Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 102
Capítulo 102 - Gasparzinho!


Notas iniciais do capítulo

Pessoas linda do meu coração estou de volta!!

Agradecendo a todos os comentários, favoritos e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!!

Boa leitura e divirtam-se!



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Um limpar de garganta fez Emilie soltar a morena – Regina, quanto tempo mulher. – disse com as mãos ainda nos braços da advogada.

Regina sorriu – Sim, bastante. – concordou Regina tire as mãos dela de você, senão a sua loira terá surto! É o que vou fazer mente! — Deixe-me lhe apresentar... – falou aproveitando para sair do agarre da médica, indo procurar abrigo ao lado de sua loira As únicas mãos que quero em mim são as da minha loira gostosa e arrasa quarteirão! — Emilie essa é Emma, minha esposa. – apresentou Entendeu? Mas vou desenhar! — Meu amor essa é Emilie, ela foi a minha obstetra em Boston quando estava grávida de Henry.

— Oh! – a médica murmurou, então estendeu a mão para a loira – Prazer, Emilie De Ravin.

Ainda com cara de poucos amigos para a médica, e muito a contragosto a loira retribuiu o aperto de mão – Emma Swan-Mills. – enfatizou o sobrenome Ouça bem! Swan-MILLS sua perua atirada!

Para não piorar a situação, Regina se escondeu debaixo do abraço de sua esposa – Mas o que aconteceu para você vir parar aqui na cidade? – quis saber a morena sendo protegida pelo abraço acolhedor de sua loira Sim minha loira, marque território! — Achei que estivesse em Boston ainda.

Emilie deu uma pequena risada – Nada, faz tempo que deixei Boston. – respondeu – Eu recebi uma proposta de emprego na costa oeste e fui trabalhar lá, mais especificamente em San Diego... Linda a cidade, ganhava mais, mas também não tinha mais tempo para nada na minha vida. Então cansada de tudo e todos, principalmente dos meus casos poucos amorosos, porém falidos, mandei tudo para o espaço e aceitei a proposta de vir trabalhar em uma cidade do interior do estado. – explicou.

— Está um pouco longe da costa oeste, não? – perguntou Emma ainda com a cara fechada Deveria ter ficado em San Diego! — Você está praticamente na costa leste, é uma mudança e tanto. – disse então sentiu a mão de Regina em suas costas subindo e descendo, fazendo carinho no intuito de mostrar que não precisava agir daquele jeito Ah morena é involuntário esse meu jeito ciumento! Enquanto a outra mão estava sobre seu abdômen.

Emilie sorriu – Sim, uma mudança e tanto, mas espero que dessa vez eu encontre um pouco de tranquilidade. – respondeu e já mudou o foco da conversa percebendo o que clima não muito agradável – Mas e você Regina, casada? Pensei que seu filho fosse produção independente. Achava também que ainda estivesse em Boston. – soltou um riso – Henry deve estar grande agora.

— Eu deixei Boston não faz muito tempo. – foi o que respondeu omitindo os detalhes Que ela não precisa saber agora! — Sim, Henry está grande, algumas semanas atrás ele completou seis anos. – sorriu amorosamente com a lembrança da festa e a felicidade do menino Quero fazer uma festa assim tanto para Jú quanto para Tom! — Na época foi produção independente, agora não mais. – olhou para sua esposa e abriu um sorriso apaixonado Pois agora sou completamente dependente de Emma!

— Se eu soubesse que gostava de mulher, talvez pudesse ter insistido na época. – piscou brincalhona a médica.

— Agora é tarde, pois a minha morena está casada, temos três filhos e mais um a caminho. – soltou Emma trazendo Regina para mais perto de si, cortando qualquer tipo de investida que a médica poderia dar Sai de cima urubu! Vá voar em outros céus! Xô!

Os olhos de Emilie se abriram surpresos – Três? – questionou – E mais um a caminho?

Agora o sorriso de Regina era orgulhoso – Sim, meus três anjinhos. – colocou a mão sobre seu ventre – O quarto anjinho está a caminho.

— Você será a minha paciente então. – comentou a médica com um sorriso amigável nos lábios. O cenho de Emma franziu mais ainda Será que podemos ir para Boston procurar por outro obstetra?

Regina assentiu com a cabeça – Temos uma consulta marcada para sexta agora. – fez uma pausa – Mas eu achava que você só gostasse de homens, pois na época que estava grávida de Henry você estava namorando um jovem engenheiro, não?

Outra risada – Naquela época sim, estava namorando o Charlie, bom homem... E esse era o problema, certinho demais. – brincou – Mas não ligo muito para o invólucro... – disse, deixando Regina confusa – Homem ou mulher... – explicou, Regina apenas fez um breve meneio entendendo – Eu me apaixono pelo conteúdo da pessoa. Pela beleza de sua alma. – então abriu um sorriso travesso – Não importando de onde venha o prazer, contanto que ele venha. – piscou mais uma vez Deveria ter ficado namorando o seu boy certinho em vez de ficar dando em cima da minha morena, que por sinal é uma mulher casada e muito bem casada comigo!

Então outro limpar de garganta tirou a atenção das mulheres – Senhorita De Ravin, creio que você estava me procurando. – disse Josh finalmente achando melhor interromper a conversa delas Obrigada doutor pela interrupção! Emma! Ah mente, é verdade, se não tivesse interrompido nem sei o rumo que essa conversa levaria!

— Ah sim, verdade. – ela respondeu olhando para o colega de trabalho – Eu preciso de sua ajuda com algumas burocracias do hospital. Algumas papeladas internas que não sei nem por onde começar a preencher.

Josh olhou em seu relógio no punho – Bom, tenho uma hora de intervalo agora, se quiser posso ajudá-la. – ofereceu.

— Eu agradeceria muito. – disse a médica sorrindo abertamente.

— Morena, está na nossa hora. – disse Emma, aproveitando a oportunidade, olhando para sua esposa que assentiu com um aceno de cabeça – Doutores até mais.

— Até sexta Regina. – disse Emilie, enquanto Emma ainda mantinha o cenho fechado Por mim procuraria outro obstetra, ou mesmo pediria a Josh para ser o médico da minha morena! Regina apenas sorriu e sem dizerem nada as duas começaram a caminha para fora do hospital, enquanto os dois médicos tomavam o rumo da sala da obstetra.

Quando Josh percebeu que as duas mulheres já não estavam mais no campo de visão deles, e que estavam longe o suficiente para não ser ouvido, aproveitou a oportunidade – Doutora De Ravin...

— Emilie, por favor. – pediu a médica interrompendo – Vamos deixar as formalidades para as horas devidas... Vamos ser colegas de trabalho, então acho que não precisamos ser formais. Nos veremos mais que a nossa própria família, bom no seu caso. – riu.

Josh soltou um suspiro – Tudo bem. – concordou por fim – Emilie, eu sei que é nova aqui e não quero me intrometer, porém espero que você aceite o que irei falar mais como um conselho do que qualquer outra coisa...

