O saguão do Aeroporto Internacional de Boston Logan era grande, estava bem movimentado como sempre. Júlia e Meghan estavam sentadas junto a suas mães e madrinhas. As duas garotas estavam nervosas, pois seria a primeira vez que viajariam sozinhas e ficariam sozinhas também nas cidades em que os minicursos aconteceriam.

— Está tudo certo. – falou Maura ao guardar seu celular, olhando para as duas garotas – Jú, a Hilary irá te esperar no aeroporto, além de tudo que você precisar é só pedir a ela. Hilary irá te mostrar tudo precisa, e o hotel que você ficará. – explicou e Júlia apenas assentiu para sua madrinha. Maura então se virou para Meghan – E você, Meggie, a Olivia irá te esperar no aeroporto também, e ela irá te auxiliar em tudo que precisar também, é só falar com ela se precisar de alguma coisa. – completou e Meghan apenas assentiu com a cabeça.

— Claro que vocês sabem que se precisar de alguma coisa é só ligar para nós também. – comentou Emma olhando para as duas garotas Porque se for preciso eu atravesso o país correndo a pé para te ajudar!

— Eu sei mãe, obrigada. – agradeceu Júlia e olhou para Maura – Obrigada dinda! – sorriu.

— Não fiquem triste, pois sei que vocês amarão o curso e pensem assim, que é uma pequena experiência de como será quando forem de vez para a universidade. – brincou Ruby sorrindo.

— Quando vocês menos perceberem já estarão de volta. – comentou Regina sorrindo para as garotas Espero que seja assim para nós também!

Kathryn sorriu – Quero que vocês aproveitem o momento, e saibam que confiamos em vocês.

Senhores passageiros do voo 547 com destino Washington D.C., por favor, queiram embarcar no portão 3!— veio a voz interrompendo a conversa delas.

— Meu voo. – falou Meghan se levantando da cadeira e pegando sua mochila. Sua mala já havia sido despachada para o avião. Ela se despediu de suas madrinhas, de Jane e Maura, a qual agradeceu mais uma vez. Quando se virou para Júlia, não teve tempo de mais nada, foi “atacada” por um abraço da outra garota.

— Vou sentir sua falta, Meggie. – murmurou Júlia ao ouvido, a abraçando mais forte.

Meghan sorriu e retribuiu o forte abraço – Também vou sentir a sua falta, Jú. – respondeu, fechando os olhos e aproveitando para sentir o perfume que tanto gostava pela última vez, já que ficaria um bom tempo sem senti-lo.

— Sei que não tivemos tempo de conversar hoje, pois foi uma loucura... – murmurou ainda abraçada a Meghan, aproveitando para guardar na memória o perfume amadeirado que tanto gostava – Mas eu adorei a nossa noite.

O sorriso no rosto de Meghan se abriu mais ainda – Eu também. – disse abrindo os olhos, se soltaram e inesperadamente Júlia colou seus lábios com os de Meghan em um rápido selinho – Para dar sorte. – falou e piscou travessamente.

Segunda e última chamada dos passageiros para voo 547 com destino Washington D.C., por favor, queiram embarcar no portão 3!— veio novamente o anuncio.

— Vamos filhotinha. – Ruby puxou sua filha, pois viu que a garota havia paralisado no lugar – Senão você, irá perder seu voo, depois você e Jú podem ficar trocando mensagens quentes quando estiverem no conforto de suas camas em seus quartos. – piscou para Júlia, que ficou vermelha de vergonha, então olhou para Emma e Regina que soltaram uma risada, lembrando do episódio da troca de mensagens devido a interferência de Ruby Essa loba não tem jeito! Sua amiga Emma! Minha irmã, mente, minha irmã!

— Mãe! – exclamou Meghan morta de vergonha caminhando entre suas mães.

— Daqui a pouco estaremos de volta. – comunicou Kathryn rindo, enquanto as três caminhavam na direção do portão 3.

— Humm boa sorte? – questionou Emma travessamente olhando para sua filha, assim que a três mulheres da família Lucas-Midas haviam se perdido na multidão no aeroporto Tem algo a mais por de trás desse Boa sorte!

Júlia ficou vermelha de vergonha – Sim, mãe, para dar boa sorte. – repetiu em um fio de voz.

Emma sorriu – Gostei disso. – comentou olhando para sua esposa Agora que vou descobrir o que significa! — Ah isso me fez lembrar que você não dormiu em seu quarto noite passada. Como de costume sempre passamos pelos quartos e você não estava no seu e nem em casa. – aquela constatação fez Júlia ficar mais vermelha ainda – Aconteceu algo? Eu preciso me preocupar? – questionou em tom materno amoroso Apenas nos conte sem preocupações!

Júlia olhou para suas mães – Eu realmente não dormir no meu quarto, mas garanto que dormi na fazenda... – respondeu – Não sei se precisa se preocupar... – fez uma breve pausa – Acho que no momento não precisa.

— Tudo bem, não irei me preocupar por enquanto. – comentou Emma Mas me conte que estou morrendo de curiosidade!

— Você disse que não dormiu no quarto, mas dormiu na fazenda. – disse Regina Conte essa história direito! — Gostaria de explicar melhor?

A futura médica suspirou – Eu dormi na casinha da árvore. – respondeu – Meggie estava lá também. – fez uma breve pausa para respirar fundo – E eu dormi com a Meggie.

Regina sorriu Sabia que não tinha motivo para me preocupar por alguma escapada de Jú! — Vocês sempre dormiram juntas...

— Não foi nesse sentindo... – Júlia interrompeu – Não no sentido de quando éramos crianças. – explicou e as quatro mulheres olharam para a garota, surpresas. Antes que algo pudesse ser dito o anuncio do voo de Júlia ecoou pelo saguão.

Senhores passageiros do voo 360 com destino Los Angeles, por favor, queiram embarcar no portão 14!

— Meu voo. – falou Júlia se levantando e pegando sua mochila, já que sua mala já havia sido despachada para o avião. Maura e Jane se despediram da afilhada, e a médica legista reforçou os recados.

— Rizzoli-Isles! – respondeu ao atender o telefone, assim que soltou de sua afilhada – Tudo bem, já estamos indo. – desligou e olhou para sua esposa – Temo um caso. – explicou e olhou novamente – Boa viagem e nos deixe saber que chegou bem. – deu um beijo nos cabelos da menina. Maura também se despediu novamente, se despediram de Emma e Regina e saíram apressadamente.

Segunda e última chamada dos passageiros do voo 360 com destino Los Angeles, por favor, queiram embarcar no portão 14!

