Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 94
Capítulo 94 - Provações!


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta meu povo!!

Quando não tem vizinho fazendo barulho, consigo me concentrar e escrever, consequentemente o capítulo sai mais rápido!!

Obrigada a todos que comentaram, favoritaram, e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!!

Em especial a Esaamovcs pela linda recomendação! Amei cada palavra ❤️❤️❤️

Boa leitura!!



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Aqueles três minutos mais pareceram três horas, talvez até dias. Ou a pior das demoras, pareceu até três dias. Quando finalmente o relógio na cabeceira da cama virou o minuto indicando que os três minutos já haviam se passado Emma olhou para Regina que apenas retribuiu o olhar apreensivo Os intermináveis três minutos se passaram!

A loira soltou um suspiro – Vamos? – perguntou estendendo a mão para sua esposa. Regina encarou a mão estendida por alguns segundos, então soltou um longo suspiro, pousou sua mão sobre a de sua esposa. Emma apertou levemente a mão de sua morena, tentando transmitir força Que seja o que tenha que ser!

Lentamente caminharam até o banheiro, abrindo a porta com calma. Mais alguns passos dentro do cômodo até na direção da pia, aonde repousava o pequeno bastão que poderia enchê-las de alegria ou uma pequena tristeza momentânea dependendo do resultado Que seja de felicidade!

Finalmente o par de olhos castanhos e o par de olhos verdes caíram sobre o bastão, mais especificamente sobre a parte que mostrava o resultado do teste. Emma segurou a respiração, enquanto Regina apenas paralisou no lugar.

— Então? – perguntou a loira quebrando o silêncio perturbador no banheiro – O que a caixa diz? – quis saber, apenas para confirmar suas suspeitas.

Regina soltou uma longa e triste respiração – Negativo. – respondeu assim que confirmou o resultado do bastão na caixa do teste – Mais uma vez negativo. – jogou a caixa fora juntamente com o bastão Droga!

Imediatamente Emma envolveu sua esposa em um abraço carinhoso. No momento seguinte que sentiu os braços de sua esposa ao seu redor, Regina caiu em um choro compulsivo. A loira envolveu mais ainda sua esposa em seu abraço, a deixando colocar toda a tristeza para fora. Seu peito também doía, pois tinha tanta esperança que dessa vez desse certo a transferência Mas não tinha que ser! Não podemos nos deixar abater, vamos tentar quantas vezes for necessária! E quando não tivermos mais nenhuma chance, adotaremos mais uma vez ou quantas vezes forem necessária para termos uma família grande! Isso Emma, não pode perder as esperanças diante de uma dificuldade! Sim, mente, não podemos!

Regina tremia no abraço de sua esposa, seu coração em seu peito mais uma vez despedaçado por aquela resposta negativa. Ela estava tão confiante que dessa vez daria certo, mas aquela resposta negativa foi como um balde de água fria em suas esperanças Não pode perder a esperança Regina! Eu sei mente, mas tinha quase certeza que dessa vez daria certo! Eu também, mas talvez não era para ser o momento! Ah mente! Calma Regina, você ainda pode tentar mais algumas vezes, e se todas não derem certo, ainda vocês podem adotar quantas crianças quiserem! Sim, você tem razão, mas acho que vou esperar para tentar de novo, pois todo esse processo de transferência é muito desgastante!

Minutos se passaram sem que as duas mulheres trocassem ou saíssem do lugar que estavam. Aos pouco o choro de Regina foi cessando. Emma em momento nenhum deixou de confortar sua esposa, vez e outra depositava beijos carinhos nas madeixas castanhas – Hey! – chamou assim que percebeu que sua esposa já não chorava mais. Regina apenas soltou um longo suspiro antes de erguer o rosto do peito de sua loira e encarar aquele par de olhos, agora levemente vermelhos devido a tristeza do momento Eu te amo e estou aqui para você, minha morena!

— Hey você. – falou fracamente com uma tentativa falha de sorrir.

Emma sorriu amorosamente – Vai ficar tudo bem, morena. – disse ao depositar um beijo na bochecha da esposa Sim, vai ficar tudo bem!

— Eu sei, mas ainda assim é dolorido. – comentou a morena ao fechar os olhos quando sentiu os lábios de sua loira em sua bochecha Porque não poderia ter sido positivo o resultado? — Mas não podemos perder a esperança.

— Sim! – incentivou a loira – Podemos tentar novamente e quantas vezes forem necessárias, se nenhuma der certo, pode adotar quantos filhos quisermos. – comentou.

Regina apenas assentiu com um movimento de cabeça – Sim... – soltou outro suspiro – Vamos começar o dia que ele será longo, uma vez que temos coisas acumuladas devido ao nosso casamento e lua de mel. – sorriu fracamente Vamos mergulhar no trabalho que é a melhor coisa no momento! Sim Regina, ajuda a não ficar pensando no teste!

— Vamos sim. – disse Emma ao depositar um beijo, agora nos lábios de sua morena – Sempre estarei aqui para você, minha morena. Para e por você, assim como para e por nossos filhos. – murmurou.

— Eu sei, e a recíproca também é verdadeira. – disse Regina sorrindo feliz pela primeira vez, apesar da tristeza que ainda sentia em seu peito Logo eu melhoro e tudo ficará bem!

O dia havia sido como Regina havia dito, cheio com as coisas acumuladas de seus trabalhos. A família ficou sabendo que o resultado havia dado negativo mais uma vez. E unidos como eram, prestaram todo o apoio a Regina e Emma.

As duas mulheres haviam combinado que depois do jantar iriam conversar com Júlia sobre ela ir a um psicólogo para ajudar nos traumas.

— Jú? – chamou Emma assim que bateu na porta do quarto da filha, esperando autorização para entrar, mesmo com a porta aberta. Elas podiam ver o quarto quase pronto. Realmente era o que Cora havia dito falta apenas mais algumas coisas para terminar em definitivo a reforma e a menina ter o quarto como queria.

— Entra! – falou a menina assim que ergueu os olhos do livro que estava lendo, sentada em sua cama. As duas mulheres entraram e sentaram-se na cama da menina, uma de cada lado. Emma acabou trazendo suas pernas para cima do colchão e as cruzou abaixo de sim. Regina também, mas diferentemente de Emma, junto as pernas e as deitou de lado, e se apoiou na mão contrária para se equilibrar. Júlia acabou marcando a página que havia parado e fechou o seu livro, mas o deixando sobre seu colo – Aconteceu alguma coisa, sem ser o teste de gravidez?