— Sobre minhas brincadeiras com Regina? – interrompeu a mulher soltando um pequeno riso – Não se preocupe, não atiçarei mais o ciúme da loira... – olhou para o colega de trabalho, que estava surpreso – Sim, eu percebi o ciúme. Sexta quando elas vierem aqui para a consulta eu conversarei com elas.

— Não me entenda mal, Emilie... – Josh tentou novamente.

— Josh, sem problema, eu entendi. – comentou Emilie sorrindo assim que entraram na sala da mulher – Sem ressentimentos. – piscou para o homem – Bom, como faço para preencher toda essa papelada interna? – pediu mudando o assunto.

O homem apenas soltou mais um suspiro e esperando que a nova colega realmente tenha entendido – Vamos ver... – disse pegando os papéis e correndo os olhos sobre o mesmo, então começou a explicar as coisas.

—SQ-

O silêncio era evidente na caminhada das duas mulheres na direção da pick-up. Regina soltou uma longa respiração Preciso esclarecer as coisas e vai ser agora! Sem dizer nada, acabou puxando sua esposa pela mão que estava entrelaçada, na direção de um banco ali na praça.

— Para onde está me puxando? – perguntou Emma estranhando, mas acabou se deixando levar.

Regina apenas sorriu – Vamos nos sentar aqui um momento, sim? – pediu assim que se aproximaram do banco. Sem esperar por uma resposta, a morena sentou e olhou para sua esposa fazer o mesmo.

Emma apenas olhou sua esposa, por fim acabou se sentando também – Por que estamos sentadas aqui? – perguntou segundos depois que nada fora dito.

— Porque eu quero deixar claro que você é a única mulher da minha vida e nada irá mudar isso. – respondeu Regina, então fez um sinal para que Emma a deixasse falar Escute bem minha loira! — Eu sei que você ficou com ciúme quando Emilie me abraçou e ficou jogando seu charme para cima de mim.

— Muito atirada ela isso sim. – resmungou Emma ainda morta de ciúme com a atitude da médica Mulher desaforada aquela! — Sem falar que foi antiético.

Regina ergueu sua mão, a depositando no rosto de sua esposa, a fazendo que a olhasse Meu amor! — Minha loira, que é só minha. – disse que os olhos verdes se fixaram nos castanhos da advogada Quero me afogar toda vez quando olho nessa imensidão verde! — Eu nunca tive nada com ela e nem quis ter, e muito menos quero ter agora ou futuramente. – deixou claro Emma vamos estamos construindo juntas uma família linda! — Apesar das atitudes de hoje, a doutora De Ravin é uma excelente obstetra. Durante a gravidez de Henry ela sempre me tratou com todo respeito e ética possível. Então não precisa ficar com todo esse ciúme. – pediu.

Emma soltou uma longa respiração se acalmando, deixando o ciúme passar Droga! Ciúme besta! — Eu sei que não precisava reagir daquele jeito, mas muitas vezes é involuntário. – murmurou um pouco de insegurança presente em seu tom Tenho medo de te perder para outra pessoa! Emma, acorde! A Regina não irá te abandonar como as outras já fizeram, entenda isso! Você mais que ninguém sabe que meu coração entende, quem não entende é você mente! Mas eu estou tentando entender, me dê um voto de confiança!! Regina abriu um mega sorriso para sua esposa assegurando que não precisa dessa insegurança Eu não irei fazer igual as outras e te abandonar Emma, eu seria uma pessoa sem coração se fizesse isso! Eu quero envelhecer ao seu lado!

— Eu sei. – confirmou Regina Eu sempre vou estar ao seu lado, minha vida! Eu sei que sua insegurança também involuntária, mas estou aqui para te ajudar a entender que não precisa ficar assim! Eu te amo mais que tudo! Não trocarei você e nossos filhos lindos por nada neste mundo! — Não sou muito diferente, quando olham com cobiça para você. Tanto que eu fiquei possessa quando aquele advogado chinfrim espichou os olhos para você. – sorriu mais uma vez Agora tenho vergonha dos meus atos que foram injustificados para com você, minha loira! — Por isso que fiz questão de sentarmos aqui e esclarecer todo esse assunto antes de irmos para casa. – olhou apaixonada para sua esposa – Estamos tudo bem?

A loira soltou um suspiro Sim morena, sempre estaremos bem quando conversamos! O que foi uma das nossas promessas quando começamos a namorar! — Irei dar uma chance para essa médica, mas se ela continuar dando em cima de você, eu vou procurar outro obstetra, por melhor do país que ela seja. – declarou, Regina apenas assentiu com a cabeça, enfim Emma abriu um sorriso – Sim, estamos tudo bem.

Regina sorriu mais ainda, se inclinou para depositar um beijo nos lábios de sua esposa – Eu te amo, Emma. – confessou – É com você que eu quero envelhecer e é ao seu lado que quero ver nossos muitos filhos crescerem, minha ciumentinha. – brincou depositando outro beijo nos lábios que tanto amava beijar Só minha!

— Muitos filhos, é? – disse Emma sorrindo dentro do beijo. Regina confirmou com um aceno de cabeça – Vamos deixar esse nascer primeiro para ver qual será a outra opção que tomaremos para termos mais filhos. – comentou dando um beijo mais apaixonado em sua esposa Porque sim, quero ter mais filhos com você, minha loira!

Um lindo sorriso adornava os lábios de Regina – Vamos para casa? – se levantou e estendeu a mão na direção de sua esposa.

— Só se for agora. – respondeu a loira aceitando a mão oferecida, entrelaçando seus dedos, e sem pressa as duas mulheres caminharam na direção da pick-up.

— Minha loira, você se importaria de passarmos no escritório antes de irmos para casa, preciso fazer umas pesquisas em alguns livros que estão lá. – respondeu Regina dando partida no veículo e o colocando em movimento.

Emma negou com a cabeça – Será que podemos passar depois no prédio que John fará o escritório dele? – perguntou – Eu estou curiosa para saber onde fica.

— Ótima ideia. – concordou Regina dirigindo para o escritório que ela compartilhava com Kathryn É tão bom ver o sorriso em seus lábios!

—SQ-

— Tudo bem David? Whale? – cumprimentou Emma assim que entrou no consultório de Ruby, juntamente com Regina. A mesa já estavam todos sentados a espera das duas mulheres – Rubs?

— Boa tarde pessoal. – cumprimentou Regina ao se sentar ao lado de Emma, assim completando o círculo.

Os três a mesa apenas sorriram em cumprimento – Está tudo bem. – respondeu David – Emma, antes de começamos a falar sobre a competição, quero informar e lhe entregar esse documento com o afastamento de Mary. – informou o loiro – Ela pode dar a luz a qualquer instante a partir de hoje.

— Tudo bem. – concordou a loira lendo o documento e depois o passando para Regina que também o leu.

— Você já tem em mente quem irá substituí-la nesse período que ela ficará afastada? – quis saber David – Nem tanto pela equipe, mas sim pelas aulas.

Emma suspirou Isso nem passou pela minha cabeça essa semana! — Para ser sincera ainda não pensei nisso, mas se você já tiver alguém em mente, entre em contato com a pessoa e peça para vir falar comigo. – pediu – Assim poderemos fazer todos os trâmites legais.