— Vamos! – falou Emma enganchando seu braço com o de sua filha Sabia que algo a mais tinha atrás daquele beijo de boa sorte! Emma, você está ciente que sua filha acabou de iniciar a vida sexual? Sem problema mente, é saudável e extremamente normal, além de que eu e minha morena explicamos tudo que era preciso e sempre respondemos as dúvidas de Júlia, então confio que ela terá responsabilidade nesse assunto! Regina fazendo o mesmo com o outo braço, e assim as três mulheres caminharam na direção do portão 14.

— Sei que não temos tempo suficiente para uma conversa agora... – falou Emma abraçando a sua filha – Se você estiver feliz, eu estarei feliz.

— Eu estou muito feliz. – sorriu a menina Isso que eu queria ouvir no momento! — Vou sentir saudades de você, mãe. – falou abraçando forte uma última vez e depois foi abraçar sua mãe morena.

— Vou sentir sua falta também, mamãe. – abraçou forte a advogada Estou feliz por você, minha filha!

— Nós também vamos sentir sua falta, minha filha. – falou Regina com os olhos úmidos pelas lágrimas Quando que ela cresceu fisicamente que está na minha altura e eu não percebi? — Eu estou feliz que você esteja feliz. Faça uma boa viagem e nos avise assim que chegar, por favor. – deu um beijo nos cabelos da filha antes de soltá-la de vez.

— Boa viagem e nos ligue assim que chegar. – pediu Emma, que também tinha um sorriso com os olhos úmidos pelas lágrimas Aproveite tudo que puder em Los Angeles!

Júlia sorriu entre as lágrimas – Amo vocês. – fez um tchau com a mão e caminhou na direção da moça túnel que levava para o avião.

— Nossa menina cresceu. – comentou Emma passando o braço pelos ombros de sua esposa, assim que Júlia já não era mais vista no túnel E como cresceu, se tornou uma bela mulher, e uma pessoa incrível!

—SQ-

— Você tem alguma coisa para nos contar? – brincou Ruby passando o braço pelos ombros da filha. Meghan abriu um sorriso imenso – E tenho a impressão de que é uma coisa muito boa.

— Algo me diz que tem a ver com o pequeno beijo de boa sorte? – questionou Kathryn, que estava de mãos dadas com a filha, enquanto caminhavam na direção do portão de embarque.

— Ontem foi a melhor noite da minha vida. – Meghan soltou feliz – Eu passei a noite com a Jú.

— Vocês já fizeram muito isso, quando crianças. – comentou Ruby confusa – Qual a diferença agora?

Kathryn soltou uma risada – Depois você chama Emma de loira... – comentou a advogada – Elas passaram a noite juntas, Ruby... – olhou para sua esposa, então os olhos azuis da veterinária se alargaram, surpresos.

— Oh! – foi tudo que ela conseguiu dizer enquanto Meghan mantinha o sorriso nos lábios – Quando você voltar, vou querer saber de toda essa história. – falou Ruby envolvendo sua filha em um abraço apertado – Vou sentir sua falta, minha filhotinha. Liga quando chegar. – pediu e depositou um beijo nos cabelos de sua filha e olhou para a mesma – Você está feliz?

— Muito mãe. – sorriu abertamente – Pode deixar que eu ligo e se precisar de algo eu ligo. – completou – Eu também vou sentir saudades de você. – abraçou sua mãe novamente, então abraçou a sua mãe loira – Também vou sentir saudades de você.

— Nós também! – confessou Kathryn emotiva – Não esqueça de nos ligar, se não ligo para alguns contatos que tenho em Washington. – brincou enquanto Meghan apenas revirava os olhos, mas sorria feliz – Estou feliz que você esteja feliz. Boa viagem. – depositou um beijo nos cabelos da filha.

— Pode deixar que eu ligo sim. – sorriu e limpou a lágrima que desceu, acenou um tchau e caminhou na direção do túnel que levava para o avião.

— Nossa menina, não é mais menina. – comentou Ruby de mãos dadas com sua esposa voltando o caminho quando viram o portão fechar, indicando que o avião iria para a pista de decolagem – Ela é uma mulher jovem e está iniciando sua vida, numa fase que nós apenas auxiliaremos e não seremos mais tão presentes... – murmurou a veterinária chorosa – Quando que ela cresceu que não vimos? Quando que ela cresceu que está da minha altura?

— Nós passamos por isso quando tínhamos a idade dela... – comentou Kathryn com a voz embargada – Mas é melhor nos acostumarmos, pois ainda teremos mais cinco despedidas assim. – brincou a loira para animar o clima – E é assim, quando menos percebemos os filhos crescem.

— Oh não me lembre que ainda terei que passar por isso mais vezes nessa vida. – Ruby resmungou – Mas nossa pequena Meggie cresceu. – sorriu feliz.

—SQ-

Fazia uma semana que Júlia e Meghan estava fora fazendo o minicurso. As garotas ligavam uma vez ao dia para suas mães para conversarem por alguns minutos e saberem que estava tudo bem.

— Aqui. – Emma entregou uma cerveja para Ruby, enquanto Regina e Kathryn dividiam uma garrafa de vinho. Não fazia muito tempo que haviam falado com suas filhas. No gramado os filhos menores brincavam de bola com os cachorros, enquanto os mais velhos andavam de bicicleta pela fazenda Fazia tempo que não sentávamos para beber e conversarmos!

— Obrigada! – agradeceu Ruby abrindo a latinha e tomando um gole – O que vocês acham que vai acontecer quando Meggie e Jú voltarem do minicurso e como será durante a universidade? – questionou vendo as crianças brincarem felizes.

— Pensar que vocês acharam que eu estava ficando louca na primeira vez que comentei que estava acontecendo algo entre elas. – brincou Emma tomando um gole de sua cerveja Acharam que não tinha nada entre elas! — Mas sinceramente eu não sei... – fez uma pausa – Acho que elas ainda não conversaram sobre o acontecido no dia da formatura. Acho que não tiveram tempo hábil para isso.

— Realmente não sabemos o que esperar sobre esse possível relacionamento. – concordou Kathryn – Afinal elas começarão a vida acadêmica daqui a três meses praticamente... – tomou um gole de seu vinho – Por mais que elas estejam perto, são seis, sete horas de viagem entre Boston e Orono. E se forem ficar viajando todo final de semana, ficarão mais na estrada do que na companhia uma da outra.

— Engatar um relacionamento que logo de início enfrentará a distância, acho complicado demais, ainda mais sendo o primeiro relacionamento delas, caso aconteça. – ponderou Regina olhando para sua taça de vinho, então olhou para suas amigas – É esperar para sabermos como será. E independentemente do que elas decidirem terão meu apoio.

Emma sorriu de lado – Com certeza elas terão nosso apoio seja qual for a decisão que tomarão quanto a isso... – suspirou – Prevejo muito drama durante esses anos de universidade. – brincou, então soltou outro suspiro – Como sinto falta das duas aqui. – comentou e tomou um gole de sua cerveja.

