Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 11
Dom, sim, ela tinha um dom.


Notas iniciais do capítulo

mais um capítulo e agora eu estou deixando uns prontos pra não acontecer o mesmo que da ultima vez...



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Já não foi mais espanto, quando Perséfone apareceu, foi... alivio... alivio de um trabalho bem feito.

 

 

- Certo, vamos voltar ao submundo. – disse a mesma

 

Ela estalou os dedos, e bum  lá estávamos, isso me fez perguntar... Qual o motivo de eu ter pulado de pára-quedas a toa? Ainda por cima virei uma lingüiça humana!

 

- Sentem-se. – aponto para um sofá. – Acho que bom, obrigada, vocês fizeram um bom trabalho e sou obrigada a dizer que foi a tempo. Mas vocês devem comparecer amanhã ao Olimpo se pretendem continuar com seus planos. – assinalou.

 

- Perséfone. Se me permite, gostaria de saber, qual fim foi dado naquilo que obtemos... – pediu timidamente o Daniel.

 

- Claro, acho que é algo que vocês devem saber. Bem primeiramente, o casaco do leão está com o seu amigo, posso parecer poderosa e tudo mais, mas eu respeito muito os presentes. O casaco, que pretendia dar de presente a uma pessoa em especial, foi dado anteriormente por Lola ao Liam. – do jeito que ela falou parecia que eu tinha segundas intenções nos meus gestos. – Então eu apenas aceitei isso. Qual foi a segunda?

 

- A corça. – lembrou Liam.

 

- Certo, vocês sabem que os chifres daquela Corça crescem novamente? – não respondemos. – Pois crescem, eu pedi a um dos servos de meu marido que tirassem parte daquele ouro para mim e fiz uma jóia essa que trago no pescoço. – o objeto era de dar inveja.

 

Na corrente fina e delicada, pendia um pingente nele um circulo tinha um “P” escrito com flores. Qualquer mulher ou garota, adoraria ter um objeto daqueles. Aquele pingente me lembrou que ela era deusa das flores coisa que era irônico da forma que ela se vestia e que ela vivia rodeada de mortes

 

- Próxima. – pediu

 

- Seria a dos pássaros... – comentei

 

- Ah! Eu estava pensando em ficar com aquela ilha para mim, e foi bastante útil o que vocês fizeram, agora tenho uma ilha livre de pássaros carnívoros e horrorosos! – exclamou. – Próxima.

 

- O cinturão... – falou Flávia.

 

- Esse foi de todos o mais útil, vocês trouxeram dois... um apenas era o que eu queria e era o de luta, Hipólita sempre achara que coisas obvias, chegavam a ser ridículas e ninguém escolheria. Agradeço por que acabei ganhando um cinto e o cinturão mágico que pedi. E a última missão?

 

- O fruto. – assinalou Clara.

 

- Esta é um pouco mais longa. Os pais de Aquiles iriam se casar e todo o Olimpo fora convidado, exceto Éris, deusa da discórdia. Mas ela lançou a mesa uma maçã de uma árvore semelhante a que vocês retiraram o fruto com os dizeres á mais bela , o motivo era fazer com que Hera, Athena e Afrodite brigarem isso ocorreu, o resto da história não vem ao caso. Porém eu fiquei extremamente revoltada por não ter sido incluída... assim eu peguei um fruto da árvore. – sorria diabolicamente. – O Usarei contra todos, quando for necessário... e será! – diabólica, era a única palavra que me vinha à cabeça.

 

- Quando será? – perguntou o Dan curioso.

 

- Pequeno meio-sangue, não sou vilã de histórias em quadrinhos ou de desenhos animados! Acredita mesmo que eu lhe contaria o meu plano para que você o derrote? – disse esperta.

 

- Não. – murmurei baixo, mas ela pareceu ouvir.

