Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 62
De curiosidade morreu o gato.


Notas iniciais do capítulo

LEIA ISSO:
Esse capítulo tem o mesmo conteúdo que o anterior, só que de outro ponto de vista e eu o acho fraquinho, mas tem mais coisinha que o da Lola. Espero que gostem.



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POV. Liam.

Ok. Umas palavras pra vocês: eu tava fudido. Acho que de todos os idiotas desse planeta, eu sou o maior e mais propenso a acidentes. No momento eu estava tomando um banho, tentando organizar um pouco meus pensamentos e vendo se eu tinha alguma chance com a garota que estava no quarto.

Eu já havia pisado na bola demais com a Lola, mas mesmo assim ela era a única garota que ocupava os meus pensamentos. Sério. Eu ainda achava incrível o fato dela odiar ajuda de qualquer pessoa e aturar a Flávia e a Clara todo o dia. Acho fofo quando ela fica emburrada ou quando ela cora com facilidade. É sem duvida, eu estava apaixonado.

Infelizmente as minhas burradas sucessivas, fizeram com que ela se irritasse e pra ganhar, pelo menos o perdão dela, eu preciso provar que não fiz nada com a Ashley. Sobre essa história, eu realmente não sei o que houve. Aquela noite é um branco total, não lembro de ter feito nada, mas parece que todo mundo lembra de eu ter feito alguma coisa.

Já estava em baixo d’água há um bom tempo, então desliguei o chuveiro e sai do box. Enxuguei o meu cabelo pra não ficar pingando e vesti uma roupa qualquer. Sai do quarto e as luzes estavam apagadas, caminhei sem fazer muito barulho, se a Lola estava dormindo não ia ser eu que a acordaria.

Cheguei perto de um espelho que tinha no quarto e larguei a toalha no chão do lado. Os cachos do meu cabelo estavam pra todos os lados, antes que eles secassem daquela forma e eu parecesse um maluco, os organizei colocando cada um no seu lugar. Quando estava arrumando os da frente, percebi que a Lola tinha se mexido levemente na cama. Virei-me e me deparei com aquelas duas íris castanhas.

- Dificuldades pra pegar no sono? – falei me sentando na beirada da cama do lado que ela tinha deixado pra mim.

Ela se levantou e sentou do meu lado, seu perfume invadiu minhas narinas me fazendo sorrir levemente, era ótimo ter ela pro perto novamente.

- Um pouco. – ela olhava pra frente evitando me olhar.

Admito que fiquei um pouco chateado, mas uma lembrança veio a minha mente. Será que eu ainda conseguia fazê-la sorrir?

- Eu me engano ou é a primeira vez que a Lola Lutz tem medo de algo? – soltei uma pequena risada.

Eu era péssimo.

- Sempre tive medo. – ela falava séria. – Mas não sei se é isso agora. – ela também estava insegura.

- Não vou deixar nada acontecer com você. – olhei pra ela com a esperança de ver os seus olhos, mas ela ainda olhava pra frente.

- Você não pode estar sempre do meu lado. – ela fechou os olhos.

Coloquei a mão delicadamente no seu queixo e virei seu rosto delicadamente pra mim.

- Vou fazer o possível, é uma promessa. – eu sabia a importância que ela dava para as promessas.

- Não prometa o que não pode cumprir. – ela lembrou sussurrando. – Preciso fazer uma pergunta. – ela falou levemente.

Assenti com a cabeça, avisando ela que podia prosseguir.

- Você vai sentir minha falta? Sabe, se tudo der errado... – sua voz era calma e pesarosa.

Eu não podia pensar se algo desse errado, era doloroso demais pensar em qualquer coisa que se relacionasse a isso.

– Lola, não vai dar nada errado e eu sempre vou te ter do meu lado. Se por acaso alguma coisa der errado, eu concerto. – eu precisava evitar que qualquer pensamento desse me atingisse.

- Você não vai sentir minha falta... – ela recomeçou aquele assunto.

Eu não podia deixá-la imaginar uma resposta. Obvio que eu sentiria a falta dela, era burrice pensar que não.

- Se você precisa tanto dessa resposta. – ela assentiu com a cabeça  – Obvio que vou, Lola. Eu sou um idiota, mas não sou burro. A única garota que consegue me fazer feliz, ir embora, vai ser a coisa mais dolorosa pra mim.