— Sim, elas fazem uma falta danada aqui. – concordou Ruby também tomando um gole de sua cerveja.

Kathryn sorriu de lado – Só não deixem seus grudes menores escutarem isso. – brincou para alegrar o clima não feliz que havia pairado.

Emma soltou uma risada Aquela realmente é meu grude desde que nasceu! — Ah minha grude menor sabe que eu tenho uma grude maior e dois grudes no meio.

— Eu estou na mesma situação. – brincou Ruby tomando um gole de sua cerveja – Quais os seus grudes?

— Oficialmente são Jú, Henry, Ben e claro, Lana. – sorriu ao ver a menina correr feliz pelo gramado junto a sua irmã gêmea – Os outros são os xodós da minha morena. – completou Por mais que ela negue, eles são!

— Não é verdade, todos eles são os meus xodós! – falou Regina olhando para sua esposa Mas você é o meu maior xodó! — Inclusive você. – piscou.

— Eu sei. – Emma abriu um imenso sorriso Se não fosse, faria minha morena me aceitar como seu xodó também! — Todos eles são meus xodós também, mas você tem que admitir que esses são mais grudados a mim. – abriu um sorriso travesso agora.

— Tudo bem, reconheço que esses são mais grudados a você. – Regina concordou e tomou um gole de seu vinho – E os outros são mais grudados a mim. – sorriu Apesar de amar todos por iguais, não tem como alguns são mais grudes que outros! Isso se chama afinidade Regina, mas não quer dizer que você não ame os outros filhos! Você tem razão mente!

A loira então olhou para sua amiga de infância – E os seus grudes, quais são?

Ruby abriu um imenso sorriso – Ah lá vem. – brincou Kathryn e recebeu um olhar fuzilador de sua esposa.

— Meus grudes são a minha filhotinha Meggie, Jared e Anastasia. – tomou um gole de sua cerveja – E claro que Sarah, Sam e Joshua são os grudes da minha loira.

— Mãe! – chamo Lana rindo com lambando o rosto dela. A menina estava deitada no chão, rindo com Ortiz por cima – Vem brincar com a gente. – pediu – Vem! – chamou de novo.

Emma sorriu Que coisa mais fofa! — Como posso resistir a um pedido assim? – virou o resto de sua cerveja – Já estou indo. – falou se levantando e em poucos passos já estava junto com as crianças menores – Eu vou pegar vocês! – brincou fingindo ser um monstro e as crianças começaram a gritaria juntamente com a correria.

— Mãe! Vem brincar! – falou Anastasia assim que subiu as escadas e segurou a mão livre de sua mãe morena. A menina tinha o rosto vermelho da corrida e risadas – Vem! – falou puxando levemente.

— Tudo bem! – Ruby tomou o último gole de sua cerveja – Pega-pega e está comigo e com o Loirão. – anunciou assim que chegou ao gramado e foi aquela gritaria e correria novamente. Emma e Ruby saíram correndo atrás das crianças. Assim que pegava uma criança faziam cócegas e as colocava sentada no centro até não restar nenhuma. Depois inverteram sendo as crianças correndo atrás das duas adultas, demorou um pouquinho para serem pegas, mas quando foram pegas se deitaram no chão e deixaram as crianças fazerem cócegas nelas.

— Nossas eternas crianças. – comentou Regina sorrindo para aquela cena a sua frente Que as coisas sempre sejam assim, felizes!

— Um brinde as nossas crianças... – falou Kathryn esticando o braço com a taça, a morena imitou o gesto – Sejam elas crescidas... – riu e apontou para suas esposas – Sejam elas que estão crescendo.

— A nossas crianças! – brindou Regina e tomou um gole de seu vinho, assim com sua amiga de infância Que elas cresçam, mas não percam uma parte dessa criança! Ficaram ali conversando e vendo suas esposas e filhos brincando até finalmente as duas adultas alegarem cansaço e irem se sentar junto as suas esposas. Continuaram conversando até anunciarem que começariam o jantar e que era do banho.

Os dias foram passando sem perceberem, afinas as crianças estavam de férias e cada dia era uma bagunça nova. Sem contar os afazeres da fazenda que havia aumentado devido ao aumento de visitantes na fazenda.

Henry e Neal estavam treinando forte, pois estavam no meio do campeonato e os dois estavam bem colocados. Tom estava feliz, pois continuava treinando seu amado baseball, porém no próximo semestre iria cursar o último ano do ginásio, também tentaria fazer parte do time de futebol americano, em uma posição que ele poderia correr bastante. Emma sempre que podia dançava com os cavalos ou empilhava fardos de fenos. Regina fazia longos passeios com Bonitão pelo menos três vezes na semana. Lucy cada vez mais animada em ajudar, aprender receitas e truques da cozinha com Eugenia, ela ainda continuava com suas aulas de culinária. Ruby as vezes se juntava a Emma no empilhamento dos fardos. Kathryn uma vez na semana acompanhava Regina no passeio de cavalo. Sarah cada vez mais se aprofundava nos estudos dos seres marinhos que tanto adorava. Jared pegava sua bicicleta e andava o dia inteiro pela fazenda. Já os sete menores sempre juntos brincando e bagunçando. Os avós aproveitando para passar a maior parte do tempo junto aos netos já que eles estavam de férias.

— Sim... Tudo bem, estaremos esperando! – falou Regina ao desligar o celular e se sentar ao lado de sua esposa a mesa, pois era aquela pausa do dia para o café da tarde – Adivinhem com quem eu estava falando?

— Jú não é porque ela a essa hora ainda está no curso, então não sei. – respondeu Emma tomando um gole de seu café Mas acho que é coisa boa, pois está feliz!

— Era Maura. – respondeu Regina depois de alguns segundos – Ela e Jane entraram em férias e queria saber e elas podem passar uma semana aqui com as crianças.

— Maravilha! – exclamou Cora feliz – Ângela vem junto?

— E acha que ela deixará de ver esses netos aqui? – brincou George apontando para as crianças comendo e conversando entre eles.

— Não! – foi a resposta em coro.

— Quando elas vêm? – quis saber Ruby então olhou para Emma – Podemos fazer um churrasco.

Emma sorriu – Ótima ideia! – concordou Faz tempo que não fazemos um churrasco! — Afinal calor, água e pessoas, nada melhor que um churrasco na beira da piscina.

Kathryn soltou um suspiro – Pena que Meggie e Jú não estarão aqui para curtir o churrasco. – comentou e tomou um gole de seu café.

— Sim, mas quando elas chegarem faremos um no meio da semana para elas. – Ruby sorriu e terminou sua caneca de café.

Regina assentiu com a cabeça Com certeza faremos, elas merecem um churrasco antes de irem para a universidade em definitivo! — Ela me disse que chegam ou na quinta começo da noite ou na sexta para o almoço, mas até lá, ela me avisa o dia certo que virão.

