenas seguindo vocês. — Adam contou, bebendo também. Todos ficaram em silêncio por uns segundos. — E então, como foram as infâncias de vocês dois?

— Bem, a minha foi normal. Brinquei muito e fiz várias merdas. O melhor momento foi o dia que fui brincar no balanço do rio com George e a corda partiu. Ele ficou dez minutos segurando a corda porque tava com medo de se molhar e nossa mãe reclamar com a gente. — Theo contou, rindo bastante.

— Eu estava ocupado demais para gravar algum bom momento já que nosso pai estava pensando que eu era gay. — George revirou os olhos e deu um grande gole em seu copo. — Outra rodada, por favor.

— Era engraçado, porque você não é gay. — Theo fez uma observação e riu baixinho.

— Não foi engraçado. — George o interrompeu, soando um pouco grosso. — Ele chegou a me bater.

— Eu sei, me desculpa. Não foi querendo, eu só... — Theo rapidamente se arrependeu de ter trazido esse assunto de volta à vida.

— Sim, como foi ser um adolescente que não ligava para sexo? — Adam perguntou, tentando afastar o clima estranho.

— A parte boa é que eu não fui feito de trouxa em nenhum relacionamento. Já a parte ruim é que eu nunca tive um relacionamento prazeroso. Sabe como é, fazer sexo para satisfazer outras pessoas, mesmo sem querer. — George contou casualmente, vendo o bartender encher novamente os copos já vazios.

— Na verdade, não. Mas e o lado Tumblr da coisa?

— Lado Tumblr? Ah, o lado romântico? É mais fácil agora que todo mundo tá mais resolvido na vida e eu posso achar alguém igual eu. Ainda tenho um coração, sabe?

— Nunca disse que você não tinha. — Adam olhou nos olhos de George e falou com um tom irônico.

— Percebo pelo olhar. — George respondeu, sorrindo.

— É que você é professor. O trauma ainda me persegue.

— Eu sou bonzinho, prometo. — Riu, olhando para o irmão, que permanecia em silêncio enquanto observava a conversa. — E então, Theo, vai embora quando?

— Pretendo ir depois de amanhã, gostaria de ficar mais, mas não posso. — Respondeu, um pouco decepcionado.

— Se a diretora do colégio não fosse minha amiga, provavelmente não estaria aqui. — George contou e bebeu mais um pouco.

— Isso é legal? — Adam perguntou, tentando brincar.

— Creio que sim, mas de qualquer forma, terei que voltar em breve também. Já vai fazer três meses que estou aqui e eu disse que ia ficar no máximo dois.

— Ah, isso é ruim.

— Mas eu falei com ela, ela disse que tá tudo bem. Também avisei que ia voltar dia 27. Ou seja, dia 26 estarei na estrada.

— Porque você não usou um avião? — Theo perguntou, curioso com a escolha dele.

— Qual é, eu moro há 300km daqui e não tenho um Porsche à toa. — George riu, obviamente estava bêbado.

— Verdade. Você tem um carro com aquele jeito de homem escroto e rico. Provavelmente vai ser vandalizado algum dia. — Disse Adam de forma irônica.

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— Pelo visto o álcool tirou todo o pensamento de luto da cabeça dele, hein? — Adam falou, carregando George com a ajuda de Theodore. Seu braço esquerdo estava sobre seu ombro, o direito sobre o ombro do irmão. Era engraçado vê-lo carregá-lo, parecia que George iria esmagá-lo a qualquer segundo. Provavelmente era isso o que aconteceria se Theodore não estivesse lá.

— Na verdade faz sete anos que ele não bebe, pelo que eu sei. — Theodore respondeu seriamente, ainda não estava bêbado o bastante para não estar triste pelo irmão.

— Desculpe pelo que eu vou falar, mas você parece tão forte em relação a isso tudo. — Adam abriu a porta da casa de George com a chave que Theo entregou-o.

— Eu nunca fui muito do tipo que chora, mas eu tô triste, cara. Eu não estou nada legal por dentro, mas não posso fazer nada para melhorar isso, então é melhor seguir em frente. — Theo falou normalmente, mas seu semblante estava visivelmente abalado.

— Vamos colocá-lo na cama dele. — Adam sugeriu, guiando-o até o quarto e despejando George na cama. — Bons sonhos.

— Bem, vou pro hotel agora. Você se vira daí, certo? — Theo perguntou, porém, sem esperar resposta alguma, abriu a porta e saiu da casa.

— Ok, então. — Adam olhou de um lado ao outro pelo quarto, perdido nos pensamentos.

