Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 6
Capítulo 6 - Medo de Rejeição


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo, voltei rapidíssimo!

Como havia dito no capítulo passado, eu tinha praticamente meio capítulo escrito já, e isso facilitou bastante a rapidez para postar.

Sei que muita gente ficou decepcionada com a Regina, mas não fiquem, isso é só para temperar mais ainda a relação delas, porque a hora que elas se pegarem nem bombeiro irá apagar ou separar kkkk

Sabe o que é melhor? Eu ainda não cheguei nem em um terço do que planejei da história, então teremos muita coisa para contar ainda, eu ouvi um: OBA! o/ kkkk

E um imenso obrigada a todos os comentários, eu adorei cada um!!

Então chega de enrolação e vamos para o que interessa. Divirtam-se! o/



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— Ruby! – disse Emma assim que conseguiu prender o cavalo novamente no compartimento em que estava anteriormente – Ele me apresentou algumas reações de dores, então, por favor, amanhã faça os exames necessários para descobrir isso... Assim como em todos os cavalos que chegaram. Ele será um pouco mais difícil de ser domado, mas eu conseguirei juntamente com os outros dois. – pediu e a morena concordou - Pessoal! – chamou alguns dos trabalhadores que estavam ali vendo – Por favor, levem os cavalos para os estábulos e os coloque cada um em sua baia, deem água e comida. – os rapazes apenas concordaram e ela começou a caminhar junto com Ruby – Você tem um tempinho antes de encerrar o dia?

— Para você minha amiga, sempre. – disse Ruby.

— Hey, hey. – chamou Henry então Emma olhou para o menino que vinha correndo em sua direção e sorriu.

— Hey garoto. – sorriu, então se abaixou para ficar na altura do menino, assim que o reconheceu – Nos encontramos mais cedo naquele esbarrão na sala hoje de manhã, não é? – o menino concordou com um aceno frenético de cabeça - Eu me chamo Emma e você?

— Henry. – respondeu estendendo a mão – Prazer!

— Prazer. – disse a loira ao segurar a mão do menino e balançar brevemente – Gostou do que viu?

— Foi demais! – respondeu ele sorrindo abertamente, juntando suas mãos a frente do corpo – O que você estava fazendo lá?

— Eu estava dançando com o cavalo. – então recebeu um olhar confuso do menino – Eu estava tentando ficar amiga do cavalo.

— E você ficou? – ele estava esperançoso.

— Ainda não, mas logo ficarei. – disse sorrindo.

— Mary, faz um favor para mim? – pediu Ruby assim que a morena de cabelo curto se aproximou.

— Que menino mais bonito. – exclamou quando pousou seus olhos na pequena figura que estava conversando animadamente com Emma – Quem é?

— Henry, filho de Regina. – respondeu – Quanto ao favor, você poderia acompanhar Henry até a casa principal, eu preciso conversar com Emma.

— Claro, será um prazer.

— Henry, essa é Mary... E Mary, esse é Henry, filho de Regina. – apresentou Ruby – Henry, a Mary irá te acompanhar até a casa principal, tudo bem?

— Ah, mas eu queria ficar um pouco mais aqui. – resmungou o menino – Ver mais cavalos. Sabe eu gosto muito de cavalos.

— Hey, sua mãe deve estar te esperando. – começou Emma – Aposto também que Eugenia fez uma deliciosa comida para você. – os olhos do menino se arregalaram mostrando contentamento – E também já está ficando tarde, mas amanhã você poderá ver mais da fazenda e ver muito mais cavalos.

— Promete? – perguntou ele pegando todo mundo de surpresa – Promete que amanhã você vai me mostrar mais cavalos e a fazenda toda?

— Prometo. – disse a loira – Agora vá com Mary. Até amanhã garoto. – com um aceno de mão o menino saiu ao lado de Mary, indo em direção da casa principal.

