Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 15
Capítulo 15 - Chegando a Algumas Conclusões


Notas iniciais do capítulo

Ae povo voltei!! Escutei um UHUUU??

Bom, vamos lá... Sei que posso ter frustrado muita gente por não ter acontecido o beijo entre Emma e Regina, mas quando ele acontecer, eu acho que tem que ser um momento somente delas, sem plateia e principalmente sem aquela ave agourenta da Lily para atrapalhar... Também acho que Emma ter terminado beijando Lily não foi umas das coisas mais sensatas que a loira fez, mas aconteceu por dois motivos: primeiro, se imaginem na pele de Emma, depois que aquele vulcão chamado Regina fez tudo aquilo a mente da loira entrou em combustão que ela nem sabia qual era seu próprio nome kkk, e segundo: tinha que provocar o ciúme maior em Regina, para começar a despertar algo nela com relação a Emma... Mas não se preocupem, achando que Lily tem o controle da situação e principalmente o coração da nossa amada loira, pois ela não tem e na história veremos isso huhuhu Bom, explicações feitas, então vamos para o próximo capítulo, que não terá fortes emoções em comparação a noitada no pub!

PS: Obrigada a todos que comentaram, favoritaram, que estão acompanhando e o pessoal que lê a história, mas ainda está na moita... O meu muito obrigada! Vocês todos são uns fofos e são muito especiais!



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— Bom dia pequeno Henry. – cumprimentou a senhora ao ver a criança entrando na cozinha, ele ainda vestia seu pijama dos vingadores, esfregando os olhos.

— Bom dia Bah. – cumprimentou de volta ao se sentar na cadeira – Você pode fazer para mim um suco de laranja? E também panquecas? – pediu com os olhos brilhando.

— O suco eu faço, mas não sei se sua mãe irá gostar de saber que você comeu panquecas. – disse a mulher preparando o suco.

— Ah ela falou que de domingo eu posso comer panquecas. – comentou ele Vai Bah, por favor, me faça panquecas.

— Tudo bem, eu faço panquecas, mas elas terão frutas. – disse ela já pegando os ingredientes.

— Oba! – comemorou o garoto – Bah, você viu que minha mãe e a Emma são amigas novamente. – um sorriso surgiu em seu rosto.

— Olhe pequeno, elas são, mas vivem brigando. – brincou a mulher e viu os olhos do menino passar rapidamente uma tristeza – O que foi?

— Eu queria que as duas parassem de brigar... Eu gosto de Emma e não quero vê-las brigando. – respondeu.

— Eu também não gosto de vê-las brigando, mas ser adulto é tão complicado as vezes... – disse a mulher colocando um pouco da massa na chapa para cozer as panquecas – As vezes o que sentimos interfere e acabamos brigando.

— Como assim? – indagou ele curioso e feliz com uma pequena possibilidade – Você acha que minha mãe pode estar gostando da Emma, ou que Emma está gostando da minha mãe, ou então elas estarem se gostando?

Por meu botões que esse menino é mais que danado!— Veja bem Henry, eu não estou dizendo isso... – então os olhos do menino se entristeceram novamente – Elas se gostam sim, como amigas...

— Isso eu sei... – ele riu marotamente – Ai Bah, eu sei que homem pode namorar homem, assim como mulher pode namorar mulher. – explicou ele calma e naturalmente, os olhos da senhora estavam arregalados e surpresos – Tia Katy uma vez me explicou isso, pois ela disse que gosta tanto de homens quanto de mulheres.

— Por essa eu não esperava... – comentou a senhora ainda surpresa – Bom, então não teria problema se algum dia sua mãe começasse a namorar a menina Emma?

— Nossa, eu ia ficar muito feliz, pois eu gosto muito da Emma... – disse ele todo feliz – Mas minha mãe já é noiva do Robin... – comentou derrotado e outra vez Eugenia estava surpresa Agora que as coisas irão se complicar de vez — Eu não gosto dele, ele fingi gostar de mim quando ele está perto da minha mãe, e quando ela está longe ele não liga para mim... Muito diferente da Emma, ela me vê e conversa comigo, ela ainda gosta do mesmo desenho que adoro que é o Spirit e ela me prometeu que vamos assistir juntos.

— Emma é doida por esse desenho... – riu a senhora, mas por dentro estava triste com o que ele havia comentado sobre esse tal de Robin, e desde já ela já não gostou nem um pouco dele Como pode alguém fingir que o pequeno Henry não existe? Ele é uma criança adorável. Será que Regina sabe o que se passa?  - Ah, por falar nela, Emma me disse que hoje a tarde irá brincar com o cavalo novamente. – colocou o copo de suco juntamente com o prato com três panquecas.

— Oba! Preciso falar para minha mãe me levar para ver ela. – disse ele sorrindo dando um gole do suco e dando uma mordida na panqueca – Obrigado por preparar meu café da manhã Bah.

— Você é sempre bem-vindo meu pequeno. – disse ela sorrindo e depositando um beijo no alto da cabeça do menino Ah Henry seu velho, pode começar a mexer seus pauzinhos aí no além para que as duas meninas fiquem juntas, eu não conheço esse tal de Robin, mas já não gostei dele. Sem falar que seria muito bom se as duas ficarem juntas, seria bem melhor até para o menino.

—SQ-

O sol da manhã entrava lentamente através das cortinas levemente abertas, iluminando parcialmente o quarto escuro. Lentamente Emma foi abrindo os olhos, até se acostumar com a claridade. Ainda deitada de barriga para baixo, ela pegou seu celular para ver as horas. Soltou um grunhido, pois estava quase na hora de levantar, devolveu o aparelho em cima da mesinha ao lado da cômoda. Aos poucos ela foi se virando até ficar totalmente de barriga para cima, abriu os olhos de novo e a claridade incomodou as íris verdes – Aaff ressaca maldita... – sua voz saiu extremamente rouca e colocou uma mão sobre os olhos ao fechá-los brevemente, tentando acalmar a banda de heavy metal que tocava em sua cabeça – Preciso me lembrar de nunca mais misturar uísque com cerveja novamente, pois a idade não permite mais... – riu brevemente, mas parou, pois a cabeça dava sinal que parecia que iria explodir a cada risada.

Depois de longos minutos deitada naquela posição, Emma finalmente começou a se lembrar de alguns flashes da noite passada. Lembrou-se de quando chegaram e começaram a beber, então Regina e a amiga chegaram, beberam mais um pouco até que ela começou a tomar shots de uísque juntamente com cerveja. Depois se lembrava de que fora dançar e começou a provocar Regina, então quando se deu conta era Regina que a estava provocando enquanto dançava. Um gemido de dor e principalmente da lembrança saiu dos lábios de Emma – Ai morena... – suspirou, um calor percorreu seu corpo, então flashes da dança sensual das duas começaram a pipocar em sua cabeça a fazendo gemer mais ainda – Acho que se eu não morri naquela pista de dança eu morro aqui com essa ressaca desgramada... – girou para o lado e lentamente começou a se levantar, quando se sentou colocou as duas mãos na cabeça para segurá-la – Nossa, parece que minha cabeça pesa duas toneladas... – reclamou soltando um gemido.

— Sabia que sua ressaca iria ser das grandes... – disse seu pai entrando devagar no quarto e viu sua filha sentada na cama com as mãos na cabeça – Noite boa? – perguntou ele zombeteiro, pois Ruby já estava ali para elas irem trabalhar e havia contado tudo para ele.

Emma suspirou profundamente – Pode-se dizer que sim... – comentou baixo.

— Aqui. – disse o homem entregando um copo de água e umas aspirinas para sua filha – Ruby já está ai para vocês irem trabalhar.

— Obrigada pai, você é meu salvador. – agradeceu Emma pegando as aspirinas e tomando com um grande gole de água – Diga a Ruby que é o tempo para eu tomar um banho e colocar uma roupa para começarmos o dia após o café de Bah!