— Sim eu tenho alguém em mente, mais tarde ligarei e verei se está disponível. – respondeu David sorridente.

— Muito bem... – Emma assentiu abrindo seu notebook – Antes de tudo, perdoe o atraso para nos reunirmos, uma semana depois, mas a semana passada foi muita correria. – se desculpou e todos fizeram um meneio com a cabeça – Vamos começar a nossa reunião. – fez uma pequena pausa abrindo os arquivos que iria precisar – Como foram na competição? – quis saber.

David sorriu – No geral eles foram bem, destaque para Ana, a garota foi muito bem. – respondeu com orgulho de todos – Ela trabalhou nas dicas que você deu e nessa prova ela conseguiu o primeiro lugar.

Emma sorriu – Fico feliz em saber que a ajudei a melhorar sua técnica. – comentou – Eu ainda não posso fazer mais que algumas caminhadas, mas quando o médico me liberar para mais tarefas, eu irei ajudá-la em mais coisas, assim como Arthur.

— Sem problema Emma. – disse David.

— Whale como os cavalos foram na competição? – quis saber Ruby que também tinha um notebook aberto a sua frente também.

— No geral foram bem. – respondeu ele mexendo em seu celular, pois ali tinha tudo que iria precisar para a reunião – Só o cavalo de Lancelot apresentou um pouco mais de canseira que o normal, mas eu o examinei e acho que talvez seja o desgaste da viagem.

— Kristoff teve algum problema na viagem? – perguntou Regina preocupada.

— Não. Muito pelo contrário ele foi muito cuidadoso. – respondeu David – O rapaz leva jeito para o trabalho. Até ficou amigo da égua de Mérida, para o desespero da garota, que é pouca ciumenta com sua égua. – riu fazendo todos rirem, pois sabiam da fama da pequena ruiva de ciumenta com sua égua.

— Desgaste da viagem em si. – respondeu Whale – Aliada ao treinamento intensivo, sem falar que uma semana antes ele estava resfriado.

— Entendi. – comentou a morena aliviada.

— A medição do cavalo estava tudo dentro do regulamento, não? – agora foi Ruby que perguntou preocupada.

Whale concordou com um aceno de cabeça – Sim, nada fora do regulamento. – respondeu o outro veterinário – Inclusive entreguei um laudo médico para David entregar para os juízes da prova, caso eles achassem que seria necessário fazer algum exame antidoping no cavalo.

— Muito bom. – comentou Emma anotando o que Whale disse – Eles quiseram fazer o exame?

— Sim. – respondeu David entregando uma cópia do exame – Mas como a medicação e a dosagem estavam dentro do que estipula o regulamento não tivemos problemas.

Emma pegou a cópia e deu uma olhada antes de entregar para Ruby dar uma olhada também – Bom, então vamos aos detalhes de todas as provas de cada um. – pediu abrindo os arquivos de cada atleta. Ruby passou a cópia para Regina que deu uma olhada, apesar de não ter entendido muito, a deixou junto com o documento do afastamento de Mary. Ali passaram boa parte da tarde conversando e trocando informações sobre a competição e cada atleta, como sempre fazem depois de uma competição, e já projetando os futuros objetivos para a próxima competição que seria dali a três semanas em Waterville. Essa seria a competição de preparação para a principal em um mês que seria a de Indiana Será que poderemos ir junto em Indiana? Será muito divertido levar Tom e Jú para conhecerem uma competição de cavalos! Henry iria ao delírio! Com certeza mente, ele vive querendo saber quando iremos todos a uma competição novamente! Se o caso do Blanchard não se estender, acho que dará tempo de ir na competição em Indiana! Com certeza!

—SQ-

— Mães! – exclamou Júlia feliz ao ver suas duas mães ali paradas em frente a escola, a espera deles. Henry e Tom soltaram as mãos da irmã para saírem correndo na direção das duas mulheres – Que legal que vocês vieram de novo buscar a gente.

— É! – concordou Thomaz sorrindo abraçado a cintura da mãe morena, sorrindo docemente.

— Vocês vão vir sempre buscar a gente agora? – perguntou Henry segurando a mão da sua mãe loira.

— Ainda não. – respondeu Regina olhando para seu filho do meio – Alguns dias o vovô ou a vovó virá buscá-los. – fez uma pausa – Sua mãe loira ainda não pode ficar se mexendo muito. Tudo bem com o vovô ou a vovó ainda vir buscá-los alguns dias? – quis saber Mas logo voltaremos a nossa rotina de vir buscá-los todos os dias! Até você ficar com um barrigão e não puder mais ficar andando de um lado a outro! Ainda terei alguns meses até lá!

— Sim. É divertido quando o vovô ou a vovó vem buscar. – respondeu Júlia sorrindo enquanto estava segurando a outra mão de Emma. Eles já estavam caminhando sem pressa na direção da pick-up.

— É! – comentou Thomaz – O vovô nos leva para tomar sorvete. – soltou.

— Tom! – exclamaram Júlia e Henry ao mesmo tempo. Emma e Regina apenas olharam surpresas Acho que descobrimos alguma coisa sem querer morena! — Era segredo! – falou Júlia.

— O vovô disse que não era para contar senão nossas mães ficariam bravas com a gente e com ele. – falou Henry em tom de segredo. Imediatamente Thomaz levou sua mão livre a sua boca como se não tivesse dito nada.

— Ah o vovô leva vocês para tomar sorvete, é? – disse Emma olhando travessamente para sua esposa e então fingiu olhar brava para os filhos Vamos ver o que mais eles estão escondendo!

As três crianças tinham o olhar de culpa por terem escondido aquele segredo – O vovô falou que não teria problema a gente tomar sorvete. – confessou o menino mais novo Posso abraçá-lo e não soltar mais? Se componha Regina que vocês tem que mostrar a importância de não esconder nada de suas mães!

— Não teria problema se vocês não ficassem sabendo. – completou Júlia também com o olhar de culpa. Regina olhou para sua esposa, que entendeu. Quando eles chegaram perto do veículo Emma se agachou para ficar na altura dos filhos, assim como Regina.

— Vocês vão ficar bravas com a gente, não é? – perguntou Júlia receosa.

Emma sorriu para a filha – Não vamos ficar bravas com vocês. – começou – Mas esconder as coisas de nós não é legal. – completou Depois eu cuido do velho George!

— Entendemos que era um segredo de vocês com os seus avós... – continuou Regina – Mas imagina se fosse uma coisa mais séria e com uma pessoa que não conhecemos? – acrescentou Boa Regina, mostre que agir assim não é legal!

— Então pedimos para que não escondam as coisas da gente, tudo bem? – pediu Emma sorrindo – As vezes nós vamos ficar bravas com vocês, afinal vocês são crianças ainda e farão muita bagunça, mas isso não quer dizer que não amamos vocês, muito pelo contrário... – fez uma pausa – Nós ficamos bravas porque nos importamos com vocês, amamos vocês e só queremos o melhor para vocês.

— Entenderam? – quis saber Regina. Sorriu ao ver seus três filhos fazerem um meneio com a cabeça em afirmação.

