Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 31
Hefesto & Ares (inocentes)


Notas iniciais do capítulo

Eu vou continuar postando sempre nos sábados, até acabar esse inferno de provas, depois vou começar a postar pelo menos um capítulo durante a semana



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/72476/chapter/31

Fui com Miranda até o chalé, pensando em passar no dia seguinte no chalé de Dionísio e tirar o bilhete que deixara para o Liam.

 

O dia seguinte acordamos cedo, pelo menos eu e a Miranda sim, as gurias que tinham ido para missão também. A noticia que Molly tinha morrido, já havia chegado ao acampamento. Segundo uma outra menina, esta sendo filha de Íris, ela disse que um garoto chegara com um bilhete assinado pela Clara onde dizia isso. Além do endereço do acampamento.

 

Bati na porta do Chalé de Hades, e assim que a porta abriu levei uma “travesseirada” da Clara, que estava acordando “cedo” a contra gosto. No fim ela levantou e fomos até a casa grande. Seguidas pelas garotas.

 

Quíron estava sério sentado com uma cara de decepção. Hefesto estava do lado mas este estava normal como vimos um tempo antes nas forjas.

 

- Garotas. Sentem-se. – disse Quíron. – Acredito que já conhecem, Hefesto.

 

Assentimos sincronizadas.

 

- Então creio, que devemos esclarecer algumas coisas.

 

- Como? – eu estava boiando.

 

- Vamos do principio. Vocês acharam estes objetos como?

 

- Para que os meios se o que importa é o final? – disse a Clara.

 

- Simples srta. Wyrda. Os meios neste caso influenciam o final. – respondeu Quíron pacientemente.

 

- Ele disse que poderíamos ficar a vontade. Então andamos por um corredor, entramos numa sala e achamos isso. – disse Flávia apressadamente.

 

- Interessante, isto estava em cima da mesa? Ou em outro local visível? – perguntou Quíron.

 

- Não. – respondi – Arrombamos um fundo falso do armário.

 

- Certo, não posso culpar vocês, eu faria a mesma coisa. – isso me deu um susto. – Então, poderia nos contar o que são esses objetos? – se dirigiu a Hefesto.

 

- Garotas, isto é um pedido especial de Apollo e Ártemis. – começou Hefesto. – Na verdade era para ser uma surpresa, para mim a pessoa que roubou já destruiu dessa forma eu comecei a criar novos objetos. O de Ártemis já estava pronto tanto que contem a suas iniciais mas o de Apollo não fora forjado com bronze celestial. Creio que me colocaram como suspeito, mas não sou eu. Estava nas forjas e já provei isso com a TV Olimpo. – ele justificou.

 

Merda!

 

- Resumindo garotas, vocês partem em missão imediatamente, dessa vez serão apenas as seis. Recolham suas coisas e vão. – disse Quíron.

 

Ao sairmos da sala nos deparamos com o Sr. D. jogando pinoche com alguns campistas, a cena era cômica ele se irritava demais tentando explicar o jogo. Já os campistas se irritavam pelo fato de o Senhor D nunca acertar o nome deles.

 

Caminhei de volta para o meu chalé e o Paul estava lá.

 

- Hey garotinha! – ele exclamou – Voltou para casa!

 

- Estou saindo também. Não conclui a missão. – disse chateada.

 

Ele riu e saiu. Peguei a minha mochila e saí do chalé, a Miranda estava entrando enquanto eu saia. Minha vontade era de ficar no acampamento por mais um tempo e resolver esse assunto depois. Caminhei até a colina e sentei no chão. Sim. Estava emburrada e isso era minha birra.

 

Assim as outras cinco foram chegando e se sentando a minha volta.

 

- Sabemos que Hefesto não foi... – falei.

 

- Ele poderia estar mentindo? – sugeriu Miranda.

 

- Quíron deve ter checado todas as fontes. – respondeu Flávia. – Então, Ares? – assim como eu, ela tinha esperança que fosse ele.

 

- Ele não é o inocente que a profecia diz? – disse Angelina.

 

- Acredito que a profecia se refira a Hefesto... agora que o acusamos... – disse a Clara, eu sabia que milhares de coisas passavam por aquela cabecinha pequena.

 

- Por mais que eu adoraria culpar Ares, eu penso que ele já teria puxado a guerra para si e diria que era ele. Além de que ele faria a mesma coisa duas vezes depois de falhar a primeira? – comentei.