—SQ-

A mesa do almoço estava cheia, mesmo com a ausência de Júlia e Meghan. Jane, Maura, as crianças juntamente com Ângela e Leonard chegaram não fazia muito tempo. O restante da família Rizzoli não estavam de férias, apenas as crianças, mas estavam na casa dos outros avós. A conversa fluía animada, brincadeiras eram feitas.

— Ah se preparem que amanhã iremos fazer churrasco. – comentou Ruby tomando um gole de suco.

— Sei que nossas filhas mais velhas não estarão presentes, mas quando elas voltarem, faremos outro churrasco em homenagem a elas. – completou Emma colocando um pouco de suco no copo dos gêmeos Estávamos precisando fazer outro churrasco!

Jane agarrou Emma e tascou um beijo na bochecha da amiga – Eu te amo! – falou, e aquilo fez a mesa parar – Era tudo que eu precisava ouvir. Que teremos um churrasco. – completou se fazendo entender por fim.

— Jane, por mais que você seja morena e tenha um distintivo... O que é muito apelativo... – começou Emma segurando o riso – Eu tenho uma morena maravilhosa, que é um arraso e que sou extremamente apaixonada por ela. – olhou para sua amiga Não posso perder a oportunidade de brincar! — Eu não posso retribuir seus sentimentos. – assim que terminou a mesa por parte dos adultos caíram na risada. Jane fingiu estar brava e empurrou Emma levemente pelo ombro, e a loira para brincar mais ainda com a amiga a abraçou brincalhona. E assim continuaram o almoço entre conversas e brincadeiras.

—SQ-

— Sério? – comentou Jane ao entrar no pub e escutar a música que não era muito seu gosto musical tocando, olhou seu interior e seus frequentadores – Sério? – repetiu sua exclamação.

— Não é tão ruim assim Janie. – comentou Maura sorrindo para tudo aquilo.

— Vamos! Que estou louca para remexer o esqueleto. – disse Ruby passando pela amiga que ainda estava incrédula com tudo aquilo e parada no lugar. Kathryn a seguindo logo atrás.

Emma parou ao lado de sua amiga – Jane, não é tão ruim assim, apenas dê uma chance e aposto que você irá se divertir. – estava de mãos dadas com Regina. A loira riu quando viu sua amiga soltar um suspiro para encarar o que estava por vir Todo mundo é assim até o primeiro copo de cerveja, depois se diverte!— Isso mesmo sargento, coragem. – brincou rindo para a cara destemida da policial.

— Jimmy!! – falaram Emma e Ruby assim que se sentaram nos bancos, acompanhadas por suas esposas Nossa, que saudades daqui! Fazia muito tempo que não vínhamos aqui! Preciso voltar a frequentar mais novamente, não como antigamente, mas uma vez a cada quinze dias pelos menos!

— Olha quem finalmente lembrou o caminho do pub. – brincou o dono do bar cumprimentando as quatro mulheres, depois foi apresentado a Maura e Jane – Então, o que vai ser?

— Três cervejas. – pediu Ruby sorrindo.

— Eu quero um martíni com azeitona. – pediu Kathryn.

— Uma soda com gin. – pediu Regina.

— E você? – perguntou Jimmy olhando para Maura, enquanto pegava as cervejas e as colocou a frente de Emma, Ruby e Jane.

— Eu vou de soda com gin também. – Maura se decidiu por fim olhando a cardápio de bebidas.

— Ok! Então como vai a vida? – perguntou o dono do bar começando a preparar as bebidas da outras três mulheres.

— Corrida para variar um pouco. – brincou Emma rindo Vida de casada agora! — Vida de casada é muito boa, filhos então é maravilhoso, mas você não consegue ter um minuto sozinha nunca mais. – brincou.

— Não trocaria a vida de casada pela vida que tinha antes. – completou Ruby sorrindo – Muita coisa aconteceu desde a última vez que viemos aqui solteiras e a primeira vez que viemos aqui casadas.

— Por isso que eu não troco a minha vida de solteiro por nada. – Jimmy falou em tom de brincadeira e entregou as três bebidas restante das mulheres, para ele pegou outra cerveja – Um brinde! – ele propôs.

— A que? – perguntou Jane com a sua cerveja no alto como todo mundo estava com suas bebidas.

— A vida! Seja ela de solteiro ou de casado, pois as duas tem suas vantagens e desvantagens! – respondeu ele sorrindo. Brindaram e continuaram conversando tranquilamente sentadas ali no balcão, enquanto Jimmy, vez e outra, atendia e conversava com elas também.

— As coisas aqui não mudaram muito, não é? – perguntou Ruby olhando para o ambiente. Havia algumas pessoas jogando sinuca no fundo do local. Em outro canto havia um pessoal jogando dardos. Havia algumas pessoas sentadas as mesas conversando e bebendo, e na pista de dança algumas pessoas dançando.

— Storybrooke é uma cidade parada no tempo. – brincou Jimmy tomando um gole de sua cerveja – Por mais que vocês queiram trazer a modernidade para a cidade, ela sempre terá esse contraste. – brincou de novo. Desde que a fazenda começou a ganhar mais nome no circuito de cavalos, muitas pessoas passaram a frequentar a cidade, além de pequenos comércios se expandirem, além de muitos comércios de fora se instalarem na cidade, que aos poucos ia crescendo – E meu Pub não muda. – piscou em tom brincalhão.

— Nós agradecemos por isso! – comentou Ruby pedindo outra rodada de bebida.

— Essa é por minha conta. – Jimmy falou – Pois vocês, apesar de terem sumido são as minhas mais fieis frequentadoras. – distribuiu as cervejas enquanto preparava outra rodada de bebidas. A conversa continuou tranquila os três casais contando as novidades para Jimmy, enquanto o mesmo sorria para a felicidade das seis mulheres.

A música mudou o que fez com Kathryn arregalasse os olhos em surpresa – Para tudo! – exclamou colocando seu copo sobre o balcão – Eu adoro essa música, vamos dançar! – puxou sua esposa para a pista de dança.

Regina olhou para sua esposa – Se viemos aqui para nos divertir. Vamos dançar! – falou dando mais um gole em sua bebida, depois a deixou sobre o balcão e puxou sua esposa para a pista de dança, sem dar chance de Emma responder – Maura e Jane, vocês deveriam fazer o mesmo! – piscou para as amigas que ainda permaneciam sentadas.

Maura sorriu e olhou para sua esposa – Ah não Maura, nem pense nisso. – exclamou Jane olhando para sua esposa sabendo o que viria a seguir.

— Janie, viemos para nos divertir, e eu quero dançar com a minha esposa. – Maura usou seu argumento, muito válido para o momento – Só uma música. – pediu e segurou a mão de sua esposa entre as suas.