Emma sorriu para a preocupação de sua filha Ah minha pequena morena, sem preocupada! — Na realidade não foi bem o que aconteceu, mas o que vem acontecendo.

— Não entendo. – a pequena morena falou confusa.

Regina estendeu seu braço para fazer um carinho nos cabelos de sua filha – Queremos falar com você, minha doce menina, sobre essa sua sensação que sente toda vez que Emma e eu temos que nos ausentarmos por mais de um dia e não podemos levar vocês e seus irmãos conosco.

— Ah! – foi tudo que a menina soltou surpresa – Vocês não me querem mais, é isso?

— De modo algum! – respondeu Emma imediatamente Nunca iremos não te querer! — Muito pelo contrário já dissemos isso, e vou repetir, nós nunca te mandaremos de volta para o orfanato, e queremos você mais do que tudo nessa vida.

— Você é e será sempre nossa filha, quero que você saiba disso Jú, sempre. – completou Regina ainda fazendo carinho nos cabelos da menina Ninguém nunca tirará você ou seu irmão de nós!

Emma soltou uma longa respiração – Lembra quando você me perguntou como eu fiz para essa sensação ir embora? – perguntou e a menina apenas assentiu rapidamente com a cabeça – Eu disse que acreditava no que meus pais falavam...

— Sim. – ela verbalizou uma resposta fraca.

— Mas eu acabei não falando que eu também ia a um psicólogo para ajudar com essa sensação e outras coisas que eu tinha também, devido aos anos que eu vivi no orfanato. – confessou Emma.

— Psicólogo? – perguntou curiosa.

— Sim. – confirmou Emma – Ele me ajudava na minha ansiedade, na sensação e tudo que eu estava precisando no momento.

A menina ficou um pequeno tempo, pensativa – Vocês acham que eu estou ficando louca? – perguntou em um fio de voz.

Emma riu Sabia! — Eu disse a mesma coisa para meus pais quando eles falaram que eu iria ver um psicólogo. – aquele comentário fez a menina soltar um riso em forma de alívio Assim que quero te ver sem medo ou receio, o psicólogo só irá te ajudar com esses traumas, minha filha!

— Como foi com o psicólogo? – quis saber Júlia olhando atentamente para sua mãe loira.

Mais uma longa respiração antes de responder – Não começo foi um pouco difícil, mas com o tempo ele foi me ajudando bastante... Posso dizer que no fim foi uma sábia decisão dos meus pais em arrumarem uma ajuda profissional para que eu superasse os meus traumas.

— Eu tenho que ir nele? – perguntou aflita Agora começa a parte mais difícil, a de convencer que é a melhor coisa a se fazer!

— Seria muito bom se você fosse, minha filha. – comentou Regina – As vezes precisamos de uma ajuda profissional para nossos problemas que não conseguimos solucionar sozinha.

— E se eu não gostar da pessoa? – perguntou mais uma vez.

Emma sorriu Ela está fazendo igual ao que eu fiz quando tive essa conversa com meus pais!— Nós podemos procurar por outra pessoa até você achar uma que você goste... Mas eu conheço alguém que acredito que você irá gostar e muito dele, bom, isso se ele ainda estiver trabalhando. – riu – Afinal eu era uma criança quando fui fazer as minhas sessões com ele.

A menina riu – Então ele deve estar bem velhinho. – riu mais uma vez.

Emma fingiu estar ofendida Gosto de te ver assim, sorrindo minha filha, não pare de sorrir nunca! — Quer dizer que você está me chamando de velha?

A menina riu novamente – E não é? – no momento seguinte uma sonora gargalhada ecoou pelo quarto no momento que a loira atacou sua filha com cócegas.

— Eu vou te mostrar quem é a velha aqui. – brincou Emma fazendo cócegas na menina. Depois de alguns segundos ela parou para sua filha respirar – Sabe quem é a velha aqui? – perguntou e Júlia apenas negou com a cabeça ainda respirando profundamente – É a aquela ali. – apontou para Regina Sim morena, sobrou para você também a guerra de cócegas!

Os olhos de Regina se arregalaram surpresos Mas que loira petulante! — Velha? Eu? – perguntou indignada – Como ousa me chamar de velha sua... sua... – a morena estava fingindo que estava brava – Sabe quem eu acho que é a velha aqui?

— Quem morena? – quis saber Emma sorrindo travessamente.

— Júlia! – respondeu Regina e no momento seguinte atacou sua filha com cócegas. Emma soltou uma gargalhada diante da cena de sua esposa toda criança Como é bom vê-la sorrir depois do resultado do teste de gravidez! Sim Emma, é muito bom ver Regina sorrindo novamente!

— Mã-mãe... me... me aju... aju-ajude... – pedia a menina entre as gargalhadas provocadas pelas cócegas que sua mãe morena estava lhe provocando.

Repentinamente Regina foi tirada de cima da filha, e no instante seguinte era ela que estava de costas no colchão e tentando se proteger do ataque das ágeis mãos de sua esposa que faziam cócegas em suas costelas e barriga. Júlia em um ato travesso se jogou contra sua mãe loira a derrubando no colchão – Mas o que? – disse ao perceber o que havia acontecido, então começou a gargalhar quando sentiu as pequenas mãos de sua filha atacar sem piedade suas costelas.

— Tudo bem... eu... eu me... me rendo. – falou Emma rindo. Regina acabou tirando a filha de cima do colo de sua esposa, e fez a menina sentar em seu colo, mas de frente para Emma, que ainda permanecia deitada tentando recuperar o fôlego. Quando estava recuperada o suficiente ela se sentou e olhou para a filha – Então, você aceita ver um psicólogo? – perguntou voltando a seriedade do assunto Precisamos terminar esse assunto!

A menina assentiu com a cabeça – Mas se eu não gostar dele, vocês me levam em outro até achar um que eu goste? – perguntou Ardilosa você Júlia Swan-Mills! Igual a sua mãe morena!

— É uma promessa. – prometeu Regina fazendo carinho nos cabelos da filha – Agora vamos dormir que amanhã a senhorita levanta cedo para ir para a escola. – disse. Júlia se levantou do colo de sua mãe morena e foi se deitar no seu lugar a cama. Emma colocou o livro dela sobre a mesinha ao lado da cama, desligando o abajur. Regina se inclinou e depositou um beijo nos cabelos castanhos da menina – Boa noite, minha doce menina. Eu te amo.

Emma arrumou a coberta sobre a filha – Boa noite, minha pequena morena. – disse também depositando um beijo sobre as madeixas castanhas – Tenha bons sonhos. Até amanhã. Eu também te amo.