— Sim. – responderam Henry e Júlia.

— É! – respondeu Thomaz sorrindo sapeca novamente.

Emma sorriu também Puxada de orelha feita, vamos para a melhor parte! — Agora mudando de assunto... Sabem por que viemos buscá-los hoje??

— Porque a Bah fez bolo de chocolate? – arriscou Thomaz olhando encantadoramente para a sua mãe loira Depois eu peço para Bah fazer bolo de chocolate para você pequeno garoto!

Emma soltou uma imensa gargalhada – Não meu devorador de bolo de chocolate. – brincou tocando a ponta do nariz do menino com o seu indicador – Viemos aqui para levá-lo para fazer a matrícula nas atividades que vocês querem fazer.

— Oba!! – disseram Júlia e Thomaz ao mesmo tempo. Henry olhou triste.

— O que foi meu príncipe? – quis saber Regina ao ver seu filho do meio não tão feliz assim O que será que aconteceu?

O menino soltou um suspiro longo – Com a mãe ainda machucada quem irá me ensinar a andar de cavalo? – quis saber Ah então é isso?

— Hey garoto... – Emma o chamou sorrindo – O médico me liberou para fazer mais algumas atividades, dentro delas estava lhe ensinar a cavalgar. – respondeu animando o filho. Regina apenas olhou para a loira em reprovação, mas Emma retribuiu o olhar Tudo bem morena! — Mas nós vamos devagar, pois como você disse, eu ainda estou machucada.

— Nós vamos poder continuar as aulas? – perguntou voltando a ficar feliz. Emma assentiu com a cabeça – Oba! – exclamou feliz Quero te ver sempre assim Henry, sorrindo feliz! Tanto você quanto seus irmãos, e claro, minha morena!

— Mas nós vamos devagar, tudo bem? – pediu. Henry apenas concordou com um aceno de cabeça – Bom, então vamos subir na pick-up que temos algumas inscrições para fazermos. – se levantou juntamente com sua esposa. Abriram as portas traseiras e viram seus filhos escalarem para entrar no veículo.

Regina apenas olhou amorosamente para sua esposa, que sorriu abertamente antes de entrarem cada uma em seu lugar na parte dianteira do veículo, com a advogada ainda na direção do mesmo. A morena deu a partida e foram na direção da biblioteca que ficava no caminho para a área esportiva da cidade aonde tinha os projetos com os desportos coletivos.

Como haviam dito eles passaram primeiro na biblioteca. As três crianças ficaram maravilhadas com o lugar, que apesar de pequeno para eles era imenso. Júlia e Henry caíram de amores pelo local. Enquanto Regina estava fazendo a inscrição da filha, Henry havia pedido se poderia participar do clube também. Regina concordou, mas a responsável falou que para Júlia, por ser mais velha as atividades seriam de duas a três vezes na semana, dependendo da semana. Já Henry, por ser mais novo era apenas uma vez na semana, mas com um pouco mais de duração que as atividades da irmã. A morena concordou e pegou os horários das atividades da semana que vem para seus dois filhos.

Uma vez dentro do veículo novamente, eles partiram na direção a área de lazer da cidade. Assim que chegaram os olhos de Thomaz brilharam felizes. Regina e Emma sorriram para a felicidade do filho mais novo. Os olhos de Júlia se abriram ao ver que havia um grupo de meninas que também estavam participando das atividades esportivas ali. Regina perguntou se ela queria participar, mas Júlia negou falando que aprender a andar de cavalo já era suficiente. Henry falou que havia gostado de ter brincado de football americano quando a família Rizzoli passou um tempo na fazenda, mas que agora não queria participar, talvez quando ficasse mais velho. Emma juntamente com Thomaz estava fazendo a inscrição do menino para o baseball, ainda perguntou se queria participar de mais alguma outra atividade e Thomaz respondeu que era football. Tudo acertado com os horários das atividades em mãos, a pequena família caminhou de volta para a pick-up. Thomaz iria participar das atividades duas vezes na semana cada uma, com turminhas da idade dele.

—SQ-

A primeira coisa que as crianças fizeram foi contar para o pessoal da fazenda que agora eles iriam participar das atividades que foram inscritos. Eles estavam sentados a mesa conversando tranquilamente enquanto esperavam o jantar ficar pronto.

— Ai minha loira estonteante, não vejo a hora de colocarmos nosso baby em alguma atividade. – comentou Ruby apaixonada com os relatos dos sobrinhos.

— Eu também, mas acho que isso irá demorar um pouquinho. – sorriu para a empolgação da esposa.

— Não se adotarmos uma criança na idade deles. – comentou Ruby como se fosse a coisa mais óbvia desse mundo. Os olhos de Kathryn se arregalaram com a ideia – Tudo bem, eu sei que fui precipitada, acho que estou contagiada com o vírus da família Swan-Mills que é doida o suficiente para ter um baby a caminho e ainda três crianças pequenas. – falou.

Kathryn ficou algum tempo pensativa – Sabe que essa ideia é boa. – por fim falou – Mas será que podemos esperar o julgamento do divórcio de Glinda? – pediu – Pois assim terei mais tempo para fazermos a coisas necessárias.

— Sério que você achou a minha ideia boa? – perguntou Ruby incrédula.

— Minha morena rebelde, eu quero muitos filhos com você. – disse – Claro que nunca iremos superar aquelas duas coelhas. – brincou – Mas sim, eu achei sua ideia ótima.

Sem dizer mais nada Ruby abraçou sua esposa, dando um beijo em sua bochecha – Tudo bem, eu espero o julgamento do Leopold passar, mas podemos ir conversando melhor sobre isso, não?

— Claro. – respondeu a loira sorrindo enquanto fazia um carinho nos cabelos castanhos mesclados com vermelhos – Suas mechas vermelhas estão sumindo. – comentou.

Ruby soltou um suspiro – Eu sei, mas por causa da gravidez estou proibida de pintar as pontas dos cabelos, pois é prejudicial ao baby.

Kathryn sorriu – Tudo bem, quando você puder voltar a pintar eu te ajudo. – salpicou um selinho nos lábios de sua esposa – Pois eu acho um charme essas mechas vermelhas.

— Por meus botões que logo ganharei mais bisnetos. – comentou Eugenia toda feliz enquanto terminava o jantar. John havia se oferecido para ajudar no preparo, já que ele queria fazer um prato que era sua a especialidade. Steak com molho barbecue. Sua filha sempre lambia os beiços toda vez que ele fazia quando ela ia visitá-lo.

— Quem sabe vovó. – comentou Ruby sorrindo feliz.

— Por falar nisso, tenho um assunto muito importante a tratar com você vovô George. – comentou Emma olhando seriamente para seu pai. O homem apenas arregalou os olhos Rá! Hora da verdade!

— Do que se trata? – perguntou receoso o pai da loira.

— Regina e eu ficamos sabendo de algo muito interessante hoje. – disse Emma em tom sério fingido agora. Seu pai apenas a olhava esperando que continuasse Olha como se pega alguém culpado! — Um certo segredinho...