 

- Ora Lola, és inteligente, não podes ser filha daquele que te reclamou. Apesar de ser bela como o pai... – parou aí, como se pensasse em algo. - Fique comigo, me ajude com o plano, como troca levarei seus amigos direto ao Olimpo. – a vontade de dizer sim era enorme. A Clara percebeu isso.

 

- Não! Nós damos um jeito, não importa! Vamos! – disse se levantando, seus olhos ferviam.

 

- NEGATIVO, Clara! – berrou Flá. – Antes ela nos deve algo!

 

- Perdão? – disse inocentemente.

 

- Não se faça de inocente! Fizemos as tarefas temos direito de saber... quem é a filha imprópria? – perguntou Liam

 

- Não lembro de fazer esse acordo... – falou se retirando.

 

Lancei uma flecha a prendendo na parede pelo vestido.

 

- Saia... e a próxima não será no vestido. – disse já acordada do transe.

 

- Me tire daqui, insolente! – berrou.

 

- Contarás? – ela assentiu.

 

A flecha sumiu, ela estava livre, caminhou até a cadeira e voltou a se sentar.

 

- Como? Você fez isso como? – perguntou.

 

- Encantadas. – por mais que ela se sentou, e não estava disposta a ouvir, me levantei.

 

Meus punhos estavam cerrados e andava de um lado pro outro. Pensava apenas no que ela disse... “Não podes ser filha daquele que te reclamou”

 

- Falei erroneamente criança. Não és filha daquele que a reclamou por incompetência, não dele, sua. Nem meio-sangues és, apenas uma humana achando que pode ser alguém. Se achou que sairia como heroína por quase atirar uma flecha em mim errou! És humana não heroína.  - como ela sabia o que pensava? Não sei mas aquilo atingiu meu ponto fraco.

 

Perséfone parecia ter esse dom, mentindo ou falando a verdade aquilo me atingiu. Atingir os outros era algo bom para ela, parecia que a fortificava, deixava mais bela ou mais poderosa. Sempre que falava algo que não era bom para o ouvido dos outros um sorriso brotava em seus lábios, presunçosos ou não. Lágrimas agora escorriam em meu rosto, ela falara o que eu sempre achei, agora pela boca de uma deusa tudo fazia sentindo. Sentei na beirada do sofá com medo de cair. Ninguém falava mais nada, meus amigos me olhavam com compaixão, já ela, bem eu não sei o que era...

 

- Oh! Eu a magoei? Desculpe. – debochou. – Mas afinal o que querem de mim?

 

- Fizemos um trato, quem é a filha imprópria? – repetiu Liam.

 

- Ora, ora... Vocês querem uma outra historinha? – ninguém respondeu, a sala parecia muda. – Vou contar então. Um trato foi feito, anos atrás... Nenhum dos três grandes poderia ter um filho, a criança seria poderosa demais e poderia acabar com o Olimpo. Porém a promessa não foi comprida... Zeus a quebrou primeiro, Thalia Grace, foi a primeira meio-sangue imprópria. Com sorte, ela fora transformada em pinheiro então não traria problemas foi o que todos pensamos, bem erramos, ela voltou anos mais tarde graças ao velocino de ouro ela volto, quase não resistiu a tentação e por isso entrou na Caça da deusa Ártemis.

 

- Existem mais? Digo, mais meio-sangues?– perguntei. Recebi um olhar mortal por ter a interrompido.

 

- Sim. – mesmo assim respondeu. – Poseidon, ele a quebrou também, vocês conhecem o filho dele Percy Jackson. – assentimos – Pois então, ele ajudou a salvar o Olimpo há algum tempo, resistiu à tentação e escolheu pelo “bem” – fez aspas com as mãos. – Ele pediu que os deuses parassem com o trato argumentando que ele não era útil, os deuses concordaram, mas mesmo assim são cautelosos. Eles agem como se existisse o trato mas os deslizes agora são perdoados.