Acabou olhando George e resolveu tirar seus sapatos e sua calça grossa e seu casaco. Provavelmente estaria quente demais para dormir assim. Ao mesmo tempo que agradeceu por ele estar de cueca e com uma camisa por baixo do casaco, reclamou um pouco pelo mesmo motivo. Não que ele estivesse fazendo isso com malícia. Cobriu o amigo desacordado e deu uns passos para trás.

Seus pensamentos ficaram confusos novamente, então ele resolveu ir para a sala.

— Adam, pode dormir aqui se quiser. — George sugeriu, sua voz estava um lenta e engraçada.

— Acho melhor ir para a sala. Durma bem. — Falou, andando até a porta do quarto.

— Por favor, eu não estou te convidando para uma noite de... sexo. — George explicou, ainda com a voz sonolenta.

— Você não vai relaxar se eu não for, não é? Você está muito bêbado, cara. Só durma, ok? — Disse Adam, começando a ficar nervoso com a situação.

— Adam...

— Meu Deus... Ok. Ok. — Falou, indo até a cama e deitando do outro lado dela, o mais afastado possível dele. Tudo o que ele queria no momento era ser envolvido pelo corpo de George, mas numa situação dessas era até um pouco estranho.

Alguns minutos se passaram e até que não estava nada mal ficar naquela cama. A consciência de Adam parou de ficar julgando a situação e ele começou a adormecer, até que um George adormecido o surpreendeu, rolando até ele e passando um braço por cima dele e o apertando como se fosse um ursinho de pelúcia.

— Eita! — Adam sussurrou, assustado. Depois de alguns segundos com seu coração batendo forte, começou a se acalmar e se sentiu mais à vontade. Ainda não acredita que topou fazer isso, seria mais fácil ter ido até a sala. Ele se perguntava por que queria estar perto dele, talvez fosse pelo medo dele ir embora e não se despedir. Jurou que nunca mais ia beber enquanto estivesse apaixonado desse jeito, pensava que tudo isso só acontecia em mente de adolescente. Talvez adultos bêbados fossem adolescentes mentalmente. Ou adultos não passam de adolescentes legalizados.

~’~’~’~’~’~’

Adam acordou primeiro e levantou sem dizer nada. Foi até a cozinha e preparou algumas torradas. Era seis da manhã e ele não conseguiu dormir porque George se mexia tanto que acabou excedendo o limite de uma noite aceitável.

Depois de algumas horas de conversa, voltou para casa e foi cuidar de sua vida. Arrumar a casa e jogar um pouco em seu computador.

No dia seguinte, os três estavam no aeroporto. Adam estava ao lado de George, que parecia um pouco acabado devido à noite passada. Theodore estava indo até o avião, pois já era hora dele ir embora.

— Até mais, irmão. Espero que você me visite em breve. — Falou, abraçando-o.

— Vou assim que der. Pode contar. — Retribuiu o abraço.

— Adam, boa sorte na vida. Até mais! — Theo apertou sua mão e virou em direção à porta de embarque.

— Ele é um cara legal. — Adam falou para George, vendo-o ir embora.

— Ele é o cara mais legal. — George sorriu e olhou para Adam. — Vamos comer alguma coisa?

— Quero. — Adam falou, entusiasmado. Os dois foram até a ala de refeições do aeroporto e pediram dois sanduíches e dois copos de refrigerante.

— Faz tempo que não vejo num lugar assim. — George comentou, olhando a quantidade de pessoas comendo coisas nada saudáveis e se sentindo felizes.

— É bom, não é? — Disse Adam, mordendo seu sanduíche.

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Mais um dia estava começando e Adam já não estava mais tão animado com sair de casa nessa hora da manhã, nesse clima ruim. Preparou panquecas e um copo de café, sentou-se numa cadeira da mesa de jantar e começou a comer em silêncio.

Depois de se arrumar, pegou o ônibus que levava até o seu trabalho e entrou no prédio. Depois de alguns segundos lá dentro, lembrou de tudo o que aconteceu com Harry e ficou um pouco receoso, pensando que talvez ele ainda estivesse estranho com ele ou irritado com algo. Sentou-se em sua cadeira e ficou em silêncio por um bom tempo, pensando no que aconteceria em seguida.

— Oi, Adam. — Harry falou com entusiasmo, sentando ao seu lado.

— Oi! — Respondeu, sorrindo um pouco aliviado, mas também surpreso.

— Quer sair comigo e uns amigos para assistir ao jogo desse fim de semana?

— Claro, mas e John? Qual foi o desfecho da história dele? — Adam perguntou, curioso, porque provavelmente ele estaria lá.

— Ele terminou com a namorada, acho que foi melhor assim. — Harrison respondeu, soando sério.