 

- Afrodite? – sugeriu Luiza, recebendo um olhar interrogativo da Flá. – Ainda não devolvemos a rosa dela.

 

- É verdade... Onde ela poderia estar? – perguntou Angel.

 

- Milhares de lugar. Vamos ver... Existe algum lugar que puxe toda a beleza em algum momento? – perguntei.

 

- Concurso de miss. – respondeu a Flávia com os olhos brilhando – Vamos! Não precisamos participar todas! Só as bonitas. – disse sorridente.

 

- Obrigada, pela informação. – disse irônica. – Mas onde vai haver um concurso de miss? – perguntei.

 

- Beeem. – lá vem bomba.

 

- O que foi Flávia? – disse a Clara impaciente.

 

- Vai rolar um concurso de Miss na cidade... tipo assim, Miss Teen... – disse devagar

 

- Não! – gemeu a Luiza.

 

(...)

 

Sim, estávamos em um ônibus, a caminho de Nova York. Local aonde eu iria até o New York Palace Hotel, onde aconteceria o tal concurso de Miss. Pegamos o ônibus da terceira idade que ia para um concurso de bingo! Ou seja, todos os velhos que não ouviam os números, mas queriam se provar autônomos para os filhos estavam dentro daquele ônibus. Estava gelado. Não se podia ligar o ar quente por que uma tinha alergia.

 

Eu mereço! Cara quando eu era católica (Acho que agora eu não sou mais, afinal onde eu me encontro... sabe um Deus só não existe) eu deveria ter jogado pedra na cruz só pode. O senhor do meu lado estava dormindo. Graças aos Deuses! Assim ele não me incomodava. Mas era hilário ver a senhora que sentava do lado da Clara puxando assunto com ela e dizendo que ela deveria usar mais roupas coloridas...

 

A Flávia sentou do lado de uma senhora, super estilosa. Ela usava jóias divinas e roupas da moda. As duas estavam conversando bem animadas. A Luiza estava dormindo. Isso me lembrou que eu não tinha idéia de quantos dias nos restavam, o tempo que acampamos parecia extremamente distante, e não sabia ao certo quanto tempo passara nas forjas. Então olhei para a senhora do banco de trás que batia com força no celular como se fosse uma televisão sem sinal e sinalizei o banco.

 

- Poderia? – perguntei. Ela assentiu em resposta, assim que troquei de banco. Olhei para o telefone. – Quer ajuda?

 

- Por favor, ele não quer ligar! – disse desesperada.

 

Apertei o botão em cima no telefone com aquela bolinha com um risco e o aparelho se iluminou, apareceu o símbolo da operadora e uma foto de fundo. Era um garoto loiro de olhos castanhos e uma menina ruiva de olhos acinzentados.  

 

- Meus netos. – ela falou.

 

- Legal – sorri para parecer simpática. – A senhora pode me dizer que dia é hoje? – perguntei tentando mudar de assunto.

 

- 14 de dezembro. – respondeu.

 

Fiz as contas mentalmente. Nos restava uma semana para achar os objetos e ir até o Empire States e devolver o que fora roubado.

 

- Obrigada. – agradeci.

 

- Sabe os meus netos? – ela puxou assunto.

 

- Sim? – era melhor eu responder.

 

- Não os vejo a um tempo. – se lamuriou – Meu filho se mudou para São Francisco. Agora fica difícil vê-los. Você deve saber...

 

- Devo? – perguntei um tanto curiosa.

 

- Sim é uma jovem. Vivem ligados nessa tecnologia – balançou o celular – Eu comprei essa porcaria só para falar com eles.

 

- A senhora é muito legal. – minha avó materna, acreditava que diversão em família era ela me dar coisas ou ver ela comprando. Nunca havíamos tido uma conversa produtiva. Nunca tive avô materno, ele morrera de infarto. Meu avô paterno era um pouco complicados, vocês sabem... e minha avó materna eu nunca vira nem soubera quem era.

 

- Que isso! Mas você esta viajando para quê? Visitar a família? – eu queria voltar para casa, quando ela falou isso foi o que me deu mais vontade. Então, decidira, passaria o Natal em casa, quer me queiram quer não...