Mais uma vez os olhos de seu pai se arregalaram – Olha, eu posso explicar. – já se adiantou em sua defesa – Quem resiste aos olhares pidões dos três?

Emma não se aguentou e soltou uma gargalhada da cara de seu pai Pego no ato! — Calma pai, você não está indo para o tribunal. – disse quando se recuperou do ataque de riso. George apenas cruzou os braços na altura do peito e fechou a cara feito uma criança birrenta. Aquilo fez mais gargalhada serem ouvidas.

— Não teve graça. – resmungou ele em um fingido ressentimento.

Emma se levantou e foi abraçar seu pai – Ah meu pai, só porque você já é velhinho não vai ficar de fora das minhas travessuras. – comentou dando um beijo no rosto dele – Mas agora falando seio... – se soltou do seu pai e voltou para seu lugar – Não nos importamos que as crianças tomem sorvete, mas não escondam de mim ou Regina que vocês irão fazer depois da escola, ainda mais agora que as crianças estão com atividades.

George soltou um suspiro – Tudo bem! Sem mais segredos de agora em diante. – concordou.

— Sim, sem mais segredos. – repetiu Cora, pois ela também estava inclusa nesse segredo. Emma e Regina sorriram, a conversa continuou enquanto jantavam. John recebeu muitos elogios pelos seus steaks, porém recebeu uma puxada de orelha de Eugenia pela bagunça que havia deixado sua cozinha. O pai de Kathryn prometeu que iria limpar todo o local.  

—SQ-

Kathryn e Ruby já haviam se recolhido ao quarto, uma vez que Ruby havia voltado a ficar indisposta por causa dos enjoos. John aproveitou para se recolher também, claro que depois de deixar a cozinha de Eugenia brilhando. Ele levantaria cedo para continuar a reforma no escritório. Bah havia feito mais um pouco daquele chá tanto para Ruby quanto para Regina. Os avós também já haviam se retirado para suas casas.

Regina e Emma haviam acabado de colocar Thomaz para dormir, e antes fora Henry. Agora só faltava a filha. Regina bateu levemente na porta, mesmo estando aberta, pois sabia que a menina estava acordada esperando o boa noite das mães.

Júlia apenas sorriu ao ver as duas mulheres paradas a porta. Em suas mãos estava a carteirinha do clube de leitura que havia feito a inscrição mais cedo no dia. Ela iria servir para a menina pegar livros da biblioteca também – Vejo que você gostou mesmo do clube de leitura. – comentou Regina ao se sentar de um lado da cama e Emma do outro Nunca vi Jú tão empolgada com algo que não fosse o vídeo game!

A menina apenas sorriu e assentiu com a cabeça, segundos depois seus olhos marejaram – O que foi, minha pequena morena? – quis saber Emma fazendo um carinho nas madeixas castanhas da menina Por que dessa tristeza repentina? Júlia apenas negou com a cabeça tentando limpar inutilmente as lágrimas que agora desciam pelas bochechas – Júlia, o que foi? Isso não é nada.

— Você não precisa ter medo de nos contar. – disse Regina também ajudando a limpar as lágrimas que desciam uma atrás da outra Não nos exclua! Nos deixe ajudá-la! — Não importa o que seja, nós estamos aqui para lhe ajudar minha doce menina. – a advogada abriu um sorriso encorajador para a filha.

— Não é nada. – murmurou a menina deixando mais lágrimas caírem, enquanto seus olhos estavam fixos na carteirinha em suas mãos. Sua visão turvada pelas lágrimas Elas vão ficar bravas comigo!

Sem pressa e com muito carinho, Emma colocou sua mão debaixo do queixo da menina, erguendo seu rosto para os olhos castanhos da menina encarasse os seus verdes – Jú... – começou quando teve a atenção da filha – Se não fosse nada, você não estaria chorando... – depositou um beijo nos cabelos – Nos conte o que está lhe deixando assim. – pediu em um murmuro Acho que tenho ideia do porque ela está chorando!

A menina pensou por alguns segundos então inspirou o ar para soltá-lo longamente em seguida, como se o ato desse coragem para o que ela iria falar Mas eu preciso colocar isso para fora, mesmo que elas fiquem bravas! — É sobre a minha primeira mãe... – finalmente soltou em um tom baixo, fechando os olhos esperando que as duas mulheres fosse brigar com ela por causa disso.

Emma olhou para Regina Sabia que era isso! as duas apenas soltaram uma respiração triste não por Júlia ter essas lembranças, mas sim pelo medo que a menina estava sentindo em confessar aquilo para elas – O que tem sua primeira mãe? – a loira perguntou amavelmente, incentivando sua filha a falar.

— As vezes... – uma lágrima desceu e Regina a limpou carinhosamente – As vezes eu me lembro dela... – mais lágrimas desceram por sua bochecha fazendo com que Emma também ajudasse em limpá-las Isso minha corajosa garota, continue que está indo bem! — Não lembro de muita coisa... – agora foi Júlia que tirou seu rosto da mão de sua mãe loira e limpou o rosto com o dorso de sua mão que relutantemente soltou a carteirinha do clube de leitura – Mas a última coisa que lembro dela antes de ficar doente foi me inscrever no clube de leitura perto de onde morávamos... – soltou uma fungada – Eu fui poucas vezes, porque logo ela ficou doente e não tinha como me levar mais, então ela piorou e foi para o hospital. – se calou e deixou as lágrimas caírem Ah minha criança! Isso ponha para fora toda essa tristeza que estamos aqui para segurá-la! Imediatamente a menina sentiu dois pares de braços a abraçando fortemente – Então só lembro de ir para o orfanato junto com Tom. – falou depois de alguns minutos em silêncio – Disseram que aquela seria a nossa nova casa até alguém nos adotar, já que a minha primeira mãe não poderia mais morar com a gente, porque ela tinha morrido. – continuou com lágrimas descendo sem empecilho.

— Ah minha doce menina. - disse Regina deixando as lágrimas rolarem por seu rosto, salpicou vários beijos nos cabelos castanhos Nós nunca iremos te abandonar! Estamos aqui para ser a nova família de vocês! — Se isso lhe trouxer tristeza Jú, nós podemos cancelar sua inscrição no clube de leitura. – sugeriu Não quero você triste com uma coisa que era para ser alegria!

Veementemente a menina negou com a cabeça – Não! – respondeu firmemente – Eu quero participar do clube.

— Você tem certeza? – perguntou Emma olhando para a filha Não queremos lhe obrigar a participar de alo que lhe trará lembranças triste!

A menina concordou com a cabeça – Sim. Eu gostei da biblioteca daqui. Que quero participar do clube de leitura.

— Tudo bem. – consentiu Emma – Mas se você não quiser é só falar conosco, certo?

Júlia mais uma vez assentiu com a cabeça, então soltou um longo suspiro – Vocês vão ficar bravas comigo? – quis saber deixando mais lágrimas descerem por suas bochechas Por favor, não fiquem bravas comigo!

— Porque ficaríamos bravas com você? – quis saber Emma fazendo carinhos nos cabelos da filha. Elas ainda estavam abraçadas.