— Você não está irritado com ele, não é? Porque isso seria...

— Não. Não estou mesmo. Só achei estranho porque ele nunca demostrou nada assim. Ele sempre foi tão... machão. — Harry contou, parecendo confuso.

— Certo... — Adam falou sarcasticamente, tentando evitar contato visual.

— Bem, ele vai também. Você vem, certo?

— Claro. Não vou ficar de birra por besteira, mais cedo ou mais tarde a gente sempre se esbarra mesmo.

— Certo, depois a gente combina os detalhes. — Harry sorriu e voltou para sua cadeira. Adam perguntou-se por que não tinha sido amigo dele nesses dois anos que trabalhava nessa empresa. Ele era legal.

O resto do dia foi calmo. Adam resolveu jogar um pouco em seu computador quando chegou em casa e conseguiu finalmente o ranking diamante que estava querendo.

O jogo que lançou em novembro era um pouco mais frenético, mas Harrison e Adam faziam uma boa dupla. Os dois ficaram mais amigos depois de seu lançamento.

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Finalmente chegou o dia que George estava partindo. Era estranho vê-lo ir embora sabendo que só ficaram amigos por causa de um episódio embaraçoso para Adam. Ele resolveu ir até a casa do amigo para poder se despedir, porque era um dia de sábado.

Às vezes pensava que só estava indo até a casa dele em pleno inverno e às sete da manhã apenas porque gostava dele. Uma parte dele concordava com isso, mas a outra realmente iria até lá como uma espécie de obrigação social, até porque não sabia quando iria vê-lo novamente.

— George, olá! — Falou, batendo na porta da casa dele. Ficou olhando a rua por alguns segundos, até que a porta abriu e chamou sua atenção de volta à George.

— Olá. — Falou, abrindo a porta e sorrindo. Adam não pode deixar de notar que ele estava sem blusa.

— Tá frio. Por que você não coloca uma camisa? — Falou, percebendo que não estava mais tão afim dele.

— Ok, pai. Pode deixar. — Concordou, dando um passo para o lado para que Adam entrasse.

Os dois ficaram em silêncio. Adam entrou e se sentou no sofá, esperando George ficar pronto para ir embora. Uma parte dele queria perguntá-lo se estava tudo bem, como é que ele estava lidando com tudo o que aconteceu. Já a outra simplesmente achava que era melhor ficar quieto, apenas fazendo companhia.

— E então, como você está? — George perguntou, quebrando o gelo.

— Tudo bem, vou bem e o trabalho está regular. — Adam falou, um pouco desinteressado. — E você?

— Estou levando. É bom saber que já, já vou distrair minha mente com a rotina escolar novamente. — Disse, colocando uma blusa.

— Ah, sim. Se estressar com aquelas crianças.

— Na verdade, eu sou professor de Ensino Médio.

— Adolescentes costumam ser ainda pior. — Adam sorriu com um ar desconfortável, olhando brevemente para alguma coisa distante.

— Está tentando me fazer largar a minha profissão? — George franziu o cenho e riu. — Mentira, eu sei que tem gente chata. Mas a vida é assim, se não tiver gente chata, não tem gente legal. Ia ser só gente.

— Filosofou.

— Certo, agora estou pronto. Preciso ir embora cedo, se não vou acabar chegando muito tarde. — George falou, amarrando os cadarços de seus sapatos e pegando a chave do carro. Aproximou-se de Adam e parou ao seu lado, pensando no quanto se divertiu com ele.

— Você precisa mesmo ir agora? — Adam perguntou, um pouco triste.

— Última refeição? — Perguntou, sorrindo.

~’~’~’~’~’~’

— Você cozinha muito bem. — Adam falou, após engolir o último pedaço. Levantou e foi lavar a louça que sujou.

— É coisa simples, calma aí. — George sorriu, indo até o banheiro escovar os dentes.

— Por que você nunca gostou do seu pai? — Falou, puxando um assunto aleatoriamente

— Não é que eu nunca gostei dele, é algo complicado.

— Talvez não seja tão complicado assim, mas sua cabeça que tá fazendo isso.

— Eu só me arrependo de ter sido o filho ausente que eu fui. Apesar dele ser um babaca às vezes, ele sempre fez tudo pela família. Acho que ele só era exigente demais conosco. — George suspirou. — Envelhecer é um porre.

— Descobri isso quando tinha 10. — Adam falou, tentando aliviar o clima.

— Bem, preciso ir agora. De verdade. — Aproximou-se dele e o abraçou. — Se cuida. Não deixe de ser essa pessoa divertida que você é. E um dia você vai encontrar alguém que seja compatível com você.