 

- Isso explica algumas coisas. – interrompeu Daniel.

 

- Algumas não são todas, meio-sangue... – concluiu Perséfone. – Hades foi a vitima nisso tudo, pelo menos foi tratado como, por que o que deveria ser o pior deus de todos, o forasteiro sem leis, havia a respeitado e fora o único!

 

- Mas e Nico? – perguntou Clara.

 

- Sim, o Nico foi concebido antes do trato, ele e sua irmã Bianca ficaram no Cassino Lótus, lá as pessoas que estão dentro não sofrem alteração de tempo, mas o mundo do lado de fora passa igualmente. – explicou.

 

- Bianca? Eu nunca a conheci. – falou Clara.

 

- Impossível, ela está aqui nos domínios do pai. Assim que descobriu o que era, decidiu se tornar Caçadora, foi para uma missão e morreu, seu irmão teve muitos problemas para aceitar isso... mas agora já esta melhor. – falou.

 

- E você, como age com tudo isso? – questionou Flávia.

 

- O Olimpo é uma baderna, eu apenas aceito, traições aqui são comuns, isso nos fazem mais parecidos com vocês. Nós também erramos, e o fato de errarmos nos torna mais próximo dos humanos. – falou – Nunca esqueçam que sou casada com meu tio... que meu pai é casado com a irmã... e dentre outras coisas, que são inexplicáveis.

 

- Certo... e a filha imprópria? – lembrei.

 

- Sim, pensem comigo quem que vocês conhecem não deveria existir? É a única coisa que posso lhes dizer, pode não ser útil, pode parecer uma traição o que faço, mas eu tenho limites e os respeito, não todos, mas esse é um que não cabe a eu contar... posso apenas ajudá-los. – se levantou. – Saiam por onde entraram... Caronte já sabe o que fazer, já foi instruído. – caminhou até um ponto e se virou. – Não sou má, só tenho que usar os meus atributos, boa sorte meio-sangues. – sorriu e se retirou.

 

Ninguém falou uma palavra, pensávamos, quem eu conheço que não deveria existir... essa idéia pulsava em minha mente. Na saída do palácio, o Caronte nos esperava, entramos no barco e começamos a fazer o caminho inverso. Quantas almas estavam ali amarguradas, esperando o julgamento, quantos amigos foram perdidos... quantos parentes daqueles que conheço estavam ali? E agora eu tinha que descobrir, quem daqueles que eu amo não poderia existir, drama sim, era drama demais da minha parte. A pessoa não poderia existir, mas ela existia e agora lutaria pela vida dela se fosse necessário! Um rio de objetos passou por nós, óculos, carteiras, fotos, relógios, havia de tudo. Nos aproximávamos já do fim, descemos do barco.

 

Tinha almas que esperavam, desde o tempo em que fomos, isso era a mais ou menos uma semana. Almas amarguravam ali há uma semana, não podiam ir por que não tinham dinheiro. Minha mão instintivamente foi ao meu bolso. Abri o saco com dracmas. Tirei cinco moedas e dei o saco com todas as outras para alguém que ali estava.

 

Saímos dali, do lado de fora sentei abraçada aos joelhos.  

 

- Amanhã. – falei.

 

- Sim, amanhã. – repetiu Liam sentando ao meu lado.

 

Lágrimas escorriam poucas mas ainda eram lágrimas, Perséfone havia dito que eu era uma humana. E aquilo me atingira.

 

- Lola, por que ta chorando? Se é pela pessoa... descobriremos, tenho certeza! – limpou algumas lágrimas Flávia. – Agora sorria. – eu ri, ela estava preocupada comigo... então eu não era tão ninguém assim.

 

- Mas quem pode ser? – perguntou Dan.

 

- Eu sei. – começou Clara. – EU SEI QUEM É! – falou como se não tivéssemos a ouvido anteriormente.


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Notas finais do capítulo

bejitos :** comentem!