Júlia acabou se desvencilhando do abraço, limpando as lágrimas que ainda escorriam por sua face – Por eu contar a sobre a minha primeira mãe.

Tanto Emma quanto Regina sorriram amorosamente para a filha – Meu amor, claro que não. – foi a morena que respondeu – Não temos porque ficarmos brava. Nem temos esse direito, ela veio antes de nós. – continuou – Ela foi a sua mãe, a que te trouxe a vida. Nunca ficaríamos bravas por isso.

— Muito pelo contrário, temos que agradecer por ela ter existido. – disse Emma fazendo mais carinhos nos cabelos da filha. Aquela constatação fez a menina olhar para sua mãe loira, curiosa, ainda com os olhos vermelhos devido ao choro. A loira sorriu – Se ela não tivesse existido, nem você e nem o Tom estariam vivos, e também não teriam entrado em nossas vidas para nunca mais sair. – depositou um beijo nos cabelos – Então só temos que agradecer por isso.

Júlia fechou os olhos deixando mais lágrimas descerem por seu rosto – Eu estava com tanto medo de vocês ficarem bravas comigo por causa disso. – confessou em um murmuro – Eu não controlo essas lembranças... – disse ainda com receio – Quando percebo já estou lembrando, mas eu acabo me sentindo culpada por lembrar da minha primeira mãe com duas mães tão maravilhosas como vocês que tenho agora... Não quero magoar vocês com isso, mas também não quero me esquecer da minha primeira mãe.

— E nem deve se esquecer dela, Jú. – disse Emma, seus olhos vermelhos por causa do choro também Nunca devemos nos esquecer das pessoas queridas que fizeram parte de nossa vida! — Ela faz parte de você, do que você é, e nunca deve ser esquecida.

— Você não precisa se sentir culpada por causa disso. – acrescentou Regina – Muito pelo contrário, tem que se sentir feliz por ter um pedacinho dela viva dentro de você. – sorriu amavelmente Assim como nós todos temos um pedacinho de alguém, dentro de nós, que já não está mais aqui! Sua mão foi direto para o rosto da filha limpar os traços das lágrimas que desciam – Emma e eu queremos que você saiba que quando quiser conversar sobre a sua primeira mãe sempre estaremos aqui para escutá-la.

— Você promete que se quiser conversar conosco, você irá nos procurar? – perguntou a loira olhando diretamente para a filha. Júlia soltou um suspiro longo se acalmando, passou mais uma vez o dorso de sua mão em seu rosto para limpar os vestígios que ficaram das últimas lágrimas que desceram pelo mesmo.

— Sim, prometo. – concordou a menina. Regina e Emma sorriram e a abraçaram mais uma vez fortemente Ah minha pequena morena, quanto doçura cabe em você?

— Nós te amamos minha filha. – disse Regina depositando um beijo nos cabelos da menina Não mude esse seu jeito doce nunca, minha doce menina! Mesmo quando a vida lhe for dura, nunca perca isso!

— Te amamos muito, nunca se esqueça disso. – completou a loira também dando um beijo nos cabelos castanhos da filha.

— Eu também amo vocês, mães. – disse a menina sorrindo pela primeira vez. Então olhou fixamente para as duas mulheres – Sei que sou um pouco grande, mas será que eu poderia dormir com vocês essa noite? – pediu envergonhada.

— Claro que pode. – disse Regina ao soltar sua filha e ficando de pé – Então vamos que a cama está nos esperando. – sorriu feliz.

— Não esqueça o seu leopardo. – disse Emma ao se levantar e estender a mão para a filha, que deixou a carteirinha sobre a mesinha ao lado da cama com cuidado, imediatamente agarrou seu leopardo, se levantou rapidamente e segurou a mão de sua mãe loira. Emma sorriu para a filha, e assim foram para o quarto das duas mulheres mais velhas.

Júlia se deitou no meio da cama, com uma mãe de cada lado. Ela abriu um sorriso de satisfação – A minha cama é macia, mas a cama de vocês sempre é mais macia. – disse assim que sentiu Emma puxando as cobertas sobre elas.

— A cama de mãe sempre será melhor que a nossa própria, não importa a idade que tenha. – respondeu Regina sorrindo e depositando um beijo na bochecha enquanto Emma também a beijou no mesmo tempo – Boa noite minha doce menina.

— Boa noite minha pequena morena. – falou Emma sorrindo ao ver a menina se agarrar a ela com um braço livre e o outro fortemente abraçado em sua pelúcia de leopardo. Deixando a pelúcia entre seus corpos Minha doce e pequena morena! Obrigada por confiar em nós!

— Boa noite, mães. – disse Júlia fechando os olhos ao sentir as carícias de sua mãe morena em seus cabelos. Regina sorriu para sua filha, então depois sorriu para sua esposa, que retribuiu o sorriso. Não resistindo a morena se inclinou para depositar um leve selinho de boa noite. Emma apagou a luz do abajur ao seu lado da cama e deixou o sono tomar contar.

Fora sua rotina noturna habitual, Thomaz se levantou para ir ao banheiro e quando estava voltando viu que sua irmã não estava no quarto, em pânico ele foi ao quarto de suas mães para avisá-las, então viu Júlia dormindo entre as duas mulheres. Ele abriu um sorriso, foi rapidamente ao seu quarto pegar sua pelúcia de leão e voltou. Com cuidado, ele escalou a cama pelo pé, e se deitou entre a irmã e a sua mãe morena. Mas o que? brevemente Regina acordou de seu sono ao sentir mais um peso em sua cama, depois sorriu ao ver uma cabeleira loira ao seu lado. Sorriu depositando um beijo nos fio loiros do filho e voltando ao seu sono envolvendo o menino em um abraço carinhoso.

Henry virava de um lado a outro não conseguindo dormir direito. Sonolentamente ele se levantou com um braço agarrado a sua pelúcia de cavalo que havia ganhado de Emma, seus passos eram receosos. Entrou vagarosamente no quarto de suas mães, a sua mão livre esfregando o olho com sono. Parou a beira da cama do lado em que Emma dormia, esperando que ela acordasse.

Ao se virar para o lado de fora da cama, Emma brevemente abriu os olhos e viu Henry ali parado com cara de choro – O que foi, garoto? – perguntou tentando se concentrar com seu cérebro todo disperso pelo sono – Sonho ruim? – deduziu ao ver o estado do menino. Henry apenas assentiu com a cabeça. Emma se moveu um pouquinho para o meio da cama, sem acordar Júlia que já estava agarrada ao irmão mais novo que estava agarrado a Regina ainda Mas que hora Tom veio para a cama que eu não vi? Não importa, agora só falta o Henry para completar a cama! Essa cama irá ficar pequena quando o bebê nascer! Não tem problema mente, compramos uma maior para caber todos os nós nela!­— Vem aqui. – chamou roucamente levantando o lençol. Henry não precisou de um segundo convite, imediatamente ele escalou a cama e se deitou no espaço que a loira indicou.

