Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 7
Capítulo 7 - Henry & Emma


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo, voltei com mais um capítulo!

Finalmente Henry faz uma boa participação na história! huhuhu

Gostaria de agradecer a todos os comentários fiquei muito feliz, e agradecer a recomendação que Xandoca fez. Adorei muito obrigada (com os olhos brilhando emocionada).

O próximo capítulo sairá só mais perto do fim da semana, pois aproveitarei o carnaval para escrever o próximo capítulo e também dar uma adiantada na escrita da história...

Vamos para o capítulo!



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Emma havia acabado de selar o cavalo que usaria para passear pela fazenda juntamente com Henry. Olhou novamente para ter certeza de que não se esquecera de nada. Pegou as rédeas do cavalo e caminhou para fora do estábulo, conduzindo o animal. Ela caminhou até o consultório de Ruby, batendo levemente na porta entre aberta.

— Rubs? – chamou do lado de fora.

— Fala Loirão! – respondeu a morena abrindo a porta – Estou quase no fim dos exames dos cavalos que chegaram, até o fim do dia terei o laudo completo de cada cavalo.

— Sem problemas... – comentou a loira – Só passei para avisar que estou saindo com o garoto para mostrar um pouco da fazenda e os cavalos, então se precisar de mim sabe onde me encontrar.

— Tudo bem. – respondeu Ruby, então abriu um sorriso maroto – E a dondoca deixou? – perguntou ela usando o mesmo “elogio” que a loira havia usado na discussão.

— Deixar ela não queria, mas como não quer ver o filho triste acabou permitindo, mas fez alguns comentários sobre. – respondeu Emma sorrindo – Sobre que a próxima vez que eu marcar alguma coisa com o filho para avisá-la para não atrapalhar o andamento das coisas aqui na fazenda. – falou desdenhosa, e Ruby riu da amiga.

— Você está perdida com essa mulher... – comentou a morena – Quero só ver quando ela fizer marcação cerrada com você.

— Sabe que dependendo da marcação cerrada não será uma má ideia? – comentou Emma marotamente, arrancando uma gargalhada da amiga.

— Você não presta, Loirão. – disse Ruby – Então você admite que está rolando alguma coisa entre vocês?

— Claro que está rolando algo entre nós... – a loira fez uma pausa e Ruby abriu um enorme sorriso - Antipatia mútua e muitas brigas é isso que está rolando entre nós duas.

— Isso é só agora no começo, depois vocês vão é brigar nos lençóis. – zombou a amiga.

— Não vou nem comentar isso. – respondeu a loira dando de ombros.

— Mas bem que você queira... – gargalhou Ruby e Emma apenas balançou a cabeça como se sua amiga não tivesse jeito.

— Ah antes que me esqueça, Regina quer fazer uma reunião com todos que estão em cargos de comando, então chame e avise todos, marque uma hora para essa semana ainda aqui no consultório. – pediu Emma.

— Tudo bem, eu falarei com David e Mary assim que sair daqui... – comentou Ruby séria, então um sorriso malandro surgiu em seus lábios – Então finalmente iremos conhecer a dondoca? – Emma afirmou com a cabeça – Verei se ela é tudo o que você falou mesmo, Loirão.

— Você verá que eu falei a verdade. – brincou seriamente Emma – Bom, me deixa ir pegar o garoto lá com a Bah antes que ele enfarte de tanta ansiedade. – falou Emma. Bah era a forma carinhosa que ela chamava Eugenia, pois chamá-la de avó era um pouco demais, por mais que ela sentisse que a senhora fosse como uma avó para ela e por mais que Ruby falasse que não se importaria de dividir a avó com Emma. Assim como Emma não se importava de dividir o pai com a amiga e sua mãe enquanto ela estava viva, pois Ruby fora morar com a avó paterna depois que seus pais morreram em um acidente de avião que não houve nenhum sobrevivente. Ali sem perceberem acabaram por formar uma pequena família ligada pelo carinho e amizade.

— Hey garoto. – chamou a loira assim que adentrou na cozinha e viu Henry sentado conversando animadamente com Eugenia – Então pronto para o passeio?

— Sim! – exclamou se levantando apressadamente.

— Bah, se a mãe do garoto perguntar por ele, por favor, diga que sai para passear com ele, e que é só ela procurar por Ruby que saberá onde me encontrar. – disse Emma olhando para a senhora.