— Vamos para o consultório, pois preciso terminar alguns relatórios e você pode ir me contando o que aconteceu. – sugeriu Ruby, e então Emma se lembrou de que ainda tinhas alguns relatórios que ficaram inacabados, soltou uma respiração frustrada, depois de conversarem ela teria que ir ao escritório da casa principal para terminá-los.

— Comece. – pediu Ruby assim que se sentaram.

— Argh aquela mulher me tira do sério! – começou a loira. Ruby apenas olhou curiosa – Regina Mills. – a morena abriu a boca formando um perfeito AH— Hoje na hora da reunião acabamos discutindo feio... Ela falou algumas coisas que me chatearam e eu não aguentei e acabei falando o que não devia também. – soltou de uma vez.

— Hum... E sobre o que vocês brigaram?

— Tudo é motivo para brigarmos... – respirou fundo, se jogando para trás no encosto da cadeira e esticando suas pernas a frente, deixando seus braços jogados ao lado do corpo, soltando o ar logo depois - Ela insinuou que eu roubo dinheiro da fazenda, e eu a chamei de prepotente e dondoca. – voltou a sentar-se direito e soltou já se envergonhando. Ruby caiu na gargalhada com o último comentário – Assim você não me ajuda Rubs. – disse Emma se sentindo ofendida.

— Desculpa Loirão, mas essa última parte foi engraçada... – disse a mulher se acalmando – Bom, ela foi dura com você te chamando de ladra, mas você também foi dura a chamando de prepotente e dondoca. Você nem sabe se ela é assim mesmo, e outra, vocês mal se conhecem.

— Eu sei... – disse Emma depois de um longo suspiro – Por isso que fui empilhar os fardos de feno, para aliviar a tensão da briga, e depois dançar com o cavalo para limpar a mente e poder pensar melhor.

— Se bem que para mim isso aí é outro tipo de tensão entre vocês... Eu diria tesão a primeira briga, digo, paixão a primeira vista. – brincou a mulher, mas continuou antes que Emma pudesse protestar - Bom, o que posso dizer... – começou Ruby já desligando o computador e fechando o cadeado do armário com as medicações – Deixa a poeira assentar e depois vá conversar com ela, se desculpe e tentem começar novamente.

— Ai Ruby não viaja na sua imaginação fértil... Eu pretendo conversar com ela e tentar começar de novo, ter uma relação cordial pelo menos... – concordou Emma saindo junto com Ruby do consultório

— Relação cordial? – indagou a morena – Sei sei! – e gargalhou.

— Menos Rubs. – disse Emma empurrando levemente a amiga pelo ombro, soltou um longo suspiro cansado - Agora preciso voltar para o escritório para terminar os relatórios que deixei pela metade... Até amanhã. – se despediu Emma – Obrigada!

A noite já tinha avançado quando Emma terminou o último relatório e estava imprimindo, mas ainda faltava terminar de preencher a planilha. Tempos depois ela terminou tudo que tinha que fazer, desligou o computador, arquivou os relatórios e planilhas dentro das pastas, e depois nas gavetas de cada assunto. Assim que saiu do escritório e estava encostando a porta, escutou a conhecida voz atrás de si.

— O que você está fazendo no escritório a essa hora da noite? – perguntou Regina que havia escutado um barulho e fora ver do que se tratava, e sua surpresa foi maior quando viu a loira saindo do escritório.

— Que susto mulher! – disse Emma dando um leve pulo e virou-se para Regina. O coração acelerado não era apenas por causa do susto, e sim também da visão da morena em uma curtíssima camisola preta de seda, coberta com um hobby do mesmo tecido, cor e tamanho da camisola. A loira fechou os olhos brevemente e soltou uma respiração longa para voltar a realidade – Eu estava terminando os relatórios de hoje a tarde. – por fim respondeu assim que conseguiu se acalmar e fixar seus olhos nos olhos castanhos.

Regina suspirou profundamente – Por que teve que terminar agora?