 

- Não, sabe está acontecendo um concurso de Miss em Nova York. E minha amiga vai participar, meio que somos a equipe dela. Estou encarregada das fotos para o jornal da escola. – menti.

 

- Interessante. Você é uma boa garota. – comentou.

 

- Obrigada. – e assim o assunto se encerrou.

 

Não me perguntem, ela não me parecia familiar nem nada. Provavelmente era uma senhora com saudades dos netos que encontrou uma garota jovem, durante seu passeio de bingo mensal e se afeiçoou com ela.

 

(...)

 

Não demorou muito para que chagássemos a Nova York. A partida de bingo seria no Hotel Pennsylvania. Por volta de uns 40 minutos de caminhada até o nosso paradeiro. Por sorte era perto. Decidimos então que poderíamos caminhar até lá sem menores problemas. Pedimos um mapa na recepção do hotel e nos pomos a caminhar.

 

Assim que chegamos ao cruzamento com a sétima avenida, havia um restaurante mexicano. Era uma hora da tarde e eu estava realmente com fome. Depois de quase implorar nos pés da Flávia, que se negava a comer comida mexicana, para não sujar a roupa, entramos no bendito restaurante.

 

Um cara, que usava um sobreiro enorme veio nos atender assim que sentamos.

 

- Arriba! O que vão querer? – foi o “arriba” mais sem graça que eu já vi.

 

- Fagita! – pedi animada.

 

- Duas porções de Nachos. – disse a Luiza, pedindo para ela e a Miranda.

 

- Se eu pedir tacos quantos vem? – perguntou a Clara.

 

- Cinco. – respondeu.

 

- Hm... traz uma porção então, de MINI-TACOS! – foi especifica.

 

- Salada Mexicana. – disse a Flávia depois de encarar o cardápio.

- Nachos, também. – disse Angelina.

 

- Os pratos vêm com bebida. – ele disse recolhendo os cardápios. – Arriba! – disse desanimado de novo. 

 

Depois que ele saiu, puxei assunto com a Flávia que estava sentada na minha frente.

 

- Vai fazer o que no Natal? – perguntei.

 

- Er... desculpa Lola, mas tava pensando em ver a família... – ela falou.

 

- Estou pensando no mesmo, acho que não vai ter problema se eu dormir no sofá uns dias... – disse sorrindo. – Ainda são minha família, certo?

 

- Vocês fazem planos para o futuro, nem sabem se não vão ser as próximas a morrer... – disse a Clara tomando um gole de Coca.

 

Engasguei-me com a saliva. A Luiza que sentava do meu lado começou a dar tapas nas minhas costas.

 

- Como?! – disse exasperada.

 

- Calma! – levantou as mãos em sinal de rendição. – Brincadeira!

 

- Maluca. – murmurei.

 

- Eu ouvi isso!- ela disse.

 

Mostrei a língua para ela que revirou os olhos e negaceou com a cabeça. Os pratos eram enormes então comemos com uma demora razoável. Depois nos pusemos a caminhar, um pouco mais lentas do que antes por causa de comermos demais.

 

(...)

 

Demoramos duas horas para chegar ao maldito hotel, porém em fim conseguimos chegar. Eu estava ofegante com as pernas doloridas, quando chegamos à recepção e por sorte a Flávia tomou a frente para falar ela estava radiante.

 

- Oi, gostaríamos de um quarto sêxtuplo. – disse sorrindo, como se acabasse de pedir um filhote de cachorro.

 

- Vieram para o concurso? Só temos quartos no momento para o concurso. – ele falou.

 

- Certamente. – respondeu radiante.

 

- Ok. Srta. Cada concorrente pode ficar no quarto com dois convidados. – Ele queria dizer que deveriam ter duas concorrentes no nosso grupo.

 

- Oh! Sem problemas. – falou Flávia.

 

- Preencham essas fichas para o concurso. É preciso pagar cem dólares por concorrente. – explicou.

 

Depois de fichas devidamente preenchidas, dinheiro pago e chaves do hotel na mão subimos. Quase morri dentro daquele elevador que além de lerdo parava em cada andar, e mais gente subia me dando sensação de claustrofobia. Pior ainda que ficamos com os quartos no décimo primeiro andar, ou seja, não dava para subir de escada.

 

O elevador parou no décimo primeiro andar e eu sai dele como se fosse o estouro da boiada. Sentei encostada na parede e comecei a respirar.