— Eu também amo vocês. – respondeu Júlia sorrindo feliz – Até amanhã. Bons sonhos. – se virou de lado, fechando os olhos.

As duas mulheres caminharam para a porta e antes de sair apagaram a luz do quarto, encostaram a porta, a deixando com uma fresta aberta e foram repetir o ritual com os meninos. Uma vez de volta ao quarto delas.

— Nossa, achei que nossa conversa com a Jú seria mais difícil. – comentou Emma, aliviada, assim que se deitou na cama pronta para dormir Ainda bem que Júlia entendeu!

Regina havia terminado de passar seus cremes – Eu também achei, mas nós acabamos subestimando a nossa filha. Júlia entende mais do que sua idade aparenta. – se levantou para guardar os cremes, voltando logo em seguida para a cama. Deitou-se e Emma ao mesmo tempo abriu seus braços para recebê-la.

— Sim... – confirmou e fez uma pausa depositando um beijo nos cabelos de sua esposa, aspirando ao sutil aroma do xampu que Regina usava Preciso perguntar! — Morena, se você quiser, podemos fazer um exame de sangue para termos a certeza de que você não está grávida.

— Ah minha loira, nós fizemos isso da vez passada e o resultado não mudou. – respondeu Regina se aconchegando no abraço de sua esposa Não quero passar por isso novamente! — Não precisamos deixar nossas esperanças subirem para novamente serem quebradas.

— Entendi. – comentou Emma pensativa – Então se você quiser, podemos ligar novamente lá na clinica do doutor Orson e marcamos outra consulta para tentarmos mais uma vez fazer outra transferência de óvulos. – deu outra sugestão.

Regina olhou nos olhos verdes que tanto amava – Por mais que eu queira, acho que devamos deixar a poeira assentar no momento, minha loira... – fez uma pequena pausa Preciso achar uma maneira de lidar com essa negativa melhor ao invés de tentar mais uma vez! — Deixar meu corpo ter um pequeno descanso, afinal todo o processo da fertilização in vitro é bem exaustiva.

— Entendo... – falou Emma Mas acho que não é só por isso que você não quer fazer outra transferência, mas não vou forçar nada, você sabe o tempo que irá precisar! — Quando você achar que está na hora de irmos novamente à clinica me avise, que faremos todo o processo novamente.

— Tudo bem... Eu avisarei. – disse Regina sorrindo, inclinou-se para depositar um beijo apaixonado nos lábios de sua esposa – Obrigada!

Emma sorriu – Eu te amo, morena. – inclinou-se a frente para depositar mais um beijo nos lábios de Regina. A loira se aconchegou melhor na cama com Regina deitada dentro de seu abraço. Apagou a luz e em questão de minutos as duas mulheres estavam dormindo.

—SQ-

Assim que as duas mulheres deixaram os filhos na escola, elas foram atrás do psicólogo que tratou de Emma quando criança. A pick-up vermelha estacionou em frente a casa – Vamos ver se tem alguém em casa. – disse a loira descendo do veículo, seguida por Regina. Emma tocou a campainha e esperou alguém aparecer, o que não demorou muito.

— Oi posso ajudá-la? – perguntou um rapaz, aparentando a idade das duas mulheres, um pouco mais baixo que Emma, assim que abriu a porta Será que o doutor Booth tomou uma poção rejuvenescedora? Ai Emma, não pense bobagens, deva ser filho dele!

— Hã... Oi. – respondeu Emma esperando por outra pessoa – É aqui ainda a casa do doutor August Booth? – perguntou esperançosa Só diz que sim!

— Sim, é o meu pai. – respondeu o rapaz Não disse, é o filho do homem!

— Será que ele está? – perguntou Regina – Se estiver, será que poderíamos falar com ele? – pediu gentilmente, abrindo um sorriso amigável.

— Só um minuto que irei ver se ele pode atendê-las. – disse ele encostando a porta assim que entrou na casa.

Emma soltou uma longa respiração – Não me lembro dele ter filho... – comentou a loira tentando se recordar algo do passado – Se bem que ele nunca mencionou nada da família dele, e apesar de ser uma cidade pequena eu quase nunca cruzei com ele na rua.

 - Isso é normal, geralmente os psicólogos não falam de suas famílias, acho que seria até um pouco antiético isso. – comentou a morena Além de estranho, afinal você vem para falar de você e acaba escutando sobre a família do psicólogo? Sim, Regina um pouco estranho!

— O que a senhorita disse está completamente correto. – comentou o homem assim que abriu a porta – Emma! – ele abriu um sorriso genuíno ao ver a loira ali a sua frente.

— Doutor Booth. – ela disse sorrindo abertamente e inesperadamente abraçou o homem, que retribuiu o gesto carinhosamente.

— Como tem passado, menina? – perguntou ele assim que se soltou do abraço.

— Maravilhosamente bem, doutor. – respondeu ela sorrindo para ele Claro que com um percalço ou outro, mas indo muito bem!

— Já disse para me chamar apenas de August, não? – pediu o homem, então viu a morena ao lado de Emma – E você seria quem?

— Regina Swan-Mills. – se apresentou Regina estendendo a mão para o homem.

Os olhos de August se arregalaram surpresos – Oh prazer. – então olhou para Emma, que tinha um imenso sorriso orgulhoso.

— Minha esposa. – respondeu Emma a pergunta silenciosa do homem Minha linda e maravilhosa esposa!

— Meus parabéns as duas. – desejou sinceramente o psicólogo. Recebeu apenas sorrisos das duas mulheres – Bom, meu filho falou que vocês gostariam de falar comigo. Por favor, entrem. – pediu dando passagem para as duas mulheres.

— Sim August. – confirmou Emma – Na realidade queremos saber se você ainda está trabalhando como psicólogo.

O homem olhou para as duas mulheres – Menina, eu te dei alta a muitos anos atrás. – ele disse confuso.

A loira riu do comentário – Não é para mim, e sim para a nossa filha. – explicou – Nós adotamos dois irmãos, e a menina é a mais velha, porém ela tem muitos traumas, muitos dos quais são iguais aos meus quando era criança.

— Por isso gostaríamos de saber se o senhor ainda continua exercendo a profissão. – completou Regina Por favor, se não, só abra uma exceção!

— Ow, por favor, senhor não, assim me sinto velho. – brincou o psicólogo, fazendo as duas mulheres rirem da brincadeira – Para ser sincero, atualmente eu não estou pegando mais casos, deixo isso agora para meu filho. – fez uma pausa, mas continuou assim que percebeu que Emma iria falar algo – Mas como são vocês que estão me pedindo isso, eu não negarei.