— Tudo bem. – respondeu – Tenham cuidado!

— Pode deixar. – comentou Emma então se virou para o menino – Pegou uma garrafinha com água? E um boné?

— Aqui! – respondeu mostrando sua pequena garrafinha com o desenho dos vingadores e seu boné também dos vingadores – Mas eu queria um chapéu igual ao seu. – ele disse apontando o chapéu preto na mão da loira.

— Nossa, os vingadores. – comentou a loira sorrindo – Eu gosto bastante dos vingadores, principalmente do Thor.

— Eu também, ele é super legal. – disse ele animado.

— Irei procurar um chapéu igual ao meu para você, tudo bem?

— Sim! – respondeu Henry maravilhado.

— Bom, então vamos que um passeio nos aguarda. – disse oferecendo a mão para o menino que não hesitou nem um segundo em segurar. Foram para fora da cozinha e os olhos de Henry se arregalaram ao ver o cavalo que estava ali amarrado esperando por eles.

— Nós vamos nele? – perguntou um pouco receoso, por mais que gostasse de cavalos nunca andara em um, e ali perto do animal, ele parecia muito maior que o normal.

— Sim... É o jeito mais fácil de passear pela fazenda. – respondeu então olhou para o menino e viu receio nos olhos dele, ela se abaixou para ficar na altura dele – Não se preocupe, eu estarei junto de você, e não deixarei nada acontecer... E o Sansão é bem dócil, podemos montar nele sem problema.

— Você vai me segurar? – perguntou ainda receoso olhando para a loira.

— Claro que vou, você não tenha dúvida disso. – afirmou passando confiança para o menino – E você ainda ficará sentado a minha frente para poder ver melhor a fazenda.

— Promete que não vai me deixar cair? – ele já estava menos receoso.

— Palavra de escoteiro, ou no caso aqui, palavra de cowboy. – disse a loira cruzando os dedos indicadores como uma promessa – Vamos?

— Sim. – disse um pouco mais animado.

Emma se levantou e segurou o menino por baixo dos braços, o erguendo e pediu para que abrisse as pernas para acomodá-lo na sela, logo em seguida subiu e sentou-se atrás do garoto – Está bem seguro? – disse ao passar um braço pelo pequeno corpo e segurar firme.

— Sim. – disse ele vibrante – Mas oh, vamos devagar, tá?

— Vamos sim. – disse Emma, quando segurou nas rédeas e deu o comando para o cavalo começar a andar bem devagar. Henry soltou um grito feliz – Assim está bom?

— Pode andar um pouquinho mais rápido. – disse ele marotamente – Não precisa ser tão devagar assim também. – soltou mais um pequeno grito quando o cavalo começou andar um pouco mais rápido.

Eles estavam em um leve trote e se encaminharam para o leste da fazenda, passaram pelo consultório de Ruby do lado direito. Um pouco mais a frente a esquerda passaram pela área dos cercados onde Emma utiliza para domesticar os cavalos mais arredios. E continuaram em frente até chegarem a um imenso lago. Henry ficou eufórico ao ver alguns cavalos dentro desse lago juntamente com alguns funcionários.

— Por que eles estão no lago?  - perguntou ele curioso, e o brilho em seu olhar era intenso.

— Porque eles também precisam descansar, e entrar na água ajuda a relaxar a musculatura depois de um dia de exercícios e treinamentos. – explicou Emma assim que pararam para o garoto observar os cavalos brincando na água do lago. Seguiram mais um pouco em frente, até chegarem a uma área destinada aos passeios de fim de semana, ali tinha de tudo e mais um pouco para os visitantes se divertirem. Desde uma área para alimentação até uma área destinada a crianças, passando por trilhas para os adultos e para as crianças, quiosques para descanso, parquinho com alguns brinquedos. Era uma área de lazer praticamente completa.

— Isso tudo é muito legal. – comentou Henry arregalou os olhos, maravilhado.

— Vamos ver os cavalos agora. – disse Emma dando a volta e voltando por outro lado.

— Oba! – a felicidade era visível no garoto.

Voltaram quase pelo mesmo caminho, passaram pela área de aulas e adestramento, mas essa era coberta para dias de chuva. Ao lado direito tinha um enorme celeiro e mais a frente havia uma área para aulas não coberta, e do outro lado havia dois estábulos.