— Se eu deixasse para amanhã iria acumular mais serviço administrativo... – respondeu a loira direta – Esse tipo de serviço não convém deixar acumular, porque depois vira uma bola de neve. Quanto mais organizado melhor.

 A morena aceitou a resposta então decidiu iniciar outra conversa – Olha... Sobre hoje a tarde... – começou.

— Senhorita Mills... – cortou Emma com ar cansado – Creio que agora não seja uma boa hora para conversarmos sobre isso, estou cansada, e acredito que a senhorita também esteja... – fez uma pausa – Sei que falamos coisas que não deveríamos, então acredito que seja melhor conversarmos outra hora, depois que nos acalmarmos.

— Você tem razão... – concordou Regina ao escutar o que a loira havia dito.

— Até amanhã senhorita Mills. – se despediu Emma e rumou para a cozinha, trancando a porta assim que saiu do imóvel. Assim que se viu sozinha, a morena tomou o rumo de seu quarto provisório para tentar descansar depois de um dia longo e estressante.

—SQ-

Emma se mexia inquieta pela cama. Seu sono estava agitado. Dizia palavras desconexas. Sua respiração era irregular. Suor banhava seu rosto.

Uma pequena loirinha estava brincando com sua bola de baseball que havia acabado de ganhar. Estava muito feliz, pois em sua cabeça já fazia um tempão que estava ali em sua nova casa, mas na realidade havia se passado quase um mês. Ela estava jogando a bola para um lado e para outro, quando sem intenção acabou jogando a bola com mais força e acertou o vidro da janela de seu quarto. Imediatamente seus olhos verdes se encheram de lágrimas, pois a primeira coisa que ela pensou foi seus pais ficariam bravos com ela e que eles a devolveriam para o orfanato.

— O que aconteceu? – perguntou George ao escutar o barulho, pois naquela hora estava ali perto de sua casa trabalhando – Você se machucou? – perguntou quando viu o vidro quebrado e Emma chorando.

— Por favor, não me devolva. – pediu a menina aos prantos, ela estava inconsolável, imóvel em seu lugar – Por favor, não me mande de volta, foi sem querer...

Aquilo quebrou o coração do homem, lentamente ele se aproximou dela, se abaixou e a envolveu em um abraço apertado – Shh está tudo bem... – disse calmo acariciando os cabelos loiros – Você não irá a lugar nenhum, você ficará aqui conosco. – disse tentando acalmar a garota. Ficaram ali por incontáveis minutos, quando finalmente Emma se acalmou – O que aconteceu? – ele voltou a perguntar agora olhando para aqueles olhos verdes tão inocentes e já tão cheios de dor.

— Eu estava brincando com a bola que você me deu e sem querer acabei jogando contra a janela, acertando o vidro. – respondeu e seus olhos voltaram a se encherem de lágrimas.

— Hey, está tudo bem... – tentou tranquilizar George – Você se machucou? – ela balançou a cabeça negativamente – Então é isso que importa.

— Você não vai me mandar de volta para o orfanato? – perguntou Emma receosa, o lábio inferior tremendo por causa do choro contido.

— Por que eu faria isso?

— Porque eu quebrei o vidro. – respondeu ela tristemente – A última vez que quebrei algo me mandaram logo de volta para o orfanato falando que eu não era comportada.

— Emma, olhe para mim. – pediu o homem carinhosamente, e ela ergueu seu olhar – Quebrar coisas acontece, e não é por causa disso que vamos te mandar de volta. – então ele viu medo e tristeza passar naqueles olhos verdes já cheios de lágrimas novamente – Aliás, já te dissemos uma vez e vou te dizer outra vez e quantas vezes forem necessárias, eu e Ingrid... – fez uma pausa para ver se ainda tinha atenção da garota – Nós nunca, escute bem, nós nunca iremos te devolver, e sabe porque? – Emma balançou negativamente a cabeça não confiando em sua voz naquele momento – A partir de hoje, você é nossa filha oficialmente, recebemos a aprovação oficial do juiz, e não importa o que aconteça você sempre será nossa filha.