Um suspiro aliviado saiu das duas mulheres – Ah August, você nem sabe como agradecemos por isso, principalmente porque Júlia só aceitou ver um psicólogo se ela gostar da pessoa.

O homem riu – Parece que estou vendo George e Ingrid aqui na minha frente com o mesmo discurso que o seu, Emma. – comentou o homem – Mas não se preocupem, eu farei Júlia gostar de mim. – sorriu paternalmente para as duas mulheres.

— Quando podemos trazer Júlia para vocês se conhecerem? – perguntou a loira.

August ficou um tempo pensativo – Amanhã assim que ela sair da escola? – sugeriu.

— Perfeito. – concordou Emma Melhor que isso só se fosse hoje, mas ficaria muito corrido hoje, amanhã está perfeito, teremos tempo para nos organizar até amanhã! — Amanhã estaremos de volta com a nossa filha.

O homem acompanhou as duas mulheres até a porta – Estarei esperando por vocês três.

— Até amanhã. – se despediram as duas mulheres, enquanto August apenas acenou com a mão.

Já na pick-up voltando para a fazenda o silêncio permanecia dentro do veículo, até ser quebrado por Regina – Eu fiquei tão aliviada que August aceitou pegar o caso de Jú. – disse Emma dirigindo sem pressa E muito feliz também! — Porque se ele não aceitasse, não sei quem iríamos procurar.

— Agora só nos resta torcer para que Jú goste dele. – comentou Regina colocando sua mão sobre a coxa de sua esposa – Porque se ela não gostar, também não sei quem poderíamos procurar... Talvez o filho dele, mas vamos esperar o que Júlia nos fale.

Emma sorriu – Ah morena, eu tenho muita certeza de que Júlia irá gostar de August. Eu espero!

— Por que tanta convicção nisso? – perguntou Regina curiosa - Não que eu esteja desejando que ela não goste dele, muito pelo contrário, mas é apenas curiosidade.

Emma sorriu – Por que eu reagi como a Júlia reagiu. – respondeu – Meu pai também prometeu que se eu não gostasse do psicólogo poderia conhecer outro até encontrar alguém que eu gostasse, então passei por dois até chegar ao August... – riu com a lembrança – Eu até tentei não gostar dele no começo, assim obrigaria meus pais a procurar outro e assim continuar até eles desistirem da ideia, mas August conseguiu me fazer gostar e muito dele. – explicou Para a felicidade de meus pais que não teriam mais que procurar por outro psicólogo!

— Entendi. – comentou Regina – Vamos torcer para que Jú também goste dele.

— Sim. – concordou Emma pegando a mão que estava em sua coxa e depositando um beijo no dorso, para em seguida voltar ao mesmo lugar Sim, vamos torcer! Novamente o silêncio pairou dentro do veículo que já estava chegando a fazenda. Mais uma vez o dia fora corrido para as mulheres que ainda não haviam tirado o atraso das tarefas do trabalho.

—SQ-

— Bom dia Jane. – cumprimentou Korsak assim que entrou na sala e viu sua colega de trabalho pesquisando no computador. Ele vinha com uma pasta em suas mãos – Conhecemos Lilith Page de uma investigação de alguns anos atrás. – comunicou o homem mais velho, colocando a pasta com o caso em cima da mesa da detetive.

— Bom dia Vince. – cumprimentou Jane olhando para o colega, surpresa – Sabia que conhecia esse nome de algum lugar. – murmurou e abriu a pasta para olhar o caso em questão.

— Ela foi uma das pessoas que investigamos quando Fiona Murray morreu em um acidente de pick-up. – comentou Korsak voltando para sua mesa – Ela foi uma das principais suspeitas do acidente, da então na época namorada, mas elas não vinham em um bom relacionamento.

— Por fim acabaram dando o caso como uma falha mecânica no freio... – disse Jane ainda olhando os papéis, mas se lembrando do caso – Na noite do acidente elas brigaram feio, e cada uma saiu para um lado. Lilith tem o álibi de que estava na casa de um amigo quando a senhorita Murray sofreu o acidente que a matou. – concluiu por fim olhando ainda os papéis.

— Sim, o álibi dela era sólido na época. – comentou Korsak – Então como os peritos concluíram que foi uma falha mecânica no freio, deram por encerrado o caso, e ele acabou saindo da Homicídios e sendo arquivado. – explicou.

Os olhos de Jane se arregalaram enquanto lia os papéis – Acidente de pick-up com problema no freio... – murmurou para si, imediatamente digitou no computador procurando por um número de telefone, assim que o achou o discou e esperou alguém atender.

— Delegacia de Polícia.— veio a voz assim que atendeu no quarto toque — Policial Toddy falando.

— Oi bom dia... – disse Jane brincando com a caneta - É da delegacia de Storybrooke?

— Sim. Qual a emergência?— perguntou o oficial.

— O policial Damon se encontra? – perguntou.

— Só um segundo.— escutou a ligação sendo transferida.

— Policial Damon, em que posso ajudar?— veio outra voz assim que atendeu a transferência.

— Policial, aqui é a detetive Jane Rizzoli do Departamento de Homicídios de Boston. – disse – Você se lembra de mim?

— Detetive, sim me lembro. Em que posso ajudá-la?— a voz veio em um misto de surpresa e nervosismo.

— Gostaria de saber se tem como você me enviar todo o caso do acidente de Emma Swan. – respondeu Jane – Estou trabalhando em um caso, e talvez possa ter alguma ligação. – pediu.

— Claro que posso mandar o caso, mas acho que não lhe adiantará de nada, afinal já o arquivamos, e ele foi concluído como falha mecânica.— explicou o rapaz procurando a pasta do caso no computador. Eles tinham tanto uma versão em papel quanto digital.

— Sim, não tem problema, apenas me mande o caso mesmo assim, por favor. – pediu e passou o endereço de email – Quero tudo, desde os relatórios dos técnicos e suas investigações, até as suas anotações particulares.

— Pronto.— disse o policial — Acabei de enviar.

Jane atualizou seu email e viu o arquivo do caso – Policial Damon, muito obrigada. – agradeceu a mulher.

— Não precisa agradecer. Eu fico extremamente feliz em poder ajudar.— ele respondeu — Detetive, se não for pedir muito, caso tenha ligação os casos e eles forem resolvidos, você poderia me informar?

— Claro. – concordou Jane – Independentemente do resulto eu o deixarei informado. Passar bem. – se despediram e a mulher desligou o telefone.

Korsak apenas a olhava curioso – O que foi tudo isso?