— Tudo bem... – concordou ele quase a porta.

— Ah e mais uma coisa... – chamou Emma ao se levantar e olhar para seu pai enquanto caminhava com ele para fora do quarto.

— Sim?

Ela continuou seu caminhar devagar para o banheiro – Nada de ficar de fofoca com Ruby enquanto eu me arrumo. Entendido?

Seu pai pelo menos tentou fingir estar ofendido – Nossa, quem você pensa que eu sou?

— Eu te conheço muito bem! – riu a loira.

Ele a olhou desconfiado – Falando assim até parece que aconteceu algo que eu não deva ficar sabendo. – riu quando sua filha ficou vermelha ao se lembrar do que aconteceu – Aconteceu algo, não foi? – afirmou e gargalhou gostosamente.

— Vai lá fofocar com a Ruby enquanto eu tomo meu banho... – disse Emma rindo, ela não queria e não iria esconder do pai o que havia acontecido a noite, mas naquela hora da manhã e com aquela ressaca, ela não iria falar com ele. Conhecendo seu pai como conhecia ele com certeza iria decifrá-la antes dela mesma e Emma ainda não estava preparada para aquilo, mas quando ela achasse que fosse a hora certa ela falaria com seu pai.

— Só lembre-se que foi você que me mandou ir fofocar com Ruby, então depois não reclame. – riu inda na direção da sala.

— Eu sei... – comentou e fechou a porta do banheiro para tomar seu banho.

—SQ-

Regina lentamente abria os olhos, estava deitada de lado e encarava a janela com as cortinas abertas. A claridade entrando bravamente em seu quarto, juntamente com uma leve brisa que balançava as cortinas e trazia o som das pessoas lá fora, na fazenda.

— Será que dá para parar o show de rock na minha cabeça? – resmungou ela ainda sem se mover da posição em que estava.

Após longos minutos sem se mover, ela finalmente se virou para ficar deitada de costa e encarava o teto, a dor de cabeça ainda presente. Fechou os olhos brevemente e soltou um longo suspiro, e aos poucos flashes da noite passada começaram aparecer em sua mente.

— O que você aprontou ontem a noite, hein senhorita Mills? – se perguntou Regina quando começou a lembrar de Emma dançando e a provocando – Maldita loira, você tinha que ficar me provocando daquele jeito? – soltou uma longa respiração ao abrir os olhos – E você também Regina, que não aguenta ver um desafio que já se joga... – outra longa respiração – Ainda teve aquela louca da irmã de Zelena te ameaçando... – fechou novamente os olhos brevemente e mais uma respiração longa juntamente com um grunhido – Então você bebeu achando que o mundo iria acabar naquela noite, mas um para você lembrete ele não acabou e agora você está com uma terrível ressaca, parabéns! – abriu os olhos ao soltar mais uma longa respiração e ficou mais alguns minutos em silencio, apenas o barulho do lado de fora da fazenda.

— Eu não tive culpa, a senhorita Swan que começou tudo... – argumentou ela como uma criança mimada quebrando o silêncio no quarto – Se ela não tivesse me provocado, eu não teria respondido e dançado daquele jeito para ela. – riu safadamente quando se lembrou da cara da loira – Mas bem que ela mereceu... Adorei ver aquela cara de espanto... – riu brevemente então parou, pois sua cabeça parecia que ia explodir a cada risada. Um arrepio percorreu seu corpo todo o se lembrar de como Emma sussurrou ao seu ouvido quando ela se aproximou para as duas dançarem juntas. Ondas de calor começaram a percorrer seu corpo se lembrando das sensações de ter o corpo de Emma junto ao seu em uma dança sensual, um longo suspiro foi ouvido – Não é que aquela moça no banheiro tem razão? – concordou Regina relutante – A loira abusada tem uma pegada de tirar o fôlego... Se dançando a pegada é de tirar o fôlego, imagina em outros momentos mais ousados... – novas ondas de calor percorreram seu corpo – Ai Regina, se aquiete...

Lentamente a porta do seu quarto se abriu e uma cabeça loira apareceu – Rê, você está acordada? – veio a pergunta em um tom baixo.

— Se eu disser que estou dormindo você voltará para seu quarto? – brincou a morena sorrindo.

— Se você estivesse dormindo eu iria entrar do mesmo jeito. – respondeu Kathryn já se deitando ao lado de Regina na cama – Bom dia! – sorriu deitada de lado e olhando para sua amiga que também se virou para ficar de lado e a olhá-la.

— Bom dia. – Regina sorriu suavemente para sua amiga.

— Como você está? – perguntou a loira.

— Como se eu tivesse bebido todas achando que mundo iria acabar ao nascer do sol. – riu brevemente – E agora estou com uma ressaca sem piedade.

Kathryn riu da amiga – Tudo bem, isso passa com um bom café forte e aspirina... – disse – Mas não foi sobre isso que eu perguntei.

— Eu não entendi. – desconversou Regina.

Kathryn resolveu ser direta - Eu perguntei como você está... – esticou o braço e colocou a ponta do dedo indicador sobre o coração da morena – Aqui! – fez uma pausa e voltou seu braço a posição anterior – Depois de tudo que aconteceu ontem a noite.

A morena soltou um longo suspiro – Sinceramente eu não sei... Só sei que está muito confuso... – confessou por fim.

— Por quê? – questionou a loira.

Regina fechou os olhos brevemente e resolveu ser sincera com sua amiga – Não sei... – abriu os olhos de novo para encara sua amiga – Não vou mentir, Emma mexe comigo de uma forma que ninguém nunca mexeu... E isso me deixa confusa... – pela primeira vez chamou a loira pelo primeiro nome.

— O que você quer dizer? – quis saber Kathryn.

— Talvez por ela ser a única pessoa a bater de frente comigo sem ter medo da minha pessoa... – comentou Regina depois de analisar brevemente – E essa coragem mexe comigo... Essa audácia... – um arrepio surgiu ao se lembrar de quando estavam dançando no pub noite passada.

— Isso não estaria mais para um gostar do que apenas uma atração? – sugeriu Kathryn, olhando a sua amiga.

— Não vou negar que ela me atrai... – confessou Regina não escondendo nada de sua amiga – Mas acho que essa atração vem desse embate que sempre travamos, dessa coragem dela de me desafiar sempre... E quanto a gostar, eu não sei ainda.

— Então porque vocês não se beijaram ontem? Faltou tão pouco para um beijo ardente. – perguntou a loira frustrada – Principalmente que fizemos de tudo para aquela galinha agourenta não se aproximar de vocês duas na pista de dança.

Regina riu brevemente ao apelido que sua amiga graciosamente atribui aquela morena atirada, então outra onda de calor passou em seu corpo ao se lembrar do quase beijo – Por mais que estivéssemos tão envolvidas naquela dança e a atração falando mais alto, eu ainda sou uma mulher comprometida, e não gosto de traição... – explicou Regina – Mas eu estaria mentindo que não desejava beijá-la naquele momento... – fez uma pausa - Katy, eu não quero um relacionamento amoroso com Emma.

— Então porque você saiu correndo quando aquela sirigaita aproveitadora estava beijando quem você deveria ter beijado?

— Estava cansada, apenas isso... – respondeu a morena, mas foi a única vez que ela omitiu o que sentia ou sentiu. Omitiu que morreu de ciúme no começo, depois muita raiva por Emma a ter trocado sem pensar duas vezes.

— E quanto ao beijo, seria apenas um beijo... Isso não caracteriza traição. – Kathryn expressou sua opinião.

— Mesmo assim... – começou a se justificar a morena – Não acho certo com a pessoa que estou em um relacionamento amoroso e muito menos certo em arrastar outra pessoa para essa minha confusão...

— Mas se essa pessoa por quem você está confusa for a pessoa certa?

