A profecia esquecida - Harry Potter Universe escrita por Sr Mokona


Capítulo 3
A decisão


Notas iniciais do capítulo

parte três de três



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                Primeira parte

Edgar aparatou quase 10 km de sua casa e depois usou todo seu conhecimento em feitiços de ocultação para poder chegar em casa de uma forma mais segura. Com a varinha em punho o momento todo, Edgar adentrou em sua propriedade sem ninguém a vista. Era muito cedo e mesmo Ólafur não estava na região. Apontando a varinha para a porta, sussurrou: Alohomora!

                Quando entrou, viu a casa do mesmo modo que havia deixado, a não ser pela carta que Edgar não havia percebido antes. Ele examinou e viu que havia sido enviada pelo ministério, então ele largou a carta no chão. Andou mais um pouco até que ouviu alguém dizer: Petrificus totalus! e o feitiço o atingir, fazendo com que caísse duro no chão. Um bruxo com alguns cabelos brancos, uma barba rala e com um grande queixo se aproximou de seu corpo e com um aceno de varinha, reverteu todos os feitiços de ocultação de Edgar.

                Mulciber conduziu o corpo de Edgar até uma pequena cadeira em frente à poltrona, do qual ele se sentou. Com um movimento de varinha feito por Mulciber, Edgar sentiu seu corpo amolecer, mas continuando preso por cordas invisíveis.

                - Mulciber, vejo que não mudou tanto – disse em tom de fúria.

                - Mas você envelheceu. Achei que essa vida isolada o conservaria. Tem bem mais pelos agora – disse casualmente.

                - O que você vai fazer comigo agora? Me matar? Tudo bem, faça – disse em tom de desafio.

                - Eu acho que não posso te matar.

                - Quer me convencer de reintegrar as fileiras dos comensais da morte? Tudo bem, eu aceito, me liberte.

                Sem levar a brincadeira de Edgar a serio, Mulciber disse: - No começo eu quis, velho amigo. Mas agora vi que seu destino é outro. Ah, e como sei que você quer perguntar mas tem medo, eu lhe digo que sei sobre a profecia da Trelawney.

                - Então você pode me contar? Porque eu não sei – disse com certa ironia.

                - Nós éramos grandes amigos; gostava bem mais de você do que do Severo que era apaixonado pela sangue-ruim. Compartilhamos segredos e ambições e ter você como comensal ao meu lado me fez sentir mais seguro. Mas ai entrou o Black. Com o tempo eu fui percebendo como ele se rebelava cada vez mais e como ele influenciava você. Após o sumiço do Black, você parecia cada vez mais tentado a abandonar tudo pelo que lutamos e eu não podia permitir isso, tanto pelo seu poder de combate quanto pela nossa afinidade em conceber o melhor para o nosso mundo.

                - Então você me controlou pela maldição imperius – disse num tom mais duro.

                - Você estava muito mudado. Eu não podia permitir que você fosse morto por um grande mal entendido, então eu controlei você para que voltasse a lutar pela nossa causa até que você voltasse a fazer isso por você mesmo. Mas como você sabe, o Lorde das Trevas caiu um pouco depois disso. Quando fui mandado para Azkaban, eu tinha ouvido poucas historias sobre você, mas achei que se estivesse livre, queria dizer que você havia feito acordos com o ministério entregando os nossos companheiros. Na primeira fuga de Azkaban, eu tive certeza disso quando não o vi por lá. Mas por obra do destino, eu soube de você na minha segunda fuga porque soube de um bruxo que havia enfrentado um dragão na Islândia e lá estava você e isso fez com que eu procurasse informações sobre você, descobrindo que você não entregou ninguém, mas que havia declarado estar sobre a influencia da maldição imperius e aquele evento corroborou com sua declaração.

                - Tudo isso para que eu diga um “obrigado”?