Muito dolorosa. Seria uma das piores situações pelas quais eu passaria, isso se passasse, se eu não acabasse com tudo isso no meio para não resolver o aperto que me daria.

- E você? – eu precisava fazer aquela pergunta, era uma resposta que eu precisava ter pra mim.

- Posso ser sincera? – ela abriu os olhos.

- Claro. – sorri fraco. Nunca pediria que ela mentisse pra mim, seja o que for.

- Liam, tu já me fez chorar demais, tu já me decepcionou inúmeras vezes, tu possivelmente já me traiu, tu já não acreditou em mim diversas vezes, - cada coisa que ela falava era uma facada em mim, eu já havia feito muita coisa pra ela - e agora tu me pergunta se eu vou sentir a tua falta? – fechei meus olhos já imaginando a resposta que ela me daria.

- É – murmurei ao perceber que ela não continuaria.

- Não vou sentir. – ela me encarou - Eu já estou sentindo. Eu ainda sou apaixonada e sinto falta de ter você do meu lado. Sinto falta de tudo que tem a ver com você.

Sorri fraco. Entenda era ótimo ouvir isso vindo dela, só que imagine como é saber que nada disso pode ser seu porque você é um estúpido e burro, que não se lembra das coisas que faz.

- Só que você não vai voltar pra mim até que eu prove que não sou culpado de tudo aquilo não é? – falei num muxoxo, lembrando do que ela tinha me falado anteriormente.  

- Quer saber, eu não ligo mais. – ela deu de ombros. – Preciso demais de você pra me importar com aquilo.

- Isso significa... – eu estava receoso, mas ao mesmo tempo, comecei a sorrir associando tudo que ela tinha falado.

- Significa que eu espero que você não seja idiota o bastante e tome uma atitude antes que eu tome por você. – respondeu sorrindo.

Eu não esperei ela respirar. Grudei os meus lábios nos dela, fazendo uma coisa que há tempo eu já queria fazer. Pedi passagem e ela não foi negada, logo nossas línguas já estavam juntas repetindo um jogo tão conhecido por ambas. Passei minhas mãos para as bases das suas costas e senti as suas nos meus cabelos. Uma coisa que eu aprendi depois de um tempo de convivência com a Lola, ela simplesmente é apaixonada por cachos.

Tomando cuidando para não interromper nada, fui a deitando com cuidado. Assim que ela já estava deitada e eu por cima tomando cuidado para não colocar meu peso sobre ela. Ela mordeu o meu lábio e eu ri de leve me afastando um pouco dela. Beijei a ponta do seu nariz e levei minha mão até a barra da sua blusa. Quando vi que ela tinha deixado puxei a sua blusa, passando a ponta dos meus dedos pela extensão da sua barriga.

Ela colocou as mãos nos meus ombros e fez força indicando que queria ficar por cima, a ajudei me virando. Ela tirou a minha camiseta e passou as unhas pelo meu ombro e abdômen. Ela deu um beijo no meu pescoço e nos desvirei. Passei os olhos pelo sutiã preto e levei minhas mãos até a barra da calça esperando qualquer reação dela. Ela não esboçou qualquer reação então tirei a mesma com calma enquanto ela mordia o lóbulo da minha orelha.

Depois que ela estava só de lingerie e eu apenas de boxer, levei minhas mãos até suas costas procurando o fecho do sutiã e franzindo a testa ao não encontrar nada.

- Sempre bobo. – ela falou rindo da minha cara.

Levou a sua mão até o vão dos seios e soltou o fecho frontal, sorrindo pra mim e voltando a colar seus lábios nos meus. Em poucos segundos já não havia mais roupas que nos atrapalhavam, e em menos segundos já não existia mais nada. Apenas nós dois em sintonia um com o outro.  

(...)

Eu já tinha acordado mas tava com preguiça pra abrir os olhos. Estiquei os braços e não encontrei a Lola na cama. Estranhei e me levantei sentando na cama. Abri os olhos e percebi que ela não tava no quarto e nem no banheiro porque não tinha barulho vindo de lá.

No entanto as cortinas estavam fechadas e um vento entrava balançando as cortinas. Levantei-me e fui até a cortina a empurrando pro lado e em seguida o vidro, Lola estava sentada no chão com os joelhos contra as pernas. Sentei do seu lado apenas usando a boxer que tinha pegado no caminho.