— Vamos entrar para eu te mostrar alguns cavalos. – disse Emma assim que desceu e amarrou as rédeas do cavalo, e depois pegou Henry o colocando no chão. Instintivamente Henry segurou a mão da loira para eles entrarem em um dos estábulos.

— Esses cavalos nós usamos para fazer aulas de montaria e equitação. – começou a loira explicar e apontando os cavalos – Por serem mais dóceis, facilita as aulas.

— E esses cavalos pequenos? – questionou assim que seus olhos pousaram nos pequenos animais.

— Eles são potros, são os filhos dos cavalos. – explicou simples a loira – Mas eles vão crescer e ficar grandões como os pais.

— Sério?

— Sim. Os cavalos nascem pequenos e depois vão crescendo, assim como nós. – explicou e deu um pouco de ração para que Henry desse ao cavalo que estava ali perto da cerca. Um grito feliz saiu da boca do menino assim que um dos potros veio comer em sua mão.

— Que demais! – exclamou feliz, olhando admirado para os pequenos cavalos – Eu vou poder ter um cavalo?

— Quem sabe quando você ficar mais velho? – respondeu Emma se esquivando da pergunta, pois isso quem decidiria era Regina, enquanto fazia carinho no pescoço do pequeno animal que estava terminando de comer.

— E cachorro? – ele perguntou pegando Emma de surpresa.

— Como?

— Aqui na fazenda pode ter cachorro? – perguntou novamente agora olhando diretamente para a loira.

Emma soltou uma longa respiração – Nossa, faz tempo que aqui na fazenda não tem cachorro... – fez uma pausa – A última vez foi um cachorro que era meu, isso quando eu era criança... – outra pausa – Sim, aqui na fazenda pode ter cachorro.

— Eu estou pedindo um para a minha mãe faz um tempão... – comentou Henry voltando a olhar para os potros – Mas ela não me deixa ter um. – terminou triste.

— Garoto, talvez sua mãe ainda não deixou você ter um cachorro por ser pequeno, pois cachorro requer responsabilidade para cuidar. – comentou Emma olhando para ele – Tem que dar banho, alimentar, passear todos os dias, e o principal, cachorro precisa de espaço para crescer.

— Mas eu tenho tudo isso ai que você falou. – disse Henry e seus lábios fizeram um pequeno bico triste.

Emma queria abraçar o garoto de tão fofo que ele era – Henry, pensa comigo... – pediu tentando fazer o menino olhar para ela, segundos depois ela teve a atenção dele – Vamos imaginar um cachorro como se fosse um desses cavalinhos, tudo bem? – ele concordou com a cabeça – O cavalinho irá crescer, certo? – outro aceno de cabeça – Mas para ele crescer ele precisa comer, para comer ele precisa de alguém que dê a comida a ele, aí ele precisa de alguém para dar banho, pois não pode ficar sempre sujo, faz mal para a saúde dele... – fez uma pausa esperando uma confirmação do menino que estava acompanhando o pensamento dela, Henry acenou novamente com a cabeça – Aí ele precisa andar bastante, para não ter problema nas pernas, mas para isso ele precisa de alguém que o leve para passear em um lugar grande e por fim, quando ele crescer e virar adulto, ele ocupará um lugar muito grande, então ele precisa morar em um lugar grande também, se o cavalo ficar doente precisa de alguém para levá-lo ao médico. Não concorda comigo?

— Sim... – falou Henry a olhando admirado.

— Onde você morava antes de vir para cá?

— Em uma casa em cima da outra em um prédio grandão. – respondeu.

— Sua casa caberia um cavalo? – perguntou ela, e Henry pensou por uns segundos então balançou a cabeça negando – Com o cachorro é a mesma coisa, Henry. Por isso a sua mãe não deixava você ter um cachorro, porque ele precisa de tudo isso que eu te falei.

— Entendi... – disse ele derrotado.

— Mas talvez aqui na fazenda... – disse Emma tentando animar o garoto, pois não gostou de vê-lo cabisbaixo – Se você conversar novamente com sua mãe, talvez ela te deixe ter um cachorro... – fez uma pausa e viu um brilho aparecer nos olhos do garoto novamente – Aqui tem bastante espaço para um cachorro, e terá tudo que ele precisará, e você com certeza cuidará bem dele.

