Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 63
Capítulo 63 - Mudanças


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração adivinha quem está adiantada? Não, não é o papai noel XD... Mas euzinha o/

Sei que muita gente não vê a hora de Henry ter irmãos, assim como eu também não vejo, mas não posso colocá-los assim do nada, sem falar que ficaria muito desconexo, então peço um pouquinho de calma que as coisas tem que acontecerem em seu tempo.

Quem aí já está shippando #John&Glinda levanta a mão o kkkkkk

Patys muito obrigada pela sugestão do nome!! Meu imenso obrigada a todos que comentaram, ao pessoal que favoritou e quem acompanha dentro e fora da moita. Muito obrigada mesmo! Continuem com a "campanha" façam a autora feliz e conversem comigo XD....

Boa leitura!



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— Ah minha querida, vou sentir sua falta. – disse George dando um longo abraço seguido de um beijo já cheio de saudade.

— Eu também meu querido. – ela disse assim que o beijo terminou – Essas semanas até chegar o aniversário do nosso neto serão longas. – murmurou a mulher Como serão!

— Sim. – concordou o pai de Emma no mesmo instante que anunciaram o voo que iria para Boston – É nosso voo, Henry. – ele se virou para o menino, que havia acabado de se despedir de John.

— Tchau vovó, até o meu aniversário. – ele disse dando um forte abraço na mulher, depois um beijo estalado no rosto.

— Tchau meu querido, até o seu aniversário. – ela disse assim que o colocou no chão.

— John, estarei esperando você também. – ele disse abraçando o amigo.

— Não se preocupe que eu vou sem falta. – John respondeu de volta.

George olhou para o homem a sua frente – Cuide dela por mim. - pediu em um fio de voz.

John abriu um sorriso amoroso – Pode deixar que cuidarei dela sim. Tem a minha palavra quanto a isso. – tranquilizou o amigo quando o último anúncio do voo foi feito.

— Até breve! – George segurou a pequena mão do neto e caminharam até o portão de embarque. Enquanto a moça da companhia aérea olhava as passagens, George e Henry aproveitaram para fazer um último aceno e sumiram depois da curva que fizeram dentro do corredor.

John e Cora ficaram ali até finalmente avistarem o avião decolar e se perder na longitude do céu. John olhou para sua amiga e viu uma solitária lágrima descer pela bochecha instintivamente passou seu braço pelos ombros de Cora – Vem, vamos tomar um café e depois vamos trabalhar... Quando você perceber já estará na semana do aniversário de Henry e você estará rodeada por eles novamente. – disse enquanto eles caminhavam vagarosamente para a saída do aeroporto, indo na direção do carro que estava estacionado ali perto Assim espero meu amigo, porque vai ser difícil aguentar a distância novamente.

Cora se recompôs minutos depois, limpando os resquícios da lágrima que havia descido, e arrumou no máximo que pode sua roupa, uma vez que já estava sentada no banco do passageiro enquanto John estava atrás do volante e dando partida no carro para irem a lanchonete de costume.

—SQ-

— Droga! – exclamou Robin batendo o telefone no gancho – Mais uma vez droga! – ele se endireitou na cadeira, pendendo a cabeça para trás e olhando para cima – Droga! – mais uma vez exclamou exaltado.

Amber havia acabado de sair do banheiro, ali ela tinha dado todas as informações que tinha para seus colegas – O que foi? – perguntou ao ver a raiva latente no rosto do Robin. Desde aquele dia que Robin supostamente havia dormido com a ruiva, nada mais aconteceu. Não por causa de Robin, que sempre insiste toda oportunidade que tem, mas sim de Amber que sempre alega não querer misturar o pessoal com o profissional, principalmente agora que eles estavam trabalhando juntos. Ela estava de férias do “serviço de secretária” e estava passando aquele tempo ali com Robin em seu escritório. Os outros advogados até acharam estranho, mas Robin dizia que ela era a secretária particular dele encerrando o assunto. Seus casos haviam reduzido exponencialmente, e ele só era mantido ali devido a mínima porcentagem na sociedade que ele tinha.

— Um contato não quer mais trabalhar comigo, devido a minha demora em voltar a fazer as transações financeiras acontecerem. – respondeu assim que se levantou e foi até seu bar pegar uma dose de uísque – Por mais que eu tenha explicado que não foi por minha culpa, mas ele não quis saber. – terminou e tomou um gole da bebida marrom.

— Eu posso te ajudar nisso! – ela disse terminando de ajeitar sua blusa, sentando-se na cadeira dele. Aquela frase não foi uma pergunta e sim uma constatação.

Robin a olhou com cara de espanto – Se você quiser tentar, fique a vontade é só apertar o botão para rediscar. – disse tomando um gole de sua bebida a olhando agora com cara de você não irá conseguir nada com o cara e se virou para olhar a paisagem de sua janela.

Amber apenas sorriu de lado, pegou o telefone e apertou o botão e automaticamente o último número foi rediscado novamente – Robin! Eu já disse que não quero nada com você! Nosso acordo está desfeito.— veio a resposta assim que o telefone foi atendido no terceiro toque.

— Creio que o senhor esteja confundindo as pessoas, senhor Albertini, sem falar que eu sou muito mais bonita que Robin. – brincou Amber.

— Oh! ­— foi tudo que Amber escutou e deu uma risada ­— Desculpe senhorita...?

— Amber. – respondeu a ruiva.

— Em que posso ajudá-la senhorita Amber? — quis saber o homem do outro lado da linha.

Era o que ela queria – Na realidade senhor Albertini, sou que posso ajudá-lo. – falou e sorriu abertamente quando percebeu que tinha a total atenção do homem.  Ali ela falou tudo que tinha em mente, e mais algumas coisas que seus companheiros haviam passado a ela para intervir no caso e conquistar o parceiro de negócios novamente – Tudo bem, senhor Albertini, tem a minha palavra. Até mais tarde! – desligou o telefone e sorriu vitoriosa para Robin que tinha uma expressão incrédula no rosto.

— Mas como? – ele perguntou não acreditando ainda, ao se aproximar de sua mesa.

— Ora Robin, você escutou toda a conversa. – ela disse ao se levantar – Bom, eu lhe ajudei e acho que mereço uma folga agora essa tarde...

— Ah Amber o que eu posso fazer para termos mais uma noite como a que tivemos? – ele perguntou ao se aproximar da ruiva, tentando beijá-la nos lábios, mas em vão.