— É... boa viagem. Quando der, bora fazer alguma coisa juntos. — Retribuiu o abraço e falou alegremente.

— Bem, até mais. — George falou, saindo da casa com Adam e trancando a porta.

— Estarei no lugar de sempre.

— Um dia passo na sua casa. — Falou, dando um peteleco na testa do amigo e entrando no carro.

— Tá repreendido, espírito de Uchiha. — Adam riu, acenando enquanto George acelerava até sumir de sua visão.

— Nunca vou beijar essa boca, pelo visto. — Falou para si mesmo e caminhou sua casa, pensando um pouco no que ouviu.

~’~’~’~’~’~’

Três semanas se passaram, finalmente começou a nevar. As ruas estavam frias demais para ficar passeando à toa, então Adam resolveu ficar em casa e assistir seriados. Seria uma boa assistir com Sam, mas ela estava viajando com a família para uma ilha na América Central, provavelmente para fugir do frio. No fundo, sentia um pouco de inveja pela amiga, porém, se ela estivesse feliz, ele também estava.

Após ir até a geladeira fazer algum lanche para comer, percebeu que os mantimentos iriam acabar em breve. Aproveitou que tinha parado de nevar e foi até o mercado mais próximo dali.

A rua estava um pouco vazia. Tudo parecia meio monótono de se olhar, pois a neve branca misturada com o concreto e a falta de folha das árvores faziam com que a cidade parecesse morta, mas não era um problema para Adam.

Ao chegar na rua do mercado, sentiu vontade de comer um sanduíche e resolveu passar na lanchonete do lado primeiro. O ambiente estava bastante arrumado, pois ainda era cedo e o horário de pico não começou.

Adam foi até o balcão e sentou num banco para esperar o atendimento. Depois de alguns segundos, um jovem que aparentava ter a sua idade sentou-se ao seu lado.

— Bom dia. — Ele falou, ao perceber que Adam estava o olhando de relance.

— Oi. — Respondeu, depois de tomar um breve susto. — Bom dia!

— Essa cidade é muito bonita. — Falou, sorrindo.

— Ah, você está visitando? — Adam estranhou a incrível semelhança dos acontecimentos. Conhecer George foi a mesma coisa.

— Não, me mudei para cá por causa da faculdade tem pouco tempo. Três meses, para ser exato. Mas a cidade continua incrível. — Falou, ele parecia uma pessoa bastante calorosa.

— Qual o seu nome? — Adam perguntou.

— Thiago, prazer. — Estendeu a mão para cumprimentá-lo.

— Prazer, Adam.

~’~’~’~’~’~’

Depois de vários minutos de conversa, Thiago estava acompanhando Adam em suas compras enquanto os dois conversavam.

Era um pouco estranho esse tanto de assunto surgindo, mas de repente os dois pareciam ter uma química forte.

— No meio do ano eu bebi muito e acabei saindo de uma festa sozinho. Mas acabei fazendo merda e mandei uma uma foto minha pro meu melhor amigo. Eu estava pelado em cima de uma viatura policial. — Thiago contou, rindo um pouco alto.

— Acontece nas melhores amizades. — Adam também riu. — Bem, você não tem nada importante por agora? É muito legal ter alguém pra conversar nesse momento, mas acho que estou sendo inconveniente.

— Eu só estou matando tempo antes de ir para a faculdade, é que eu saí cedo demais de casa. Já tenho que ir. — Explicou-se. — Quer meu número? Gostei de falar com você.

— Não! Não! É melhor você me ligar. — Adam exclamou, assustado.

— O quê? — Thiago franziu o cenho quando ele passou seu número.

— Longa história...

~’~’~’~’~’~’

Há pessoas que dizem que a vida é algo para ser positivo, que felicidade é uma questão de apenas ser e não se deixar abalar pelas coisas que o cerca. Existem também aqueles que dizem que a vida é uma montanha-russa, cheia de altos e baixos e que no fim ninguém sabe onde vai parar. Apenas se deixam guiar e esperam que seja em algum lugar bom. Assim como George descobriu que a vida na verdade é uma montanha-russa involuntária onde todos estão subindo e descendo, adentrando em curvas desconhecidas e aproveitando os bons momentos, Adam aprendeu a entrar nessa montanha-russa e também a compartilhar os bons momentos.

A vida é uma corrida de volta única, com várias histórias para serem contadas. Esse foi o fim de uma delas, mas isso não quer dizer que não tenha mais. Todas as vidas são marcadas por várias histórias, caso a sua não seja uma história feliz, ainda há chances de você viver uma totalmente alegre.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Eu gosto de saber o que vocês acharam da fic.

Agora eu me despeço, beijos!



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