— Sim! – exclamou ele feliz novamente – Eu cuidarei bem dele... Vou falar com ela e ver se agora ela deixa eu ter um cachorro, e falar tudo isso que você falou.

— Bom, por falar nela, acho que está na hora de te levar de volta. – falou Emma olhando o céu através da janela do estábulo e percebendo que o dia estava quase terminando e o local estava começando a ficar escuro.

— Ah! Mas eu queria conhecer mais da fazenda. – tentou barganhar o menino.

— Hoje não podemos mais... – disse Emma – E você precisa dormir cedo, porque amanhã voltará para a escola.

— Ah me mostra mais um pouquinho só. – tentou novamente.

— Eu até queria garoto, mas olha lá fora, o dia esta acabando e não dá para ver muito da fazenda a noite. – tentou Emma contra-argumentar.

— Mas tem luz a noite. – ele disse se referindo aos postes de iluminação da fazenda.

Emma soltou um suspiro Esse garoto é esperto! Sorriu – Vamos fazer o seguinte, eu prometo te mostrar mais da fazenda outro dia.

— Promete?

— Sim!

— Eu vou cobrar. – disse ele sério.

— Pode cobrar que eu cumprirei a promessa. – disse Emma séria também – Palavra de cowboy! – e cruzou os dedos indicadores selando a promessa – Agora vamos embora. – estendeu a mão para o menino que segurou no instante seguinte. Ela resolveu caminhar para a casa principal, no caminho pediu a um funcionário guardar o cavalo que ela havia usado e tirar a cela e fazer todo o cuidado com o animal.

—SQ-

Regina estava parada de frente para a porta fechada do quarto de seu pai. Só a pesada respiração podia ser ouvida. Ela respirou fundo três vezes antes de colocar a mão na maçaneta e uma última respiração bem mais longa para acalmar de vez o coração que estava acelerado. Assim que abriu a porta, o cheiro característico de seu pai tomou seu olfato. Várias lembranças vieram a sua mente no exato momento. Seu coração pulou algumas batidas, até finalmente voltar ao ritmo normal e Regina criar coragem suficiente para adentrar ao quarto.

Ela percorreu os olhos pelo cômodo, nada havia mudado do que ela se lembrava. Andou para a escrivaninha, passou as pontas dos dedos na madeira. Viu algumas fotos sua de quando criança, algumas de seu filho Henry, e por incrível que pareça até uma de Cora, quando estava grávida de Regina. A morena abriu um sorriso triste ao ver todas aquelas fotos. Repousando no assento da cadeira estava o chapéu de seu pai. Ela passou levemente os dedos sobre o mesmo sentindo a camurça do obejto. Continuou seu caminhar, então chegou ao guarda-roupa imenso e abriu a primeira porta, ali tinha alguns dos perfumes de seu pai, alguns relógios que ele gostava muito, algumas abotoadeiras e clipes de gravata. Abaixo ficavam as gavetas com as roupas íntimas e os pares de meias. Abriu a outra porta e se deparou apenas com gavetas de camisetas, desde camisetas simples até as camisetas polo, e havia ainda algumas gravatas penduradas. A outra porta estava pendura as calças jeans, que eram a maioria agora, pois as calças sociais foram perdendo seu lugar no decorre da vida. As duas portas seguintes eram repletas de camisas, tanto de cor única até camisa xadrez. Assim que viu o xadrez, Regina torceu o nariz, mas continuou olhando.  As duas últimas portas estavam seus blazeres e as jaquetas usadas em dias de frio. No canto tinha uns dois pares de sapatos sociais juntamente uns seis pares de botas.  Na parede ao lado havia uma grande janela, Regina caminhou e abriu mais ainda as cortinas e se deparou com a vista de quase toda a fazenda. Ali ela se apaixonou mais um pouco pela mesma. Na última parede tinha uma grande cama de casal, com duas mesinhas, uma de cada lado, e por fim a porta que dava para o banheiro.

Entrou no outro cômodo e olhou em cima da pia, os objetos que seu pai usava para fazer a barba, um imenso espelho. Duas toalhas penduras, uma no gancho na parede e outra no Box. Os produtos de higiene pessoal. Olhou ao redor deu um longo suspiro e saiu, sentou-se a cama e olhou tudo ao redor. Então a lembrança da primeira vez que estivera ali no quarto veio a tona em sua mente.