Os fortes braços de Emma envolveram o filho do meio em um abraço carinhoso. Henry escondeu seu rosto no peito da loira, enquanto seu cavalo de pelúcia ficou entre eles – Melhor agora? – perguntou ao menino, que apenas assentiu com a cabeça. Ela depositou um beijo nos cabelos castanhos – Boa noite. – desejou e deixou mais uma vez o sono tomar conta.

Regina bateu a mão no alarme como de costume, então se deitou de costas erguendo os braços acima da cabeça para se espreguiçar. Olhou para seu lado direito e seus olhos se arregalaram ao ver que seus três filhos estavam entre Emma e ela. Um imenso sorriso se abriu em seus lábios. Ela se lembrava de como Júlia havia ido parar ali, tinha uma vaga lembrança do como Tom havia chegado a sua cama, mas não tinha nenhuma lembrança de como Henry se juntara a eles Mas esses meninos são muito sapeca mesmo!

Lentamente Emma foi abrindo os olhos, pois ela também havia escutado o despertado. Quando virou seu rosto para sua esquerda viu o imenso sorriso de sua esposa olhando para seus três filhos nomeio da cama – Bom dia morena. – murmurou roucamente com a voz de sono. Então seu cenho franziu – Como Henry foi parar aqui no meio, se ele estava desse lado quando veio para cá?

— Henry se movimenta muito em seu sono. Ele mesmo não percebe. Deve ter passado por cima de você enquanto dormia. – deduziu a morena – Hora de acordá-los para se trocarem, que hoje ainda tem escola.

Elas começaram a acordar os filhos, que manhosamente se esconderam debaixo das cobertas – Morena, acho que teremos que usar a nossa tática infalível para acordar as crianças. – disse, em seguida escutaram risos Adoro quando eles estão rindo sem preocupação nenhuma!

— Eu também acho Emma, afinal essas crianças estão difíceis de acordar hoje. – concordou Regina sorrindo travessamente Amo momentos assim! Quero mais momentos assim! — Como faremos? Você ou eu que puxa a coberta?

Emma riu das risadas das crianças – Acho que podemos puxar as duas ao mesmo tempo, então atacá-los com muitas cócegas. O que me diz? – piscou para a esposa Bagunça!!

A morena soltou uma risada – Acho perfeito! – respondeu, mas antes que elas pudessem tirar as cobertas, a mesma se elevou com as três crianças ficando em pé.

— Sem cócegas! – exclamou Júlia sorrindo abertamente. Em seus olhos se podia ainda ver um leve inchaço devido ao choro, mas eles brilhavam felizes. Thomaz tinha um sorriso sapeca nos lábios e Henry olhava ansioso para a guerra de cócegas que estava para acontecer.

— Hum... Não sei ainda, o que você acha morena? – quis saber Emma olhando brincalhona para sua esposa. Ela era mais uma criança junto as outras três.

— Acho um desperdício não usarmos nossa tática infalível. – comentou Regina em um fingido contragosto, olhando para sua loira.

— Eu também acho isso. – falou Emma e sem dar chances para seus filhos reagirem, ela os atacou com cócegas, juntamente com Regina Morena, podemos ter muitos momentos assim até quando estivermos velhinhas? As crianças sem opção acabaram se deitando na cama enquanto eram bombardeadas com cócegas das duas mulheres. Quando as crianças finalmente conseguiram se livrar dos dois pares de mãos que atacavam impiedosamente seus pontos fracos, foi a vez do revide. Emma e Regina receberam o contra-ataque, e ficaram assim durante alguns minutos. Era troca de cócegas entre eles Emma, me promete que termos muitos momentos assim em nossa vida? Risos enchiam o quarto delas, sem perceberem, Lola acompanhada dos filhotes entraram no quarto quando escutaram as vozes de todos acordados e no segundo seguinte estavam todos sobre a cama latindo felizes e dando lambidas nos rostos das crianças e das duas mulheres.

— Ok Lola! – disse Emma tentando fazer a cachorra parar, mas ela mais ria que outra coisa. Imediatamente seus olhos se alargaram ao ver Regina levantar rapidamente da cama e correr na direção do banheiro – Tudo bem crianças, chega de bagunça. – pediu a loira seriamente. Pedido esse que as crianças prontamente atenderam, então ela olhou para sua filha – Jú, você ajuda seus irmãos a se trocar, por favor, que eu já estou indo?

— Sim. – respondeu a menina com um aceno de cabeça – A mamãe está bem? – quis saber ao se levantar.

Emma sorriu para a filha – Sim, é apenas o enjoo matinal por causa do bebê. – respondeu indo na direção do banheiro Espero que seja somente isso!

— Vamos Tom e Henry. – chamou Júlia – Vamos nos trocar e descer para o café. – caminhou assim que viu seus irmãos a acompanhando.

— Vem Lola! – chamou Tom.

— Vem cachorrada. – chamou Henry quando cruzaram a porta. Emma sorriu e abriu a porta do banheiro e se deparou com sua esposa ajoelhada no vaso e colocando tudo para fora mais uma vez. A loira se abaixou ao lado de sua morena, segurando o seu cabelo para que não sujasse. Ficou ali até Regina terminar.

— Quer tomar um banho? – perguntou Emma quando Regina finalmente se recompôs.

— Sim. – respondeu juntamente com um aceno de cabeça.

— Vem que eu te ajudo. – falou a loira tirando suas roupas, enquanto Regina fazia o mesmo. Minutos depois estavam as duas debaixo do chuveiro.

Emma e Regina foram as últimas a entrar na cozinha. Viram seus filhos trocados e sentados a mesa tomando o café – Bom dia. – cumprimentaram enquanto Regina se sentava e Emma ia para perto do fogão. Elas receberam um bom dia de volta.

— Mãe, eu acabei pedindo ajuda para a vovó Cora porque você acabou demorando muito. – Júlia explicou.

Emma sorriu para a filha – Desculpa pela demora, eu acabei ajudando sua mamãe que ainda não estava bem, mas agora ela está melhor. – a menina apenas sorriu em resposta – Obrigada Cora. – agradeceu olhando para sua sogra.

— Sem problema, foi divertido ajudá-los. – comentou sorrindo – Jú me falou que você havia ido atrás de Regina no banheiro por causa do enjoo. – respondeu a mulher – E cada um me contou a guerra que vocês fizeram na cama hoje cedo. – terminou tomando um gole de café.

— Foi uma bagunça só, que até os cachorros entraram na brincadeira. – disse a loira sorrindo sapecamente Ai como quero mais momentos assim, claro que sem os enjoos da minha morena, mas isso mostra que ela está grávida e logo teremos mais um para participar da guerra de cócegas!

George riu – Você precisava ver o reboliço que os cachorros fizeram quando escutaram vocês dando risada no quarto, saíram em disparada que até pararam de comer. – informou o homem rindo.

Emma soltou uma gargalhada – Queria ter visto. – comentou, então olhou para Eugenia aos e lembrar de sua esposa – Bah, o que você coloca naquele chá que faz para ajudar a melhorar do enjoo? – perguntou interessada Preciso cuidar da minha morena! — Queria aprender a fazer para quando você não estiver aqui e Regina precisar.

