—Ora,o que temos aqui?

Ele saltou de uma árvore a minha frente,me assustando.
—Não corra minha querida,não lhe farei mal algum. disse o ser a minha frente com a boca escancarada.
Ele agarrou meu braço e me levou de volta para perto de minha casa, e eu os vi. Ali estirados no chão,mortos.
Mortos.
Meu pai e meus irmãos,machucados,com sangue em seus pescoços. E minha amada mãe onde estava?

Olhei em direção da pequena Igreja. Os que estavam ali,se salvaram. Na porta estavam os dois padres,padre Landau o mais velho,que casara e batizara a maioria dos moradores,e o padre Lucian, o jovem que iria tomar seu lugar,quando chegasse a hora.
No momento seguinte,vi um deles acho que um dos guardas deles,me olhando e algumas pessoas presas como em celas de ferro,que eram puxadas por monstros enormes. Fui puxada pro um lado e para o outro como se fosse uma corda,quando Dargos chorou. Um deles me olhou espantado.
—Ela tem um filhote.
Dizendo abracei Dargos e tentei acalmá-lo.
—Calma meu amor,volte a dormir. Calma,estou aqui! -minha voz era tão baixa,que eles olhavam para mim espantados.
Um dos chefes eu acho que estava ali, puxou meu manto e ficou me olhando. Eu estava com um vestido longo velho e desbotado vermelho e branco e com os cabelos amarrados. Quando ele puxou o manto eu abracei Dargos mais ainda. O que estava atrás de mim,soltou meus cabelos. E alguns começaram a gritar coisas que eu não entendia.
Até que um deles,falou:
—Vamos levá-la,ela será de boa serventia. Ainda é jovem,um pouco de diversão seria bom.
E os outros deram risada.
Quando o que me trouxe ia me colocar na cela,junto com os outros,o que estava de vigia falou:
—Deixe-a ir na frente com o chefe,uma fêmea tão bonita assim,não deve ficar numa caixa imunda.
—Madiã,tem razão Kanu,deixe-a vir na frente comigo e com ele,junto com a cria. respondeu o chefe e o tal Kanu,obedeceu.
O chefe era levado como um rei. Era uma especie de cadeira ou algo assim,ele me ajudou a sentar com Dargos em meu colo e depois se sentou em minha frente. O tal Madiã sentou do meu lado. O chefe gritou:
—VAMOS!!
E eu chorei.
Quando passamos perto da Igreja,tanto quanto o padre Lucian e Landau fizeram o sinal da cruz. E eu joguei a fita que estava em meu cabelo,aos pés do padre e vi ele pegando e entrando para dentro.