— Pronto minha princesa, chegamos! – anunciou o homem assim que abriu a porta traseira do carro para sua filha descer.

— Que lugar lindo! – exclamou ela assim que desceu e girou em seu próprio eixo dando uma volta completa e olhando tudo ao redor.

— Vamos entrar que depois eu dou uma volta com você pela fazenda te mostrando tudo, pode ser? – propôs.

— Claro!! – concordou imediatamente juntando as mãos à frente do peito – Quero conhecer tudinho. – soltou um riso feliz.

— Então vamos começar conhecendo o seu quarto, a casa e depois a fazenda. – planejou Henry pegando a pequena mala de sua filha.

— Vamos! – disse Regina por fim e saiu correndo para dentro da casa, e ali ele ficou imaginando Cora chamando a atenção da menina por sair correndo. Logo ele estava atrás dela.

— Então, já escolheu seu quarto? – perguntou Henry ao ver sua filha ponderando entre dois cômodos.

— Vou ficar com esse. – decidiu por fim Regina – Esse tem a vista para os cavalos.

— Ótima escolha. – disse ele entrando e colocando a pequena mala no canto, perto da porta – Nós podemos decorar do jeito que você quiser. – ofereceu sorrindo ao ver sua filha grudada na janela olhando para fora.

— Sim, mas podemos fazer isso outra hora? – pediu ela assim que olhou para ele, que a olhou curioso – Ai papai, decorar quartos é muito cansativo. – respondeu a menina usando os mesmo trejeitos de Cora – Você não sabe como foi cansativo decorar meu novo quarto lá em São Francisco. – terminou soltando um suspiro cansado ao se lembrar.

Henry gargalhou, pois ele estava diante de uma mini Cora – Imagino, minha princesa. Quando você quiser é só me falar, eu te ajudo a decorar para não ficar tão cansativo.

— Tudo bem, quando tiver ânimo eu te aviso. – disse Regina voltando a ser Regina – Agora quero conhecer o seu quarto, me mostra? – disse com os olhos pidões.

— Claro, por aqui. – fez uma reverência para que a filha o acompanhasse – A última porta no final do corredor. – dito isso a menina saiu como um raio para a porta mencionada.

— Que quarto grandão. – disse assim que abriu a porta e olhou para dentro, correu até a grande janela e olhou para a paisagem, e ali ela se encantou com o que seus olhos viam. Virou-se e viu a imensa cama – Por que sua cama é maior que a minha? – perguntou tirando os sapatos e subindo na mesma e começou a pular contente.

— Porque o papai é grande e precisa de mais espaço para dormir do que você, que ainda é pequena e não ocupa tanto espaço assim. – respondeu ele sorrindo ao ver Regina agindo como criança, sem as restrições que Cora muitas vezes impunha a menina.

— Eu vou poder dormir aqui com você? – continuou pulando.

— Mas você não tem a sua própria cama? – perguntou ele fingindo estar confuso, sentando-se a beira da cama – Porque você iria querer dormir aqui comigo?

— Ah papai, a sua cama é gigante... – começou a menina abrindo os braços para mostrar como era grande a cama – E acho que cabe nós dois aqui para dormir... – Regina riu gostosamente – E você mesmo disse que eu não ocupo muito espaço para dormir.

Agora foi a vez de Henry gargalhar gostosamente Que menina danada!— Claro que você pode dormir aqui comigo, meu bem... Principalmente agora que você me lembrou de como a cama é grande.

— Está vendo papai, as vezes você é bobo por não lembrar dessas coisas. – riu travessamente a menina, ao se sentar assim que cansou de ficar pulando.

— Mas sabe o que eu acabei de lembrar? – ele falou com um sorriso travessa no rosto.

— O que? – respondeu ela curiosa, o olhando.

— Que por essa cama ser grande demais... – respondeu ele se inclinando levemente a frente – E caber nós dois... Ela também serve para brincarmos de fazer cócegas. – terminou e em seguida atacou a filha fazendo cócegas na menina que deitou juntamente com um rompante de risos.

— Papai para! – pediu a morena entre risos e respiração ofegante.

