Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 10
Chá com a prima Vera?


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA, sinceramente, DESCULPA! Eu tava sem inspiração nenhuma para escrever, mas nunca me passou pela cabeça em abandonar a fic! Falo isso por que vi muitas pessoas desistindo... BEM o capítulo que dediquei ao meu amado professor de geografia, deu erro na hora de postar e muita gente não leu... mais uma vez DESCULPA.

— Esse capítulo eu dedico a minha amada (--') professora de português que me fez ler um livro, explicando o que é um Lais de Guia e aqui eu provo a sua utilidade... (--')



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- Ai, o que aconteceu com o um e o dois – perguntou acariciando a barriga. 

 

Chá com a prima Vera?

 

- Coisa pra fracos. – deu ombros Clara.

 

Minha felicidade hoje em dia durava cada vez menos, quando eu pensei que dormiria, “vocês sabem quem” aparece com aquela cara de “como vocês chegaram até aqui?”.

 

- PERSÉFONE! VOCÊ ESTÁ COM ELES? – berrou a Hipólita.

 

- Sim... – ela não perdia a pose. – O que queres filha de Ares? Já tenho desgraça o suficiente na minha vida não preciso de você! – me dá um P me dá um E me dá um RSÉFONE! Minha vontade era falar isso fora de pensamentos.

 

Falando essas palavras grossas, ela nos levou para um avião já em movimento. Isso parecia um programa de televisão... ridículo!

 

- Bem meus amados e queridos meio sangues. Eu vos digo, falta apenas uma missão! – o sorriso estava estampado no rosto de todos. – Antes quero que recebam sua amiga de volta Flávia. – ela sentou-se ao nosso lado, estávamos num sofá enorme.

 

- Vocês conseguiram! – exclamou. Só ela conseguia manter tal animação com tudo ocorrendo.

 

- A próxima missão é a mais simples, vocês irão até o jardim de Hésperides e conseguir um fruto da arvore que lá tem. Só lhes aviso são três deusas primaveris e elas não estão satisfeitas com o fato de vocês querem as frutas delas. Além do mais, surpresas podem ocorrer. É só o que lhes digo, aproveitem um tempo para descansar, eu não sei quantos dias a viagem durará afinal existe grande neblina na montanha. – agora seu sorriso era vitorioso – pode levar um longo tempo!

 

Depois da janta, eu dormi a viagem toda, talvez foram apenas alguns minutos como também poderiam ser dias... não tinha idéia, acordei com a Perséfone gritando.

 

- ACOOORDA INUTEIS! – conjugação de verbo passou longe!

 

Esfreguei meus olhos e me pus de pé num salto.

 

- Tive uma idéia para fazer a missão mais legal – disse com os olhinhos brilhando. – Pularam de pára-quedas. – falou lançando uma mochila para cada um de nós. Exceto para o Liam, todos sabíamos que ele ficaria nesta ultima missão.

 

Cheguei à beirada do avião, era fantástica, a sensação de liberdade tomava conta de mim. Só ficar ali, olhando para o céu, que mesmo nublado era maravilhoso, valeria a pena morrer. Era um pensamento tolo, tenho certeza, mas foi a primeira coisa que veio em minha mente. No tempo que minha mente divagava, fui em empurrada, agora eu caia em queda livre. O problema? Eu nunca havia pulado de pára-quedas e adoraria saber como faz pra ele abrir. Cada vez mais eu me aproximava do chão, aquilo não era nem um pouco legal! Puxa a corda! Eu nunca me imaginara com uma consciência masculina, mas fiz o que ela disse...

 

Ele abriu, mas meu pouso não foi dos melhores. Resumindo eu estava enrolada em um pára-quedas e coberta de areia, eu torcia para que um dos meus amigos pelo menos me achasse, por que poderia sair então.

 

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Estávamos perto da árvore. Graças a Flávia, eu fui desempacotada. As deusas estavam ali perto da árvore, tudo estava calmo e belo. A árvore era bem cuidada e sua copa verde balançava vez que outra, quando o vento passava por ela, o chão era verde vivo, parecia ter sido cortado recentemente, flores cobriam partes do chão, não todo para que pudéssemos caminhar. Era o paraíso, se aquilo era para que nos distraíssemos e demorássemos funcionou, aquilo era maravilhoso.

 

Flávia estava ao meu lado, seus olhos brilhavam e olhando para eles era possível ver o jardim. Se ele fazia com que uma filha de Afrodite ficasse assim, imagina uma filha de Deméter, se perderia naquele mar de beleza estonteante.