— E se ela não for? E sim a pessoa que já estou ser a certa? – questionou de volta a morena.

— Então termina com Robin, ele é só um peso morto no seu caminha, Rê. – comentou a loira.

Regina soltou uma longa respiração – Não é assim também Katy, eu gosto dele.

— O que você sente quando está perto de Robin? – perguntou Kathryn.

Reina se virou para voltar a ficar deitada de costas e encarou o teto, pensando por um minuto – Eu sinto o mais do mesmo com ele, a conversa as vezes flui... Sinto como se ele fosse um amigo... Talvez um caminho sem imprevistos...

— E chato... – completou a loira – E ao lado de Emma, o que você sente? – perguntou novamente, tentando fazer Regina comparar os sentimentos.

— Uma vontade imensa de esganá-la muitas das vezes... – brincou a morena sorrindo, ato que Kathryn percebeu imediatamente – Mas também sinto aquela vontade de ser livre... Uma vontade de viver intensamente cada segundo... Um caminho cheio de imprevistos...

— E maravilhoso. – completou novamente a loira - Você tem vontade de ficar ao lado de quem?

— Pelo que eu acabei de descrever e você me conhece muito bem, claro que seria ao lado de Emma... – fez uma pausa – Mas como disse, isso é só atração que eu sinto pelo desafio que ela me oferece... E isso uma hora irá passar...

Kathryn ficou observando sua amiga ainda analisando seus próprios pensamentos, então resolveu dar a última cartada – E o Henry, nessa história toda?

Regina virou o rosto para sua amiga – O que tem ele? – perguntou confusa.

— Como ele se sente nessa história toda? – indagou a loira.

— Isso só ele poderá te dizer. – respondeu a morena se esquivando da pergunta.

— Mas e você, como você o vê nessa história toda? – jogou a última cartada.

— Claro que ele fica extremamente feliz com Emma, aliás, tirando as pessoas conhecidas do convívio dele, eu nunca o vi agir da forma que ele age com ela... E Emma cuida dele com todo carinho, as vezes acho que ela tem a mesma idade dele... – respondeu Regina sorrindo novamente, então parou para pensar como Henry age ao lado de Robin – Já ao lado de Robin, ele é uma criança quieta, e Robin não dá muita atenção a ele...

— Então acho que você descobriu um bom motivo para se separar daquele que não pode se dizer o nome... – comentou Kathryn brincando – E acho que está na hora de você se jogar no imprevisível e ser feliz nessa vida... – fez uma pausa com um sorriso travesso - Mas isso é para você pensar outra hora, pois agora estou morrendo de fome e tenho uma surpresinha para te contar enquanto tomamos café da manhã. – comentou ela já se levantando – Vamos!

— Olha, uma surpresinha? O que seria? – disse Regina fazendo ar de mistério, mas estava com seus pensamentos voltados ao que sua amiga havia dito e tudo o que havia acontecido – Aposto que tem algo relacionado aquela morena de mechas vermelhas. – terminou ao se levantar com cuidado, pois sua cabeça ainda doía muito.

— Isso minha amiga, você tem toda razão. – riu a loira juntamente com a morena e saíram em direção a cozinha para tomar café.

—SQ-

— Mãe! Mãe! – chamou Henry ao entrar no escritório, já era comecinho da tarde – Mãe!

— Sim, meu príncipe? – ela perguntou ao ver o filho entrando na sala e se sentando ao lado dela, pois ela estava conversando com Kathryn. A morena já estava bem melhor da ressaca, principalmente depois do café cura ressaca reforçado que Eugenia a fez tomar.

— Você me leva para ver Emma brincar com o cavalo daqui a pouco? – perguntou ele com o seu famoso olhar pidão. Ao simples mencionar do nome da loira, já trouxe arrepios na morena.

Ela sorriu e disfarçou, passando a mão pelos castanhos e curtos cabelos do menino – Levo... – disse ela olhando para seu filho e evitando qualquer contato visual com sua amiga, que muito provavelmente tinha um sorriso de deboche no rosto.

— Então teremos uma demonstração da graciosidade da senhorita Swan com seu cavalo arisco? – brincou a loira vendo a interação de sua amiga e seu afilhado – Fora a demonstração graciosa que vimos ontem a noite? – alfinetou.

— Pelo visto sim... – Regina fechou os olhos brevemente ao se lembrar de toda a dança, e um leve arrepio surgiu em sua pele novamente, assim que abriu os olhos viu sua amiga a encarando com um sorriso de lado – O que foi?

— Nada! – respondeu a loira sorrindo abertamente agora, Regina ia retrucar, mas fora interrompida por seu filho.

— Você também quer ir, tia Katy? – convidou o garoto alheio a tudo que havia acontecido ontem a noite – É muito legal.

— Não precisa me dizer duas vezes, é claro que vou... – aceitou o convite – Isso eu não perco por nada... Pois algo me diz que irá ser memorável como foi ontem a noite. – cutucou novamente e Regina apenas devolveu um olhar mortal, ato que fez a loira gargalhar.

Ficaram ali mais um tempo conversando amenidades, Kathryn até tentou voltar no assunto do pub, mas não conseguiu desenvolver, pois Regina disse que não queria mais falar sobre aquilo naquele momento, mas que ela conversaria outra hora quando conseguisse digerir tudo que havia acontecido e tudo que elas haviam conversado naquela manhã. Katy havia contado sobre o breve selinho em Ruby e todo o esforço que ela, Zelena e a Ruby fizeram para manter a Lily longe delas enquanto dançavam. Aquilo arrancou gargalhadas da morena. Finalmente havia chegado a hora de eles irem ver a loira e sua demonstração de habilidades como a Kathryn havia dito.

— Vamos mãe, está na hora! – disse Henry puxando sua mãe pela mão e arrastando para fora da casa principal.

— Calma Henry, não precisa ter tanta pressa assim... – disse ela ao se endireitar e segurar certo a mão do menino.

— Vamos tia Katy, não podemos perder. – disse ele agitado.

— Sim, vamos que não podemos perder nada. – disse ela com ironia e sorrindo marotamente.

—SQ-

Emma estava no estábulo, pronta para levar o cavalo que ela iria dançar, depois do café antirressaca de Bah, ela estava pronta para outra, ou talvez ainda nem tanto – Hey bonitão, pronto para dançarmos? – pegou uma corda e laçou o pescoço do animal. Lentamente ela o levou para o cercado que havia utilizado na outra vez. Ela estava munida de comida e a corda, hoje ela talvez tentasse montar o animal. Ela precisar limpar a mente dos acontecimentos desses últimos dias e principalmente da noite passada, aqueles pensamentos que envolviam uma certa morena dona onça. Os meros flashes ainda causavam pequenos arrepios na pele alva. Emma estava trajando apenas sua calça jeans tradicional, as botas, uma regata preta, e seu inseparável chapéu – Vamos bonitão que hoje teremos plateia especial... – brincou ela falando com o cavalo.

— E como será especial. – comentou Ruby ao aparecer do lado da amiga – Minha vó disse que tanto Regina como a amiga estará lá para ver a dança de Emma Swan e o bonitão aqui... Sem comentar que seu fã número um Henry... Segundo minha avó, desde o momento que ela falou que você iria dançar ele está inquieto e ansioso... – disse a morena passando levemente a mão pelo pescoço do animal, que se mexeu levemente não querendo o toque – Hey bonitão, calma que hoje eu não irei dar remédio para você, mas que você está bem melhor com certeza isso está – Então já se recuperou da noite passada?

— Gosto muito de Henry, ele é uma criança adorável... – fez uma pausa - Então teremos a ilustre presença de Regina e sua amiga bitoqueira? – brincou a loira e Ruby se avermelhou – Como eu queria ter visto isso... Melhor na medida do possível que se pode se curar de uma ressaca forte.