Eugenia sorriu – Vem aqui que eu te ensino. – falou. Kathryn que havia escutado o pedido de Emma acabou se levantado e indo para perto das duas.

— Também quero aprender. Afinal os enjoos de Ruby estão bem mais frequentes também. – falou a advogada parando ao lado de Emma. Eugenia abriu mais um pouco o sorriso.

— Geralmente eu faço a proporção para duas xícaras, pois se fizer muito ele fica ruim depois de algumas horas. – começou Eugenia explicando todo o procedimento e deixado as duas loiras fazerem o chá para suas morenas. Elas que da mesa apenas sorriam na direção do fogão Tirei a sorte grande! Pensaram Regina e Ruby ao mesmo tempo.

O café da manhã ocorreu tranquilamente com muita conversa, muita comilança como sempre. No momento o café tanto de Ruby quanto de Regina havia sido uma caneca bem grande daquele chá para o enjoo, mas com a promessa que assim que se sentissem melhores comeriam algo para não ficar de estômago vazio. George se prontificou em levar os netos para a escola, já que Regina ainda estava indisposta e Emma ainda não podia dirigir. John e Cora se despediram de todos e rumaram para o escritório para continuar a reforma. A arquiteta fora junto a pedido do amigo que queria alguns conselhos. Kathryn havia decidido ficar em casa também e trabalhar no caso de Leopold, enquanto Regina trabalhava no caso de Blanchard. Emma havia ido com Ruby trabalhar, pois hoje a veterinária iria verificar os cavalos e a loira estava morrendo de saudades de ir para os estábulos, claro com a promessa que se sentisse indisposta voltariam imediatamente.

—SQ-

Assim o resto da semana foi passando. E como Lee havia dito, eles apareceram novamente na fazenda para continuarem traçando as melhores estratégias nos casos. Neal não havia se comportado do mesmo jeito como da primeira vez. Mas mesmo assim não foi privado de alguns olhares fulminantes de raiva por parte de Regina Ele merece! Eles resolveram tudo que precisava e que na semana seguinte apenas conversariam através de telefonemas.

 Finalmente sexta-feira havia chegado e as duas mulheres estavam indo para o hospital e finalmente teriam a consulta com a nova obstetra.

— Bom dia. – cumprimentou Emma e Regina a recepcionista do hospital.

— Bom dia, em que posso ajudá-las? – perguntou com um sorriso cordial nos lábios Ainda temos a oportunidade de virar as costas e sair correndo pela porta! Muito adulta a sua atitude Emma! Ah mente, não quero ver aquela atrevida dar em cima da minha esposa novamente!

— Temos uma consulta marcada com a doutora De Ravin agora as dez. – respondeu Regina, ao mesmo tempo em que sua mão segurou a de sua esposa, cessando qualquer movimento contrário ou mesmo um comentário ácido Pode ficar aqui, minha loira! Prometo que se a médica avançar o sinal eu mesma vou procurar um obstetra em Boston!

A recepcionista acessou a agenda da médica – Tudo bem! É só aguardarem que a enfermeira já vem chamar. – informou. Regina e Emma agradeceram e foram se sentar Última chance de corrermos! Não demorou mais que cinco minutos quando a enfermeira veio chamá-las, as encaminhando para a consulta com a obstetra Caminho sem volta agora! Quer sossegar loira! Sua morena já disse que não quer nada com a médica atrevida! Eu sei, mas é o meu ciúme falando mais alto novamente!

— Doutora, sua paciente das dez acabou de chegar. – anunciou a enfermeira assim que bateu e logo em seguida abriu a porta.

— Por favor, peça para entrar. – falou a médica olhando alguns arquivos no computador. A enfermeira indicou para que as duas mulheres entrassem, fechando a porta atrás de si quando saiu do consultório.

— Queira se sentar, por favor. – pediu enquanto terminava de digitar algumas informações nos relatórios que estava preenchendo. Assim que terminou segundos depois voltou toda a sua atenção para as mulheres a sua frente. Um imenso sorriso se alargou em seus lábios – Regina! Que prazer vê-la novamente.

Regina apenas sorriu cordialmente, enquanto Emma voluntariamente fechava a cara para a alegria excessiva no cumprimento da médica para sua esposa Nem comece sua fantasminha nem um pouco camarada!

 


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Notas finais do capítulo

Ok, sei que posso estar fazendo uma confusão das grandes na cabeça de vocês com a nova obstetra kkkk Então vamos diminuir um pouco... Emilie de Ravin é a atriz que interpreta a personagem Belle. Então para não haver confusão, pensem na Belle (professora) quando aparecer como uma mulher morena (igual ao seriado), e na Emilie como uma mulher loira, com os cabelos pouco abaixo do queixo. Espero ter desfeito a confusão ;) Momento mais que fofo da família Swan-Mills levando as crianças para fazer as inscrições nas atividades fora da escola. Momento emoção com Júlia, afinal, Júlia sendo Júlia... E claro que terminando com aquela bagunça gostosa de todos... E vrá novamente frente a frente com a obstetra atirada kkkk Sim, fui má parando bem aí no capítulo!

Quanto a recuperação de Emma, eu estou acelerando o processo, pois estou agoniada de escrever a loira sem fazer nada kkkk Conheço gente que passou pela mesma cirurgia de retirada de útero, e as mulheres ficaram pelo menos três meses em casa sem poderem fazer muita coisa, e que aos pouco estavam voltaram a rotina. Sei que demora o processo de recuperação, mas queremos ação de Emma, que logo estará novinha em folha e de volta a sua rotina de trabalho :D

Pessoal, estou com uma ideia martelando a minha cabeça sobre uma nova história, mas ainda nada conclusivo ou que já esteja escrevendo, pois confesso que não dou conta de escrever duas histórias ao mesmo tempo. Também estou deixando claro que Storybrooke está um pouco longe de acabar ainda, pois tenho mais coisas para contar. Mas as vezes as ideias surgem e vão embora, mas essa veio e está martelando a minha cabeça (Além de uma outra que é segredo ainda hihi será um bônus, pois também preciso pensar certinho). A história aconteceria no universo da série, mas claro que com algumas modificações, com a temática de lobisomens, clãs e afins. Esclarecendo que isso é apenas uma ideia, e que como tal precisa ser trabalhar melhor... Então eu queria saber se caso a ideia vá para o papel se teria leitores para a história :D Me digam o que pensam sobre a ideia e claro do capítulo, por favor! (sei que já tem algumas histórias com essa temática, mas seria mais uma para acrescentar no acervo de histórias).

Ah sei que estou em falta sobre as sugestões dos nomes que vocês já me deram, eles estão todos anotados, e ultimamente minha vida está uma correria que só, atrapalhando a minha rotina de escrita. Quando a correria der uma acalmada eu prometo atualizar os nomes. Então sugestão de nomes e ideias para a história são bem-vindos, assim como críticas construtivas. Sei também que estão todos ansiosos pelos julgamentos, e confesso que esse será o meu maior desafio na história, espero não desapontá-los. Já estou pensando nas cenas nos tribunais.

Até a próxima!