A mulher sorriu enigmática – Ah Robin, eu também adorei nossa noite... – fez uma pausa, mas continuou antes que ele falasse algo – Mas eu já deixei bem claro que depois que comecei nos negócios com você, eu não envolvo o pessoal com o profissional, nunca dá certo.

— Mas podemos tentar mais uma vez. – Robin tentou argumentar novamente – Sempre tem uma exceção... Quem sabe nós não somos essa exceção?

Uma risada travessa foi ouvida – Boa tentativa, meu querido. – Amber falou segurando o rosto do homem lhe dando um beijo na bochecha – Vou as compras, afinal logo teremos um jantar com o senhor Albertini e preciso de um vestido novo. – piscou para Robin saindo da sala.

— Não se preocupe que eu ainda vou te fazer voltar atrás nessa sua decisão ruivinha. – Robin disse se sentando em sua cadeira – Ah se vou!

Amber estava prestes a entrar no elevador – Vocês ouviram tudo? – perguntou através do dispositivo de escuta que estava em sua roupa — Sim! Preparar para o jantar!— Ok! - as portas do elevador se abriram e ruiva adentrou.

—SQ-

Era fim de tarde quando o táxi adentrou a fazenda, parando logo em seguida. O motorista desceu indo abrir o porta-malas.

— Ué, quem será? – a loira perguntou em voz alta ao ver o carro, parou no alto da escada esperando para ver quem era Não estamos esperando ninguém! Regina apenas parou ao seu lado, também na expectativa para ver quem era Ninguém avisou que estava vindo, quem será?

— Vocês vão ficar aí paradas feito estátuas? Eu não vou receber um abraço? É isso? – perguntou George ao sair do carro seguido de Henry.

— Pai! Garoto! – exclamou Emma feliz descendo rapidamente as escadas indo de encontro com os dois recém-chegados.

— Mamãe! – disse Henry feliz correndo na direção da morena. Ela se abaixou e o recebeu de braços abertos – Que saudades de você!!

— Ah meu querido, também estava com muitas saudades de você. – encheu o menino de beijos, coisa que o fez soltar uma risada infantil Muitas saudades mesmo do meu príncipe!

— Pai por que não nos avisou? – disse Emma ao abraçar seu pai – Teríamos ido buscar vocês lá no aeroporto. – depositou um beijo terno na bochecha do homem.

— Ah e perder a oportunidade de ver a cara do meu neto enquanto viajávamos de ônibus para cá. – ele disse depois que depositou um beijo nos cabelos de sua filha – Ele me disse que nunca viajou de ônibus, então achei que essa seria uma ótima oportunidade. – olhou para o menino no colo da morena – Sem falar que queríamos fazer uma surpresa, não Henry?

— Sim. – foi tudo que ele falou juntamente com um aceno de cabeça.

— Foi uma ótima surpresa... Vem cá garoto que estava com muitas saudades sua também. – disse a loira abraçando o menino que se jogou no colo dela.

— Eu também estava com saudade de você. – ele disse a abraçando bem forte Que saudade do meu garoto!

— Bem-vindo George. – disse Regina ao abraçar seu sogro carinhosamente – Fizeram uma boa viagem? – perguntou depois que deixou um beijo na bochecha do homem.

 - Sim, fizemos. Obrigado! – ele disse depois que se soltaram do abraço – Deixe-me pagar o táxi e conversamos mais.

— Eu não acredito! – disse Emma surpresa olhando fixamente para Henry, chamando a atenção de Regina que se aproximou preocupada.

— O que você não acredita? – perguntou Não é nada grave, por favor!

— Olha isso! – ela disse olhando para sua noiva então voltou atenção ao menino – Henry abra um imenso sorriso.

O garoto obedeceu imediatamente então os olhos de Regina se arregalaram surpresos, mas ela tinha um grande sorriso nos lábios Ai por meus saltos! Que coisa mais fofa! Seu sorriso estava faltando o dente da frente – Agora você tem uma janelinha.

— Sim, e esse também vai cair, oh. – balançou o dente do lado mostrando que estava mole Logo terá uma janelona! As fotos do aniversário serão muito fofas, com ele banguelinha.

— Quando isso aconteceu? – perguntou Regina ainda sorrindo diante da cena Ah queria tanto estar perto quando perdeu o primeiro dente!

— Ah isso minhas queridas é uma longa história. – brincou George assim que parou do lado delas, segurando as duas malas – E acho que as outras mulheres também irão querer escutar. – piscou para Henry que assentiu com a cabeça Pois foi uma coisa cômica agora pensando melhor sobre isso!

— Vamos entrar que o jantar está quase pronto. – disse Regina pegando a mala do filho e os quatro caminharam para dentro da casa, indo na direção da cozinha, onde se encontrava o resto da família.

— E Lola? – quis saber Henry olhando em volta e não a vendo.

Emma sorriu – Ela está bem, está no quarto junto com os filhotes. – respondeu Emma apontando o quarto em que a cachorra estava, com o menino ainda no colo – Amanhã a Rubs irá examiná-la novamente para saber se está tudo bem... Olha quem chegou! – falou Emma entrando na cozinha por fim.

— Ah que bom que vocês chegaram. – disse Eugenia dando um abraço em George e depois um beijo no Henry. Ruby e Kathryn também o fizeram.

— Adivinhem? – falou Emma animada para as três mulheres.

— Nem começa Loirão! – brincou Ruby Ai tenho raiva dessas adivinhações dela! — Não vai nos deixar nessa agonia, não é?

Emma soltou uma gargalhada – Como é dramática, mas serei boazinha. – brincou e olhou para Henry que estava sentado em cima da mesa, mesmo a contragosto de sua mãe morena Depois ela pode me repreender que não vou me importar! — Sorria para essas belas mulheres meu filho.

— Emma! Henry não tem idade para isso ainda, sem falar que somos todas comprometidas. – disse Kathryn em um misto de repreensão e brincadeira Mal começou a brincar de mãe e já está ensinando a ser sem vergonha!

A loira colocou a mão sobre o peito em falsa indignação Ah Katy pode ter certeza que eu não farei isso enquanto ele não tiver a idade certa, mas não irei ensiná-lo a ser sem vergonha, pode contar com isso! — Como pode falar uma coisa dessas? Você é uma pessoa de mente muito suja. – brincou – Mas não é isso que você está pensando, sua loira oxigenada.

As mulheres juntamente com George soltaram uma risada diante do pequeno argumento entre as duas loiras – Então o que é sua loira fingida. – disse Kathryn parando de rir.