A sargento apenas suspirou derrotada – Tudo bem, apenas uma música. – falou e tomou um gole de sua cerveja para dar coragem novamente – Jimmy! Guarde nossas bebidas e nossos lugares. – pediu Jane por cima de seu ombro para o dono do pub, ele apenas riu e assentiu com a cabeça.

Os três casais estavam comportadas dançando, enquanto conversavam e riam. No momento seguinte a música que começou a tocar tinha uma batida de salsa. Emma apenas olhou para Jimmy que sorriu travessamente e tomou um gole de sua cerveja Mas que sem vergonha! — Não é sempre que vocês vêm, tenho que aproveitar quando vocês vêm. – riu e tomou outro gole de sua cerveja.

Regina sorriu – Esses seus amigos... – soltou uma risada Mas já que está tocando essa música, quero dançar muito! — Bom, se é um show que querem, é um show que vão ter. – começou a se balançar no ritmo da música – Vamos lá minha loira! Vamos agitar isso aqui! – falou sorrindo travessamente colando seu corpo ao de sua esposa Vamos nos divertir! sua mão esquerda no pescoço de Emma, enquanto a sua direita colou na lateral de sua coxa direita. Seu rosto colado ao de sua esposa.

A loira sorriu e entrou na brincadeira Vamos nos divertir! passou seu braço direito pela cintura de Regina, a trazendo para mais perto ainda – Hora do show minha morena! – brincou Emma e sua mão esquerda solta ao lado de seu corpo, começando a dançar no ritmo da música Vamos requebrar os esqueletos!

Kathryn olhou indignada para Regina e Emma – Ah! Era só o que me faltava! – exclamou olhando para as duas mulheres – Se acham que serão as únicas a dar show, estão redondamente enganadas. – comentou a outra advogada com um sorriso travesso – Vem cá Rubs! – disse puxando sua esposa pela mão, e colocou suas mãos nos quadris veterinária e os colou contra os seus – Vamos dar um show também, minha morena rebelde. – disse, piscou para Emma e Regina, e assim como elas, Kathryn e Ruby também começaram a dançar no ritmo da música.

— Adoro uma competição de dança! – falou Maura sorrindo – Também quero! – puxou sua esposa e colou seu corpo ao da sargento, e mesmo Jane não tendo noção do que estava fazendo, a médica legista estava conseguindo conduzi-la para dançar sensualmente.

Jimmy do balcão colocou dois dedos na boca e começou a assobiar brincalhão, e na brincadeira elas começaram a chamar a atenção do pessoal igual a todas as vezes que resolvem dançar naquela mesma pista – Se prepara morena. – disse Emma atrás de sua esposa – Que vamos abalar as estruturas desse Pub! – murmurou contra o ouvido da advogada. Continuaram dançando até que a música finalmente acabar.

Assovios e aplausos explodiram pelo ambiente – Arrasamos! – Kathryn festejou brincalhona.

Antes que alguém pudesse falar alguma coisa, a música mudou novamente. Agora tocava uma música country para o desespero de alguns clientes que resmungaram – Calma pessoal, prometo que é apenas essa música... E vão por mim, vale a pena escutar essa música. – Jimmy sorria travessamente do balcão, olhou para Emma e Regina – Vamos lá meninas, já que é show, que seja completo. – piscou e disponibilizou seis chapéus de cowboy para elas.

Ruby soltou uma gargalhada da cara de incrédula de Jane enquanto Kathryn correu para pegar os chapéus voltando segundos depois e os distribuindo. Emma e Regina colocaram os chapéus e ali juntamente com Ruby e Kathryn, Jane e Maura, que havia sussurrado uma proposta indecente para que a morena aceitasse, começaram a dançar no ritmo da música country. Nessa música mais pessoas se juntaram a elas na pista de dança e a festa começou. Fizeram os passos característicos da dança, rodopiavam para um lado, para o outro. Depois dançavam em pares, para depois se separarem e continuaram nos passos da dança até finalmente a música acabar. Mais aplausos e assovios foram ouvidos – Como prometido. – anunciou Jimmy, no segundo seguinte voltou as músicas que estavam tocando para a alegria do pessoal que havia reclamado anteriormente.

— Chega de dançar! – disse Jane rindo ainda com o chapéu na cabeça, indo se sentar no balcão novamente acompanhada de sua esposa – Obrigada! – agradeceu ao entregar o chapéu de volta – Mesmo me sentindo no filme “Quando o amor acontece” e eu me sentindo a própria Sandra Bullock. – riu junto com suas amigas.

— Sim, no momento eu preciso de uma bebida. – disse Kathryn usando seu chapéu, com seu braço por cima do ombro de sua esposa – Agora quero beber! – falou enquanto também caminhavam na direção do balcão.

— Confesso que estava precisando me divertir assim. Remexer o esqueleto. – comentou Regina caminhando abraçada a cintura de sua loira, enquanto voltavam para o balcão Meio que desenferrujei! — Foi muito divertido.

— Maravilhoso show meninas. – falou Jimmy presenteando as mulheres com novas bebidas, enquanto elas devolviam os chapéus para ele – Mais uma rodada por minha conta. – piscou.

— Precisamos de shots de tequila! – anunciou Ruby animada depois de tomar um gole de sua cerveja extremamente gelada.

— Isso não será uma boa ideia. – comentou Jane depois de tomar um gole de sua cerveja.

— Apenas uma rodada. – pediu Ruby olhando para suas amigas. Demorou um pouquinho, mas todas acabaram cedendo – Jimmy, meu caro amigo, uma rodada de shot de tequila ouro. – pediu a veterinária – Aos velhos tempos. – falou depois de todas terem feito o ritual do limão e sal e viraram o shot de tequila de uma vez – Argh! Maravilha! – colocou o copo sobre o balcão sentindo ainda os efeitos da bebida pelo seu corpo.

— Tequila deliciosa. – comentou Regina depois de sacudir levemente a cabeça depois que a bebida desceu rasgando a garganta Isso foi muito bom! Quero mais!

— Mais um! – anunciou Kathryn empolgada, e quando perceberam estavam no quinto shot.

— Chega! – anunciou Maura sorrindo levemente embriagada, pois não estava acostumada a bebida com teor alcoólico mais forte que seus vinhos.

— Então Jane qual a sua opinião agora? – perguntou Emma sorrindo tomando um gole de sua cerveja Porque eu tenho certeza que você está se divertindo!

A sargento apenas tomou um gole de sua cerveja – Confesso que achei que não seria divertido, mas no final acabou sendo muito divertido... Eu me diverti bastante essa noite. Obrigada. – tomou mais um gole de sua cerveja.

— Hoje foi bem divertido. – falou Regina terminando sua gin – Mas acho que está na hora de voltarmos, pois temos muitas crianças para cuidar amanhã.