— Mas não viu, pois estava lá deixando aquela encrenca da Lily sugar sua vida através da boca. – alfinetou a morena e as duas riram – Não foi isso que eu perguntei! – comentou a morena enquanto elas caminhavam para o cercado, que já havia algumas pessoas em voltas, que na sua maioria eram funcionários da fazenda.

— Não sei, ainda não sentei para pensar melhor... Mas na verdade, não sei se tem o que ficar pensando... – comentou Emma – Foi apenas uma noite onde estávamos embriagadas e deixamos os eventos levaram ao que aconteceu, ou quase. Ponto! Ai como eu queria ter beijado aquela boca! Droga! Bom, deixa isso para outra hora.

— Não irei discutir isso agora. – comentou Ruby – Realmente acho melhor você pensar e refletir sobre o ocorrido. – piscou para a amiga.

— Acho bom, porque nem eu quero ficar pensando nisso neste momento... Quero apenas dançar e esvaziar a mente. – disse Emma colocando o cavalo dentro do pequeno cercadinho, para poder se preparar e entrar no cercado maior.

—SQ-

— Olha lá mamãe, é a Emma e o cavalo que ela quer ser amiga. – comentou Henry assim que chegou e viu a loira se aproximando do cercado com o cavalo e Ruby, e o colocar no pequeno cercado.

— Olha que gostei do estilo aqui da fazenda... - brincou a loira assim que percebeu que Ruby trajava sua calça jeans e camisa xadrez, e estava usando seu chapéu também, além das botas de cano alto, cabelo solto. A única diferença era que Emma estava sem a camisa xadrez e Ruby não tinha uma camiseta por baixo da camisa xadrez.

— Você só pode estar brincando, não é? – perguntou Regina incrédula Ai droga, acho que está um pouco cedo para ver a senhorita Swan! Principalmente usando esses trajes. Ai Regina se controla, está pior que adolescente... Então um arrepio surgiu em seu corpo quando se lembrou de alguns flashes da dança juntas a noite passada. Uma sensação estranha tomou seu estômago, era como se tivesse borboletas Claro que isso é da bebida de ontem a noite, quantas vezes você já ficou assim depois de uma noitada regada a muita bebida, e acabou de melhorar de uma ressaca.

— De modo algum... Achei até que tem certo charme. Combina com a fazenda. – comentou a loira sem tirar os olhos da morena que estava ao lado de Emma, dessa vez alheia ao que acontecia a sua amiga.

— Está vendo aqueles dois ali... – apontou Regina para o casal Nolan, tentando mudar o foco de seus pensamentos, eles estavam perto da cerca, Kathryn acenou com a cabeça – São David e sua esposa Mary, são professores de equitação e técnicos da equipe... E olhe a roupa deles.

— Achei que o técnico seria uma pessoa mais velha... – comentou a loira ao pousar o olhar sobre o casal – O que tem? Igual ao que a loira fantástica e Ruby estão usando... Ah deve ser uniforme da fazenda Regina... – riu a loira com a cara que Regina fez quando ela chamou Emma de loira fantástica – Você me disse até seu pai tinha roupas parecidas no guarda-roupa dele.

— Sim, ele tinha... – comentou Regina escondendo o ciúme que sentiu ao escutar Kathryn ter chamado Emma de loira fantástica.

— Eu ainda te verei vestida assim Regina Mills. – comentou Kathryn – E você irá arrasar no modelito.

Regina soltou uma risada – Quanto a usar o modelito eu duvido e muito, minha amiga, mas caso eu um dia quem sabe depois da eternidade eu usar, você com certeza tem razão, eu irei arrasar! – então um silêncio confortável pairou no ar assim que elas viram Emma entrar no cercado e se preparar para dançar com o cavalo.

Emma entrou no cercado e se encaminhou até o pequeno portão onde o cavalo estava confinado – Hey bonitão, pronto para dançar? – perguntou ela estendendo um pedaço de maçã para ele que recusou ao virar o rosto – Pelo visto sim. – comentou ela rindo da reação dele – E você é bem orgulhoso também... – retirou a mão de dentro do cercado menor e abriu o portão deixando o cavalo sair.

Assim que o cavalo se viu livre para sair do confinamento não pensou duas vezes, saiu como um raio. Correu pelo cercado todo, reconhecendo o local, as vezes das alguns pinotes, as vezes andava em trote, no momento seguinte disparava em uma pequena corrida. Quando Emma percebeu que ele estava mais quieto se aproximou lentamente. Mas em um movimento o cavalo deu alguns passos para trás na direção da loira e começou a jogar terra com as patas traseiras. A loira não ficou na mira dos coices que poderiam vir em sua direção começou a se movimentar parando ao centro do cercado enquanto o cavalo deu um relincho e voltou a trotar em volta do espaço novamente.

— Hey... – disse ela tentando oferecer um pedaço de fruta e um pedaço de cenoura – Vamos, não precisa ficar tão arredio assim... Vem, pode comer. – falou indo em direção ao animal que havia novamente parado – vamos, sei que está muito gostoso, pode comer.

O animal olhou fundo naquele par de olhos verdes, lentamente se aproximou e cheirou a mão estendida com a comida – Vamos, sei que você quer, eu no seu lugar também iria querer. – o cavalo pegou o pedaço de cenoura e saiu de perto – Muito bom, bonitão.

Emma guardou os pedaços de comida e chegou perto da cerca para pegar a corda, preparou o laço e se movimentou para o meio do cercado – Vamos lá bonitão... – disse ela abrindo o laço e começando a girá-lo em cima da própria cabeça e sempre com o olhar fixo no cavalo que andava de um lado a outro inquieto – Deixa eu te laçar... – comentou e lançou a corda, quando ela achou que acertaria logo na primeira laçada, no último instante o cavalo conseguiu desviar – Hum, então vejo que você fará jogo duro, gosto assim... – começou e sorriu. Preparou mais uma vez o laço e começou a girá-lo novamente.

— Regina... – comentou Kathryn olhando fixamente para a loira no meio do cercado – Que braços são aqueles, minha amiga? – perguntou fascinada – Ontem não deu nem para perceber que ela tem esses braços.

— Sabe que eu nem havia reparado, só vi agora que você comentou... – comentou Regina Af Regina mentindo para sua amiga na maior cara de pau, claro que você já havia reparado naqueles braços logo na primeira vez que você a viu dançar com o cavalo na outra vez, e ontem sentiu o que eles podem fazer. A pegada!

 - Sei que você reparou somente agora que eu disse... – comentou Kathryn ironicamente, olhando a loira no cercado - Acho que temos um expectador extremamente fascinado com uma certa encantadora de cavalos... – disse Kathryn vendo que seu afilhado não tirava os olhos do cercado.

— Acho que sim... – disse Regina voltando sua atenção ao filho para logo em seguida voltar a olhar para o cercado.

— E acho que uma mãe também... – murmurou Kathryn baixo o suficiente para que sua amiga não ouvisse, então sorriu e voltou a olhar para o cercado e viu Ruby ao lado da cerca e seu sorriso se alargou Calma morena que na próxima vez que eu voltar você não me escapa— Só digo uma coisa Regina... – comentou Kathryn alfinetando a amiga novamente – Se você bobear, eu tiro uma casquinha daquela loira fantástica antes de você.

Regina a olhou perplexa – Como?

— Isso que você escutou... – riu malandramente a loira – Bobeia que eu tiro uma lasquinha daquela loira fantástica antes de você!

— Você não se atreveria? – murmurou entre os dentes.

— Talvez não... Mas acho que você está demorando demais... – comentou Kathryn casualmente – Mas para quem diz que tem noivo e não quer nada com aquela loira, até que você está com muito ciúme.

— Não é ciúme... – tentou argumentar Regina – É apenas precaução com você, não quero que você se machuque e fique um clima estranho aqui na fazenda por causa disso.