Jane olhou para o amigo assim que se levantou para pegar todos os papéis do caso do acidente de Emma que ela havia mandado imprimir – Apenas uma intuição. – respondeu voltando para seu lugar com os papéis em mãos – O que sabemos sobre o álibi de Lilith Page? – perguntou olhando os papéis novamente – O que sabemos sobre... – procurou o nome - Sobre esse Will Scarlet? – disse assim que achou.

Segundos depois Korsak estava digitando em seu computador – Nada de muito interessante ou que nos possa ajudar. – respondeu olhando a ficha do homem.

Jane pegou o telefone e discou o ramal da mesa de Nina – Preciso de sua ajuda Nina. – pediu assim que a mulher atendeu.

— O que precisam de mim? – perguntou a técnica analista assim que entrou na sala dos detetives, dois minutos depois.

— Tudo que você puder descobrir sobre Lilith Page e Will Scarlet, assim como também Fiona Murray. – pediu Jane entregando algumas folhas para Nina.

— Para quando? – perguntou a mulher olhando os papéis.

— Para o mais rápido que você puder. – pediu Jane começando a ler os relatórios sobre o acidente de Emma.

— Tudo bem. – disse ao se virar para voltar a sua mesa e começar a sua procura.

Korsak apenas olhou para Jane – O que espera encontrar?

A detetive estava concentrada na leitura – Respostas, Vince... Pois algo me diz que esses dois casos tem ligação, apesar das muitas coincidências existentes. – comentou ainda lendo os relatórios. Então escutou seu celular tocar – Rizzoli? – respondeu ao mesmo tempo em que olhou para Vince – Tudo bem, daqui a pouco estaremos aí. – desligou – Vamos que temos um assassinato. – comunicou a mulher assim que se levantou e pegou seu casaco. Vince não disse nada, apenas se levantou pegando seu casaco também e os dois foram na direção dos elevadores.

—SQ-

— Boa tarde, August. – cumprimentou Emma assim que o senhor abriu a porta do consultório.

— Boa tarde meninas. – cumprimentou de volta dando passagem para as três mulheres – Por favor, sentem-se e fiquem a vontade. – fechou a porta.

Regina acabou se sentando em uma poltrona e Emma sentou no sofá, ao seu lado Júlia. Que apesar da apreensão olhava tudo muito curiosa. August percebeu e sorriu de lado com a curiosidade da menina – Como passaram de ontem para hoje? – ele perguntou ao se sentar em sua habitual cadeira, com um pequeno bloco de notas e uma caneta.

— Bem. – respondeu Regina sorrindo amavelmente Estamos melhorando aos poucos!

— Você deve ser a Júlia, não? – ele dirigiu a palavra diretamente para a menina. Ela apenas assentiu com a cabeça. Ele sorriu bondosamente – Não precisa ficar tímida, tudo bem? – mais um aceno de cabeça da menina – Bom, eu sou August. – se apresentou e ele percebeu que tinha total atenção da menina.

— Prazer. – ela disse em um tom baixo de voz. Aquilo fez o homem sorrir mais uma vez.

— Suas mães conversaram comigo ontem... – ele começou – E quero garantir que você não está aqui por elas acharem que você está ficando louca. – sorriu divertidademente – Muito pelo contrário, elas me procuram para pedir ajudar com algumas coisas que por mais que elas queiram tem ajudar, não tem todo o preparo necessário.

— Elas conversaram comigo sobre isso. – disse Júlia já um pouco menos tímida.

O homem olhou levemente surpreso com a desenvoltura da menina – Eu também fui o psicólogo de sua mãe Emma quando criança. - Júlia riu – O que achou engraçado?

— É que quando ela me falou isso eu brinquei chamando ela de velha e a gente acabou em uma guerra de cócegas. – a menina respondeu ao se lembrar de toda a cena. Aquela resposta fez Regina e Emma também rirem.

— Foi uma bagunça que só. – comentou a loira olhando para a filha, e fez uma pequena cócega nas costelas da menina, tirando uma pequena gargalhada O melhor foi ver minha morena rindo depois daquele catastrófico resultado do teste de gravidez!

— Imagino que tenha sido mesmo uma grande bagunça. – comentou August anotando alguma coisa em seu pequeno bloco – Mas me diz Júlia, quantos anos você tem?

— Oito. – ela respondeu já mais a vontade.

— Você tem irmãos? – mais uma pergunta.

Um imenso sorriso se abriu em seus lábios – Sim, dois. Henry e Thomaz.

— Vejo que você gosta muito deles. – afirmou o psicólogo e Júlia assentiu com a cabeça – Do que mais você gosta?

— Amo jogar vídeo game. Brincar com nossos cachorros. Aprender a andar de cavalo... – foi enumerando as coisas que gostava de fazer – E claro, amo ir para a escola.

— Quantas coisas que você gosta de fazer. – falou o homem depois que anotou mais algumas coisas – O que você quer ser quando ficar adulta?

— Eu quero ser médica. – respondeu com os olhos sonhadores – Quero ser médica de coração ou de cabeça. Ainda não decidi.

— Você quer ser psicóloga? – perguntou curioso.

Ela negou com a cabeça e olhou para sua mãe – Como é a palavra mesmo?

Regina sorriu Meu anjo! — Ela quer ser médica neurologista.

— Ah entendi. – comentou o homem anotando mais alguma coisa. Assim a conversa transcorreu normalmente, em um tom mais informal do que uma consulta comum. O intuito de August era fazer a menina conversar sem receios ou medos. Por isso optou por uma conversa tranquila – Bom, nosso tempo acabou. – anunciou ao olhar o relógio em sua parede.

Os olhos de Regina se arregalaram quando percebeu que as duas horas haviam voado – Nossa, o tempo passou rápido.

— Sim. – ele afirmou para a morena, então olhou para menina – Posso marcar outro dia para conversamos apenas nós dois, Júlia?

A menina o olhou um pouco arredia, então sentiu o braço de sua mãe loira a envolver – Tudo bem Júlia, ele irá apenas conversar com você como ele fez hoje. – explicou Emma.

— Sim, iremos apenas conversar, quero saber mais sobre você para poder te ajudar com alguns traumas. – completou ele.

— Você irá ajudar essa sensação que eu sinto toda vez que minhas mães viajam e não podem nos levar? – ela perguntou esperançosa.

Ele sorriu amorosamente – Eu quero te ajudar a superar isso e outras coisas, mas preciso que volte para conversarmos sobre isso. – fez uma pequena pausa – Você vem outro dia para conversarmos mais? – quis saber.