— Vai meu filho mostre seu melhor sorriso. – pediu Emma e o menino sorriu abertamente mostrando que estava faltando o dente da frente E deixe essas três mulheres mais caidinhas ainda por você! Emma! Ah mente é verdade!

— Ai os dentes dele está começando a cair. – disse Kathryn pegando seu celular e tirando várias fotos do sorriso banguela de Henry, toda apaixonada Eu não disse mente? Você tem razão quanto a isso Emma!

— Como foi isso menino Henry? – questionou Eugenia arrumando a mesa para poderem jantar.

— Bem foi assim oh... – ele começou sua história.

— Vamos Henry, hora de você tomar banho, pois daqui a pouco John irá passar aqui para irmos jantar. – disse Cora para seu neto.

— Quem vai me dar banho? – perguntou ele já indo na direção do banheiro.

George sorriu e deu leve beijo em sua namorada – Pode deixar que eu vou. – ele se levantou e foi na direção do banheiro. O homem acelerou seus passos assim que escutou seu neto berrar dentro do banheiro.

— Henry o que foi? – perguntou quando viu seu neto sentado sobre o vaso e chorando copiosamente. George se aproximou lentamente e se ajoelhou para ficar a altura do menino – O que foi meu neto?

O menino apenas olhava seu avô e chorava. Cora apareceu logo em seguida ao George assim que escutou o berro de seu neto – Henry o que foi meu querido? – ela perguntou ao se ajoelhar ao lado de George e os dois ficarem olhando para o menino.

Minuto se passaram até que finalmente Henry parou de chorar, mas vez ou outra ainda fungava profundamente – Você está mais calmo, agora meu anjo? – perguntou Cora alisando carinhosamente a bochecha do menino com sua mão, enquanto George passava carinhosamente sua mão nas costas do menino. Henry afirmou com a cabeça depois de uma longa fungada.

— Então nos diga o que aconteceu. – pediu George amorosamente.

Henry apenas abriu a pequena mão mostrando seu dente da frente em sua palma – E-eu estava na fren-frente do es-espelho... – fez uma pausa para soltar mais uma fungada – Então per-percebi que meu dente... Estava mole... Balancei com a língua e depois segurei para ver se era isso mesmo... – mais uma pausa para mais um fungada – Acho que balancei muito forte com a mão e então o dente saiu. – grossas lágrimas voltaram a descer por suas bochechas – Agora estou sem dente e vou ficar assim pelo resto da minha vida... Minha mamãe vai ficar muito brava comigo. – voltou a chorar copiosamente.

George e Cora se entreolharam e sorriram – Ah meu querido, não precisa ficar assim.

— Mas olhe para mim. – ele tentou argumentar para logo em seguida abrir a boca e mostrar que seu dente superior da frente havia deixado um lugar vago em seu sorriso – Minha mamãe vai ficar muito brava comigo.

— Henry sua avó tem razão, não precisa ficar assim... – tentou George, mas o menino ainda estava desolado.

— E tem mais, o dente do lado está mole também... Óh. – abriu novamente a boca e com dois pequenos dentes balançou brevemente o dente – Eu vou ficar banguela. Minha mãe vai ficar brava comigo.

Cora soltou uma pequena risada – Meu neto querido escute bem... – fez uma pausa então obteve a atenção do menino – É comum uma criança da sua idade começar a perder os dentes de lentes... Todos nós perdemos, para então nascerem os dentes permanentes. – explicou a mulher. Henry a olhava como se ela tivesse falado uma coisa absurda – Suas mães nunca falaram isso para você? – perguntou então Henry negou com um balanço de cabeça – Então estou te falando.

— Sim Henry, sua avó está certa. Inclusive eu tenho uma foto de Emma sem os dentes da frente, depois eu posso te mostrar. – falou George sorrindo para o neto.

— Você tem? – perguntou incrédulo e George concordou com um aceno de cabeça – Eu posso ver depois?

— Claro que pode. – confirmou o homem – Mas agora está na hora do seu banho, pois logo tio John estará aqui para nos levar para jantar.

Meia hora depois John chegou e buzinou avisando sua chegada, não demorou muito tempo e os três estavam saindo da casa de Cora. Ela se sentou atrás com Henry, deixando o banco do passageiro para George se sentar.

— Tio John! – chamou Henry fazendo o homem olhar para trás.

— Oi meu garoto. – respondeu olhando para o menino.

— Olha isso! – falou e abriu um imenso sorriso, mostrando a falta de um dente.

Os olhos de John se arregalaram exibindo um brilho feliz – Ah então hoje teremos a visita da Fada do Dente?

Henry o olhou extremamente curioso e confuso ao mesmo tempo – Fada do Dente?

Então de feliz os olhos arregalados estavam incrédulos – Você nunca ouviu sobre a Fada do Dente?

— Não! – Henry respondeu em um tom baixo e encolhendo os ombros.

— Como isso é possível? – perguntou John olhando para George e Cora – Vocês não explicaram sobre a Fada do Dente ao nosso menino?

— Eu nem lembrei. – respondeu Cora olhando para o lado de fora da janela do carro.

— Nem eu. – disse George envergonhado.

— O que é a Fada do Dente? – quis saber Henry agora curioso.

John se virou para frente e ligou o carro – vamos fazer o seguinte, vamos para o restaurante, pois tenho reserva e lá te explico melhor sobre a Fada do Dente, tudo bem? – perguntou olhando para Henry através do retrovisor.

— Sim. – o menino respondeu juntamente com um aceno de cabeça. Cora ajeitou o cinto de segurança do neto e depois o seu. George fez o mesmo e quando todos estavam prontos, John arrancou com o carro e seguiu na direção do restaurante em que iriam jantar.

Vários minutos depois estavam todos sentados a mesa e os pedidos feitos – Agora você pode me falar sobre essa Fada do Dente. – pediu Henry ansioso pela história.

John abriu um imenso sorriso – Como era mesmo a história da Fada... – comentou fingindo tentar se lembrar da história.

— Ah tio John! – pediu Henry desesperado, John apenas abriu mais ainda o sorriso.

— Ah sim, lembrei... – fez uma pausa, limpou a garganta e começou a contar a história – Atrás do arco-íris moram todas as Fadas existentes no mundo. É um reino encantado somente de fadas... – começou e os olhos do menino se arregalaram fascinados— Nesse reino vivia todos os tipos de fadas...

— Tem fada dos cavalos? – perguntou Henry curioso.

— Sim, tem uma fada só para cavalos.