                - Talvez aquilo tenha sido o único modo de você sobreviver quando Ele voltasse. Mas voltando: eu consegui convencer meus companheiros a recrutá-lo, pois precisávamos de alguém poderoso como você, então convenci Yaxley a mandar Pio Thicknesse em pessoa ir recrutá-lo, já que estávamos pensando em tirá-lo um pouco do ministério. Então veio a carta que você escreveu informando que você iria pessoalmente reportar ao ministério local e não ao nosso ministério. Assim sabíamos que você tentaria fugir para outro país e rapidamente montei guardas para rastreá-lo e tive uma informação de que você provavelmente teria ido para a Grã-Bretanha. Achei que você me procuraria caso o boato fosse verdadeiro, mas você não procurou, então lembrei do meio de comunicação que você usava com aquela esquisita e fui até a casa dela e encontrei o que procurava. E tinha recados. O resto você já deve saber: eu a obriguei a contar o que ela sabia e lhe arranquei a profecia. A controlei e pedi para que meus ajudantes o vigiasse.

                - Bem que eu achei os bruxos bem fracos para serem comensais. Mas por que você está me contando tudo isso? Está apenas passando o tempo?

                - As profecias são algo que até hoje são bastante estudadas por serem tão desconhecidas. E é algo poderoso, pois como sabemos, derrotou até mesmo o Lorde das Trevas. O que aconteceria se eu tentasse impedir que ela acontecesse? Algo muito grande cairia sobre mim é o que acho. Então vou deixar que ela siga seu caminho. Você vai ter que enfrentar o Lorde das Trevas diretamente. Essa é a sua profecia. Você irá morrer e que bom que não será pelas minhas mãos.

                Edgar estava incrédulo; ele olhava para Mulciber mas parecia não vê-lo ali. O que aquilo significava? Lembrava do que Átropos havia lhe dito algo sobre confrontar Voldemort, mas não havia se importado tanto na época porque Voldemort havia sido derrotado e mesmo se algum dia ele voltasse, não gostaria de fazer mais parte daquilo.

                - Deixarei você sozinho para que possa rumar para Grã-Bretanha e enfrentar seu destino. Sabe, parece que no final o destino me envolveu nisso – ele se levantou e desfez o feitiço que prendia Edgar. Sem dizer nada, ele saiu pela porta e Edgar ficou sozinho de cabeça baixa.

                De sua penseira, Edgar extraiu a profecia que dizia que ele enfrentaria Voldemort como um presente de despedida por seu amigo. Lembrou imediatamente de Régulo e do boato de que Voldemort havia ordenado sua morte, mas Edgar nunca soube onde e nem quem havia matado seu amigo. Não havia motivos para matar Voldemort, então porque tentaria tal feito? Foi até a janela e a abriu, iluminando sua casa, então pôde ver um pequeno bilhete no chão escrito por um tal de R.A.B.

                Segunda parte

                Voldemort tinha em sua mão a varinha das varinhas. Ele olhava para ela enquanto girava pelos seus dedos longos e finos, sempre acompanhando com suas fendas oculares. Os principais comensais da morte estavam ali sentados, quietos. Mulciber observava Lucio Malfoy, que parecia totalmente abatido; depois percorreu os olhos para Bellatrix e ficava espantado em como Azkaban havia roubado sua beleza, embora agora ela possuísse um certo “brilho”, mas aterrorizante. Dolohov e Yaxley se juntavam a tantos outros.

                O silencio foi interrompido quando Voldemort ergueu-se e com um misero aceno de varinha, um grande feitiço irrompeu de sua varinha, deixando a casa de Lucio Malfoy completamente comprometida. Mulciber olhou diretamente para Lucio, que engoliu em seco e abaixou sua cabeça.

                - Não se preocupe caro Lucio, não irá tardar a nossa conquista completa. Tenho certeza que cedo ou tarde o garoto Harry Potter virá até mim – Lucio disse apenas “sim milorde” e voltou a se calar.