— E temos o maravilhoso churrasco amanhã. Temos que estar inteiras. – completou Ruby passando a língua nos lábios já imaginando os pedaços de carne que comerá amanhã.

Jimmy sorriu para as amigas – Aqui! – colocou seis “shots” de suco de laranja – Não posso deixa-las sair assim, por mais que não tenham bebido tanto, melhor voltar um pouco para a realidade. – brincou pegando um shot para ele com tequila. O dono do bar sorriu – Saudades de vocês por aqui, por favor, não sumam novamente... – pediu – Um brinde... – ergueu novamente o copo, gesto imitado pelas seis mulheres – Ah duas ótimas coisas da vida...

— Sexo e cerveja! – os cinco falaram e tomaram seus shots. Maura e Jane caíram na risada depois de tomarem seus shots de suco de laranja junto com seus amigos.

— Melhor motivo para um brinde. – comentou Jane ainda rindo – Como eu sinto falta disso em Boston. – comentou e passou o braço sobre os ombros de sua esposa.

— Quem sabe quando você não se aposentar faça igual ao Korsak e venha morar aqui. – comentou Kathryn sorrindo. Ruby e Emma acertaram a conta.

— Quem sabe daqui a alguns muitos anos. – brincou Jane rindo, mas talvez aquela possibilidade não seja tão impossível assim.

— Tchau Jimmy, até qualquer hora. – Emma se despediu, assim como as outras mulheres.

— Até meninas, afinal não sairei daqui tão cedo. – brincou e tomou outro shot de tequila. Enquanto as seis mulheres riam do amigo enquanto caminhavam para a saída do pub.

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— Como eu amo esse som. – comentou George colocando alguns pedaços de carne e linguiça, assim como frango sobre a grelha da churrasqueira.

— Com certeza esse barulho é o som dos anjos. – brincou Leonard vendo tudo – Confesso que depois do meu primeiro churrasco brasileiro aqui, sempre que tenho vontade procuro uma churrascaria tipicamente brasileira para ir comer. – disse olhando para o tanto de vasilhas em cima da mesa com muitos pedaços de carnes cobertos com um pano.

— Acho que eu ainda não conheci nenhuma pessoa que não tenha gostado desse tipo de churrasco. – comentou Péppe dando um gole em sua cerveja – Está certo que não conheci muitas pessoas que tenham comido esse churrasco. – riu.

— Quando vou a churrascaria, vejo bastante gente, mas creio que sejam mais brasileiros que assim como eu vão para saborear um delicioso churrasco. – comentou Leonard ainda não perdendo nada do que George estava fazendo na churrasqueira, com sua cerveja em mãos. Estava pensando em um dia qualquer em sua casa fazer esse churrasco com as filhas e netos e apresentar para outros amigos também.

Enquanto as mulheres mais velhas terminavam de arrumar a mesa com as comidas. Emma já havia entrado na água junto com as crianças menores. Jane não quis ficar para trás e entrou junto. Ruby ainda não havia entrado, pois sua esposa estava passando protetor nela. Quando estavam as três mulheres na piscina a bagunça foi enorme, tanto que até os cachorros entraram na água para brincar com eles. A criançada mais velha estava brincando no fundo da piscina. As três mulheres pegavam as crianças menores e tiravam um pouquinho da água e as deixavam cair, tudo ali no raso da piscina. A criançada saia da água rindo e pedindo por mais. Depois brincaram de pega-pega, então foram para o fundo para elas poderem pular e nessa hora Regina e Kathryn se juntaram as suas esposas, e as crianças maiores também se juntaram. Brincaram bastante até as mulheres adultas se cansarem e saírem, deixando as crianças menores no raso novamente, mas sempre de olho nelas.

— Aqui. – disse Jane colocando várias cervejas sobre a mesa do quiosque. Depois sentou-se ao lado de Maura – A vida boa das férias. – brincou a sargento e elas brindaram.

— Como ousam brindar sem a minha pessoa? – brincou Daniel parado no começo da escada, com Alice parada igual a ele. Os dois com as mãos na cintura.

— Passa ano e entra ano e você não deixa de tentar fazer uma entrada triunfal, não? – brincou Regina sorrindo ao ver a afilhada descendo as escadas, vestida com seu maiô de mulher maravilha Que coisa mais linda!

— Nunca! – ele falou rindo depois de cumprimentar todas – Afinal gay não nasce, e sim estreia quando vem ao mundo pela primeira vez. Toda festa tenho que ter uma entrada triunfal. – brincou e sorriu ao ver sua filha sendo atacada por beijos pelas duas madrinhas. Killian se desculpou por atrasarem, pois acabaram pegando um congestionamento na saída de Boston.

— Cadê a Jú e a Meggie? – disse Alice ainda rindo, mas procurando pelas meninas mais velhas.

— Elas estão viajando hoje. – respondeu Emma, que então teve uma ideia Já sei! Por essa ela não espera! Pegou seu celular sobre a mesa do quiosque e discou o número conhecido – Jú? – falou assim que viu sua filha no visor de seu celular.

— Oi mãe!— a garota abriu um sorriso – Eu iria ligar mais tarde. — completou – Ai que saudade de vocês, da fazenda.

— Também estamos com saudades de você, minha filha... – falou Emma então Regina apareceu ao seu lado Jú, minha filha!

— Jú que saudades de você, minha filha. Como estão as coisas por aí? – quis saber a advogada – Você está bem?

— Eu estou bem sim, mamãe. As coisas estão bem. Ainda é tudo novo, mas acho que estou me virando bem.— respondeu e então começou e escutar uma voz de criança ao fundo – Quem é?— quis saber. O imenso sorriso nos lábios de sua mãe loira indicava que ela iria aprontar – Tudo bem dona Emma, pode me falar o que está aprontando.

— Eu não vou falar, apenas mostrar. – a loira disse sorrindo travessamente, então mostrou Alice com seus pais conversando Golpe baixo número um!

— Ai Alice.— Júlia se derreteu ao ver a menina, e conversaram por alguns segundos.

— Agora a melhor parte! – disse Emma mostrando a piscina com seus irmãos brincando na água, seus avós perto da churrasqueira. Mostrou suas madrinhas, e conversaram um pouco também Golpe baixo número dois!

— Ai dona Emma, isso é muito golpe baixo, e você sabe disso! — brincou Júlia assim que viu suas duas mães novamente – Olha o meu sábado que delicioso.— virou o celular e mostrou a lavanderia da cidade – Queria estar aí com vocês.

— Não se preocupe Jú, quando você voltar faremos um churrasco para comemorar sua ida para a universidade. – comentou Regina Com certeza faremos outro churrasco e quando você quiser todas as vezes que vier para casa!