— Legal! – exclamou feliz

— Posso continuar? – pediu John e Henry concordou com a cabeça – Como estava dizendo... Nesse Reino havia vários tipos de fadas. Fada dos cavalos. Fada da água, do fogo, a Fada Madrinha, enfim vários tipos de fadas, inclusive a Fada do Dente.— fez uma pausa para tomar um gole de sua bebida – De um modo geral elas todas ajudam as crianças a crescerem de seu modo, e a Fada do Dente é responsável por recolher todos os dentes de leite que caem das crianças do mundo inteiro.

— Sério? – perguntou Henry interessado na história.

— Sim. Então você pode imaginar que ela trabalhe bastante. – continuou o homem – Ela visita todas as crianças que perdem o dente. Mas ela deixa um presente em troca do dente caído.

Os olhos de Henry se arregalaram surpresos – Presente? Que tipo de presente?

John riu, assim como Cora e George – A criança pega o dente que caiu e o coloca debaixo do travesseiro, enquanto a criança está dormindo a fada vem e faz a troca. Ela pega o dente, e no lugar dele deixa uma nota de um dólar.

— Nossa! – então se virou para sua avó – Vovó? Quantos dentes eu tenho? Conta para mim? – pediu abrindo a boca para sua avó contar quantos dentes tinha ali.

Cora riu novamente – Não preciso contar meu neto, crianças têm vinte dentes de leite.

— Então quer dizer que eu terei vinte notas de um dólar quando todos os meus dentes caírem? – perguntou fazendo uma conta rapidamente para a idade que tinha.

Agora fora a vez de George soltar uma risada gostosa – Esse meu neto já está pensando no dinheiro que ganhará com todos os dentes.

— Sim, meu querido. Você terá um total de vinte dólares quando todos os seus dentes de leite cair. – concordou Cora.

— Posso terminar de contar a história? – pediu John se divertindo com isso, pois sua filha havia tido semelhante reação quando ele contou.

— Pode!

— Assim que a Fada deixa a nota de um dólar debaixo do travesseiro ela coloca o dente dentro de uma bolsinha e sai para pegar os outros dentes que estão reservados para a noite. — John fez uma pausa para tomar outro gole de sua bebida­ — Então quando ela chega novamente no Reino Encantado, ela despeja todos os dentes recolhidos na noite em um caldeirão cheio de magia. Quando os dentes estão bem misturados com a magia, ela é despejada a noite pela Fada das Estrelas no céu noturno. E com a ajuda da Fada dos Dentes, a Fada das Estrelas forma as estrelas do céu a noite.— ele terminou de contar a história esperando a reação do menino.

— Uau! – ele disse maravilhado com a história – Vovô, você não jogou o meu dente fora, não é? – perguntou ao ver seu avô.

— Não. – respondeu ele assim que deixou seu copo de bebida em cima da mesa – Ele ficou em cima da pia lá do banheiro.

— Ótimo! Assim eu vou ganhar um dólar e ajudar a fada das estrelas a formar mais estrelas. – ele disse em um tom sério.

— Muito bem meu neto. – concordou Cora e antes que eles pudessem falar mais alguma coisa o garçom chegou com os pedidos.

— Ah esse meu pai não muda mesmo, ele me contou essa mesma história quando perdi o meu primeiro dente. – comentou Kathryn depois de beber um gole de sua bebida, pois enquanto Henry ia contando com a ajuda de seus avós a história, eles estavam a mesa jantando. Eugenia havia terminado o jantar - Eu tive a mesma reação que Henry teve.

— Você também ajudou a formar as estrelas no céu? – perguntou Henry com aquele mesmo tom sério da conversa em São Francisco.

— Claro que ajudei, assim como todos aqui nessa mesa também. – ela respondeu para o menino.

— Eu ainda vou continuar ajudando a formar mais estrelas, pois ainda tenho mais dentes para cair. – ele disse terminando de comer tudo em seu prato – Eu posso ir ver Lola agora? – pediu.

— Claro. – deixou Regina – Só tome cuidado com os filhotinhos, pois eles ainda são bem pequenos. – advertiu, mas o menino já não estava mais em seu campo de visão assim que saiu pela porta da cozinha para dentro da casa.

—SQ-

— Lola! – exclamou Henry ao entrar no quarto e ver mãe e os filhos deitados. Assim que a cachorra escutou seu nome e viu quem a estava chamando começou a abanar o rabo feliz. O garoto se aproximou rapidamente e logo se sentou ao lado do cesto que ela usava temporariamente como casa – Como você está? – ele perguntou passando a mão em sua cabeça – E os seus filhinhos? – repetiu o gesto em cada filhote. O rabo da cachorra se agitava intensa e incansavelmente – Estava com saudades de vocês!

Henry era todo sorriso enquanto fazia carinho nos cachorros ali. Os cachorrinhos se agitaram e logo estavam mamando e Lola dando banho nos mesmo e Henry fazendo carinho. Lola alternava o banho entre seus filhotes e lambidas na mão do menino que vez ou outra, que soltava risos infantis.

—SQ-

— Então pai. Como foi lá em São Francisco? – quis saber Emma tomando um gole de sua cerveja Aposto que aproveitou bastante!

— Ah minha filha, foi maravilhoso. – disse com os olhos longínquos Gostaria de ter ficado mais! — Ah sua mãe mandou beijos e disse que está morrendo de saudades, mas que ela estará aqui dois dias antes do aniversário de Henry.

— Ótimo. – foi apenas o que disse Regina antes de tomar um gole de seu vinho Muitas saudades da Dona Cora!

— Ah Regina amanhã começa chegar os móveis que encomendei em Boston, você me ajudar a arrumar o escritório? – pediu Kathryn mudando completamente de assunto.

— Claro, você só me fala a hora para irmos. – concordou a morena.

— Ah por falar nisso, vocês já acharam uma casa? – quis saber George curioso.

Ruby soltou uma longa respiração depois de tomar o último gole de sua cerveja – Ainda não tio... Demos mais algumas olhadas nas opções que o corretor nos mostrou, mas nada que nos agradasse ainda.

— Entendi. – ele disse terminando sua bebida também – Mas não se preocupem, logo você acharão uma casa.

As duas mulheres apenas acenaram com a cabeça e a conversa voltou leve e sem preocupações. George contou tudo que eles fizeram em São Francisco, até Henry voltar e praticamente escalar o colo de sua mãe morena e se aconchegar ali mesmo para dormir em menos de cinco minutos.

—SQ-

— Ah senhor Albertini, o senhor é muito engraçado. – comentou Amber bebendo um pouco de sua bebida. Robin estava com uma cara não muito agradável.

— Ah querida, você é um colírio para esses olhos cansados. – o homem tentou ser galanteador.