                Mulciber sabia que Voldemort era provavelmente o melhor oclumente dessa geração, então tentava ao máximo abafar seus pensamentos, por isso ficou quieto, embora quisesse extravasar seu nervosismo. Voldemort voltou a girar a varinha de sabugueiro entre os dedos, olhando fixamente para ela.

                - Quero ficar sozinho – disse Voldemort sem tirar os olhos da varinha.

                Mulciber percebeu que o primeiro a se levantar foi Narcisa Malfoy, que levou o garoto loiro platinado que provavelmente era Draco Malfoy. Logo os outros se levantaram e saíram, embora Bellatrix fosse visivelmente contrariada.

                Aquele era o momento que Mulciber esperava, o momento em que poderia ficar a sós com Voldemort. Quando todos já estavam saindo, Voldemort percebeu que Mulciber estava parado em pé.

                - O que queres Mulciber? – perguntou cortês.

                - Milorde, eu sei sobre Régulo Black – disse Mulciber incisivo.

                - O que há para saber de Régulo? – perguntou sem tirar os olhos de sua varinha, não dando a chance de ver a cara furiosa que Mulciber fazia.

                - Isso! – gritou erguendo a varinha no mesmo momento que gritava: Avada Kedavra! e uma luz verde saiu de sua varinha em direção a Voldemort, que rapidamente se defendeu.

                Ele sabia que havia perdido a única chance de derrotar Voldemort e em um ato mais movido pela fúria do que pelo desespero, atacou Voldemort com os mais poderosos feitiços que conhecia. Voldemort que no começo fazia uma cara de quem havia gostado da iniciativa de Mulciber, agora parecia mais preocupado quando se defendia dos ataques recebidos.

                Os comensais da morte voltaram, mas antes que pudessem fazer alguma coisa, Voldemort gritou para eles não interferirem. Voldemort soltou um feitiço que mesmo defendido, fez Mulciber cambalear pra trás e mergulhar para trás de uma mesa para fugir do ataque subseqüente. Mulciber retirou do casaco uma outra varinha, no qual conjurou uma imensa serpente flamejante com asas, indo com toda a velocidade para cima de seu adversário. Voldemort, com toda a concentração, subjugou o fogo maldito e o extinguiu. Mulciber soltou um avada kedavra, mas Voldemort se defendeu e com um contra-ataque, soltou um feitiço tão poderoso que a já destruída mansão dos Malfoy tremeu, acertando Mulciber em cheio, sendo arremessado até a parede.

                - Você está bem milorde? – perguntou Bellatrix se aproximando de Voldemort, visivelmente preocupada.

                - Calada, Bella! – Voldemort estava furioso, mas sua atenção era para a varinha em sua mão. Ele então se aproximou de Mulciber, apontou a varinha para seu corpo e com um feitiço, onde estava o corpo de Mulciber caído, foi se transformando agora em Edgar Morris.

                Todos ficaram espantados com o que viram, sem saber que outra pessoa havia tomado a forma de Mulciber. Voldemort ficou encarando Edgar até que disse:

                - Livrem-se do corpo.

                Os comensais da morte se livraram do corpo de Edgar e no dia seguinte acharam Mulciber. Edgar foi levianamente esquecido. Não muito depois disso, Voldemort foi se encontrar com Severo Snape para lhe perguntar por que sua varinha não era tão poderosa quanto rezava a lenda, embora já soubesse o porquê. Os outros comensais da morte foram derrotados na grandiosa Batalha de Hogwarts e depois foi a vez de Voldemort ser derrotado e morto. Tudo que ele havia feito e tudo pelo que ele havia lutado haviam sido destruído com um ricocheteio de feitiço, como a fragilidade de um homem que buscava redenção.


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Notas finais do capítulo

Fim da história, espero que tenham gostado. Fiquem a vontade em comentar o que acharam e "mal-feito feito"



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