 

- Olá, jovens. – falou uma mulher, sua voz era doce, seus cabelos avermelhados estavam presos em uma enorme traça que fora jogada de um lado de seu pescoço, fora isso ela se vestia como uma grega. – Prazer, sou Egle.

 

- O-oi. – gaguejei – Sou Lola. – Ela sorriu, parecia tão delicada, tão bondosa.

 

- Egle! Cuidado com quem fala! – ralhou outra mulher, suas vestes eram idênticas e sua voz mesmo ralhando era doce. Assim que nos viu, sorriu, mas seu sorriso era presunçoso. – Sou Erítia. – Já ela, mantinha os cabelos soltos, loiros de um tom dourado, com algumas mechas, certamente naturais, um tom mais escuro.

 

- Erítia, deixe Egle, você sabe como ela é. – a terceira deusa, já ela se mantinha calma, e terna. – Olá meio-sangues, sou Héspera. -  já ela tinha os cabelos negros profundos. Eles estavam em duas traças presas atrás da cabeça.

 

- Clara. – falou a loirinha baixinha do meu grupo. – Estes são, Flávia, Lola e Daniel. – apontou respectivamente.

 

- Prazer. – falou Héspera. – Poderia saber o que traz vocês aqui?

 

- Durante um chá, acredito que é melhor! – empolgou-se Egle. – Por favor! Poucos nos visitam, eu adoro companhia! – pediu quando viu que não era o nosso plano. Assentimos.

 

Acompanhamos, elas até uma mesa graciosa, que estava posta distante da árvore. Sentamos, eu estava nervosa admito, não era calmante, tomar chá com alguém que em um estalar de dedos pode te matar.

 

- Sirva logo o chá Egle! – reprimiu Erítia. O que fez Héspera revirar os olhos.

 

- Não se ofendam, mas a minha curiosidade pede, o que fazem aqui? – disse educadamente Héspera. Vendo que ninguém se pronunciara me olhou. – Lola?

 

- Claro – larguei a xícara. – Vou resumir...

 

- Não é necessário. – interrompeu-me.

 

- Está bem. – respirei fundo antes de começar. – Estamos respondendo a uma profecia. – comecei lentamente. – Fomos até o submundo. O Ha – quando ia pronunciar seu nome o chão deu uma tremida. – bem “você-sabe-quem” não estava lá e sim a esposa dele. Ela concordou em nos dizer o que precisávamos em troca de alguns serviços...

 

- Até aí compreendo, é uma troca justa. – concordou pensativa. – Podes me dizer quais foram os favores, Flávia? – parecia que nos testava, claro, se um estivesse mentindo o outro não saberia continuar.

 

- Obviamente. – disse. – Primeiro tivemos que matar o Leão de Neméia, depois pegar a Corça com chifres de ouro e casco de bronze, depois espantar pássaros com bicos de metal de uma ilha, mais tarde pegar o cinturão de Hipólita.

 

- Basta. – levantou uma mão. – Clara...continue.

 

- Então aqui estamos, atrás da nossa quinta tarefa, precisamos de um fruto da arvore. – olhando para a Clara vi que estava calma, disposta a tudo para acabar com aquilo.

 

- Oh! Jovens, isso não está em nossas mãos. – comentou Egle.

 

- COMO? – exaltou-se Daniel.

 

- A árvore é de Hera, utilizávamos a árvore a nosso bel prazer, ela não gostou muito disso e colocou um dragão aqui. Quando vocês o levaram, para o acampamento, achamos que a vida aqui ficaria mais simples, mas agora não podemos chegar nem perto da árvore ou sofreremos a ira de Hera. – explicou Héspera.

 

- Nem cuidar da árvore nos é permitido! Tudo que chega perto dela é obrigatoriamente da NATUREZA! Humanos não podem, muitos menos deuses, ou qualquer criatura mágica! – gritou Erítia. – Isso é um absurdo! Mas temos que aceitar e não podemos fazer absolutamente nada!

 

- Obrigada, poderíamos ficar? Acreditamos em vocês, mas precisamos de qualquer forma um fruto. – pedi.

 

- Fiquem a vontade, vamos nos retirar temos alguns assuntos para resolver. Precisam de nós para algo? Ir embora ou algo do tipo? – perguntou Héspera.