— Você que é um amor. – piscou para o homem e aquilo foi a última coisa que Robin aguentou e interferiu na conversa.

— Hum, bom senhor Albertini, creio então que temos um acordo, não? – perguntou olhando diretamente para o senhor.

— Ah Robin, como você está mau humorado, está precisando fazer sexo. – comentou o homem em tom de zombaria.

— Senhor Albertini eu até queria, mas Amber está sendo linha dura comigo. – ele respondeu aproveitando a oportunidade para mostrar que Amber “estava com ele” e também para ver se conseguia fazer a mulher voltar atrás em sua decisão.

— Oh! – foi tudo que o senhor disse ao mesmo tempo em que arregalou os olhos surpreso – Sério isso?

Amber soltou uma risada travessa – Sim... Mas eu já deixei bem claro que depois que entrei para os negócios não misturo profissional com o pessoal. – piscou para Albertini, que sorriu safadamente.

— Ah minha linda, você faz muito bem. – ele concordou com a ruiva – Uma vez eu misturei pessoal com profissional... – comentou com uma voz chateada.

— Ah sério? – ela se compadeceu do homem e ele apenas concordou com um aceno de cabeça – O que aconteceu?

— Estou casado com ela até hoje. – respondeu soltando uma gargalhada. Amber acompanhou o homem na risada e apenas Robin estava sem rir e não estava achando a menor graça.

— Ainda bem que não pretendo me casar to cedo. – comentou travessamente – Apenas fazer negócio. – soltou a indireta para Robin.

Albertini gargalhou mais uma vez – É o melhor que você faz minha querida. – tomou um gole de sua bebida – Bom, se agora vocês me dão licença eu vou me retirar. – disse chamando o garçom para trazer a conta.

— Mas senhor Albertini e quanto aos negócios? – perguntou Robin exasperado, pois não havia conseguido uma resposta concreta dele Nós nem conversamos sobre isso!

— Obrigado meu garoto. – agradeceu ao garçom assim que assinou a conta – Ah Robin, você realmente precisa de sexo. – comentou travesso – Claro que conversamos sobre isso, mas agradeça a essa maravilhosa jovem aqui que tenho interesse em voltar a negociar com você outra vez. – pegou a mão da ruiva e depositou um beijo no dorso com todo respeito – Satisfação em conhecê-la pessoalmente senhorita Amber, e quanto a você senhor Hood, espero que a traga mais vezes para os nossos jantares. – se levantou – Me ligue no meio da semana que vem para conversarmos sobre negócios. Boa noite.

— Boa noite senhor Albertini. – cumprimentou Amber de voltar com todos os sorrisos.

— Para você também. – resmungou Robin bebendo um grande gole de sua bebida.

Amber se levantou assim que viu que Albertini já estava dentro do carro e o mesmo já havia partido – Você deveria ficar feliz, afinal consegui fazer seu cliente voltar a querer fazer negócio com você. – pegou a bolsa.

— Mas precisava ficar toda saidinha com ele do jeito que ficou? – perguntou Robin bravo, também se levantando.

Amber olhou fuzilando para o Robin – Este é um dos motivos que não me envolvo com parceiros de negócios, porque na hora de fazer negócio é preciso usar todas as armas possíveis e muitas vezes os parceiros românticos não aceitam minhas táticas. – olhou uma última vez para Robin – Amanhã a tarde eu apareço no escritório para falarmos mais sobre negócios. Boa noite. – saiu na direção da porta.

Robin vendo a merda que havia feito saiu logo atrás para tentar arrumar – Amber espera. – pediu assim que chegou ao lado dela na calçada – Desculpa... Mas eu não aguentei ver o Albertini todo derretido para cima de você.

Amber desceu o braço que tentava chamar um táxi e olhou fixamente para o homem – Eu poderia jurar que você está apaixonado por mim por causa desse comentário. – disse então um travesso sorriso surgiu em seus lábios.

— Pff impressão sua, meu bem. Eu quero apenas sexo sem compromisso e você sabe disso. – olhou ao redor – Bom, eu te dou uma carona.

— Não precisa. – ela respondeu acenando para o táxi que estava passando, o qual parou no instante seguinte – Eu vou de táxi. Até amanhã. – se despediu com um beijo no rosto do homem e entrou no táxi e quando viu que era um de seus companheiros de trabalho abriu um sorriso brincalhão – Plano completo com sucesso.

— Ótimo. – respondeu o motorista.

— Hum... Apaixonado? Só se for pelas belas curvas... – comentou Robin para si – Apaixonado? Que besteira... – resmungou enquanto via o táxi se afastando até dobrar a esquina e sumir de sua vista – Nunca! – falou com desdém e caminhou até seu carro.

—SQ-

— Ai cuidado com essa mesa. – pediu Kahtryn quase arrancando seus cabelos, porque os caras da transportadora não tinham nenhum cuidado em manusear as peças.

— Aonde vai essa mesa, dona? – perguntou um dos caras.

— Ali naquela sala. – apontou para o cômodo – Só tomem cuida...do... – falou quando escutou um barulho surdo da mesa sendo colocada no chão – Qual o problema de vocês?

— Nós não temos problema nenhum não, dona. – respondeu o cara rispidamente, passando para ir ao caminhão novamente pegar outro móvel.

— Não? – perguntou uma terceira voz atrás deles – Então acho melhor tomarem mais cuidado com a mobília, pois eu posso achar que estão fazendo um péssimo serviço que além de relatar aos seus superiores, ainda entrarei com processo contra vocês e a loja por danos a bens privados. – Regina disse séria interferindo na conversa, pela primeira vez depois que presenciou todo o acontecido de minutos atrás – E pela atitude de vocês, creio que essa não será a primeira reclamação que terão dos clientes.

— Ow cara, vamos fazer nosso serviço certo, o patrão falou que se tivéssemos mais uma reclamação estaríamos na rua... Se você não precisa do emprego, eu preciso, tenho uma filha recém-nascida para cuidar. – disse o homem mais novo – Dona desculpa a gente, vamos fazer o nosso serviço certo. – pediu olhando para Regina.

— É o que eu espero. – respondeu Kathryn feliz – Essa poltrona é aqui na frente. – fez uma pausa para pensar melhor – Vamos fazer o seguinte, deixem toda a mobília aqui que depois nós duas as arrumamos. – pediu Kathryn.

— Como queira dona. – respondeu o mais novo educadamente.

— Melhor assim. – resmungou o mais velho.