Júlia ficou alguns segundos ponderando sobre então com um tímido acesso de cabeça concordou – Tudo bem, eu venho outro dia para a gente conversar mais. – respondeu com uma seriedade visível. Aquilo fez Regina e Emma sorrirem Ah minha filha, tão pequena e ao mesmo tempo tão adulta!

— Muito bom. – ele disse sorrindo – Então te espero daqui a dois dias, no mesmo horário. – Júlia assentiu, ele se levantou juntamente com as três mulheres.

— Muito obrigada August. – agradeceu Emma sendo a última a sair do consultório. Ela viu sua esposa e filha de mãos dadas conversando animadamente caminhando na direção da pick-up.

— Pode não parecer, mas hoje já fizemos grandes avanços Emma. – comentou o homem – E não precisa agradecer, Júlia parece ser uma menina maravilhosa.

Emma sorriu orgulhosa – Ela é, você verá. – disse – Bom, então até daqui a dois dias. – se despediram e Emma saiu rapidamente até a pick-up para se juntar a sua esposa e filha. Dali elas iriam passar no Giuseppe para pegar os meninos e finalmente irem para a fazenda.

—SQ-

Os dois dias passaram rapidamente, como prometido Júlia voltou para a consulta e saiu de lá mais animada, prometendo voltar novamente. As tarefas na fazenda finalmente havia desacumulado. Era hora do almoço, Regina havia acabado de chegar do escritório onde havia passado a manhã toda trabalhando no caso de Blanchard.

— Morena. – chamou Emma assim que entrou na cozinha pela porta do fundo acompanhada de Ruby, tirou seu chapéu – Eu não consegui ir falar com Aurora ainda desde que chegamos de São Francisco, você tem alguma coisa para fazer agora a tarde? – perguntou assim que se sentou ao seu lado e começou a se servir.  A mesa estavam Cora, George, John, Ruby, Kathryn que veio junto com Regina e Eugenia.

— Eu havia pensado em dar uma olhada na papelada da fazenda agora depois do almoço, elas acumularam por causa do caso de Blanchard. – respondeu a morena tomando um gole de suco de maçã Que leve enjoo! Acho que é por ficar muito tempo sem comer!— Por que pergunta?

— Por nada, só queria saber se você quer ir comigo para obra e ver o andamento, e claro, saber o que Aurora quer falar comigo. – respondeu assim que engoliu uma garfada de sua comida.

Regina ponderou por alguns segundos – Será bom dar uma espairecida, assim volto com a cabeça mais leve para trabalhar na papelada da fazenda. – respondeu levando uma garfada de comida para a boca.

— Maravilha, mas vamos com o Bonitão, faz tempo que não saio com ele. – disse a loira tomando um gole de seu suco de maçã.

— Ai que saudades do Bonitão. – comentou Regina sorrindo amavelmente – Vai ser bom ir cavalgando nele.

A conversa continuou tranquila John comentando que havia finalmente achado um pequeno prédio perfeito para abrir a filial de sua empresa de arquitetura. Kathryn comentando a dificuldade com o caso do divórcio de Leopold e Glinda, por ele ser o prefeito ele conseguia atrasar todas as ações o máximo de tempo que conseguia.

Lentamente Emma e Regina caminhavam para o estábulo. Elas haviam almoçado e dado um tempo para fazer digestão e agora estavam de volta a ativa. Bonitão estava feliz em ver sua morena ali novamente. Emma selou o cavalo e com cuidado ajudou Regina a subir, e segundos depois ela se postou atrás de sua morena. Vagarosamente as duas mulheres foram para a obra pelo meio da fazenda.

—SQ-

Lilith estava em sua casa quando em um estalo se levantou de sua cama e foi direto para o escritório de seu pai. Pegou a arma que havia escolhido, e a munição. Carregou a arma e a colocou dentro de uma bolsa específica para isso. Lentamente com um sorriso louco no rosto saiu na direção de seu carro. Uma vez ali dentro, partiu na direção da fazenda.

Quando chegou deu a volta pela propriedade, pelo lado de fora e acabou avistando ao longe Emma e Regina cavalgando na direção da obra. Um sorriso psicótico surgiu mais uma vez em seus lábios e arrancou com o carro na direção da obra pela estrada lateral a fazenda.

—SQ-

Aurora havia atualizado Emma e Regina do andamento da obra. Fora como Cora havia dito, as obras estavam aceleradas, uma vez que a temporada de chuva não veio. Deram mais uma volta por toda a obra vendo tudo, enquanto conversam tranquilamente.

— Está tudo indo muito bem, Aurora. – comentou Emma assim que se aproximaram do Bonitão – Se continuar assim talvez inauguremos mais cedo do que o previsto.

— Sim, com certeza. – confirmou Aurora – Mas fico feliz que está satisfeita com o nosso serviço, Emma.

— Eu não tenho do que reclamar do serviço da construtora. – falou a loira auxiliando sua esposa a subir no cavalo – Pelo contrário apenas elogios. Por isso que escolhemos vocês, pois sabíamos de sua competência e comprometimento. – subiu no cavalo – Bom, você já sabe, qualquer coisa sabe aonde me encontrar. – falou dando a volta com o cavalo e tomando um rumo diferente.

— Para onde você está me levando, Emma? – perguntou Regina vendo que elas estavam mais acima das obras ainda. Bem ao norte da fazenda Hum será que ela quer estender a lua de mel? Não fique surpresa se isso acontecer!

— Estou te levando para conhecer uma parte da fazenda que você ainda não conhece. – respondeu Emma dando os comandos para o cavalo, que ia a um trote bem lento Será que poderemos dar continuidade da nossa lua de mel? Emma, sua safada! Ah mente, ainda preciso utilizar alguns lugares na fazenda que são ótimos para esse tipo de atividade! — Essa parte ainda pertence a Vale dos Sonhos. – mostrou a loira mais um bom pedaço de terra e muito verde.

Os olhos de Regina se abriram surpresos – Eu achei que a fazenda terminava ali nas obras. – murmurou.

— Não. – comentou a loira – As obras ocupam dois terços do terreno da fazenda comprada. Ainda sobra um terço de terra que no momento ficará assim, até termos alguma ideia do que fazer, e o principal, ter o dinheiro para investir. – pararam em baixo de uma arvora imensa. Emma desceu primeira do cavalo Aqui é bem afastado, não tem como não nos acharem aqui! Então vamos montar um esquema para virmos aqui na próxima vez com algumas cobertas, afinal esse mato vai pinicar mais que o feno! Sim, Emma, vamos arrumar umas cobertas na próxima vez!