— Eu vou cobrar.— falou animada – Agora preciso ir que a roupa terminou de lavar e agora é secar. Manda beijos para todo mundo e diz que estou com saudades.

— Mandarei e você se cuide. – se despediram e desligaram quando olharam viram Ruby e Kathryn fazendo o mesmo com a filha – Como somos maldosas. – brincou a loira olhando para suas amigas Só um pouquinho Emma! Sim mente, só um pouquinho! Continuaram conversando tranquilamente entre muitas brincadeiras, enquanto Killian brincava com a filha e as outras crianças menores na água.

— Aqui meninas. – disse Péppe aparecendo com uma bandeja cheia de pedaços de carne, enquanto Cora vinha com uma cheia de pão, vinagrete e farofa. Leonard apareceu com uma cesta de com pão e um balde cheio de cerveja no gelo.

— Obrigada! – agradeceu Maura já se deliciando com um pedaço de carne e pão. Eles continuaram conversando animadamente enquanto comiam. Os cachorros sem vergonha nenhuma estavam alternando os grupos para tentar ganhar pedaços de carnes.

— Cadê o resto do grupo? – questionou Killian ao se sentar ao lado de seu marido, com Alice em seu colo, enrolada na toalha para comerem.

— Elsa, Zelena e família foram para Chicago, enquanto Anna e família foram visitar os pais de Kristoff. – respondeu Kathryn tomando um gole de sua cerveja – Meu pai acabou acompanhando Glinda nessa viagem.

— O pessoal da construtora está do outro lado do país em um projeto. – foi Regina quem completou Ainda vamos fazer um churrasco onde iremos conseguir juntar todo mundo mais uma vez!

— David e a família aproveitaram o final de semana de folga e foi para a casa dos sogros. – respondeu Emma comendo um pedaço de carne Como isso é maravilhoso!

— Frankie está trabalhando e Tommy viajou com a família para a casa dos sogros também. – comentou Jane. Ela havia apresentado Enrico para Daniel, Killian e Alice.

— Somos apenas nós então? – questionou Daniel tomando um gole de cerveja.

— Sim. – respondeu Regina Uma pena, mas será divertido do mesmo jeito! — Emma me ajuda a tirar essas crianças da água que está na hora delas comerem. – pediu olhando para sua esposa, que apenas assentiu e as duas mulheres se levantaram. Ruby, Kathryn, Jane e Maura aproveitaram para fazer o mesmo.

— Crianças almoçadas e agora hora do descanso. – falou Emma ao se sentar e ver as crianças menores dormindo nos colchões, como sempre fizeram nos churrascos, e as maiores conversando animadamente sentados nas cadeiras na sombra, esperando as duas horas para poderem voltar para a água e se divertirem mais.

Duas horas depois as crianças maiores estavam de volta a água para continuarem nadando e brincando. Não muito tempo depois os adultos se juntaram e ali brincaram de várias brincadeiras, até os menores acordarem e quererem se juntar a eles na piscina e a bagunça ficou imensa.

A tarde começou a se esvair quando George resolveu voltar a assar mais carne para poderem jantar. Como o dia havia sido bem quente a noite continuava igual, e a água fresca da piscina era um dos motivos que o churrasco ainda estava acontecendo mesmo com a noite adentro já.

— Morena... – falou Emma sentada na beira da piscina com sua esposa, as penas das duas mulheres dentro da água, enquanto viam as crianças brincando animadamente na água ainda, mesmo depois de passarem, praticamente, o dia todo dentro da mesma. Elas deixaram, pois realmente a noite ainda estava quente e não teria problema das crianças ficarem doentes.

— Sim Emma... – Regina olhou para sua esposa. Durante o dia, mesmo com as crianças e os amigos, elas conseguiram algum tempo para poderem namorar.

— O que acha de conversarmos com a Aurora, e reformarmos a piscina durante o inverno? – questionou Emma, falando sobre o que tinha pensado para a reforma Vai ficar muito legal a piscina se acontecer essa reforma!

— Gostei da sua ideia... – comentou a advogada depois de escutar tudo Gosto do jeito que está a piscina, mas acho que se fizermos umas melhorias ficará muito melhor! — Quando Aurora tiver um tempo, vamos conversar com ela. Emma sorriu e depositou um leve beijo nos lábios de sua esposa.

O pessoal continuou ali até altas horas da noite, e só resolverem darem o dia como encerrado quando as crianças menores já sem energia nenhuma deitaram ou no colo de suas mães, pais, avós ou mesmo nos colchões e apagaram de tanta canseira.

— Essa noite eles vão dormir como anjos. – brincou Emma Se bobear até eu irei dormir feito anjo de tanta canseira! No meio da conversa elas haviam convidado a família Colter-Jones para ficarem, pois no dia seguinte brincariam no parquinho. Com uma grande ajuda de Alice, que quando ouviu que poderia brincar no parquinho novamente conseguiu convencer seus pais a ficarem.

No dia seguinte, a bagunça da piscina foi igual no parquinho, onde tirando o horário de almoço e a hora que a família Colter-Jones foi embora, eles passaram o dia todo no parquinho brincando, e assim como no churrasco só foram embora do parquinho quando as crianças menores foram se aconchegando em suas mães e bocejando. A hora do banho foi um pouco difícil, já que as crianças não queriam por causa do sono. Jantaram e logo estavam na cama dormindo feito anjos mais uma vez.

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A noite já havia avançado muito quando Regina despertou e viu que o lugar que Emma, deveria estar, estava vazio. Olhou para o banheiro e a luz estava apagada. Estranhou e acabou se levantando, saindo a procura de sua loira. Passou nos quartos dos filhos e aquele amontoado de crianças dormindo feito anjos. No quarto de Jú sabia que era Jane e Maura com o pequeno Vince. A casa finalmente estava quieta naquela hora da noite. Desceu as escadas e viu os cachorros deitados perto da janela da sala devido ao calor, mas apenas Rapaz e Lola estavam faltando Devem estar com minha loira! Olhou pelo corredor e todos os outros cômodos apagados, viu a luz da cozinha apagada, então olhou para a varanda e viu uma pequena luz acesa, e a porta principal estava levemente aberta Achei! Caminhou até a varanda e assim que colocou a cabeça para fora, viu sua esposa sentada na grande cadeira de balanço, com os pés sobre a mesa de centro, enquanto Lola e Rapaz estavam deitados debaixo das pernas da loira. As mãos de Emma envolviam uma caneca de café, enquanto seu olhar estava perdido no horizonte escuro Pelo menos ela teve a decência de colocar um shorts para sair aqui na varanda!

— Hey! – chamou Regina ao sair completamente na varanda, tirando sua esposa do olhar perdido que tinha no horizonte – O que você estava pensando, minha loira? – sorriu travessamente Vou brincar um pouquinho com ela! — Não vai me dizer que depois de tantos anos está pensando em fugir?