— Então eu não voltarei para o orfanato? – perguntou fracamente.

— Não!

— Então agora eu sou uma Swan como vocês? – perguntou ela feliz.

— Sim! Agora você é uma Swan, como Ingrid e eu! Porque você é a nossa filha, Emma Swan. – respondeu ele todo orgulhoso – Agora quanto a janela, não tem problema, é só trocarmos o vidro. E você tenha só um pouco mais de cuidado. Tudo bem?

— Sim! – concordou então abraçou fortemente o homem.

Então no instante seguinte escutou risadas e mais risadas e seu pai havia desaparecido de seus braços “Olha quem voltou!” “Falei que o patinho feio logo estaria de volta!” “Ninguém quer você!” “Nem seus pais de verdade te quiseram, acha que alguém irá te querer?” “Aceite que você nunca será adotada!” Emma olhou em volta e viu que estava de volta no orfanato que os meninos que ficavam a atormentando estavam mais uma vez a aborrecendo com as mesmas palavras de todas as vezes que ela era devolvida.

— Isso é mentira! Eles me prometeram que eu não seria devolvida! – grossas lágrimas desciam por suas bochechas.

“Eles sempre prometem isso!”

— Mentira! Mentira! Vocês estão mentindo... – colocou as mãos sobre os ouvidos para tentar não escutar aquelas palavras que estavam machucando mais que facas – Mentira! – sussurrou fracamente.

— Quanta ingenuidade... – disse uma voz que fazia muitos anos que ela não escutava e assim que ergueu seus olhos vi a sua frente Ingrid, com um sorriso maléfico no rosto – Era questão de tempo para te devolvermos.

— Nós nunca tivemos a intenção de te adotar, sua perdedora. – agora era George quem disso, fazendo o casal gargalhar intensamente – Ela acreditou em todas as nossas mentiras.

— Mentira! Vocês me prometeram que não me devolveria.

— Nós mentimos assim como todos os outros antes de nós. – disse a mulher maldosamente – E você idiota que é acreditou em tudo.

— Mentira! – gritou tentando afastar aquelas vezes – Mentira! – gritou mais forte.

— Mentira! – ela gritou novamente, então abriu seus olhos e se sentou rapidamente dando de cara com seu pai sentado a beira da cama tentando acalma-la.

— Tudo bem... Tudo bem... – disse ele a envolvendo em um abraço apertado e carinhoso. Sem pensar duas vezes Emma retribuiu o abraço e escondeu o rosto na curva do pescoço de seu pai, e desabou em um choro sufocado – Outro pesadelo? – ela confirmou com a cabeça – Sobre você ser devolvida para o orfanato? – mais uma aceno positivo de Emma – Calma está tudo bem. – disse enquanto fazia carinho nas costas de sua filha que tremia em um choro compulsivo. Os dois ficaram ali um bom tempo até que finalmente Emma se acalmou e soltou seu pai do abraço – Fazia bastante tempo que você não tinha esse pesadelo, o que aconteceu para desencadear essas emoções?

Pouco tempo depois que saiu a papelada oficial da adoção de Emma juntamente com o episódio da janela quebrada, Ingrid e George acharam por bem levar a filha em um psicólogo para ela trabalhar com as emoções e os sentimentos de abandono, desconfiança e os traumas que acarretaram devido as várias devoluções quem Emma vivenciou. No começo fora difícil, mas depois as coisas acabaram se acertando e Emma conseguiu lidar melhor com isso até o ponto que esses sentimentos não incomodavam mais. Ela sempre tinha o mesmo pesadelo na época de criança, e depois em alguns episódios esporádicos quando mais velha, ou quando alguma coisa engatilhava esses sentimentos de volta. Emma contou para seu pai o ocorrido da reunião, tudo que ela sentiu e depois quando ela se encontrou novamente com Regina quando saia do escritório e sua conversa.