— Não sou boa em contas ou faturamentos, coisas desse tipo... – disse Regina assim que desceu do cavalo depois de Emma – Mas a fazenda em si gera muito dinheiro, não? – perguntou ao olhar para sua esposa Aposto que está armando algum esquema para virmos aqui uma próxima vez! E você nem irá reclamar, não? Nem um pouco! Regina safada!

Emma se espreguiçou – Sim, ela gera, mas também tem um alto custo de manutenção, além de que foi investido uma grande quantia em sua expansão. – explicou – Ela nos dará o retorno, mas não será em seis meses depois de inaugurada, pela minha estimativa entre um a dois anos para começarmos ter o retorno do que foi investido.

— Entendi. – disse a morena olhando ao redor, enquanto Emma se virou para olhar o outro lado Enquanto isso podemos pensar no que podemos fazer com essa parte da fazenda! Sim Regina, podemos utilizar esse tempo para irmos pensando!

Um carro bem ao longe estava parado. Lilith havia aberto a porta para se apoiar melhor. Empunhou o rifle e mirou – Eu disse que vocês iriam me pagar caro. – apertou o gatilho assim que seu alvo focou na mira.

Um barulho estampido fora ouvido, então Emma sentiu uma grande dor em seu abdômen Ai! Bonitão se mexeu inquieto no lugar. A loira levou sua mão para o lugar da dor aguda. Seus olhos verdes se arregalaram em pânico ao ver sua mão vermelha de sangue Merda! imediatamente voltou sua mão ao local ferido. Virou-se para sua esposa em seguida.

— Que barulho foi esse? – perguntou Regina curiosa, então viu sua esposa se virando com um olhar de pânico em seu rosto – Emma... – antes de pudesse perguntar o que estava acontecendo. Outro barulho estampido. Quase que imediatamente Emma se ajoelhou ao sentir outra dor aguda na parte de trás de sua coxa direita – Emma! – exclamou Regina preocupada O que está acontecendo?

— Se abaixa. – foi tudo que Emma conseguiu dizer Se abaixa! Por favor! antes de tombar a frente no meio do mato.

— Emma! – exclamou Regina em puro desespero, então escutou um terceiro estampido, mas dessa vez acertando o tronco da árvore. Imediatamente se abaixou junto a sua esposa – O que eu faço? – em desespero não sabia o que fazer. Tentou lembrar das aulas de montaria, pois com todo o desespero sua memória era um branco total. Consegui se lembrar de algo e puxou a rédea de Bonitão o fazendo se abaixar, como Emma muitas vez fez em suas aulas. Com muita dificuldade conseguiu colocar Emma sobre o cavalo e se postou atrás da loira. O cavalo se ergueu com outro comendo nas rédeas Não me decepcione meu amigo! — Bonitão, eu confio em você, por favor, vamos o mais rápido possível de volta para a fazenda. – pediu agoniada e deu um comando para o cavalo, tentando se lembrar mais uma vez das lições de montaria de sua esposa Droga! Não era para eu ter problema de memória justo nessa hora! E muito menos o meu pânico tomar conta de mim! Preciso estar segura para levar Emma o mais rápido para a fazenda!

O cavalo como se entendesse o que estava acontecendo saiu em disparada rumo a fazenda, assim que escutaram o quarto estampido, que mais uma vez atingiu o tronco da árvore, tirando lascas de madeiras – Aguente firme, Emma. Logo estará no hospital. – Bonitão fez o retorno a todo vapor. Depois de alguns minutos de cavalgada avistou o consultório a morena começou a gritar desesperadamente – RUBY!! SOCORRO!!

A veterinária confusa saiu do consultório se deparando com o Bonitão vindo a toda velocidade, com Regina gritando e Emma deitada sobre o pescoço do animal – Mas o que? – perguntou, mas obteve sua resposta assim que Bonitão inesperadamente parou a frente de Ruby – O que aconteceu? – perguntou ajudando Regina a tirar Emma de cima do cavalo, enquanto alguns funcionários se aproximavam.

— Eu não sei, estávamos na área acima das obras, então escutamos alguns barulhos estampidos e quando percebi Emma estava machucada e deitada no chão. – disse Regina em pleno desespero Droga era para ser um passeio calmo com sempre foi! As duas mulheres carregavam a loira para dentro do carro de Ruby – Precisamos ir para o hospital.

— Pequeno John! – chamou Ruby assim que correu para pegar a chave de seu carro e o celular Vamos Emma aguente firme, mulher! Você tem que sair viva dessa, pois será a madrinha do nosso bebê! Além do que você tem a sua família para cuidar! — Cuide do cavalo, e feche o consultório para mim.

— Ruby! – chamou David assim que se aproximou. Ele estava ali perto dando suas aulas quando escutou toda a algazarra.

— David, avise o tio George, fale que estamos levando Emma para o hospital imediatamente. – respondeu assim que ligou o carro e sem mais explicações saiu em disparada rumo a cidade, mais especificamente ao hospital – Toma. – entregou o celular para Regina – Ligue para o hospital e avisa que estamos chegando, ou então avise a Elsa que ela saberá o que fazer.

A morena imediatamente ligou para sua amiga Elsa avisando o que tinha acontecido – Ela estará esperando com uma equipe de emergência na porta assim que chegarmos. – disse Regina desligando o celular.

— Muito bom. – Ruby disse assim que olhou pelo retrovisor rapidamente - Continue fazendo pressão no ferimento do abdômen. – pediu. Regina estava no banco de trás com Emma encostada em si. A loira estava inconsciente.

— Não me abandone, minha loira. – Regina murmurava contra os cabelos loiros de sua esposa. Tirando os murmúrios de Regina, um silêncio tenso pairava dentro do veículo Você será muito egoísta se me abandonar justo agora! Tem muitas coisas para fazer ainda! Nem completamos um ano de casadas! Quero você ao meu lado para ver nossos filhos crescerem! Minutos depois Ruby estacionou de qualquer jeito em frente ao hospital e imediatamente a equipe tirou Emma de dentro do carro e começaram os primeiros socorros enquanto entravam rapidamente no hospital.

Regina até tentou acompanhar sua esposa, mas quando chegou a grande porta do corredor fora barrada pela enfermeira – Ela é minha esposa, vocês não podem me deixar aqui. Não podem!

— Senhora, você nos ajudará melhor se ficar aqui. – pediu mais uma vez a enfermeira. Regina ia protestar quando Ruby a tirou dali e a levou para a sala de espera. Não muito tempo depois Kathryn entrou esbaforida a procura de sua esposa e de sua amiga.