 

- Não será necessário, só podemos voltar quando completarmos a missão... Perséfone nos buscara. – explicou o Daniel. Assim que elas saíram, ele virou-se para nós. – FU... –

 

- CALA BOCA! – o interrompi antes que completasse. – Vamos precisamos de uma solução... Deixe me ver... – peguei o arco e uma flecha e mirei em um galho, ela foi perfeitamente em direção ao galho mas quando ia atingi-lo caiu no chão como se tivesse batido em um vidro.

 

Aproximei da flecha e a guardei, estiquei minha mão e achei algo que parecia um vidro. Os outros se aproximaram e descobriram o mesmo que eu, um campo de força estava presente ali.

 

- Fico pensando, como a árvore sobrevive... sem água... – falou Clara.

 

Como se ouvisse ela, começou a chover e a água chegava à árvore e a nós que estávamos ensopados, Clara não devia ter prestado atenção quando falaram, agora não lembro quem, que a única coisa que chegava a árvore eram coisas da natureza, e bem ... água está incluída, certo?  

 

- Está chovendo! – exclamou Flá, já ensopada.

 

- Jura? – ironizou a pintora de roda pé do grupo.

 

- Sim! – acho que ela não percebeu a ironia... – Minha chapinha quase foi nas ultimas missões... agora então! Já era! – jogou as mãos para cima.

 

Elas continuaram discutindo, mas minha mente vagava, isso acontecia normalmente. Só que pela primeira vez durante um bom tempo, minha mente voou para minha mãe. Sentia falta dela, mesmo ela vivendo em shoppings ou dedicando todo o seu tempo para a carreira de advogada. Pensei no Peter, meu padrasto, ele estava com a mamãe antes de eu nascer. No dia em que brigaram, ela conheceu o meu pai, o caso deles foi rápido mas resultou em alguma coisa. Quando o Peter descobriu que mamãe estava grávida achou que o filho era dele, ela deixou isso assim e se casou, mas quando eu nasci morena... e bem o Peter era loiro, também não tínhamos nada a ver, mamãe contou a verdade. Ele aceitou numa boa e deixou tudo como estava, mas antes pediu uma coisa a ela, na verdade foram duas, eu deveria escolher se o chamaria de pai ou de Peter e a fez prometer que teriam um filho, isso nunca aconteceu, mas ele nunca a largou.

 

- AIIIIII! – berrei por conta do beliscão que levei da Clara.

 

- Hey garota, tava no mundo da lua!

 

- Não Clara, ela tava no mundo do sol! – o Dan riu da sua própria piada.

 

- Péssima cara! Lola, vamos atrás de algo para pegar uma maçã, achamos que um galho ajudaria... – comentou Clara.

 

- Certo, jóquei de gafanhoto! – disse sorrindo e pondo me de pé.

 

- Gigante! – ralhou-me Clara, o que fez com que eu risse.

 

Saímos andando cada um para um lado, deveríamos achar algo que nos ajudasse a tirar uma maçã, que era o fruto da árvore de lá. Porém as barreiras se fechavam cada vez mais, impediam a nossa passagem e nos deixavam sem muitas opções. Tínhamos que achar algo, como um galho... ou um galho é não tínhamos opção. O jardim era bem cuidado então seria impossível achar algo perdido, afinal as três deusas primaveris cuidavam daquele lugar com excelência, ninguém nunca poderia reclamar do trabalho delas, nem Hera ousaria qualquer coisa do tipo. Minha cabeça estava nas nuvens, mas fui trazida de volta ao chão por que tropecei em um cipó, era comum crescer coisas do tipo no chão, mas nunca tinha parado para pensar no quão útil aquilo poderia ser. Com a mão nele, segui até o fim de um dos lados, retirei a faca da minha cintura, minha única arma que permitia um contato maior, e cortei de um dos lados. Fiz agora o caminho inverso repetindo o mesmo processo novamente.

 

Voltei para o mais perto da árvore que me era permitido, sentei e deitei na grama enquanto esperava os outros voltarem, assim que estavam todos ali, sentei-me com as pernas cruzadas em forma de índio.

 

- Nada. – Flávia mostrou as mãos.

 

- Eu também. – disse Clara.

 

- EU ACHEEI! – disse Dan nos dando animação. – Um MORANGO! – disse animado.

 

- Certo e cadê? – demonstrou falsa empolgação a Clara.

 

- Comi – sorriu.

 

- Flávia?- chamou Clara.

 

- O quê?

 

- Como tu agüenta essa coisa?

 

- Ele é fofo- brincou Flá. – E aí Lola? O que temos?