 

- Alô, rainha do drama, podemos ir até o quarto? – zombou Clara.

 

Me levantei e segui ela, resmungando.

 

- ODEIO ELEVADOR! – falei.

 

Ela ri e continuou a caminhar olhando para o número nas portas. Até que parou repentinamente.

 

- É isso. 1103. Miranda, Luiza e Angelina. Miranda se prepare quem ira competir é você. – e entregou a chave.

 

Eu, ela e a Flávia, ficaríamos no 1104. O quarto da frente. Obviamente a Miss Beleza ia competir. A Clara achava fútil de mais e ela topou então não precisei ir. Nos ajeitamos, não tínhamos muitas bagagens, então não tínhamos como participar do concurso.

 

- Alguma idéia? – perguntei.

 

- Poderíamos... alugar uma roupa? – disse a Flávia.

 

- Ou, poderíamos achar Afrodite e nos mandar daqui? – sugeriu Clara.

- Ela deve ser jurada. – comentei. – Então só vamos vê-la na hora do concurso.

 

- Poha! Ninguém merece!

 

- A lavanderia! – exclamou Flá do nada – Simples, vamos pegar umas roupas na lavanderia do hotel, depois devolvemos...

 

- Obvio que não! – dissemos eu e a Clara em uníssono.

 

- Sim, por que não?

 

Exato, por que eu não disse não! Agora eu estava aqui, em baixo de um carrinho de lavanderia do hotel, com as duas, enquanto as outras três estão na piscina. Segundo a Flávia era melhor que nós fizéssemos a “operação”! Após um longo percurso por andares incluindo elevadores. Chegamos à lavanderia, por sorte elas só largaram o carrinho e saíram comentando o que deveriam jantar.

 

Saímos dali debaixo, e começamos a olhar em volta. Haviam vários vestidos de festa pendurados, todos com nomes e datas de entrega. Precisávamos de um vestido só para a primeira noite de concurso, que seria quando devolveríamos o broche a Afrodite.

 

Tinha um mini dourado. Era bonito e curto demais. A data de entrega era para amanhã, a primeira noite de concurso era hoje. Ele ficou perfeito na Flávia, até mais perfeito do que os outros ficariam, não deixamos ela experimentar os outros. Mas pegamos um outro para Miranda.

 

(...)

 

Uma hora para o concurso. As meninas estavam deslumbrantes, devo admitir que fizemos a melhor escolha ao optar pelas duas. Filhas dos deuses da beleza. Eu estava com um moletom e um jeans, com a câmera profissional da Miranda, uma das coisas que eu não pude impedi-la de trazer. Clara estava com um bloquinho e uma caneta. Sim, íamos bancar as repórteres do jornal da escola.

 

As meninas foram para o local onde as concorrentes deveriam ficar, Luiza e Angel foram para o local de onde as famílias assistiam tudo. Eu e a Clara nos aproximamos dos jurados. Lá estava ela, uma mulher incrivelmente bonita, loira de olhos castanhos, os cabelos compridos caindo em cachos e um vestido com um grande decote e uma fenda de um lado.

 

- Boa noite. Srta. Afrodite. – falei baixo perto dela.

 

Seu olhar foi de espanto até que ela nos reconheceu.

 

- Estão com aquilo que é meu? – estendeu a mão.

 

- Sim. – coloquei a flor na mão dela.

 

- Venham. – ela se levantou e foi a um corredor onde tinham camarins.

 

Abriu a porta e entrou, dentro era todo decorado em tons de rosa. Sem ficar enjoativo e borboletas.

 

- Aqui dentro esta a chave do meu templo. São apenas ruínas, mas uma parte ainda ficou erguida. Eu pedi para que Hera desse uma olhada no meu templo para mim, mas infelizmente a flor havia sido deixada cair no chão, durante a viagem dela para Grécia. Então pedi para que consertassem, para que Hefesto não pensasse nada ruim de minha parte...

 

- Hm... – murmurou Clara. – Acho que entendi tudo, mas preciso voltar para Grécia.

 

- Sugiro que vão de avião. – disse a deusa, e depois saiu para julgar o concurso, já chamavam ela pelo sistema de som.

 

- Amanhã de manhã. – a Clara disse quando eu a olhei com uma cara de dúvida.    


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

beijos. EU MEREÇO REVIEWS?