— O que aconteceu? – perguntou assim que abraçou Regina fortemente. A morena retribuiu o abraço.

— Não sei, mas parece que atiraram em Emma. – respondeu Ruby olhando para sua esposa, que ainda mantinha Regina em seu abraço Ah Emma, você passou por tanta coisa, por favor, não nos abandone agora!

Aqueles minutos angustiantes da espera por saber alguma notícia estavam deixando as três mulheres ali agoniadas Droga que não vem uma alma caridosa nos avisar o que está acontecendo! Calma Regina, é assim mesmo, eles primeiro precisam se certificar de que tudo está bem para vir dar alguma notícia! Não tenho como ficar calma, mente, é a razão da minha vida que está lá dentro entre a vida e a morte! Eu sei Regina, mas você precisa ficar calma, principalmente nessa hora! Que vá para o beleléu a calma, eu quero saber da minha esposa! Mais alguns minutos depois George e Cora entraram correndo no hospital e foram na direção das três mulheres.

— Emma? – perguntou o homem preocupado Só me diz que ela está bem!

— Não sabemos nada ainda tio. – respondeu Ruby que estava sentada, mas sua perna subia e descia em um ritmo frenético. Kathryn estava encostada contra a parede ao lado de Ruby, enquanto Regina caminhava de um lado a outro, perdida em sua preocupação e pensamentos. A morena estava toda suja de sangue, mas ela não se importava.

Cora se aproximou de sua filha a envolveu em um abraço apertado – Calma minha filha, tudo dará certo. – murmurou a mulher mais velha Espero que pelo bem da nossa família, tudo dê certo! Chega de notícias ruins por algum tempo!

Mais minutos angustiantes se arrastavam lentamente e ninguém saia ou entrava pela porta a qual Emma havia passado. Aquilo era desesperador. Não ter nenhuma notícia, nem um aviso, nada Mas que droga! Vamos minha loira atrevida, você precisa reagir e sair dessa! Por mim, pelos nossos filhos e o principal, por você!

Quando pareceu ser um ano depois, finalmente Elsa saiu pela mesma porta que Emma havia entrado horas atrás. A loira caminhou na direção da família de Emma.

Regina ainda andava de um lado a outro, quando se virou e viu Elsa caminhando em sua direção Finalmente! Ela mudou seu rumo e foi encontrar a médica no meio do caminho – Emma? – perguntou seu tom extremamente apreensivo Diga que está tudo bem!

Elsa soltou uma longa respiração, ao passo que todos estavam ao lado de Regina esperando por uma resposta – Nós conseguimos estabilizá-la, pois chegou aqui muito debilitada. Perdeu muito sangue. – começou a explicar – Agora ela está em cirurgia para a retirada da bala em seu abdômen. Além de ter um tiro atrás de sua coxa direita.

— Mas ela ficará bem? – perguntou George em desespero Só me garanta que ela ficará bem!

— Não sabemos ainda, George. – respondeu a médica – Só posso dizer que Emma está com os melhores médicos do hospital.

— Quanto tempo ainda de cirurgia? – perguntou Kathryn para a amiga.

— É uma cirurgia delicada, pois a bala se partiu assim que entrou no abdômen de Emma. – respondeu Elsa, olhou para o relógio em seu punho – Acho que mais umas duas ou três horas ainda. – soltou uma respiração – É só o que posso dizer, mas não se preocupem, na medida do possível eu irei informando a vocês a evolução da cirurgia. – completou, sem dizer mais nada quando recebeu acenos de cabeça a médica se virou e voltou por onde havia saído.

Foi como Elsa havia dito, a cirurgia durou mais duas horas e meia. E toda vez que possível ela vinha para dar alguma notícia do estado de Emma. Kathryn e Ruby se voluntariaram para pegar as crianças na escola e levá-las para a fazenda, assim acalmar a Eugenia contando tudo que estava acontecendo, além de explicar para as crianças o que estava acontecendo. Sem falar que Ruby precisava descansar devido a gravidez.

Doutor Josh saiu pela porta que vez e outra Elsa saía para dar alguma notícia. Ele ainda vestia a roupa da cirurgia – Senhora Swan-Mills. – chamou assim que se aproximou.

— Emma! – exclamou Regina indo de encontro com o médico – Como ela está? Só me diga que ela está bem! Por favor!

— A cirurgia foi complicada. – ele disse assim que soltou um longo respiro – Retiramos a bala de sua perna, o ferimento foi bem simples ali. – outro suspiro – Também tiramos toda a bala de seu abdômen. Inclusive o pedaço que acabou se alojando no útero de Emma. – fez uma pequena pausa – Mas no processo de retirada do pedaço da bala, ouve uma hemorragia interna e acabamos tirando o útero todo e parar a hemorragia. Deixamos apenas os ovários pelas questões hormonais, pois se deixássemos o útero a possibilidade de outra hemorragia era muito grande.

— Ela está bem? – quis saber George ainda angustiado.

— Sim, ela está bem agora. Está estabilizada e dormindo. – respondeu o médico com um pequeno sorriso – Agora precisamos esperar ver com será a sua recuperação pós-operatória, que é o principal nessas vinte e quatro horas que ela ficará em observação.

— Quando poderemos vê-la? – perguntou Cora mais aliviada Pelo menos uma notícia boa! Emma ficará bem!

— Assim que ela for para o quarto... - olhou para o relógio na parede da sala – Daqui a uns trinta, quarenta minutos. – respondeu – Mas eu pedirei para a enfermeira avisar quando Emma for para o quarto, assim poderá receber visitas.

— Ai doutor, muito obrigado. – agradeceu o pai de Emma, visivelmente aliviado Obrigado mesmo! Você salvou não só a vida da minha filha, mas a vida dessa família!

— Emma é uma mulher forte, ela sairá dessa. – respondeu o médico então olhou para Regina que repentinamente ficou branca. Quando estendeu a mão para tocar na morena no instante seguinte ela estava estirada no chão desmaiada.

— Regina! – exclamou Cora preocupada.

 


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Notas finais do capítulo

Vrá! Ok! Colocando meu colete a prova de bala, pois sei que irão querer me matar! Mas só um lembrete: Se matarem a autora, não terá mais história e vocês não saberão o que irá acontecer nos próximos capítulos! xD ... Só um pouquinho de drama para dar uma agitada na história huhuhu Bom, não vou dizer nada, e irei deixar vocês comentarem ;)

Ah sugestões e dicas são sempre bem-vindas, assim como sugestões para os nomes dos capítulos!

Até a próxima!!

Aaahh prometo que a noite irei responder aos comentários!! :)