— Entendo... – disse ele depois de fazer uma breve análise da situação – É o sentimento de rejeição, Emma... Rejeição por alguém que ainda não deixou você provar do que é capaz... – fez uma pausa – Isso irá passar, você verá... As coisas se acertarão entre vocês. Eu ainda não a conheço melhor, mas o pouco que conheci quando visitava o pai, ela me parecia uma boa pessoa e algo me diz que vocês ainda irão ser boas amigas.

— Acho muito difícil, isso pai... – disse Emma – Nós só brigamos, qualquer coisa é motivo para brigarmos... – soltou um longo suspiro - Espero pelo menos ter uma convivência pacífica...

— Vocês terão... Acredite em mim. – afirmou ele.

— Mas o que me deixa mais sobressaltada é que fazia muito tempo que ninguém me abalava a esse ponto... – comentou Emma depois de analisar um pouco a situação – Nem a Lily com todas as suas crises de ciúmes e rompantes de raivas.

George ficou ali alguns segundos ponderando o que sua filha havia dito, e chegou a conclusão que Emma só se abalava assim com pessoas de quem gostasse muito, e pelo que ele percebeu inconscientemente a loira já havia se afeiçoado a filha de Henry, mas não era ele que diria isso a ela. O homem mais velho deu um longo suspiro, ele deixaria Emma descobrir isso por si mesma, e se ela demorar em perceber ele dará um empurrãozinho na direção certa – Bom, agora é melhor voltar a dormir, amanhã o dia será longo novamente – Boa noite. – beijou a testa de sua filha antes de se levantar – Eu te amo!

— Boa noite, pai. – respondeu Emma – Também te amo. – saiu do quarto, e Emma ficou olhando para o teto por um tempo até finalmente o sono a vencer novamente.

—SQ-

Regina acordou cedo no dia seguinte, pois tinha inúmeras coisas para resolver. A começar por matricular seu filho na escola da cidade. Ela colocou um vestido cinza, de mangas curtas, passou uma leve maquiagem e seu inseparável salto alto. Assim que desceu encontrou Eugenia terminando de preparar o café da manhã.

— Bom dia! – cumprimentou a mulher mais velha com um sorriso no rosto.

— Bom dia! – respondeu de volta a morena se servindo de apenas uma xícara de café.

— Dormiu bem a noite?

Regina suspirou depois que tomou um gole do café – Demorei um pouco para dormir por estranhar o quarto, mas depois dormi sim, obrigada por perguntar. – disse deixando a xícara vazia em cima da mesa, e omitindo o fato que por parte de não ter conseguido dormir bem fora que ficou pensando nos acontecimentos do dia anterior – Eugenia, você pode me fazer um favor?

— Claro, do que a menina precisa?

Regina sorriu com a forma carinhosa que fora tratada - Você pode avisar a senhorita Swan que assim que eu chegar da cidade preciso conversar com ela a respeito da fazenda?

— Sim, eu aviso a menina Emma. – se prontificou a senhora.

— Será que agora a estrada está em boas condições? – se perguntou mais para si do que para a senhora.

— Está sim. – respondeu Eugenia – Ontem fez um baita sol a tarde, e na madrugada não choveu, então a estrada com certeza está melhor... Mas por via das dúvidas, vá de pick-up, só para garantir que não atole em alguma poça remanescente.

— Acho que farei isso. – comentou – E meu carro?

— Está guardado dentro do galpão como a menina Emma disse que faria antes de você ir para Boston. – respondeu por fim e acabou saindo para a cozinha, pois precisava começar a preparar o almoço.

— Bom dia. – cumprimentou Regina a secretária – Por favor, gostaria de falar com o diretor da escola.

— Bom dia. – cumprimentou a moça – E quem gostaria, e do que se trata?