— Sei sei... – comentou a loira sorrindo de lado – Mas que eu bem que gostaria de dar uma boa apertada naquela bunda, oh se eu gostaria. – cutucou a amiga – Nossa, aquela calça apertada não deixa nada para a imaginação...

— Kathryn! Meu filho está do nosso lado. – comentou Regina mordida de ciúme, mas não estava dando o braço a torcer.

— Na realidade, ele está ali na frente. – apontou o garoto que havia dado uns passos a frente se distanciando das duas mulheres para poder ver melhor sua amiga brincando com o cavalo. Kathryn percebeu que Regina iria chamar o menino para perto, mas interveio antes – Deixe-o ali, ele não está perto do cercado e ele está todo encantado com a loira e o cavalo... Ficaremos de olho e se ele se aproximar mais, mas tenho certeza que uma certa loira não deixará acontecer nada a ele se ficar muito perto do cercado.

Emma jogou novamente o laço e finalmente conseguiu acertar o pescoço do cavalo que tentou se livrar da corda dando pinote com as patas dianteiras, mas sem sucesso. Henry ao ver ergueu os braços comemorando e soltando um grito feliz. A loira só ia soltando a corda, dando certa liberdade ao cavalo ao passo que a corda permitia. Assim que o cavalo se aquietou novamente Emma começou a lentamente puxar a corda, diminuindo o tamanho da mesma, e trazendo o cavalo para mais perto. Quando finalmente conseguiu uma pequena distância entre o cavalo e ela, a loira novamente ofereceu mais pedaços de cenoura ao animal que agora sem muito orgulho pegou e começou a comer.

— Muito bem, bonitão... Então você gosta de cenoura... – disse ela dando mais uns pedaços de cenoura e a outra mão passando suavemente pela crina do animal – Será que vou conseguir montá-lo? – olhou para ele enquanto comia. Tentou montá-lo assim que ele terminou de comer, mas o animal não deixou andando para o lado. Emma soltou um pouco de corda e deixou o animal andar novamente, então voltou a chegar perto sem diminuir a quantidade de corda. Quando se aproximou o suficiente, tentou mais uma vez montá-lo, mas sem sucesso, pois de novo o cavalo andou para o lado – Ah qual é, bonitão? Sei que suas costas já estão bem melhores, qual o problema? – comentou quando o cavalo se afastou e ela puxou de novo a corda, diminuindo o comprimento. Quando eles estavam próximos novamente, Emma passou a mão pela extensão toda do focinho do animal – Vamos bonitão, me deixe montá-lo, te prometo muitas cenouras... – tentou subornar o animal, e ele apenas soltou um relincho como se rindo da cara da loira – Tudo bem, já disse que gosto de jogo duro...

O cavalo se afastou e começou a caminhar em círculos enquanto a loira segurava a corda. Aproximou-se mais uma vez e tentou subir no cavalo, jogando todo seu corpo para cima do animal que por incrível que pareça deixou, quando Emma finalmente se endireitou, o cavalo deu um pinote com as patas dianteiras, fazendo com que a loira escorregasse para trás e para fora do corpo do animal. Ele soltou um relincho no momento que Emma caiu em pé assim que saiu do lombo do cavalo – Bem orgulhoso você, hein bonitão? Não tem problema, eu também sou! – em uma última tentativa Emma puxou o cavalo novamente para perto, fez um segundo laço com um pouco da corda que estava em sua mão e passou pela cabeça do animal meio que fazendo um cabresto. Ela se posicionou e subiu no cavalo, o montando. Ele ficou inquieto com ela em seu lombo, começou a dar uns pequenos pinotes, deu alguns passos para trás – Hey bonitão, calma... – ela disse tentando acalmar o animal, enquanto puxava levemente a corda do cabresto. Ele não iria ceder tão facilmente, e Emma se sentia em um rodeio com o cavalo, já que ele dava pequenos pinotes tanto para frente quanto para trás, até que ele ao longo dos segundos foi se cansando e começou a diminuir o ritmo até que finalmente Emma conseguiu um maior controle sobre o animal, e passou a fazer alguns movimentos para que ele a obedecesse.

— Isso aí! – exclamou Henry maravilhado ao perceber que finalmente Emma havia conseguido domar o animal no momento – Nossa, que demais! – disse ele feliz – Ela conseguiu montar no cavalo. – então voltou para perto de sua mãe – Mãe, você viu? Emma conseguiu montar no cavalo. – comentou ele todo feliz.

— Oi meu príncipe, eu vi... – comentou a morena passando o braço em torno dos ombros do menino e o trazendo para perto, e a outra mão passando nos curtos cabelos, enquanto ele ficava de frente para o cercado ainda olhando a loira em cima do cavalo.

— Ela realmente é muito boa... – comentou Kathryn e aproveitou para alfinetar a amiga – Ela realmente sabe amansar animais ariscos.

— O que você quer dizer com isso? – perguntou Regina ao erguer uma sobrancelha e olhar para a amiga.

— Eu não quis dizer nada, apenas fiz um comentário que ela é boa em amansar animais ariscos, não é isso uma das funções de um domador? – respondeu a loira como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Regina nada disse, e voltou a olhar para a loira que cavalgava o animal arisco Céus! Ela fica muito sexy tentando domar o cavalo. Será que na cama ela conseguiria me domar? Regina, que pensamentos são esses? Se aquiete, pois você é comprometida... Grande coisa, respondeu sua mente e continuou aquele lá mal consegue se satisfazer! Aposto que Emma te deixaria esmorecida e sem forças ao final das queimas de calorias na cama! Cérebro! O que você está pensando? Vamos parar com isso! Apenas pensando o que você muito provavelmente gostaria de fazer. Elas ficaram mais algum tempo ali vendo a loira dançar com o cavalo, vez ou outra a morena se pegava discutindo com sua própria mente, até que Emma finalmente desceu do cavalo e o levou para o estábulo novamente, e as pessoas começaram a se dispersarem.

—SQ-

— Vamos Loirão, hora de jantar. – disse Ruby ao ver a amiga sair do estábulo e trancá-lo – Vamos que estou com muita fome, pois hoje o dia foi puxado.

— Vamos! – disse a loira concordando. Elas caminharam lentamente até chegarem a casa principal, e entraram na cozinha pela porta do fundo.

— Oi vó! – disse Ruby assim que entrou e deu um beijo na senhora – Viemos pegar o jantar.

— Oi Bah! – foi a vez de Emma entrar e também dar um beijo na senhora – O que temos para jantar?

— Oi meninas... – respondeu a senhora que estava preparando a comida para elas levarem – Tem muita coisa... – riu.

— Assim que eu gosto... – brincou a loira rindo, então escutaram um barulho de passos apressados vindo para a cozinha.

— Emma! – disse Henry ao avistar a loira e correu para ela, que se agachou para receber o garoto, que não se fez de rogado e pulou no colo da mulher a abraçando fortemente.

— Hey garoto. – disse ela sorrindo com ele no colo quando se levantou, retribuindo o abraço.

— Henry, eu falei para você não ficar correndo... – disse Regina ao entrar na cozinha e parar vendo a cena do seu filho no colo da loira, os dois sorrindo Ai droga! Essa sensação no estômago que achei que havia passado, mas agora está pior. E você tinha que ser tão fofa, senhorita Swan?

— Ah mamãe eu disse que era a Emma na cozinha... – respondeu ele se virando e olhando para a morena ao soltar do abraço.