— O que disse? – perguntou Regina olhando bravamente para o homem mais velho Repete se tiver culhões!

O homem começou a suar frio – Que estamos no fim. – respondeu rapidamente – Foi isso que eu disse, que estamos no fim.

— Muito bem. – disse ainda séria Sabia que não teria coragem suficiente para repetir! Fiscalizou todo o serviço dos homens, até finalmente ter todas as mobílias ali na sala. Entregou uma gorjeta para o mais novo – Aqui, para você e para seu amigo. Muito obrigada.

— Eu que agradeço Dona. – respondeu agradecido o mais novo – Vamos embora, cara.

O mais velho apenas fez um breve aceno de cabeça e já estavam dentro do caminhão dando partida para voltarem para Boston.

Kathryn olhou tudo novamente e ficou feliz em ver que eles não estragaram nada – Bom, agora como vamos levar tudo isso para cada sala? – quis saber a loira colocando as mãos na cintura e olhando o amontoado de mobília na sala principal Isso vai dar um baita trabalho!

Um sorriso travesso surgiu em seus lábios – Tenho uma ideia de quem possa fazer isso para nós, e ainda teremos ótimos incentivos para ajudar. – olhou para sua amiga.

Kathryn pegou no ar o que Regina disse e abriu um imenso sorriso safado – Sabe que gostei da sua ideia... – tirou o celular do bolso.

Nem vinte minutos depois a pick-up vermelha parou em frente a casa que agora seria o escritório de Regina e Kathryn ali na cidade. Ruby nem esperou a loira desligar o veículo e saiu correndo para dentro da casa – Qual é a emergência que vocês precisam da minha presença e da presença da Loirão? – perguntou a morena esbaforida, pois assim que sua noiva ligou para ela dizendo que tinha uma emergência que precisava dela e de Emma, a morena de mechas vermelhas não quis saber, correu atrás de Emma e no instante seguinte estavam as duas ali.

— Onde é o incêndio? – perguntou Emma preocupada assim que apareceu atrás de Ruby.

Regina mansamente se aproximou de Emma e envolveu seus braços ao da cintura de sua noiva Vamos acalmar a fera! — Não tem incêndio nenhum... Katy que foi um pouco exagerada no pedido de ajuda. – respondeu depositando um beijo no rosto da loira Pequenas doses de calmante!

— Pedido de ajuda? – balbuciou a loira não entendendo nada - Ruby apareceu no estábulo como uma louca gritando que Kathryn e você estavam com uma emergência e que precisavam das duas.

— Sim... – respondeu Kathryn que havia usado a mesma tática de aproxima em Ruby Vamos acalmar a fera! — Me deixa explicar direito... Nossa mobília chegou... – apontou para a sala abarrotada com os móveis – Mas os homens que a estavam descarregando não estavam tendo o cuidado. – fez uma pausa – Regina interveio e eles concordaram em pelo menos ter um maior cuidado, mas por fim achei melhor eles deixarem tudo aqui nessa sala. – terminou de explicar o acontecido.

— Hum... Tudo bem, eu entendi tudo, só não entendi onde está a emergência que Ruby entrou gritando no estábulo a minha procura. – disse com a expressão confusa Não estou entendendo mesmo!

Regina sorriu travessa Hora de explicar melhor porque queremos a presença das duas aqui! — A nossa emergência é colocar toda essa mobília em cada sala. – respondeu e esperou a reação de sua loira. Que no instante seguinte arregalou os olhos surpresa Hum lá vem! — Por isso que falei que o pedido de ajuda de Kathryn saiu um pouco exagerado.

— Você nos quer aqui para fazer de entregadores, é isso? – quis saber Ruby quando compreendeu tudo também, então olhou para sua noiva Ah como minha noiva é muito sem vergonha!

— De certo modo sim... – Kathryn murmurou a resposta com um sorriso travesso nos lábios Ah Ruby sei que não negaria um pedido meu, assim como Emma não negaria um pedido de Regina!

— Morena, você sabe que era só ter pedido que eu não nego nenhum pedido seu. – respondeu a loira depositando um beijo na bochecha da mulher mais baixa Sabe muito que não nego nenhum pedido! — E você... – olhou para Ruby – Menos escândalo da próxima vez.

— A culpa é da minha noiva que fez um drama exagerado no telefone. – disse fingindo estar brava enquanto olhava fixamente para Kathryn Ah isso vai sair caro senhorita Midas! Como vai sair caro! A loira apenas abriu um sorriso amarelo.

— Bom, por onde começamos? – perguntou Emma saindo do abraço de Regina, tirando a camisa xadrez e o chapéu, os deixando em um canto ali no chão Já que estamos aqui! Mãos a obra! Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo alto atrás da cabeça. Ruby também fez o mesmo.

Kathryn e Regina apenas olhavam fixamente para as duas mulheres em suas camisetas regatas, Ruby com uma branca e Emma com uma vermelha Hora do show! Calça jeans colada e as botas de cano alto. Não que Regina estivesse muito diferente, mas ver aquelas duas mulheres daquele jeito era sempre um absoluto prazer. Kathryn era a única que estava mais diferente em termos de roupa.

— Podemos começar levando as coisas para as salas do fundo. – disse Regina balançando brevemente a cabeça para tirar alguns pensamentos pecaminosos que surgiram naquele momento e voltar a atenção ao trabalho que teriam ali Vai ser difícil concentrar assim! Mas tem que fazer um esforço! Pode deixar que farei um baita esforço para concentrar em terminar de arrumar o escritório!

— Tudo bem... – concordou Emma com um sorrio de lado nos lábios, pois sabia que sua morena estava tendo pensamentos impuros naquele momento Adoro causar esse tipo de reação na minha morena! — O que vai para o fundo e qual sala? – quis saber.

— Essa mesa. – Kathryn apontou o móvel Acho que até certo ponto não foi uma boa ideia chamar essas duas, pois assim vai ser difícil não querer tirar o resto da roupa e aproveitar o momento! — E vai para a última sala do lado direito.

Emma segurou a mesa de um lado, Ruby segurou do outro e com cuidado elas levaram a sala até a sala indicada.

— Foi a melhor coisa ter nossas noivas aqui para nos ajudar... Ou não... – disse Kathryn assim que se viram sozinhas na sala principal, se abanando com o repentino calor – Sem falar que vamos tirar um monte de casquinhas delas aqui.