— Eu sou Regina Mills, e se trata de matricular meu filho aqui na escola. – respondeu já perdendo um pouco da paciência, pois dias atrás já havia ligado para a mesma e conversado sobre a matrícula.

— Ah sim, só um momento que irei ver se o diretor Hopper pode atendê-la, senhora Mills.

— Senhorita!

— Perdão! Como? – perguntou a jovem confusa.

— É senhorita e não senhora. – corrigiu Regina.

— Tudo bem, só um minuto senhorita Mills. – dito isso adentrou na sala para sair dois minutos depois – A senhorita pode entrar que o diretor irá recebê-la.

— Senhorita Mills, que satisfação em recebê-la, por favor, sente-se. – ofereceu o homem depois de apertar a mão da morena – Em que posso lhe ser útil?

— Bom, o senhor deve saber que meu pai morreu recentemente... E que por isso acabei me mudando para cá, com meu filho... – fez uma pausa recebendo um aceno afirmativo do homem – Então eu preciso matriculá-lo, e fiquei sabendo que essa é a única escola para crianças até os seis anos.

— Sim, somos a única... – ele comentou pensativo – Ah agora me lembro que nos falamos pelo telefone... Senhorita Mills está tudo certo para ele ser matriculado, eu apenas precisarei da documentação necessária a qual lhe falei ao telefone.

— Aqui estão. – disse entregando um envelope pardo – Quando eu poderei começar a trazer meu filho?

— Amanhã mesmo... – respondeu olhando a documentação, não estava faltando nada – Mais alguma coisa em que posso ajudar? – perguntou cruzando as mãos e as pousando sobre a documentação que agora estava em cima da mesa.

— Creio que por enquanto não. – disse a mulher se levantando – Amanhã trago meu filho para iniciar as aulas.

— Estaremos aguardando.

— Passar bem! – saiu da sala e passando sem olhar para a secretária.

Assim que chegou da cidade, Regina foi acordar seu filho. Aqueles dias de dormir até mais tarde acabaram, pois no dia seguinte ele teria que voltar a levantar cedo para começar a escola.

— Meu príncipe? – chamou sentando-se na beira da cama e passando a mão pelos cabelos castanhos claros – Está na hora de acordar.

— Ah mãe só mais um pouquinho. – veio a abafada voz carregada de sono.

— Não, vamos levantar que temos muitas coisas para fazer. – se animou e tentando animar o filho.

Repentinamente ele se sentou acordado – Verdade! Tenho muita coisa para fazer.

A morena olhou surpresa para seu filho – E o que são essas muitas coisas que você tem que fazer, posso saber?

— Ontem Emma me prometeu me mostrar mais cavalos e um pouco da fazenda. – respondeu animado – Mamãe, você precisava ter visto ela tentando ficar amiga do cavalo bravo, foi super demais. – ele disse maravilhado e a mulher torceu o nariz quando seu filho mencionou aquela loira abusada.

— Você não me contou sobre isso ontem, pois quando chegou você dormiu logo em seguida ao banho. – comentou olhando par ao filho – E que história é essa de você passear com a senhorita Swan? – Que raios essa mulher pensa que está fazendo? Como assim ela havia prometido passear com meu menino, e ainda sem falar comigo ou muito menos ainda sem pedir a minha permissão? No instante seguinte pensou em não deixá-lo sair com Emma, pois ela não havia sido consultada sobre isso, mas assim que viu a felicidade estampada no rosto de seu filho acabou por ceder e deixaria seu filho sair com a loira atrevida, soltou um longo suspiro – Só quero que você tome cuidado e que obedeça a senhorita Swan, tudo bem?

— Sim, pode deixar que tomarei cuidado e me comportarei. – se comprometeu o menino se levantando e indo direto para o banheiro – Nossa, mamãe, você precisava ter visto ontem... – disse ele voltando para o quarto minutos depois – Foi super legal, a Emma tentou ficar amiga de um cavalo bravo... – sorriu feliz ao lembrar e seus olhos voltaram a ter aquele brilho de ontem – Ela brincou com o cavalo um tempão, deu comida, aí teve uma hora que ela sentou no chão e o cavalo chegou perto dela... Então eles começaram a brincar novamente... – contava Henry – Até que finalmente ela conseguiu chegar pertinho, pertinho mesmo do cavalo e ficou fazendo carinho nele. Foi muito legal.