- Oi. – falei baixinho e sorrindo.

- Oi. – ela me respondeu, esboçando um sorriso.

- Você vem sempre aqui? – fiz graça pra ela.

Ela não respondeu, apenas revirou os olhos e empurrou de leve o meu ombro. Assim que ela fez isso, me lembrei de uma coisa que eu precisava perguntar pra ela.  

- E então? – deixei a mensagem subentendida.

- Então o que? – ela questionou erguendo uma sobrancelha muito sexy.  

- Lola, não me faça dizer com todas as palavras... – pedi, seria muito constrangedor fazer isso. Ia ser o cumulo.  

- Não faço a menor idéia do que você está falando, sério. – ela me olhou séria. Merda.

- Não vai rir de mim ok? – eu falei já prevendo a sua reação. Ela assentiu, obvio, não sabia do que se tratava ainda. – Eu ou James?

Ela começou a rir quando ouviu a pergunta. Fiz beiço. Ela tinha prometido e eu queria saber. Sabe né? Riu tanto que chegou a engasgar e tive que dar uns tapinhas nas costas dela e ela levantou os braços em seguida, admito que não entendi muito bem. Só que a Lola nunca foi normal.  

- Hey, você prometeu. – lembrei, ainda fazendo beiço.  

- Desculpa. – ela secou uma lágrima que tinha escorrido. – Não acredito, Liam, que você quer saber isso.

- Vai custar muito dizer? – perguntei curioso.

Ela ficou um tempo em silencio. Provavelmente pensando se ia falar ou não. Até que ela decidiu.

- Não. – ela negaceou depois de um tempo. – Você. – ela corou logo em seguida.  

- Sério? – fiquei espantado, era uma briga que eu já tava sabendo que ia perder– Pensei que ia ser difícil competir com a primeira vez.

Ela ficou mais vermelha, estava incrivelmente fofa com isso.

- Er... James não foi o meu primeiro. – comentou brevemente.

Fiquei levemente chocado com tudo aquilo, mas ela se levantou bem na hora e foi para o quarto. Levantei e fui atrás dela.

- É muita cara de pau, perguntar quem foi? – perguntei assim que entrei no quarto.

- É. – respondeu colocando tudo agilmente dentro da mochila. – Mas você já perguntou. – ela comentou.  

- Isso significa que eu ganho uma resposta? – ergui uma das sobrancelhas, mas ela ainda estava de costas pra mim.

Ficou em silencio e fui me aproximando dela. Era uma resposta que eu precisava, fato. A abracei por trás.

- Vamos lá, Lola. – disse próximo do seu ouvido, mordendo seu lóbulo da orelha.

Ela virou nos meus braços e ficou de frente pra mim. Encarou-me com o seu par de íris escuras e ficou me estudando por um tempo.

- Algum amigo de escola, um primo perdido, alguém do acampamento? – sugeri.

- Alguém do acampamento. – ela respondeu sorrindo.

Ótimo. Alguém que eu conheço.  

- Qual chalé? – perguntei, se íamos fazer na base da adivinhação...  

- 12. – respondeu dizendo o numero do meu chalé.

- Do meu chalé? – falei chocado.

Alguém que eu conheço e o filho da mãe ainda era meu irmão.

- É... – ela se desprendeu e foi até o banheiro.

Eu saí atrás dela. Cheguei no banheiro e ela estava prendendo o cabelo num rabo de cavalo.

- Muito difícil vestir uma roupa? – falou me olhando pelo espelho e eu sorri em resposta também pelo espelho, eu estava encostado no batente da porta.

- Fiquei extremamente curioso agora. – fui sincero, a encarando agora.

Ela se virou pra mim e se se encostou a pia, seu cabelo estava bem preso num rabo de cavalo e ela já estava toda vestida.

- Ótimo – falou sorrindo.  

Saiu do banheiro e pegou sua mochila na poltrona e a pendurou no ombro. Colocou o arco que ela tinha ganhado já dobrado no bolso e abriu a porta. Virou-se pra mim.

- Vou estar tomando café. Espero-te lá embaixo, tome um banho e se vista. – piscou e saiu caminhando.

Sem duvida essa garota ainda ia me enlouquecer durante um bom tempo. E sabe de uma coisa, eu estava feliz com isso. 


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