— Essa foi uma das intenções de pedir a ajuda delas. – piscou um olho Regina Mas que vai ser tentador isso com certeza vai! pegou a cadeira que iria a mesa, ato imitado por Kathryn e as duas mulheres logo estavam na sala que iria os móveis. Kathryn indicou onde queria a mesa, depois colocou as cadeiras. Logo em seguida veio o armário e o arquivador. Em um momento de intervalo, Emma correu até a loja de Giuseppe para pedir algumas ferramentas emprestadas como alicate e martelo, além de comprar alguns pregos. Já que elas estavam ali, iram fazer o serviço completo.

Além das mobílias no lugar, Ruby e Emma ajudaram a fixar quadros e toda a decoração que Kathryn ia falando com uma ou outra dica de Regina. Além de colocar todos os livros e pastas que eram em cada sala. Material de papelaria tudo que elas iam precisar para quando abrissem. Abasteceram a pequena cozinha, assim como os banheiros. Claro que durante todo esse processo, muitos beijos foram trocados entre os casais, muito carinho. Brincadeiras correram soltas o dia todo. Conversas leves. Na hora do almoço foram comer na lanchonete, para voltarem e continuarem tudo que precisava ser feito.

Quase no final do dia, estavam as quatro mulheres sentadas na pequena varanda da casa. Regina e Kathryn nas duas cadeiras ali existentes, enquanto Emma e Ruby sentadas no primeiro degrau da diminuta escada, cada uma encostada nos cercados da mesma. As quatro estavam com uma latinha de cerveja em mãos, afinal depois de todo o trabalho que tiveram para colocar o escritório em ordem, elas mereciam.

— Bom, agora só falta a seguradora instalar as câmeras e o alarme que tudo estará pronto para inaugurarmos. – disse Kathryn tomando um gole de sua cerveja.

— Ah falta também terminar a minha sala, pois Giuseppe está quase terminando... Acho que mais dois dias e então sim tudo estará pronto. – comentou Regina também dando um gole de sua cerveja.

— Acho que podemos marcar nossa inauguração para semana que vem o que acha? – perguntou Kathryn.

Regina ponderou por um momento – Creio que ficará corrido, mas acho ótimo... Pois assim que inaugurarmos, posso me concentrar em definitivo na festa de aniversário de Henry. Ainda tenho muitas coisas para fazer.

— Que por falar nisso, vocês já estão prontas com as fantasias? – perguntou Emma com um sorriso infantil no rosto.

— Sim, e vocês? – perguntou Ruby.

— Minha morena não quis aceitar logo de cara, mas depois usei algumas táticas e ela acabou concedendo. – disse e piscou um olho para sua morena que ficou vermelha feito um pimentão ao se lembrar de que havia concordado com a fantasia no meio do sexo.

— Foi um golpe muito baixo isso, mas como dei a minha palavra não se tem o que fazer, mas saiba que isso uma hora terá volta. – comentou Regina indignada Você ainda irá pagar por isso! Com juros e correção monetária senhorita Swan! E nós iremos adorar cobrar essa dívida, não? Com muita certeza!

Ruby soltou uma gargalhada – Aposto que você a convenceu bem no meio do sexo, do tipo assim, concorde comigo sobre a fantasia que te faço gozar. - Regina enrubesceu imediatamente com o comentário de Ruby Odeio essa Loba por acertar nos comentários, principalmente por saber exatamente como Emma fez! fazendo a morena rir mais ainda – Não é que eu acertei! Loirão você não presta. – continuou rindo, e as outras mulheres acabaram rindo junto Como ela não presta Ruby! — Você sabe muito bem como sou Rubs, eu não presto mesmo!

Ficaram ali conversando mais um pouco, por fim olharam e fecharam tudo do escritório. Ruby acabou voltando com Kathryn no carro da loira, enquanto Regina voltou com Emma na pick-up. No dia seguinte a seguradora veio e fez toda a instalação de câmeras e o sistema de alarmes como Kathryn queria. Giuseppe acabou entregando a encomenda de Regina um dia antes do combinado, e por fim o escritório estava pronto para ser inaugurado.

— Finalmente está pronto. – disse Regina feliz olhando para o belo trabalho de sua amiga.

— Ainda não... – disse Emma saindo de dentro da sala principal e indo até a pick-up Tenho uma surpresa! — Rubs me ajuda aqui. – pediu e no instante seguinte a morena estava ajudando a loira a tirar uma placa grande de madeira para colocar no gramado da frente – Morenão e eu estávamos pensando em dar um presente para vocês pelo escritório novo... – disse enquanto ela e Ruby fixavam a grande placa no gramado – Mas como não entendemos muito sobre decoração ou qualquer outra coisa sobre escritórios de advocacia não tínhamos noção do que dar... Até um dia que Ruby apareceu com essa ideia e na minha opinião, acho que combinou muito com o escritório de vocês. – terminou os detalhes para a placa não cair ou ser derrubada – Corri no Giuseppe e encomendei essa placa. – deu alguns passos para trás e fez um gesto para que as duas advogadas ficassem ao lado delas – O que acham?

— Midas & Mills. – leu Kathryn em voz alta, uma vez que Regina tinha os olhos úmidos feliz. A placa era toda ornamentada e em letras garrafais tinha os sobrenomes das duas mulheres talhados. O sobrenome de Kathryn vinha primeiro, pois ela que tocaria o escritório.

— Essa é a nossa pequena contribuição com o sonho de vocês. – disse Ruby sorrindo abertamente Que eu desejo do fundo do meu coração que ele cresce cada vez mais!

— Gostaram? – perguntou Emma levemente receosa depois de alguns minutos em silêncio total por parte das duas advogadas Acho que elas não gostaram! — Olha se não gostarem podem tirar, não precisam ficar com a placa. – seu tom havia certo pânico.

— Não! – exclamaram Regina e Kathryn ao mesmo tempo É o melhor presente! A morena sorriu – Nós adoramos o presente, e vocês tem razão combina perfeitamente com o escritório. Muito obrigada. – deu um beijo nos lábios de Emma em agradecimento. Kathryn também agradeceu em forma de um beijo.

— Agora sim podemos dizer que está pronto o escritório. – disse Emma ao passar o braço por cima dos ombros da morena que abraçou a cintura de sua noiva e depositou a cabeça em seu ombro. As quatro mulheres ali ficaram vendo o todo o trabalho finalizado.

— Oi meninas! – cumprimentou Zelena, que vinha de mãos dadas com Elsa, logo atrás vinha Glinda de mãos dadas com Violet.

— Zelena! Elsa! Quanto tempo! – disse Regina sorrindo ao ver as amigas ali.

— Sim, muito tempo... Afinal somos pessoas atarefadas e as vezes não nos sobra tempo para confraternizar. – respondeu Elsa sorrindo também – Adorei o escritório, ficou lindo.