— Regina... – foi a vez de Kathryn parar ao entrar na cozinha – Ow! – primeiro por ter visto Ruby ali parada e segundo quando viu seu afilhado no colo da loira e os dois estavam rindo – Está aí uma coisa que não se vê muito... – apenas comentou ambiguamente. Primeiro Kathryn estava surpresa, pois seu afilhado só ia no colo da mãe ou no dela, mas agora ele estava no colo da loira e sorrindo, e segundo, agora de perto e sem a penumbra do ambiente do pub, ela pode ver como Ruby era bem mais bonita ainda. Um silêncio repentino se instaurou na cozinha e ninguém sabia como quebrá-lo, apenas havia troca de olhares entres seus ocupantes. Arrepios percorriam os corpos das quatro mulheres. Emma olhava intensamente para os lábios de Regina, que percebeu e lentamente passou a língua sobre os mesmo e a loira teve que reprimir um gemido. Kathryn analisava Ruby de cima a baixo várias vez estava encantada com sua beleza. A morena por sua vez, também não se fazia de rogada e media a amiga de Regina de cima a baixo.

— Henry... – chamou Ruby quebrando o silêncio, e ela tinha um sorriso travesso no rosto.

— Eu! – brincou ele se virando para a morena de mechas vermelhas, mas ainda no colo da loira.

— Você ficou sabendo de uma coisa? – perguntou ela conspiratória, como se estivesse confidenciando algo extremamente importante para ele.

— O que? – ele perguntou todo curioso, e seu tom era também conspiratório.

— Um passarinho me disse que sua mãe e a Emma brincaram na lama, um tempo atrás... – confidenciou como se fosse um segredo, mas alto o suficiente para todos da cozinha ouvirem. Kathryn abriu um sorriso travesso no rosto Gostei mais ainda dela!

Os olhos do menino se abriram tanto que as mulheres acharam que eles iriam cair do rosto – Sério?

— Sim, muito sério.

Ele olhou para Emma e depois para sua mãe – E vocês nem me chamaram para brincar junto?

Emma e Regina se olharam abismadas com o que Ruby havia acabado de contar e principalmente surpresas com o que Henry havia dito, Kathryn até tentou, mas não conseguiu segurar a gargalhada – Bom, Henry, veja bem... – começou Regina envergonhada.

— Verdade Henry, eu fiquei sabendo disso também e fiquei brava por elas não terem me chamado também. – jogou mais gasolina no fogo a loira.

Emma colocou o menino no chão e ficou agachada na altura dele – Nós não havíamos combinado nada disso...

— Então vocês brigaram. – afirmou o menino cruzando os braços na altura do peito em um típico gesto de sua mãe Parece que estou vendo uma mini versão masculina de Regina!

— Não, nós não brigamos. – se adiantou a morena a discordar. Kathryn e Ruby gargalhavam vendo a cena de um garoto de cinco anos colocando duas mulheres adultas contra a parede.

— Nós não te chamamos porque você estava na escola na hora. – explicou Emma, então um malicioso sorriso apareceu em seus lábios – Mas podemos fazer o seguinte, Henry, podemos combinar de todo mundo brincar na lama, inclusive nós podemos chamar sua tia Kathryn e Ruby para participar.

Os olhos do menino brilharam com a possibilidade de todos ali brincar na lama, então se virou para sua tia – Podemos combinar tia Katy? – sua risada morreu no instante seguinte em que a gargalhada de Regina fora ouvida.

— Henry, meu anjo... – começou a loira, mas fora interrompida.

— Ah tia Katy, vamos! Vai ser divertido. – tentou convencer a loira – Vamos combinar. Eu nunca brinquei na lama. Vai ser divertido todo mundo brincar junto.

A loira soltou um grande suspiro, não tinha como ela dizer não para aquele menino – Na próxima vez que eu voltar, a gente combina, pode ser? Agora me lasquei de vez! Droga Emma, você ainda me paga!

— Eba! – então se virou para a Ruby – E você tia Ruby, vamos brincar também?

— Vamos Loba, você não vai deixar o garoto triste, não é? – alfinetou Emma.

Ruby percebeu cinco pares de olhos sobre si, ela não tinha escapatória – Quando sua tia Kathryn voltar, nós combinamos, tudo bem? – cedeu por fim Droga e o tiro saiu pela culatra!

— Sim!! – ele comemorou todo feliz, seria a primeira vez que ele brincaria na lama, e ainda teria junto dele as pessoas que ele mais gostava. – Quando você volta tia Kathryn? – quis saber.

— Ah meu príncipe, ainda não tenho uma data definida, pois tenho trabalho para fazer, mas assim que eu tiver você será o primeiro a saber. – respondeu a loira. Então as quatro mulheres e o menino escutaram uma gargalhada e olharam para Eugenia que ria sem parar.

— Vocês estão todas enroladas com esse rapazinho aqui. – disse ela assim que conseguiu para de rir.

— E como estamos Bah... – comentou Emma, olhou para Henry e depois para Regina que sorria feliz com a felicidade do filho – E bem enrolada... – murmurou por fim.

— Bom, acho que está na hora do jantar, não? – disse Regina antes que seu filho colocasse todas novamente em outra enrascada, mas ela havia percebido os olhares de Emma e fingiu que não estava percebendo no momento.

— Sim! – respondeu Kathryn e Henry ao mesmo tempo.

— Emma e Ruby, vocês não querem jantar com a gente? – convidou o menino.

Ruby olhou para Emma surpresa, esperando a loira falar algo – Ah Henry, nós adoraríamos, mas nós ainda nem tomamos banho... E também não queremos nos intrometer no jantar de vocês.

Em seguida os olhos do menino se entristeceram, e aquilo cortou o coração das mulheres ali – Senhorita Swan e senhorita Lucas, por favor, aceitem jantar conosco. – pediu Regina, pois não queria ver o filho triste, mesmo que aquela tensão entre Emma e ela estava grande o bastante e poderia ser cortada com uma faca. Nenhuma das duas ainda havia tocado no assunto da noite anterior, e muito provavelmente não o faria naquele momento. Tanto Ruby quanto Kathryn perceberam também, e acharam que naquele momento tocar no assunto do pub não seria uma boa ideia. Elas deixariam as duas protagonistas da noite conversarem primeiro para então tocarem no assunto. Apesar da tensão entra Emma e Regina ter aumentado com esse encontro casual.

— Mas senhorita Mills, estamos sujas do dia de trabalho aqui na fazenda... – tentou argumentar a loira – E cheirando a cavalo...

— Não nos importamos! – foi a vez de Kathryn se pronunciar, recebendo um olhar surpreso da amiga.

— Vocês não estarão se intrometendo em nada... – acrescentou Regina depois de uma breve pausa do comentário da amiga.

— Por favor! – foi a vez de Henry pedir e fazer uma carinha que era impossível negar alguma coisa. Ah garoto é jogo sujo isso! pensou Emma ao vê-lo. Isso Henry, esse é meu afilhado! comemorou mentalmente Kathryn ao perceber que as duas mulheres estavam quase aceitando ficar para jantar.

Emma soltou um suspiro e olhou para sua amiga também derrotada – Tudo bem, nós aceitamos jantar com vocês.

— Eba! – comemorou o menino – Bah, eu posso colocar mais pratos na mesa? Emma você irá se sentar do meu lado... – começou ele pegando mais dois pratos da senhora para colocar na mesa – E a tia Ruby irá sentar do lado da tia Katy. – terminou indo para a sala de jantar terminar de arrumar os pratos E o Henry brinca de cupido! soltou Kathryn Adoro!

— Senhorita Mills, me desculpe... – começou a loira, mas foi interrompida pela morena.

— Não precisa se desculpar senhorita Swan... – disse ela – Na realidade sou eu que peço desculpas, meu filho muitas vezes é impulsivo, como a mãe, com alguém que ele gosta muito. – sorriu ao final. Droga não faça isso morena, esse seu sorriso me derrete e meu estômago se revira de um lado a outro.

— Realmente ele saiu a mãe nesse quesito. – comentou Kathryn alfinetando.

— Não terá mesmo problema, nós não tomamos banho ainda. – disse Ruby.

— Nenhum... – respondeu a morena.