Lentamente Henry foi parando o ataque de cócegas em sua filha, até que o único som que podia ser ouvido era a respiração acelerada de Regina. Ele olhava fixamente para a menina, em seus olhos um brilho de amor incondicional. Vagarosamente ele levou sua mão até o rosto de Regina tirando uma mecha de cabelo e a colocando atrás da orelha – Eu te amo muito, minha princesa. – confessou.

— Eu também te amo muito papai! – disse a morena depois que sua respiração voltou ao normal. E no instante seguinte ela abraçou fortemente o homem que não hesitou em retribuir prontamente o abraço.

Aquela lembrança trouxe lágrimas aos seus olhos castanhos tão parecidos com os do pai, era uma mistura de felicidade e ao mesmo tempo tristeza. A morena abraçou o travesseiro e sentiu já não tão mais forte o cheiro de xampu que seu pai usava. Ali abraçada e deitada, ela chorou por todos os momentos em que ela não pode estar presente na vida dele, e principalmente por não ter se despedido no dia de seu enterro. Regina acabou adormecendo quando já não tinha mais o que chorar naquele momento.

Horas depois Regina acordou um pouco desnorteada, ao sentar-se a cama reconheceu o lugar que agora era iluminado pelas luzes dos postes do lado de fora da casa, pois estava começando a anoitecer. Ela arrumou sua roupa e cabelo desceu para a cozinha, mas parou perto da porta para escutar o que seu filho estava falando do passeio.

—SQ-

 - Pronto garoto, está entregue! – disse Emma assim que adentraram pela porta da cozinha sorrindo.

— Vejo que o passeio foi divertido. – afirmou Eugenia quando viu o imenso sorriso no rosto do pequeno Henry.

— Eu gostei muito Bah, agora precisamos saber a opinião do nosso mais novo cowboy aqui! – disse Emma olhando para o menino e amavelmente passou as mãos pelos curtos cabelos castanhos.

— Bah? – ele perguntou confuso – Mas seu nome não é Eugenia?

— Sim, o nome dela é Eugenia. – se adiantou Emma.

— Então porque você a acha de Bah?

— Porque é uma forma carinhosa que eu uso para chamá-la... – respondeu novamente a loira – Ao invés de chamá-la de avó, eu a acho de Bah.

— Ela não é sua avó? – perguntou com nova curiosidade – Então você pode chamá-la de avó.

— De sangue não, mas é minha avó de coração, e por isso a chamo de Bah. – terminou Emma abraçando a senhora e depositando um beijo na bochecha da mesma.

Os olhos do menino brilharam – Eu posso chamá-la de Bah também? – veio a pergunta.

— Você pode me chamar do que quiser pequeno Henry. – respondeu a senhora com um amável sorriso no rosto.

— Oba, obrigado Bah. – disse ele sorridente e dando um abraço na senhora.

— Por meus botões! – exclamou Eugenia – Ganhei um lindo bisneto. – falou abraçando o garoto de volta – Mas você não me respondeu se você gostou ou não do passeio. – disse ao soltar do abraço.

— Ah Bah, foi super legal. – respondeu Henry com os olhos brilhando – Eu vi um monte de cavalos, vi também muitos cavalos brincando na água de um grande lago... – disse ele mostrando com os braços abertos o tamanho do lago – Vi também onde as pessoas passeiam, onde se tem aula e onde os cavalos dormem.

— E qual foi a parte que você mais gostou? – perguntou a senhora encantada com a felicidade do menino.

Henry fez uma cara de pensativo, incluindo uma mão no queixo e seu olhar concentrado, então instantes depois abriu um enorme sorriso – Foi ver tudo isso montado em um cavalo. – concluiu.

— Você o que? – perguntou Regina pasma, entrando na cozinha e se fazendo presente.

 


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Notas finais do capítulo

Confesso que parte da personalidade do pequeno Henry eu baseei em um aluno do qual dou aula de natação, ele é aquela criança fofa que você quer guardar em um potinho, e ele tem a mesma idade que o Henry tem na história.

Finalmente tivemos uma interação maior entre Emma e Henry, e eles praticamente viraram melhores amigos de infância... Regina relembrando um momento feliz de sua infância!

E para variar outra troca de farpas a vista! kkkkk Não percam! Até a próxima! o/



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