 

- Nada demais, apenas tropecei nisso. – coloquei o cipó no centro do circulo.

 

Ficamos olhando aquilo, pensando no que poderíamos fazer... Num certo lampejo a Flá começou a bater palminhas, sim ela vai me matar por inventar isso! Ela simples mente estalou uma mão e apontou para o cipó, algo mais maduro e clean.

 

- Eu tive uma maravilhosa idéia. – sorriu orgulhosa. – Alguém aqui foi escoteiro?- sua pergunta se dirigia mais para mim e para a Clara.

 

- Lola você foi, não?  Eu lembro... mas acho que você desistiu como os outros times... – comentou Clara.

 

- Não, foi o único grupo que eu realmente gostei. – disse sincera – Mas me colocaram pra fora, por fazer bagunça demais... – lembrei.

 

- Jura? – perguntou a garota de Afrodite – Bem isso não vem ao caso... consegue dar um Lais de Guia aqui? – perguntou

 

- Acho que sim... – disse pegando a corda.

 

Foi difícil de me lembrar mas com uma simples historinha contada no escotismo no fim acabou que foi fácil. E se eu não conseguisse, provavelmente a Flávia daria um nó cego mesmo, ela estava empolgada demais. Assim que fiz o laço ela o pegou e começou a girar...

 

- Bom dias, cowgirls e cowboys estamos aqui direto de Boiadésperidesmistura de Boiadeiros com Hésperides – Para dizer que a vaqueira mais gata dessa cidade, minha namorada, Flávia Guess, está pronta pra laçar uma maçã e ganhar o coração do rapaz mais lindo. – eu nem preciso dizer quem foi ...

 

- DAN, VOCÊ TEM PROBLEMAS MENTAIS GAROTO? OLHA QUE EU TO FALANDO SÉRIO! POHA, VOCÊ É VIAJADO DEMAIS CARA! – agora foi a Clara... tipo só pra lembrar mesmo.

 

Enquanto os dois entravam em uma discussão a parte, a Flávia continuava a treinar laço, só que dessa vez ela tentava na árvore mesmo, ela chegou a atingir o galho umas duas, três vezes, mas a corda sempre escapava, por que o laço era grande demais.

 

- Tenta de novo. – entregou me o laço. Refiz o nó agora deixando menos espaço.

 

- Experimenta. – devolvi o cipó.

 

A Clara e o Daniel já haviam parado de discutir, agora todos olhávamos pra Flávia, mas dessa vez o laço ficara apertado demais.

 

- Um minuto. – peguei a corda dividi ao meio e fiz um nós que aprendi com o Peter quando ele me levou pro sitio dele. – Tenta agora.

 

Como eu previra o laço entrara no galho onde estava a maçã.

 

- E agora? – perguntou.

 

- Puxa as cordas para o LADO. – disse mais alto a última palavra.

 

Assim que fez isto, ela entendeu o que eu falava. O galho ficou preso na corda, só precisávamos de uma maneira de soltar o galho. Mas isso já fora resolvido o Dan e a Clara, estavam tacando pedras cada um de um lado derrubando o galho. Depois de uns cinco minutos eles atingiram o objetivo, mas o laço se afrouxou, a Flávia apenas repetiu o processo o que deu certo, mas a cada puxada que ela dava, por menor que fosse o laço desamarrava... lembrei do Peter “Lola, pode parecer o melhor laço do mundo, mas ele não te dá estabilidade, é ótimo para pegar coisas, horrível se quiseres prender algo” Ele me tratava bem até, mas eu nunca dei espaço para ele chegar em mim sempre construí uma barreira, pensei o quanto essa barreira dificultou a nossa tarefa, eu estava dificultando a tarefa dele, sim eu estava! Decidi que mandaria uma carta assim que colocasse os pés no acampamento. Ou ligaria, o que era mais prático.

 

A tarefa foi braçal e chata, demoramos uma meia hora, por que era uma puxadinha e o laço afrouxava, nos revezamos para não deixar o trabalho com apenas um, mas concluímos a tarefa. Já não foi mais espanto, quando Perséfone apareceu, foi... alivio... alivio de um trabalho bem feito.

 


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Notas finais do capítulo

COMENTEM! e LEMBREM tem uma História de HP então quem quiser da uma olhadiinha... e bem vou escrever o próximo capitulo...

* NOSSA FILHA IMPRÓPRIA APARECERÁ!! sijaosiaioj bjbj