— Que bom que você se divertiu. – disse a morena feliz ao ver a felicidade de seu filho, fazia muito tempo que não via essa felicidade nele. A sua vida em Boston a afastou de muitas coisas, e ver a felicidade estampada em seu rosto fora uma dessas coisas. As vezes ela pensa que tomou a decisão errada em vir morar na fazenda, mas outras vezes ela pensa que tomou a decisão certa, como por exemplo ver o sorriso aberto do filho.

— Aí depois que ela acabou de brincar com o cavalo, fui falar com ela, então ela me prometeu mostrar mais cavalos e a fazenda. – comentou Henry falando só as partes que a ele interessava, e convenceria sua mãe em deixar passear com Emma.

— Entendi. Mas como eu disse, você tem que se comportar e obedecer a senhorita Swan.

— Quando Emma for brincar com o cavalo de novo, eu posso ir ver, mamãe? – perguntou esperançoso – Você também poderia ir ver, é super legal.

— Isso nós veremos quando acontecer novamente. – respondeu brevemente – Agora vamos descer que Eugenia provavelmente já preparou o café... Ah Henry! – ela chamou enquanto estava na porta do quarto, ele a olhou – Amanhã você voltará para a escola, tudo bem? – o menino apenas concordou com a cabeça enquanto colocava a roupa que a morena havia separado para o dia enquanto ele estava no banheiro.

Regina estava no escritório, havia acabado de falar com Kathryn. A loira ficou de contratar uma equipe de administração para dar uma olhada em toda aquela papelada e a colocar por dentro do que estava acontecendo, e também aproveitou para por a amiga a parte do que estava acontecendo na fazenda. Contou da nova briga e Kathryn a aconselhou também em conversarem quando elas estivessem mais calmas. Regina poderia muito bem pedir para a loira abusada, mas sabia que por enquanto elas não estavam nos melhores termos de uma relação cordial. Sabia que assim que Emma soubesse da equipe outra briga seria inevitável. Ela também havia perguntado como Robin estava indo com o caso, e Kathryn falou que a princípio estava favorável a eles, conversaram mais alguns minutos então desligaram. A morena fora tirada de seus pensamentos ao ouvir batidas na porta.

— Eugenia disse que a senhorita queria falar comigo a respeito da fazenda. – disse Emma assim que entrou e se aproximou da mesa em que a morena estava sentada.

— Sim... – respirou fundo – Gostaria que você marcasse um horário com todos os funcionários da fazenda que ocupam os cargos principais, preciso conhecê-los, e quanto aos outros ao longo do tempo eu irei conhecendo aos poucos.

— Tudo bem, isso eu posso providenciar, e creio que o escritório aqui será pequeno, então sugiro que façamos no consultório principal, por ser maior, o qual a Ruby chefia, lá geralmente faço também as reuniões com a equipe de treinamento, e em partes os acertos das aulas de equitação e montaria. – explicou a loira.

— Não tem problema, é só você me falar depois o dia e a hora marcada. – fez uma pausa – Também quero saber quanto as aulas e sobre a equipe de treinamento.

— Sem problema quanto a isso também. – respondeu - Mais alguma coisa senhorita Mills? – questionou Emma.

— Sim, precisaremos fazer uma reunião para a senhorita me passar tudo sobre a fazenda, assim como também me mostrar a propriedade. – pediu.

— Eu só não posso fazer isso hoje a tarde... – comentou Emma lembrando-se que havia prometido mostrar a fazenda ao Henry – Fora isso, podemos marcar quando a senhorita quiser... Algo a mais?