Emma olhou para o lado esquerdo e viu sua esposa parada ali com um pequeno sorriso nos lábios Minha morena! — Hey! – respondeu de volta – Aconteceu alguma coisa? – perguntou preocupada – Jú ligou? As crianças?

A advogada negou com a cabeça mantendo o sorriso nos lábios – Apenas senti sua falta na cama, e acabei acordando. – disse indo se sentar ao lado de Emma, que imediatamente a acolheu em um abraço lateral. A morena puxou seus pés para cima do assento. Pousou sua cabeça no ombro da loira O sono já está voltando, pois era ela que eu precisava na cama agora!

— Desculpa, eu não conseguia dormir, e não queria te acordar, então vim sentar aqui um pouco para ver se o sono vinha. – comentou Emma depositando um beijo nos cabelos castanhos de sua esposa, aspirando o aroma do xampu que sua esposa usava e que ela tanto amava Mesmo que eu só consiga dormir com você ao meu lado, pensamentos povoam a minha mente e não me deixam dormir!

Regina olhou para a caneca de café já na metade E esse tanto de cafeína te fará ter pesadelos! — Com tudo isso de café será difícil você conseguir dormir novamente. – brincou e olhou para sua esposa, não resistiu e depositou um beijo na bochecha da loira Como eu amo essa mulher! Roubou a caneca e tomou um gole na bebida – Mas você não está pensando em fugir, está? – brincou devolvendo a caneca para sua esposa Preciso saber! Quanta bobagem Regina, claro que ela não irá fugir! Que ideia essa a sua!

— Fugir? – Emma perguntou dando outro beijo nos cabelos de sua esposa Nem se eu fosse doida! — Nunca! Eu tenho a melhor vida que eu poderia imaginar e não sou nem um pouco louca de sair correndo de tudo isso. – sorriu satisfeita Mesmo pirada da cabeça quero continuar ao seu lado! — Só estava pensando.

— Em que? – questionou Regina roubando mais um gole de café, mas dessa vez acabou ficando com a caneca em suas mãos Vai ficar comigo agora a caneca!

Emma ficou alguns segundos em silêncio – Na vida em geral... – respondeu por fim Em tudo que passei quando criança! — Pensando se alguns dos três casais antes de George e Ingrid, tivessem me “adotado” realmente, se a minha vida seria assim, casada, com muitos filhos, amigos e uma família grande e louca, mas que eu amo. – riu, olhou para sua esposa E o mais importante! — E o principal, se teríamos nos conhecido.

Regina sorriu para sua esposa Acho que eu teria ido atrás de você, mesmo sem saber que você existia! — Sabe, nesses nossos anos de casadas eu cheguei a conclusão de que as coisas acontecem em nossas vidas por muitos motivos. Acontecem no tempo que tem que acontecer. Coisas ruins acontecem porque logo depois coisas boas acontecerão. – fez uma pausa – Eu precisei perder meu pai para perceber que a vida que tinha, não tinha muito sentido, e que estava negligenciando as pessoas que amava na época, meu próprio pai, minha mãe, Henry... Quando achei que estava no fundo do poço conheci uma loira abusada que me tirava do sério e do eixo, mas que me mostrou uma nova vida tão melhor que a vida que eu tinha antes. – fez outra pausa Descobri que não viva nem dez por cento da minha vida em Boston! — Você ter sido devolvida três vezes antes de conhecer George e Ingrid, não foi justo fazer isso com uma criança, mas talvez você precisasse passar para então encontrar algo verdadeiramente bom, que foram seus pais.

— Se tivesse sido diferente teríamos nos encontrado? – Emma questionou novamente Será que eu conseguiria ter te conhecido?

— Eu sinceramente não sei... – respondeu a morena se aconchegando melhor em sua esposa e tomando um gole de café E não quero pensar em nunca ter te conhecido! — Acho que não teríamos nos encontrado... Talvez teríamos outras famílias e seríamos felizes também? Não sei te responder também. – fez uma pausa – Mas sou grata de ter te conhecido e mudado a minha vida. – sorriu contente Já não sei viver sem você ao meu lado, minha loira! — Mas porque esses pensamentos agora?

— Acho que a ausência de Jú me fez pensar nisso... – respondeu Emma roubando a sua caneca de sua esposa É minha! tomando um gole de café – Porque agora entramos em uma fase difícil, a de aceitar que nossos filhos estão crescendo e logo caminharão por conta própria. – suspirou Acho que isso será dureza! — Agora é a Jú, depois o Henwy... – sorriu Como eu amo essa lembrança! E claro tantas outras! — Então o Tom, Lucy e quando chegar nos monstrinhos serão dois de uma vez e então nossas praguinhas também irão de uma vez e ficaremos apenas nós duas e os cachorros... Não sei se estou preparada para isso. – murmurou Não sei se estou preparada para ver essa casa vazia novamente!

Regina suspirou também Eu também não que eles cresçam, mas não podemos impedir que isso aconteça! — Nenhuma mãe está preparada para ver seu filho caminhar com as próprias pernas, mas estamos os criando para que possam fazer isso da melhor maneira possível, não será fácil vê-los abandonar o ninho? Nenhum pouco, mas pelo menos temos a certeza de que fizemos o nosso melhor para que eles consigam e sejam pessoas corretas e estaremos sempre aqui para quando eles precisarem. – terminou Regina e Emma apenas assentiu com um aceno de cabeça Sim, morena, você tem razão! Deixaram o silêncio paira no local sendo quebrado apenas pelos barulhos dos insetos noturnos.

— Hora de voltar para a cama, morena. – disse Emma sorrindo diante da visão de sua esposa quase dormindo ali em seu abraço Mas eu acho que enlouqueceria sem você ao meu lado!

— Nem percebei que havia dormido. – sorriu para sua loira Estava tão boa essa soneca! — Agora você entende porque quando você não está na cama eu acordo. Só consigo dormir com você ao meu lado. – sorriu sonolenta.

Emma abriu um sorriso igual ao de sua esposa Eu entendo bem o sentimento, morena! — Eu também só consigo dormir bem quando tenho você em meus braços. – olhou para Lola e Rapaz E vocês sempre ao meu lado também! — Vamos garota e garoto, hora de entrarmos. – disse para os cachorros que no instante seguinte se levantaram e acompanharam as duas mulheres de volta para dentro. A loira com seu braço ao redor dos ombros de Regina, e a morena com seu braço ao redor da cintura de Emma. Rapaz ao seu lado e Lola do lado de Regina. Entraram e apagaram a luz da varanda, caminhando na direção do quarto, afinal o dia seguinte prometia altas emoções. A semana prometia alta emoções com a família Rizzoli-Isles na fazenda. Aliás a vida prometia muitas emoções ainda.