— Adoro esse cheiro natural... – comentou Kathryn olhando sem pudor para Ruby – Ele provoca um instinto selvagem, quase primitivo... – murmurou alto o suficiente para todas ali escutarem e fazer com que Emma e Ruby se ruborizassem, e Eugenia olhasse surpresa assim como Regina e Kathryn olhasse com segundas intenções para a morena de mechas vermelhas. Nossa que é tiro para tudo quanto é lado! pensou Ruby.

— Pronto! – disse Henry quebrando o clima ao voltar para a cozinha – Os lugares estão arrumados, podemos jantar agora?

— Claro! – todas responderam ao mesmo tempo.

— Deixa que eu te ajudo Bah... – disse Emma se aproximando da senhora para pegar as vasilhas com a comida para colocar a mesa.

— Eu também vó... – disse Ruby para quebrar aquela tensão sexual instaurada depois do comentário da loira amiga de Regina.

— Nada disso! – falou a senhora autoritária e querendo mais era ver o circo pegar fogo, pois George havia passado a tarde com ela e havia comentado como fora a noite das quatro mulheres que haviam se encontrado no pub da cidade – Vocês todos vão para a mesa, que eu coloco as vasilhas com a comida... E nem pensem em discordar.

— Vem Emma... – disse Henry pegando a mão da loira e a levando para sala de jantar – Vamos mamãe... – falou assim que passou do lado a mãe e pegou na mão da morena também – Vamos tia Ruby e tia Katy.

Assim que Ruby passou por Katy para se sentar no lugar indicado pelo garoto, a loira fez uma respiração profunda – Acho que posso me acostumar com esse cheiro... – murmurou deixando a morena com a face mais vermelha que um pimentão.

— Emma, você senta aqui. – disse Henry ao se sentar na cadeira, ele deixou Emma entre ele e sua mãe que estava sentada a ponta.

No começo o silêncio veio a calhar, mas agora que estavam todos jantando, ele estava começando a incomodar, até Henry que geralmente ficaria falando como uma maritaca estava mais quieto. Apenas olhares eram torçados enquanto o silêncio reinava no local. Aquela sensação no estômago que não passava tanto em Regina quanto em Emma, e vez ou outra elas se pegavam olhando para os lábios da outra mulher pensando em como teria sido o beijo caso tivesse acontecido.

— Senhorita Swan... – Kathryn quebrou o silêncio e as mulheres a agradeceram mentalmente – Eu queria me desculpar...

Emma a olhou surpresa – Pelo que? – perguntou assim que limpou os lábios no guardanapo.

— Bem... – disse Kathryn envergonhada – Queria me desculpar pela forma como a tratei assim que eu cheguei aqui na fazenda sexta... Sei que eu não fui educada, e você não merecia isso... Eu apenas estava ainda sobrecarregada e um pouco irriatada, pois havia acabado de pegar um caso e já havia discutido sobre isso, e acabei descontando em você que não tinha nada a ver... – explicou a loira – Então, por isso eu quero muito me desculpar.

— Tudo bem, senhorita Midas, essas coisas acontecem. – respondeu Emma – Eu também não fui lá uma pessoa muito educada também... Não deveria ter respondido daquele jeito, mas as vezes sou impulsiva quando me tratam daquela forma... – fez uma pausa – Eu gostaria que você aceitasse minhas desculpas pela forma grosseira que lhe respondi.

Kathryn soltou uma longa respiração – Acho então que estamos quites. – sorriu sincera.

— Sim, e sem mágoas? – brincou a loira sorrindo sincera.

— Sim, sem mágoas! – concordou Kathryn.

— Viu mamãe, agora a tia Katy é amiga da Emma também! – comentou ele todo feliz – E você tia Ruby, você também é amiga da minha tia Katy?

— Eu queria até ser mais que isso. – veio o comentário inesperado, fazendo as três mulheres engasgarem com o que tinha na boca.

— Ruby! – exclamou Emma. Ai vai começar a sessão de tiros da morena, se segura loira que essa daí tem muita munição.

— Ué, não deixa de ser verdade... – comentou como se não fosse importante – Mas sim, acho que sua tia Katy e eu somos amigas. – sorriu malandramente para a loira ao seu lado, que retribuiu o sorriso.

— Oba, agora somos todos amigos! – exclamou ele feliz.

— Eu só não entendi uma coisa? – perguntou Emma com uma mão no queixo e um olhar concentrado Meus botões da Eugenia, me segura se não pulo nessa loira tentação! pensou Regina Ai vai começar tudo outra vez Regina, seu cérebro comentou enfadonho, admite logo que você gosta dessa loira tentação e acaba logo com isso. Não! Eu não gosto! E você cérebro, não comece, por favor!

— O que você não entendeu? – perguntou o menino confusão olhando para a loira ao seu lado.

— Você chama a senhorita Midas de tia Katy, e agora chama a Ruby de tia... – começou ela – E eu você apenas me chama pelo meu nome, por quê?

Ele começou a rir – Ai Emma como você é boba, é mais que ob-obi... – ele começou a ter dificuldade na pronuncia.

— Óbvio Henry... – ajudou Regina sorrindo amavelmente.

— Isso! É mais que ob-obi-óbvio... – saiu com certa dificuldade – Eu chamo elas de tia porque além de serem minhas amigas elas são minhas tias... – fez uma pausa – E você eu só chamo de Emma, porque claro além de ser minha amiga, você é muito mais que minha tia, e não acho que combinaria com você te chamar de tia Emma. – terminou ele.

— Ela está mais para quase uma mãe do que tia... – comentou Ruby baixo para que Henry não escutasse, mas alto o suficiente para que as quatro mulheres escutasse, fazendo tanto Emma, mas principalmente Regina ficarem mais vermelhas que a roupa do Papai Noel. Ruby, segura a metralhadora!

— Concordo plenamente com isso. – comentou Kathryn sorrindo com o comentário da morena ao seu lado Acho que nós duas iremos nos dar muito bem! pensou a loira.

— Então Senhorita Lucas, me diz, qual o seu trabalho aqui na fazenda? – perguntou Kathryn, mesmo já sabendo, mas ela queria mudar o foco do assunto.

— Me chame de Ruby... – pediu a morena com um piscar de olho - Eu sou a veterinária chefe aqui da fazenda... – respondeu assim que terminou de beber um gole da água – Sou responsável pela saúde de todos os animais, e também coordeno dois estagiários e três técnicos em veterinária, fora a supervisão no veterinário da equipe de equitação.

— Nossa! – disse a loira, ela estava surpresa pelo tanto que a morena fazia na fazenda – E você Emma, você não se importa que a chame de Emma? – a outra loira negou com a cabeça – O que você faz além de domar animais ariscos? – perguntou Kathryn dando um olhar safado para sua amiga.

— Eu administro a fazenda, mas creio que isso você já deva saber também... – riu travessa a loira, fazendo Regina voltar a ficar vermelha e Kathryn gargalhar.

— Ah sim, realmente eu já sabia... – comentou a loira divertida – Onde vocês fizeram faculdade?

— Eu cursei aqui na Universidade do Maine. – respondeu Ruby.

Emma soltou um longo suspiro – Eu acabei por não fazer uma...

— Por quê? – foi Regina quem perguntou curiosa agora.

— Junção de vários fatores. – fez uma pausa – Quando estava tudo certo para eu ingressar na Universidade de Nova Iorque, minha mãe faleceu... – os olhos de Regina e Kathryn se arregalaram, pois Emma teve a oportunidade de fazer uma das melhores universidades do país, mas logo se entristeceram pela notícia.

— Oh eu sinto muito... – falou Regina com seus olhos tristes, pois sabia o que Emma passou, pois ela mesma estava passando por aquilo – Se você não quiser continuar tudo bem.