— Sim... – soltou um grande suspiro – Entre amanhã e depois estará chegando uma equipe que fará uma vistoria em toda a documentação da administração... – fez uma pausa esperando uma reação explosiva da loira, que para a surpresa da morena não veio, então continuou – É mais para eu saber o que acontece aqui na fazenda.

— Sem problema. – respondeu Emma sem mostrar alguma reação – Mas já aviso de antemão que eles não encontrarão nada errado ou qualquer outra coisa do gênero. – alfinetou abertamente.

— Eu apenas contratei essa equipe para ter uma opinião com o olhar de fora. – respondeu Regina já começando a ficar brava com a alfinetada que levou, mas não deixou por menos.

— Mas já que quer saber tudo sobre isso eu poderia lhe mostrar e assim você saberia o que acontece... Mas já que quer um olhar de fora... – comentou ironicamente – Faça como quiser. – falou Emma sem interesse, mas por dentro ela estava uma fúria. Queria partir para briga, mas sabia que se começassem mais palavras seriam ditas e acabaria piorando a frágil situação. - Acabamos? – perguntou depois de soltar um longo suspiro para acalmar os nervos.

— Quanto a fazenda acabamos... – falou Regina que não passou despercebida a reação da loira e muito menos a alfinetada, mas ainda tinha outro assunto para tratar, então Emma estava se virando para se retirar – Fiquei sabendo que você prometeu ao meu filho que mostrará um pouco da fazenda e alguns cavalos.

— Se a senhorita quiser eu posso desmarcar com ele... – começou Emma, pois sabia que não havia conversado com ela para pedir permissão.

— Não! – exclamou Regina rapidamente – Digo, por favor, não o faça, ele estava todo animado me contando que conheceria a fazenda, peço apenas que tome conta dele e não deixe acontecer nada.

Emma arregalou os olhos surpresa, pois esperava que a morena fosse brigar por não ter falado nada – Eu não deixarei nada acontecer ao garoto, pode ter minha palavra. – falou – Mais alguma coisa?

— Sim! – disse Regina e a loira apenas a olhou – Peço que venha me falar toda vez que combinar algo com meu filho, pois a partir de amanhã ele começará a escola, e também assim não atrapalhe o andamento da fazenda. – terminou alfinetando.

— Tudo bem. – respondeu a loira querendo retrucar quanto ao andamento da fazenda, mas se manteve calada – Algo a mais? – Regina negou com a cabeça – Com licença que tenho algumas coisas para resolver antes de poder levar Henry para conhecer a fazenda. – sem esperar por uma resposta Emma saiu do escritório.

Regina soltou um longo suspiro, tinha vontade de cancelar aquele passeio de seu filho Que loira mais abusada! Mas já que elas teriam que criar uma relação cordial, cada uma tinha que ceder um pouco de cada lado. Emma estava cedendo apesar do jeito turrão não brigou com a morena por causa da equipe que contratou para revisão toda a papelada administrativa, mas claro que a loira não deixou de alfinetar Loira mais atrevida e abusada. Sem falar que Regina não queria ver seu filho triste por negar um simples passeio pela fazenda. Outro suspiro fora ouvido, então ela saiu do escritório e resolveu que começaria a mexer nas coisas de seu pai que estavam intocadas em seu quarto.

 

 


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Notas finais do capítulo

De um jeito torto sim, mas as coisas entre elas estão começando a andar lentamente, mas claro que toda essa hostilidade não irá se dissipar assim do nada kkkkk Ainda teremos mais momentos memoráveis das duas kkkk Uma brevíssima pausa para quem sabe futuramente elas começaram a engatar a amizade?? Se bem que tanto o advogado quanto o pai de Emma já sacaram o que acontece entre elas kkkk Agora a pergunta: quando que elas irão perceber? Kkkkkk

E se tudo der certo, domingo ou no mais tardar segunda teremos mais um capítulo! Eu escutei um VIVA!!



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