— Sim, esses dias têm sido bastante corridos... Venham que vamos mostrar tudo para vocês. – falou Kathryn e as duas mulheres mostraram tudo a elas que ficaram maravilhadas com o que viram.

— Isso me deu uma ideia... – comentou Elsa pensativa Quem sabe, afinal foram poucos que eu vi aqui na cidade!

— Que ideia meu anjo? – quis saber Zelena olhando para sua namorada O que essa mente brilhante está tramando?

— Por que não abrir um consultório futuramente. – respondeu a médica feliz Afinal, pelo menos de pediatria eu não vi nenhum, e assim eu posso reduzir um pouco minhas horas no hospital!

— Você tem todo o nosso apoio quanto a isso. – falou Regina feliz pela amiga.

Elsa sorriu – Eu ainda irei pensar melhor a respeito disso. Mas obrigada pelo apoio meninas.

— Sinto que vocês não estavam apenas passeando, estavam? – perguntou Emma observando melhor suas amigas.

— Não Emma... Na realidade queremos contratar os serviços de vocês duas. – respondeu a ruiva tirando o sorriso do rosto, pois a situação era séria ao mesmo tempo em que apontava para as duas advogadas.

— E sobre o que você quer os nossos serviços? – perguntou Regina igualmente séria Olha que nem inauguramos e teremos uma provável primeira cliente!

— Eu quero me separar de Leopold, e falei com alguns advogados aqui da cidade, e eles me disseram que não irão querer me representar devido ao homem que chamei de marido por muito tempo. Eles são amigos e não querem misturar as coisas. Entendo se vocês também não quiserem pegar o caso. Qualquer coisa eu procuro um advogado fora da cidade se precisar. – respondeu a ruiva mais velha, olhando expectativamente.

Regina foi a primeira a responder – Ah Glinda eu adoraria te ajudar... – fez uma pausa e viu a mulher olhar tristemente para ela e continuou antes de deixar a ruiva mais velha falar alguma coisa – Mas é que essa não é minha especialidade, e sim a especialidade de Kathryn.

— Eu adorarei lhe representar Glinda. – respondeu a loira sorrindo e fazendo a ruiva mais velha sorrir de volta – Você será a minha primeira cliente... Semana que vem vamos inaugurar o escritório e claro que vocês estão todas convidadas, assim como Anna e Kristoff.

— Aceitamos o convite com todo prazer. – comentou Zelena feliz tanto pelo convite, mas principalmente porque sua mãe finalmente iria se separar daquele homem boçal Finalmente!

— Podemos conversar sobre toda a separação depois da inauguração? – perguntou Kathryn Pois assim eu me concentro devidamente no caso!

— Claro sem problema nenhum... Mas tem alguma coisa que preciso fazer ou saber antecipadamente? – quis saber Glinda.

— Se for conversar com Leopold, não aceite ou concorde com nada que ele propor até conversamos direito, tudo bem? – recomendou Kathryn.

— Sim, tudo bem, farei isso. – respondeu Glinda feliz – Então semana que marcamos para conversar certinho... Muito obrigada Kathryn.

— Não precisa agradecer, faço isso com o maior prazer Glinda. – disse Kathryn segurando a mão de Ruby. Ficaram ali conversando mais um pouco e claro que o assunto da festa de Henry surgiu na conversa.

—SQ-

Era segunda-feira de meio da tarde quando um táxi estacionou na frente da casa principal da fazenda. Regina surgiu na escada curiosa para saber quem era ­Oras quem será dessa vez? Então seus olhos se arregalaram quando viu sua mãe descer do carro Mamãe! Sem pensar duas vezes ela correu na direção da morena mais velha.

— Mãe! – exclamou feliz abraçando fortemente a mulher, Cora retribuiu o abraço Eu não sabia que estava sentindo tanto falta do abraço da minha mãe até finalmente ter um! O motorista foi até o porta-malas retirando três malas grandes e duas pequenas, fora a pequena bolsa que Cora estava segurando – Que saudades de você!

— Eu também estava morrendo de saudades de você, minha querida. – deixou seus lábios pousarem longamente na bochecha de sua filha, quando se separaram do apertado abraço Ai como eu senti falta disso!

— Não que eu esteja reclamando, longe disso, pelo contrário estou adorando ter você aqui novamente. – viu que o taxista entrou no carro e foi embora deixando a grande pilha de malas para trás Quanta mala, nem eu nos meus áureos tempos não levava tanta mala assim! — Mas meu sogro me falou que você vinha apenas dois dias antes do aniversário de Henry. E ainda faltam duas semanas para isso... – olhou novamente para a pilha de malas É muita mala para apenas duas semanas! — Sem falar que acho que dessa vez você exagerou no número de malas para passar alguns dias aqui na fazenda. – brincou.

Cora soltou uma gostosa gargalhada com o comentário de sua filha Realmente senti muita falta disso! — Sim, de fato eu havia dito ao George que viria dois dias antes, mas não aguentei de saudades, principalmente depois que eles dois voltaram para cá, e acabei vindo antes... – olhou para suas malas Eu não exagerei, ainda ficaram algumas coisas para trás! — Eu não exagerei no número de malas... – riu travessamente, Regina apenas ergueu uma sobrancelha curiosa pela explicação Tudo bem! Fale de uma vez dona Cora! — Porque eu não irei apenas passar alguns dias... – sorriu feliz para sua filha que pegou no ar o que sua mãe insinuou Será que é o que estou pensando? Acho que sim Regina! Ai que felicidade! a olhou surpresa – Eu voltei para não ir mais embora. Irei ficar de vez aqui com vocês na fazenda.

 


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Notas finais do capítulo

Sim, finalmente Cora está de volta a fazenda e dessa vez para ficar! Escutei um OBA!

O escritório pronto para começar a funcionar e finalmente Glinda tomou a decisão certa com relação ao seu casamento com Leopold, e claro quem melhor para representá-la que Kathryn Midas? Acho que esse divórcio irá fazer a cidade pegar fogo kkkk

E no próximo capítulo começaremos os preparativos para o aniversário de Henry!! Muitas emoções ainda rolarão nos muitos capítulos que estão por vir!!

Volto a repetir, quem quiser dar alguma sugestão (seja na história ou nos nomes para os capítulos), dicas ou até alguma ideia fiquem a vontade, serão sempre bem-vindos! Não me deixem no vácuo, conversem comigo!! Façam a autora mais feliz ;)

Até a próxima!!