— Não tem problema, já faz bastante tempo que isso aconteceu... – soltou uma respiração longa – Praticamente logo depois desse infeliz acontecimento, meu pai ficou muito doente, impossibilitando novamente minha ida para a faculdade... O que tenho são vários cursos técnicos em administração. – fez uma pausa – Se a senhorita Mills quiser ver os certificados, estão todos em casa. – ofereceu.

— Não preciso vê-los... – respondeu Regina – Eu confio em você! – sorriu singelamente, fazendo a loira também sorrir por um breve momento.

— Por que você não tenta fazer uma faculdade agora? – quis saber Kathryn.

— Ah! Meu tempo já passou... – respondeu Emma sem entusiasmo – Deixe para os jovens que tem sonhos para realizar ainda. – brincou a loira.

— E vocês? – perguntou Ruby mudando o foco das perguntas, pois ela sabia que sua amiga não se arrependia das escolhas feitas, mas aquele era um assunto delicado mesmo depois de tantos anos, pois trazia muitas lembranças dolorosas.

— Nós somos formadas em direito... – respondeu Kathryn – Mesma turma na faculdade, mas eu me especializei em direito familiar enquanto Regina se especializou em direito administrativo.

— Nossa! – agora foi a vez de Ruby ficar surpresa, assim como Emma.

— E você Henry, o que vai querer ser quando crescer? – perguntou Emma ao perceber que o menino estava sendo deixado de lado na conversa. Aquele gesto não passou despercebido por Regina que timidamente abriu um pequeno sorriso Nunca que Robin perguntaria algo desse tipo, ou muito menos o incluiria numa conversa considerada adulta! alfinetou a mente de Regina.

Henry abriu um imenso sorriso – Eu quero ser como você, Emma, e como a minha mãe! – respondeu todo feliz.

— Acho que você não fará um bom negócio, garoto. – riu a loira juntamente com as outras três mulheres.

— O que você quer dizer com isso? – interrompeu Ruby, curiosíssima.

— Tia Ruby, eu quero ser advogado como minha mãe, minha tia Katy e como meu avô, e quero ser amigo de cavalos com a Emma. – respondeu ele simples.

— Só não deixe sua avó Cora ouvir que você quer ser advogado. – comentou Kathryn marota, e recebeu um olhar curioso da morena com mechas vermelhas – Cora é arquiteta e sempre que pode coloca ideias sobre arquitetura na cabeça do meu afilhado.

— Vocês são de Boston, mesmo? – perguntou Ruby mais curiosa do que nunca.

— Na realidade eu nasci aqui em Storybrooke. – respondeu Regina, fazendo todos ali arregalarem os olhos surpresos – O que?

— Você nunca me contou sobre isso. – disse Kathryn – Eu achava que você era de Boston.

— Ah Katy, você nunca me perguntou. – riu a morena – Eu nasci aqui, mas não tinha nem um mês quando meus pais se mudaram para Boston.

— Ah entendi. – comentou a loira, mas um pouco irritada consigo mesma por nunca ter perguntado isso a amiga – Eu sou de São Francisco.

Os olhos de Ruby se arregalaram novamente – Sério? – perguntou ela animada.

— Sim, por quê? – quis saber Kathryn.

— Porque eu também sou daquele lado do país. – respondeu Ruby – Eu sou de Seatle, mas vim morar aqui com minha avó, que sempre foi daqui de Storybrooke, quando meus pais morreram em um acidente. – e a morena já levantou a mão impedindo das duas mulheres se desculparem.

— E você Emma? – quis saber Henry já mais envolvido na conversa.

— Na realidade eu não sei onde nasci, mas eu me considero de Boston... – começou ela, mas fora interrompida pelo menino.

— Como assim?

— Eu fui deixada na porta de um orfanato em Boston, não tinha dois meses de vida. – respondeu ela – Sem um bilhete e sem nada para me identificar ou alguma pista de onde eu tinha vindo. - aquela informação caiu como uma bomba tanto em Kathryn, mas principalmente em Regina.

— Então nós somos da mesma cidade! – comentou Henry todo feliz – Eu também nasci em Boston. – os dois fizeram um high Five em comemoração.

— Que mundo pequeno... – comentou Kathryn sorrindo – Pessoas tão distintas e de lugares diferentes, acabando por se reunir em uma cidade minúscula do Maine. – ela terminou e tirando risadas das quatro mulheres adultas.

Como essa mudança de clima, a conversa se prolongou por um pouco mais de tempo, mas sempre tentando manter o clima agradável, com risos fáceis e um pouco mais elas se conhecendo melhor. Aquilo foi até que Henry começou a bocejar mostrando que estava ficando com sono.

— Bom, hora de um certo rapazinho dormir. – comentou Regina vendo seu filho quase caindo de sono.

— Vamos, que já está na nossa hora também. – Emma comentou aproveitando a deixa dada por Henry.

— Regina, deixa que eu levo Henry para cima, já que amanhã eu vou embora logo cedo. – pediu Kathryn e já foi pegando o menino no colo que não mostrou resistência, pois estava morto de sono – Quero aproveitar mais do meu afilhado.

— Vamos sim, Emma. – disse Ruby voltando da cozinha onde havia deixado toda a louça da janta.

Kathryn olhou para Ruby – Vamos combinar algo na próxima vez que eu voltar...

— Claro. – respondeu Ruby imediatamente – Com muita certeza!

— Até qualquer dia. – se despediu a loira e saiu com o menino no colo.

— Loirão, te espero lá fora. – disse Ruby mais que depressa – Até mais senhorita Mills.

— Senhorita Mills... – comentou Emma assim que restavam apenas as duas mulheres na sala de jantar – Eu sei o que você está passando... – Regina apenas ergueu uma sobrancelha curiosa – Com relação a perda de seu pai, o senhor Henry... Eu só quero dizer que se precisar de qualquer coisa, e eu digo qualquer coisa mesmo, você pode contar comigo... – fez uma pausa e ficou olhando para Regina que concordou com um aceno de cabeça e as borboletas no estômago das duas mulheres estavam agitadíssimas – Sei que não temos uma relação ainda muito amigável a esse ponto, mas o senhor Henry foi como um segundo pai para mim, então no que eu puder ajudá-la, estarei a disposição.

Aquelas palavras aqueceram o coração de Regina, ela ainda não teve tempo de parar para pensar no acontecido, o trabalho naquela semana a havia distraído desses pensamentos, mas sabia que uma hora ela precisaria encarar esse fato – Eu agradeço de coração, senhorita Swan.

— Muito obrigada pelo convite do jantar... – agradeceu Emma olhando fixa nos castanhos olhos a sua frente – Tenha uma boa noite! – se despediu.

— Você também, senhorita Swan, tenha uma boa noite. – falou Regina também olhando profundamente naquelas íris verdes, e ficaram assim por alguns segundos até Emma quebrar o contato visual e se virar para sair da sala, como assim Regina também o fez.

 


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Notas finais do capítulo

Maior capítulo que já escrevi, pois acabou saindo um pouco fora do controle, mas eu precisava fechar o arco do fim de semana kkkkk E tivemos de tudo um pouco como diria a Eugenia, tivemos reflexões sobre o que aconteceu na noite do pub, momentos fofuras, e uma conversa sem maiores problemas ou troca de farpas...

No próximo capítulo correrei um pouquinho o tempo e vamos pular para o próximo fds o/ e vamos agitar mais ainda a vida das nossas duas mulheres preferidas na história huhuhu E tentarei postá-lo no meio da semana! ;)

Nos próximos capítulo provavelmente não serão tão extensos como esses dois últimos, talvez fiquem na média dos outros... Eu sei que quanto maior o capítulo, maior a nossa alegria, pois eu também sou uma leitora que adora capítulo grandes, mas tem momentos que não dá para deixá-los tão grandes!

Ah, provavelmente teremos o desenvolvimento da história de Kathryn com Ruby também huhuhuhu Mas elas com certeza será menos complicada kkkkk

Até a próxima!!